Fanfic: Laços de Amor-Adaptada A&A | Tema: Anahi e Poncho - Romance + Hot

— Eu devo acreditar que sou o pai destes bebês?

— Dê mais uma olhada neles, Alfonso. São iguaiszinhos a você.

Ele olhou, mas suas feições permaneceram cínicas e os olhos desprovidos de emoção.

— Muitas pessoas têm cabelos pretos e olhos esverdeados.

— Nem todas têm covinhas na face esquerda. – Ela virou numa página específica e apontou. – Os seus dois filhos têm. Idênticas às suas.

Alfonso deslizou um dedo sobre a fotografia dos meninos, como se pudesse, de alguma maneira, tocá-los, e este pequeno gesto tocou o coração de Anahi. Por um breve instante, Alfonso Herrera pareceu quase... vulnerável.

Todavia, isso não durou. Ele mordeu o lábio como se estivesse tentando reprimir palavras que lutavam para sair. Finalmente, como se chegasse a uma decisão interna, Alfonso assentiu com um suspiro e disse:

— Devido ao bom argumento, vamos supor que eles sejam meus.

— Eles são seus.

— Então, por que você não me contou isso antes? Por que esperou até que eles estivessem com...

— Quatro meses.

Ele olhou para as fotos novamente, fechou o álbum e segurou-o com firmeza.

— Quatro meses e você não achou que eu deveria saber?

— Você é impressionante. Ignorou-me por meses, e agora está aborrecido porque não o contatei?

— Do que você está falando?

Anahi  meneou a cabeça, e silenciosamente agradeceu aos céus por ter sido esperta o bastante, não apenas por guardar um registro de todos os e-mails que lhe enviara, mas também imprimi-los e levá-los naquela viagem. Enfiando a mão no fundo da mala, removeu um envelope grosso e colocou-o sobre o álbum que ele ainda estava segurando.

— Aí estão. E-mails. Todos que eu lhe enviei. Estão datados. Pode ver que mandei no mínimo um por semana. Algumas vezes, dois. Venho tentando contatá-lo por mais de um ano, Alfonso.

Ele abriu o envelope enquanto ela falava, folheando rapidamente as páginas impressas.

— Eu... – Alfonso franziu o cenho para a pilha de papéis.  

Anahi se aproveitou do silêncio momentâneo.

— Tenho tentado contatá-lo desde que descobri que estava grávida, Alfonso.

— Como eu ia saber que era isso que você estava tentando me dizer?

— Você poderia ter lido um ou dois e-mails – apontou Anahi, e conseguiu esconder a mágoa na voz.

As feições dele endureceram.

— Como eu poderia ter adivinhado que você estava tentando me dizer que eu era pai? Pensei que estivesse atrás de dinheiro.

Ela respirou fundo quando o insulto a golpeou. Furiosa, Anahi teve de lutar muito contra a vontade de esbofeteá-lo. Que típico de Alfonso pensar que toda mulher que se aproximava dele fazia isso pelo que poderia arrancar-lhe.

Mas então, ele tinha passado a maior parte dos últimos dez anos cercando-se de pessoas interesseiras. Mulheres que queriam ser vistas ao seu lado, porque ele era um dos bilionários mais elegíveis do mundo. Pessoas que queriam fazer parte de seu círculo social para se sentirem importantes, porque era lá que a excitação estava.

Tudo que Anahi quisera na ocasião tinha sido ter os braços dele ao seu redor. Seus beijos. Seus sussurros no meio da noite. Naturalmente, Alfonso não acreditara nela.

Agora as coisas estavam diferentes. Ele possuía responsabilidades que ela estava lá para cobrar. Afinal de contas, não tinha ido para aquele navio por sua causa, e sim por causa de seus filhos. Dos filhos dele.

— Eu não estava interessada no seu dinheiro naquela época, Alfonso. Mas as coisas mudaram, e agora, estou atrás de dinheiro – declarou  Anahi, e viu raiva surgir nos olhos gelados. – Chama-se pensão alimentícia, Alfonso. E seus filhos merecem isso.

Ele a olhou.  

— Pensão alimentícia.

— Isso mesmo. – Ela ergueu o queixo. – Se eu tivesse de pensar apenas em mim, não estaria aqui, acredite. Então, não se preocupe, não estou aqui para me aproveitar de você. Não estou atrás de uma grande soma da conta bancária Herrera.

— Verdade?

— Verdade. Eu comecei meu próprio negócio, e está indo bem — disse Anahi de modo orgulhoso. – Mas gêmeos têm despesas duplas e não consigo sustentá-los sozinha. – Erguendo os olhos para encontrar os dele, acrescentou: - Como você nunca respondeu aos meus e-mails, eu disse a mim mesma que não merecia conhecer seus bebês. E se eu não estivesse me sentindo um pouco desesperada, não estaria aqui agora. Acredite, se acha que gosto de estar aqui nestas condições, está louco.

— Então, você os esconderia de mim? – A  voz de Alfonso era baixa, suave, e um pouco perigosa.

Anahi não estava com medo. Alfonso podia ser arrogante e egoísta, mas não era fisicamente perigoso para nenhuma mulher.

— Eu esconderia de meus filhos o fato de que o pai não se importa nem um pouco com eles. Sim, é exatamente o que farei.

— Se os gêmeos são meus filhos, ninguém me manterá longe deles.

Anahi foi tomada por um pequeno desconforto, mas disse a si mesma para não reagir. Ameaças físicas não significavam nada, mas o pensamento de Alfonso ameaçando-a em relação à custódia dos filhos, sim. Mas então, reprimiu a idéia. Bebês não faziam parte do mundo de Alfonso, e independentemente do que ele dissesse no momento, nunca desistiria do estilo de vida que tinha para um que incluísse a tarefa dupla de trocar fraldas.

— Alfonso, ambos sabemos que você não tem interesse em ser pai.

— Você não sabe nada sobre meus interesses, Anahi. – Ele se aproximou, dando o pequeno passo que fechava a distância entre os dois. Anahi não estava preparada para o movimento, e arfou quando o peito largo pressionou-se no seu.

Ela fitou-lhe os olhos e sentiu os joelhos tremerem com a intensidade do olhar dele. Alfonso segurou-lhe o rosto em uma mão, uma mão tão quente que espalhou calor pelo corpo inteiro de Anahi.

— Todavia, eu lhe prometo – murmurou  ele, inclinando a cabeça, como se fosse beijá-la, e parando a poucos centímetros de seus lábios – que você vai descobrir.

Até segunda gatinhas Comentem Bjos!!