Fanfic: Laços de Amor-Adaptada A&A | Tema: Anahi e Poncho - Romance + Hot

Na época, aquilo deixara Anahi furiosa, mas agora podia entender este tipo de lealdade. E até apreciá-la de certa forma. 

— Como vai? – Anahi sorriu ao perguntar, determinada a manter o tom de voz amigável que Maite começara.

— Ocupada. – deu de ombros. – Você conhece o chefe. Ele nos mantém ocupados.

— Sim – concordou Anahi. – Ele sempre nos manteve ocupadas.

Um longo momento desconfortável se passou antes que Maite dissesse:

— Então, você sabe que as cabines no Riviera Deck foram fechadas.

— E por isso que estou aqui – disse Anahi, dando uma olhada para os dois lados do corredor vazio. – Eu vi Mary Curran mais cedo, que me contou que ela e o marido tinham sido transferidos. Então fui à minha cabine e não consegui entrar. Jeff me enviou para cá.

— Ótimo. – Maite assentiu e nem um fio de seus cabelos escuros e curtos saiu do lugar com o movimento. Ela apontou atrás de Anahi para o fim do corredor largo. – A suíte dos Curran é por ali. Agora, se você me acompanhar, eu e levarei para sua nova cabine. Podemos conversar enquanto andamos.

Elas seguiram para o lado oposto dos Curran. Andando em direção à proa do grande navio, Anahi olhou casualmente para as obras de arte no caminho, e tentou entender o que estava acontecendo. Ser escoltada pela assistente do dono parecia incomum. Um comissário de bordo não deveria ter sido encarregado de levá-la às suas novas acomodações? Mas isso importava? Anahi esforçou-se para acompanhar os passos de Maite, que parecia estar sempre acelerada.

— Você não imagina – disse Maite por sobre o ombros – como Alfonso ficou apavorado ao descobrir que as cabines do deck mais abaixo tinham sido alugadas.

— Apavorado, não? – Anahi fez uma careta. Claramente Maite ainda era fiel ao chefe. – Então por que ele as alugou?

Maite diminuiu um pouco o ritmo da caminhada.

— Foi um engano. As cabines baixas deveriam ter sido fechadas antes de deixarmos o porto para esta viagem de estreia. A pessoa responsável por ir contra as ordens do chefe foi repreendida.

— Repreendida? Ou simplesmente demitida sem referências? – perguntou Anahi numa voz baixa.

Maite parou subitamente e Anahi quase colidiu com ela.

— Alfonso não demite pessoas indiscriminadamente, e você sabe disso. –Miate ergueu o queixo enquanto defendia seu chefe. – Você mentiu para ele. Por isso foi demitida, Anahi.

Ela enrubesceu. Sim, mentira. Não pretendera, mas era isso que tinha acontecido. E uma vez que a mentira começara, ela não conseguira encontrar um jeito de sair da situação. Entretanto, ele poderia ter lhe ouvido depois que a verdade havia sido revelada.

— Ele poderia ter me deixado explicar – argumentou Anahi, e encontrou os olhos verdes com firmeza.

Apenas por um instante as feições duras de Maite se suavizaram um pouco. Ela meneou a cabeça e suspirou.

— Ouça, Alfonso não é perfeito...

— Uma admissão e tanto vindo de você.

Maite sorriu.

— Verdade. Eu o defendo. Faço o que posso para ajudá-lo. Alfonso é um ótimo chefe. E tem sido bom para mim. Não estou dizendo que a maneira que ele lidou com a situação de vocês foi certa...

Anahi a deteve, erguendo ambas as mãos.

— Sabe de uma coisa? Esqueça isso. Faz mais de um ano. E passado. E qualquer coisa que Alfonso e eu tivemos acabou.

Teresa inclinou a cabeça para um dos lados e estudou-a pensativamente.

— Você realmente pensa assim?

— Acredite em mim – disse Anahi, recomeçando a andar. – Alfonso me esqueceu completamente.

— Se você diz. – Maite parou diante de um conjunto de portas duplas. Gesticulando uma mão para as portas com um floreado, murmurou: - Aqui estamos. Sua nova acomodação. Espero que goste.