Fanfic: Laços de Amor-Adaptada A&A | Tema: Anahi e Poncho - Romance + Hot

— Por que eu faria isso?

— Por nenhuma razão que eu possa pensar, mas ainda estou pedindo.

— O quê? — perguntou ele, sentando-se ereto, descansando uma das mãos no joelho. — Que promessa é esta?

Mais uma vez Anahi tentou estudar-lhe a expressão, mas o semblante dele estava completamente fechado para ela. Mas Alfonso estava ouvindo, e isso já era alguma coisa.

— Eu quero que me prometa que, independentemente do que aconteça, você não vai descontar o que sente por mim em nossos filhos.

Ele inclinou a cabeça para um lado, estudou-a por um longo momento, então, enquanto Anahi prendia a respiração e esperava por uma resposta, Alfonso finalmente assentiu.

— Tudo bem. Eu lhe dou a minha palavra. O que existe entre você e eu não vai afetar como eu trato seus filhos.

Anahi lhe deu um pequeno sorriso.

— Obrigada.

— Mas se eles forem meus filhos — acrescentou ele —, você e eu teremos muito que conversar.

O exame de DNA foi feito com rapidez, e logo Anahi e Alfonso estavam de volta no táxi, dirigindo-se para o cais novamente. Sua angústia era imensa, a cabeça girava. E o fato de estar trancada dentro de um carro numa rua congestionada não ajudava. Precisava caminhar. Precisava respirar. Necessitava se sentir livre. Virando-se para Alfonso, falou de repente:

— Podemos descer? Andar o resto do caminho para o cais?

Alfonso a olhou, e o que viu no rosto dela deve tê-lo convencido, porque ele assentiu, então falou com o motorista em espanhol. Um momento depois, o táxi parou no meio-fio. Anahi desceu de modo afobado e inalou o ar marítimo frio enquanto Alfonso pagava a corrida.

Turistas e locais lotavam a calçada, andando apressadamente para todas as direções. Anahi prendeu a bolsa embaixo do braço esquerdo e virou o rosto para a brisa que vinha do mar.

— Estamos a diversos quarteirões do navio — disse Alfonso quando se juntou a ela na calçada. — Você vai conseguir andar nestes sapatos?

Anahi olhou para suas sandálias de salto, então para ele.

— Vou conseguir. Eu só...precisava sair daquele táxi e me movimentar um pouco.

— Eu não lembro de você tão ansiosa — comentou ele. Ela riu, e a risada soou nervosa até para seus próprios ouvidos.

— Não ansiosa realmente. É só que, desde que os meninos nasceram, eu não estou acostumada a ficar parada. Eles me fazem correr o dia inteiro, e sentada num táxi, eu me senti presa numa gaiola, e o fato de estarmos em silêncio também não ajudou. Tínhamos acabado de sair do laboratório, meu cérebro estava em intensa atividade e...

Anahi interrompeu o fluxo frenético de palavras erguendo a mão. 

— Eu entendi. E também gosto da idéia de tomar um pouco de ar. Então, por que não começamos a andar?

— Claro. Isso seria ótimo. — Deus, Anahi não pretendera ter um fluxo de consciência ali. Se ele não a tivesse interrompido, o que mais ela poderia ter falado?

Alfonso pegou-lhe o braço para virá-la, e o calor que o toque provocou em Anahi foi o bastante para ferver seu sangue e fazê-la arfar. Não um bom sinal.

Música vinha da porta aberta de uma cantina, e dois turistas jovens embriagados saíram tropeçando na calçada. Alfonso a puxou para mais perto, de modo que eles passassem o casal, mas mesmo depois, não a liberou. Não que ela se importasse.

— Então, como é um dia típico para você agora? — perguntou ele enquanto eles andavam.

— Típico? — Anahi riu, apesar do fato de seus nervos estarem à flor da pele e seu corpo em chamas devido ao braço de Alfonso rodeando sua cintura.— Aprendi rapidamente que com bebês na casa não existe algo como típico.

Ela arriscou uma olhada para ele, e os olhos azuis se conectaram com os seus por um segundo intenso. Então Alfonso assentiu e disse:

— Certo, então descreva um de seus dias típicos para mim.

— Bem, para começar, meus dias começam muito mais cedo do que antes — murmurou ela. — Os gêmeos dormem a noite inteira agora, graças a Deus, mas estão acordados e animados por volta das seis da manhã.

— Isso não deve ser fácil. — O braço ao redor da cintura dela afrouxou um pouco, mas ele não a liberou, e Anahi sentiu quase como se eles fossem um casal de verdade. O que era um pensamento perigoso.

— Não — respondeu ela rapidamente, a fim de frear sua imaginação com fatos frios. A vida deles era tão diferente que ele nunca seria capaz de entender como era o mundo de Anahi. Alfonso acordava quando tinha vontade, tomava café da manhã em seu quarto, então passava o resto do dia vagando dentro de um navio, certificando-se se seus passageiros estavam felizes.

Ela, por outro lado...