Fanfic: °°°°♥O Ultimo Beijo♥°°°°

2 - 05.

Por sorte, Annie não tocou mais no assunto desde que saímos da sorveteria. Creio que havia acreditado em todas as coisas que disse. O resto do dia não posso negar que não tenha sido divertido, pois encontramos alguns velhos amigos meus enquanto passeávamos pela praça. Se não fosse por eles, ai sim eu teria de estar ouvindo sobre os últimos lançamentos de roupas e sapatos, na próxima cor que ela pintaria o cabelo, em quando iria ao salão, em quão estaria gorda, etc. Baboseiras que a muito tempo não agüentava mais escutar (...)

Já estava tarde quando deixei Annie no shopping com algumas amigas que acara
de encontrar. Meus pés já doíam de tanto andar de um lado para o outro, além de
minhas mãos estarem inchados pelo número de sacola que tive de carregar. Decidi
ir para casa andando, adorava andar ao entardecer, era uma ótima maneira de se
esfriar a cabeça, principalmente quando se acorda de ressaca. Estava passando pelo apartamento das garotas quando vi a minha bela ruiva sair de um taxi, e que por algum milagre, não estava acompanhada por seu amiguinho.

Chris: Chegando agora? - ela deu um pulo, tamanho susto que inevitavelmente
tinha lhe dado.
Dulce: Ah, oi Christopher - disse recuperando seu fôlego e se encostando a
portaria do prédio. Dei-lhe um de meus melhores sorrisos e me pus a sua frente.
Chris: Importa-se em dizer onde estava até agora? - ela mirou-me
espantada e logo deu um pequeno riso.
Dulce: Resolvendo alguns problemas pessoais, meu caro senhor!...

Não pude deixar de rir junto a ela. Era incrível como em menos de cinco minutos ela conseguia me fazer rir por coisas tão... Bobas!

Chris: Creio então que deveria ser de tamanha importância a senhorita,
se me permite chamar-lhe apenas de Dul, para chegar a esta hora. - Dulce me
olhou com um sorriso divertido, que me deixou ainda mais fascinado por possuir
aqueles lábios desde quando Annie nos interrompeu.
Dulce: Se permite descordar-me de vós, não é assim tão tarde.
Chris: Sinceramente pensa que não? Minha senhora... Já quase faz quatro
horas e meia que saíste. O que não fica bem a uma dama chegar a sua casa tamanho tempo que esteve fora. - Dulce pôs seus dois braços na cintura, e batendo o pé no chão me mirou marota.
Dulce: Anda me observando senhor Uckermann? – olhou-me divertida.
Chris: Apenas sei devido a hora que saíste de nosso curto, mas agradável
ensaio. - ela abaixou seu rosto, rindo com a mão nos lábios. Aquela brincadeira
deveria ter sido a mais inútil que já havia feito. Mas não posso negar, tinha sido
muito divertida.
Dulce: Está bem, chega dessa brincadeira que já está deixando meu
português confuso demais. - nos dois rimos, e nos olhamos profundamente.
Chris: Não, agora é sério,... Onde estava?
Dulce: Revolvendo problemas pessoais, já disse!...
Chris: Ta, mas,... Até agora? - ela arqueou as sobrancelhas e olhou-me
ainda confusa.
Dulce: O que está querendo que responda? Quer que te fale o que estava
resolvendo... É isso? - pude sentir que não havia gostado da minha pergunta, o que
me levou a ficar ainda mais intrigado.
Chris: É, acho que sim...

Dulce: Então sinto muito, mas não vou te responder Christopher! - o tom
de suas palavras foram severas. - Agora se me der licença... - ajeitou sua bolsa
nas costas e foi saindo, porém a impedi, segurando em seu braço.
Chris: Qual é a tua garota? Eu apenas pedi uma resposta, só isso, não
precisava ter falado assim comigo.
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Dulce: Não Christopher, na verdade você me exigiu uma resposta. - soltou
minha mãe de seu braço. - A que infelizmente não vou poder lhe dar, afinal são
assuntos pessoais.
Chris: Misteriosa?
Dulce: Quem sabe... - pareceu me subestimar quando disse somente
aquelas duas palavras, e ao final delas voltou a dar as costas para mim.
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Sem dúvidas ela escondia alguma coisa, algo muito importante a ela para não
querer me contar. E eu estava disposto a descobrir. Só quando ela estava
entrando no prédio percebi que tinha nas mãos não só a pasta o piano, e sim
mais um envelope branco. Antes que pudesse entrar no prédio, corri até ela e
lhe roubei inesperadamente o envelope de suas mãos.
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Chris: Então talvez isso me dê respostas! - dei-lhe um sorriso travesso
e corri. Quando roubei o envelope de suas mãos, Dulce empalideceu e logo
começou a correr, tentando me acalçar. Ela com certeza estava em desvantagem,
e para provocá-la dizia “Você quer? Então tenta pegar!”. Dulce já gritava,
pedindo para que eu parasse, dizia para parar de brincar, que agora essa
brincadeira estava ficando séria demais. Mas mal ela sabia que estava adorando
aquilo tudo.

Perdi a noção de quanto corremos, de quantos semáforos ultrapassamos e
de quantas vezes quase fomos atropelados. Devemos ter corrido muito pois
eu estava de volta a praça que havia estado com Anahí a algumas horas atrás.
Decidi parar de correr um pouco para recuperar o oxigênio que me faltava.
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Dulce: CHRISTOPHER ME DÁ ISSO! - gritou ela de um lado da fonte,
enquanto que eu estava do outro, parado com o envelope erguido.
Chris: Não até saber o que tanto fez esta tarde... - abaixei meus olhos para
o papel branco em minhas mãos, e prontamente pude ler que se tratava de algum
exame, pois tinha a marca d`água do melhor laboratório do México, sendo ainda o
mais caro. Porém nada pude mais ler, ao ver as mãos de Dulce na minha frente.
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Dei um pulo de imediato para trás, quase caindo ao chão. O que foi suficiente
para me afastar dela.
Dulce: QUE SACO CHRISTOPHER, ME DÁ ISSO! - eu apenas ria enquanto
dava alguns passos pra trás - ISSO É MEU, CARA. É PARTICULAR, POR FAVOR... ME DEVOLVE!
Chris: O que a senhorita Dulce María Espinoza Saviñon tem feito no laboratório mais caro do México? - perguntei após ler seu nome no envelope. - O que será que ela esconde de tão particular aqui para não me falar? Será que é algo grave? -
coloquei minha mão na boca, fazendo uma expressão de assustado para provoca-la.
Dulce: Christopher agora é sério, pára com isso. Me dá! - neguei mordendo
meus lábios. Sem deixar de olhar a distância que ela mantinha de mim, fui abrindo o envelope. - PÁRA! POR FAVOR, PARÁ! NÃO ABRA ISSO CHRISTOPHER! - me surpreendi ao ver que seus olhos estavam brilhando, parecendo estar cheios de lágrimas. O olhar que lançou sobre mim foi de piedade. - Por favor, me devolve... - pediu com uma das mãos erguidas, se aproximando de mim.

Meu corpo estremeceu quando senti seu perfume penetrar por entre
minhas narinas, assim que ela pairou diante mim.

Dulce: Me da? - foi como uma conexão de olhar, sem nem ao menos perceber
minha mão já depositava na dela o envelope. Porém a tempo cai em mim e tirei o
envelope bruscamente de sua mão, fazendo-a cair em cima de mim. O que resultou
nós dois ao chão, e com nossos rostos próximos demais.
Chris: O que tanto esconde? - perguntei com a voz falha devido a aproximação
de nossos rostos, já podia sentir sua respiração bater em minha boca.
Dulce: Nada. É só que... - engoliu em seco, fechando os olhos. - Isso é
particular! - ela estava totalmente entregue em meus braços. O que não era nada
bom...
Chris: Você quer? - perguntei fechando meus olhos e fui me aproximando mais.
Dulce: S-Sim! - por fim ela disse, quase num sussurro.

Nossos rostos estavam a milímetros de distância, e o desejo de sentir seus lábios
sobre os meus cada vez maior.
Chris: Quer? Pega! - ergui o envelope a ela, porém manteve seus olhos
fechados.

Não resistindo a tamanha tentação, rocei nossos narizes, sentindo nossa respiração
quente mesclar uma na outra. Céus, isso era loucura... Se alguém nos visse? Minha
reputação estaria acabada! Mas naquele momento nada mas passou pela minha
cabeça, além de querer sentir os lábios de Dulce, a garota estranha e misteriosa que tinha invadido meus pensamentos a dias. Assim que rocei nossos lábios, pude sentir o sabor incrivelmente doce dos mesmos.

Foi estupidamente incrível aquele gosto, meu coração batia em tamanha rapidez que me assustara. Mais uma vez me aproximei daqueles lábios tentadores, porém Dulce pegou bruscamente o envelope de minha mão e se levantou, desfazendo aquele clima perfeito.

Dulce: Nunca mais faça isso! - suas palavras foram tão baixas que foi quase um
sacrifício para escutá-las. Ela abaixou a mirada e saiu correndo dali. Deixando-me
ainda deitado na grama da praça, confuso. O quê na realidade ela quis dizer em
“Nunca mais faça isso?” Estaria falando de eu tentar beijá-la ou de tentar pegar o
envelope?...