Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce Narrando

Me levantei e caminhei até a janela com o pequeno diário na mão. Será que eu conseguiria fazer tudo aquilo antes de... vocês sabem. - pensei observando o calçadão movimentado. Na esquina de casa tinha um carrinho de cachorro-quente, olhei o rapaz mexendo no purê e meu estômago gritou de fome. Eu vou até lá, como e subo correndo. - planejei para não encontrar Christopher de novo.

Sai do apartamento olhando atentamente no corredor, desci de escadas pra fugir se caso ele ainda estivesse ali. Atravessei a rua devagar e parei em frente ao carrinho de lanches.

– O que vai ser hoje? - o rapaz sorrio, ele estava acostumado a me ver sempre por ali.
– Um cachorro-quente completo. - falei olhando pros lados.
– E pra você? - o rapaz perguntou pra alguém atrás de mim.
– O mesmo. - eu conhecia aquela voz, não sei de onde, mas eu me lembrava dela. Ela me passava calma. - Com fome também? - ele perguntou se colocando ao meu lado.
– Sim. - respondi baixo e me virei para ver quem era. - Ah, eu sabia que essa voz era conhecida. - sem perceber sorri.
– Do meu nome você não lembra, mas pelo menos da minha voz você lembrou. - ele falou rindo e me olhou.
– Ah eu lembro sim. É Sam não é? - perguntei o olhando.
– Sim. - ele sorrio. - Me sinto privilegiado com isso. Não sei você finge ou se esquece mesmo dos nomes das pessoas. - ele me olhou e abaixou a cabeça com um sorriso estreito no rosto.
– Eu esqueço mesmo, eu juro. - sorri e peguei o lanche da mão do rapaz. - Bom você vai comer aqui? - perguntei sem graça.
– Vou sim. Daqui a pouco minha irmã chega aqui, hoje não vou fazer janta, sabe como é né. - ele riu e se sentou em uma mesinha de plástico na calçada.
– Bom, então acho que vou te fazer companhia até ela chegar. - falei baixo e me sentei. Ai, não acredito que eu falei isso. Quis morrer quando me dei conta do modo que eu estava agindo.
– Mas e ai, você mora aqui perto? - ele perguntou me olhando e deu uma mordida em seu lanche.
– Sim, do outro lado da rua. - apontei pro prédio e mordi o lanche.
– Pertinho da praia. - ele sorrio.
– Aham, mas eu nem vou muito. - torci os lábios. - Não sou muito fã de água, pessoas, areia. - ele me olhou e sorrio.
– Entendo. Do que você é afim então? - ele perguntou me olhando.
– Ah de skate, corrida, gosto de jogar play também. - falei insegura e ele riu.
– Você é quase um menininho então. - ele me olhou e eu dei risada.
– Por ai. Gosto de tudo o que uma garota comum odeia. - falei dando um gole no refrigerante.
– Já tinha percebido isso. - ele me olhou.
– Sam. - uma menina baixinha e magra se aproximou de nós com a cara fechada.
– Ah oi Lisa. - Sam falou puxando um banquinho pra ela sentar com a gente.
– Quem é? - ela falou baixinho pra ele.
– Ah é, essa é a Dulce, uma amiga. - ele completou dando ênfase em amiga.
– Hm, oi Dulce, eu sou a Elisa irmã do Sam. - ela sorrio e eu retribui o sorriso tímida.
– Bom, já vou subir. - falei me levantando e indo pagar o rapaz do lanche.
– Tchau Dulce. - Elisa falou sorrindo.
– Tchau. - sorri também. Eu olhei pro Sam e ele me olhava atento, nossos olhos se cruzaram e desviei o olhar. - É, tchau Sam. - falei rápido atravessando a rua.
– Que ridícula. - resmunguei baixo e entrei no elevador. - Ele vai pensar que eu sou uma idiota.
– Hein? - uma garota perguntou me olhando assustada.
– Não estou falando com você. - revirei os olhos.
– Ata. - ela resmungou e desceu em dois andares abaixo do meu.

Entrei em casa bufando e fui pro quarto.


# Maite narrando

– Faz um tempo que eu não vejo o Sam. - falei desanimada sentando no banco da pista de skate.
– Ele está meio ocupadão esses dias. - Rafael respondeu me olhando.
– Entendo. - resmunguei baixo.
– Por que o interesse? - ele perguntou curioso.
– Por nada ué. - me levantei e fui andar de skate novamente.

Eu não sei, mas sempre que vejo o Sam sinto algo estranho na minha barriga. Eu nunca senti isso por outra pessoa, é estranho e constrangedor, pois eu fico com medo de que alguém percebe algo diferente.
Nunca me apaixonei por ninguém, sempre fiquei com todos e nunca senti esse negócio estranho.

Ficamos até tarde na pista, depois eu, Zô, Rafa e Christopher fomos lá pra casa beber alguma coisa e jogar conversa fora.
Assim que chegamos o apartamento estava em um silêncio absoluto. Dulce devia ter saído ou já estava dormindo.

– Ai, vamos pedir alguma coisa pra comer? - Zô falou pegando a lista telefônica.
– Demoro. O que vocês vão querer? Pizza?
– Pode ser né? - Zô falou olhando pra mim que dei positivo com a cabeça.
– E a Dulce? Não vai comer? - Rafael perguntou olhando a lista.
– Ela já deve ter comido Rafa, nem sei se ela tá aqui. - respondi colocando os pratos na mesa.
– Entendo. Ucker a hora que você veio aqui ela tava? - Rafael perguntou olhando Christopher.
– Sim, e me mandou embora. - nós rimos.
– Essa é a Dulce que eu conheço. - Zô falou rindo.
– Acho que estou apaixonado. - Christopher falou suspirando.
– Você sempre diz isso. - Rafael o encarou.
– Eu sei, mas dessa vez eu juro que é diferente. - ele sorrio.
– Desencana Ucker, a Dulce nunca daria moral pra alguém como você. - falei o olhando.
– Por quê? - ele perguntou frustrado.
– Dulce não faz o estilo que combina com você, ela não é nem um pouco carinhosa e nem tão pouco educada. - fui sincera.
– Imagina a mamãe conhecendo Dulce. - Rafael se intrometeu e riu.
– Um desastre. - Zô falou do outro lado da sala.
– Mas eu não me importo com o que ela acha. - Christopher falou olhando pro Rafa.
– Nem eu. - os dois riram e eu e Zô olhamos de canto.
– Sua mãe deve ser um amor hein. - falei rindo.
– Só conhecendo pra saber, é quase a cruéla em vida. - Rafael falou rindo.
– Que dó. - Zô e eu rimos.
– Posso usar o banheiro? - Christopher perguntou-me.
– Aham. Por aqui. - Levei ele até o corredor. - É a última porta. - apontei e voltei pra sala.

Que bunitin o Ucker, meio que, admitindo que "Esta Apaixonado"... Não!??? <3

Penultimo de Hoje... 

Postando *-*