Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce Narrando

Assim que sai do refeitório lembrei do dia que eu havia feito isso pro Christopher na pista, me bateu uma saudade e eu debrucei em uma janela aberta. Apesar de eu estar sempre rindo e sorrindo com elas, eu estava mal, eu só não queria que alguém notasse isso. Encarei o jardim e o sol ainda fraco, olhei pros lados para ver se tinha alguém me olhando e disfarçadamente sai pela porta correndo pelo jardim. Corri as margens do rio até encontrar a cabana que as meninas me levaram naquele dia, eu precisava achar um jeito de voltar, ou então avisar Mai onde eu estava, não era justo eles não terem notícias sobre mim. Achei um caderno e um lápis, escrevi uma carta contando pra Mai tudo o que tinha acontecido e que eu estava em algum lugar da Espanha, que provavelmente era o interior, pois tinha muito árvore e cheirava a esterco. Dei todos os detalhes sobre tudo que pudesse ajuda-la a me achar. Fazia um bom tempo que eu estava lá na cabana quando ouvi um barulho de passos sobre as folhas secas e olhei pela janela.

– O que você tá fazendo aqui?
– Ah, vim pensar um pouco. - respondi sem graça.
– Matou aula, né? - ele perguntou rindo.
– Se estou aqui, é óbvio que não fui pra aula. - sorri sem mostrar os dentes.
– Claro. - ele riu de si mesmo. - O que você tava fazendo? Que isso? - ele olhou o papel na minha mão.
– Uma carta pra uma amiga. - respondi seca.
– Sem chances. Seu pai falou pra minha mãe não enviar nenhuma carta sua e nem entregar se chegasse alguma pra você. - ele falou sentando no chão.
– Como assim? Por quê? - sentei ao lado dele.
– Não sei, ué. - ele deu de ombros.
– Então você vai até a cidade e coloca essa carta pra mim no correio. - encarei ele.
– Eu? Eu não, não me meta em problemas. - ele falou sem interesse.
– Por favor. - quase implorei e me senti ridícula com aquilo.
– Tá, vou tentar. - ele me olhou. - Como é o seu nome mesmo? - ele quebrou o silêncio que estava.
– Dulce. - respondi baixo.
– Entendo. - ele falou me olhando. - Sou o Alfonso, mas pode me chamar de Poncho.
– Aham. - respondi sem interesse.
– Qual o seu problema? - ele perguntou me encarando. - Sempre está nem ai pra nada, não faz os exercícios que os professores pedi e está sempre mal-humorada.
– Como sabe que não faço os exercícios? - perguntei olhando-o.
– Sou o filho da diretora, sei de tudo o que os professores falam nas reuniões. - ele debochou.
– Filhos da puta. - murmurei. - Como vou fazer aquelas malditas lições se não entendo espanhol? Que caralho, eles poderiam me passar coisas em português, né.
– Também acho, eles são uns filhos da puta mesmo. - eu ri baixo.
– Pois é, quando der, tenta falar pra eles que não falo espanhol.
– Pode deixar. - ele falou baixo. - Mas então, o que você tá fazendo aqui? - ele olhou confuso. - Você parece que caiu de paraquedas nesse lugar, não faz seu estilo.
– Pois é, eu não vejo a hora de voltar pra casa... - respirei fundo. - Mas tô vendo que vai ser mais difícil do que eu imaginava.
– Eu posso te ajudar, ué. - ele deu de ombros e encarou minhas unhas. - É unhas pretas não são o padrão do colégio, vou te ajudar a sair daqui.
– Sério? Como? - perguntei animada.
– Não sei. - ele me olhou e eu revirei os olhos.
– Grande ajuda. - revirei os olhos novamente e ele riu.
– Calma! Você é muito ansiosa. - ele riu baixo. - Eu vou bolar algo e te falo, ué.
– Tá, mas fica só entre a gente. - falei baixo.
– Ok. - ele concordou e ficamos em silêncio.
– Acho melhor eu voltar. - me levantei devagar. - O que vão pensar se souberem que eu passei a manhã toda com você aqui. - torci os lábios e abri a porta. - Ah! - andei até ele e coloquei a carta em seu bolso. - Se esforce pra não ler, e também pra envia-la.
– Você é folgadinha assim sempre? - ele perguntou me olhando e se levantou.
– Sempre. - respondi séria e nós fomos caminhando pela margem do rio.
– O que vocês estavam fazendo juntos? - Derick perguntou quando nos viu saindo do meio do mato.
– Transando. - Poncho falou sério.
– Não. - alterei e ri da expressão que ele fez.
– Claro que era. - Poncho falou me olhando.
– Que seja. - dei de ombros. - Óh aquele negócio lá, fica só entre a gente. - dei uma piscadinha e sai de perto deles.
– Seu filho da puta o que vocês estavam fazendo lá? - ouvi o canalha perguntar com tom de deboche.
– Nada demais. - diminui os passos pra me certificar que Poncho não contaria nada e depois que ouvi a resposta andei mais rápido.
– Onde você tava? - Luma perguntou me olhando.
– Na cabana. - respondi me sentando na mesa do refeitório.
– Com quem? - Melissa se aproximou de mim.
– Sozinha. - me ajeitei na cadeira e as três me encararam.
– Mentira. - Anahi falou me olhando. - Qual deles? Poncho ou Derick? - Anahi tinha um senso incrível pra descobrir as coisas, incrível.
– Poncho. - respondi baixo.
– Que safada. - Luma murmurou. - Só não me diz que se beijaram e que nem teremos tempo de fazer a brincadeirinha.
– Não, não nos beijamos. - falei enojada.
– Melhor assim. - ela falou me olhando.
– Já disse que não vou fazer essa brincadeira, não quero humilhar ninguém. - debochei e elas riram.

Pretendo fazer a "Mini Maratona" agora... (ou quem sabe mais que Mini) Rs`

So depende de vocês...

Com três comentarios de pessoas diferentes eu posto o proximo capitulo...

Vamos la!???

Comenteemmmm... *-*