Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

 # Dulce Narrando

– Você tá bem? Assim que minha mãe falou em vim correndo. Você comeu hoje? Pelo jeito não né. Desse jeito vai acabar ficando doente e não tem hospital por perto. - Poncho falava sem pausas, nós o encaramos e Luma começou a rir.
– Respira, filho. - Any debochou.
– Engraçadinhas. - ele resmungou.
– Eu estou bem, Sr. Risonho. - debochei.
– Risonho, adorei. - Luma falou rindo. - O Poncho vive sorrindo, né.
– E o que tem de errado nisso? - ele perguntou sem jeito.
– Nada, continue sorrindo e fazendo do nosso dia mais feliz. - Any falou assanhada.
– Para de trairagem, Anahi. - Luma cutucou ela.
– Vem, vamos deixar eles a sós. - Melissa falou puxando as duas pra fora da sala.
– Tá bem mesmo? - Poncho sentou na maca e eu fitei seus olhos verde musgo.
– Estou, sério. - forcei um sorriso.
– Que bom. - ele sorrio estreito e eu ajeitei uma mecha do meu cabelo. - Será que você já pode ir embora daqui? - ele perguntou baixinho. - É que esse lugar fede a naftalina.
– Engraçado, as meninas do xadrez também. - respondi baixinho.
– Elas tem bigode, já reparou? - ele sussurrou e eu ri baixo.
– Por que estamos sussurrando? - sussurrei.
– Não sei. - ele respondeu em sussurro.
– Chega. - dei risada e ele me olhou. - Não gosto quando você fica me olhando assim. - falei sem graça.
– Por quê? - ele perguntou confuso.
– Não sei. - desviei o olhar me levantando da maca.

A enfermeira me deu um papel que me liberava de qualquer tarefa durante a tarde, então eu e Poncho fomos pra biblioteca que por sinal estava vazia.

– Você vai me fazer estudar agora? Acabei de me recuperar de um desmaio, estou mal. - falei com manha.
– Para de frescurinha. - ele puxou a cadeira pra eu sentar.
– Cadê os livros? - perguntei ao ver que ele estava sentando sem nenhum livro na mão.
– Não vamos estudar. - ele me olhou. - Vamos conversar. - completou com um sorriso estreito e passou as mãos no cabelo bagunçado.
– Conversar sobre o que? - perguntei receosa.
– Sobre você. - ele falou um pouco mais sério.
– Não gosto de falar sobre mim.
– Nome completo? Idade? De que cidade do Brasil você veio? - ele ignorou o que eu havia falado e começou a me questionar.
– Interrogatório policial?
– Sim e você está detida até me responder isso e mais algumas coisas. - ele cruzou os braços e me encarou.
– Tá, então vamos ficar aqui até amanhã. - cruzei os braços e comecei a cantarolar. - Lálálá ♪ - cantava baixinho enquanto Poncho me encarava com um meio sorriso. - Você devia parar com essa mania de sorrir toda hora. - falei baixo.
– Não é mania. - ele respondeu me olhando.
– O que é então? Afinal, você sorri a cada segundo. - falei revirando os olhos. - Devem pensar que você é um bobo. - fiz negativo com a cabeça.
– O que eu posso fazer se desde que você veio pra esse colégio eu me sinto mais feliz? O que eu posso fazer se quando te vejo minha boca trava em um sorriso. - ele me encarou. - Não consigo evitar.
– Então, meu nome é Dulce Maria Saviñón, 18 anos, a não, fiz 19 esses dias e morava no Rio de Janeiro antes de vir pra cá. - mudei descaradamente de assunto e ele riu.
– Eu já sei como conseguir as coisas de você. É só falar em sentimento que você se sente pressionada e responde e faz as coisas que te pediram.
– Não é verdade. - cuspi as palavras timidamente.
– Se você quer continuar se enganando assim, então tá.
– É, então tá. - fui seca e cruzei os braços.

Dentro da biblioteca estava eu, Poncho e uma mulher que cuida de tudo por lá. Poncho se levantou me deixando sozinha na mesa e foi pra uma prateleira de livros mais lá no fundo.

– Dulce, vem aqui. - ele falou sério.
– Por que eu iria? - falei birrenta.
– Vem logo, quero te mostrar um negócio.

Me levantei bufando e fui até ele, ele estava com um livro na mão e eu me aproximei pra ver o que ele queria. - Que é? - falei indiferente.
– Olha isso. - ele indicou algo no livro e eu cheguei mais perto.
– Que isso? - revirei os olhos.

Ele me encostou na estante com força e me beijou. Eu não sei explicar o que estava sentindo, eu até que gostei, mas enquanto ele me beijava várias vezes me veio Christopher na cabeça. Para Dulce, o Christopher não pensou em você quando transou com a Zô, sua amiga. - repeti algumas vezes em pensamento, até relaxar e corresponder ao beijo. Ele parou o beijo do nada e me encarou. - Desculpa. - falou baixo. - Agi por impulso. - ele completou.
– Poncho. - o chamei baixo.
– Que? - ele perguntou me olhando.
– Calado. - o puxei pela camiseta e o beijei com ferocidade.
– Eu estou vendo isso, Alfonso. - escutamos a voz da mulher que cuida da biblioteca e eu ri baixo.
– Agora não tá vendo mais. - ele colocou o livro na frente do nosso rosto e voltou a me beijar.


Eu e Poncho saímos da biblioteca disfarçadamente e fomos pros corredores do fundo do colégio, rolou altos amassos e eu tentei não pensar em nada do que eu havia deixado pra trás, ou seja: Christopher.

– Poncho, mas tem uma coisa. - falei me levantando e ficando de frente pra ele.
– Que?
– Eu não quero compromisso, não quero nada sério além de umas ficadas quando der vontade. - falei na maior cara de pau. Ele me olhou meio assim e por um momento achei que ele não concordaria.
– Por mim tá tudo bem. - ele me olhou. - Você é livre e fica com quiser e eu o mesmo.
– Fechado. - forcei um sorriso e nós demos o último beijo antes de sair de lá.

Pronto! Pelo menos eu estava livre de compromisso e só daria uns amassos quando me desse vontade, estava perfeito pra mim.

– Onde você estava? - Any perguntou quando me viu.
– Estava atrás do colégio. - respondi baixo.
– Fazendo? - ela perguntou com um sorriso bobo.
– Beijando. - dei risada e ela me olhou.
– Quem? Poncho? - ela perguntou animada.
– É, por enquanto só estou beijando ele, né? - forcei um sorriso.
– Por enquanto só ele? Derick será a próxima vitima?
– Lógico. - respondi sem remorso.
– Tá ficando sem vergonha hein. - ela debochou.
– Um pouquinho. - debochei e nós rimos.

Logo Luma e Melissa chegou e nós fomos tomar banho, a noite eu não marquei nada com Poncho, então iria a caça a trás do Derick.
Anoiteceu e eu desci pra biblioteca, tinha quase certeza de que Derick estaria lá lendo algum livro estranho e sem sentido.

– Sabia que você estaria aqui. - falei baixo quando passei pela porta e o vi sentado lendo. Ele arqueou as sobrancelhas me fitando e depois voltou a ler sem dizer uma palavra. Eu me sentei perto dele e fiquei o olhando em silêncio.
– O que você quer? - ele perguntou quebrando o silêncio.
– Terminar o que começamos outro dia. - mordi o lábio inferior delicadamente e ele me olhou.
– E o que era exatamente? - perguntou se fazendo de desentendido.
– Isso. - debrucei sobre a mesa e o puxei pelo colarinho da blusa, fazendo com que nossos lábios ficassem juntos. Eu podia sentir sua respiração quente e seus lábios macios tocando o meu, eu não iria beija-lo, não era minha intenção, eu queria apenas provoca-lo. A sensação de provocar um homem e sentir que ele estava te desejando, era impagável. O selei de leve e me afastei sem tirar os olhos dele.
– Tá brincando comigo, Dulce? - ele falou me encarando.
– Talvez sim, talvez não. - falei irônica, ele se levantou ficando de frente pra mim.
– Hum, então vamos brincar direito. - ele me puxou pela nuca com firmeza e me beijou.

Ele brincava com a minha língua dando leves chupões e percorria minha cintura com suas mãos firmes. Logo o beijo tomou mais urgência e desejo, meus dedos se entrelaçaram em seus cabelos puxando-os e trazendo sua cabeça ainda mais para perto. Eu sabia que se não parasse naquele momento boa coisa não daria. Fui diminuindo o ritmo do beijo e com alguns selinhos me afastei.

– Isso significa que você está pedindo água? Arregou? - ele debochou e eu dei alguns passos pra trás em direção a porta.

O que eu estava fazendo? Estava agindo feito a Poliana, estava me transformando em tudo que eu sempre odiei, em tudo que eu sempre critiquei. Eu estava tentando preencher o vazio dentro de mim, mas estava fazendo isso errado, pois estava me transformando em algo que desprezo.

– Você acha mesmo que beijar outros caras vai te fazer esquece-lo, idiota. - sussurrei enquanto subia as escadas com pressa.

Entrei no quarto em silêncio e me afundei nas cobertas, eu estava me sentindo envergonhada pela forma que estava agindo e eu teria que dar um fim nessa falsa Dulce, eu não sou assim e colocar um sorriso no rosto e dizer que está tudo bem, quando na verdade está tudo péssimo está acabando comigo aos poucos.

O que acharam dessa "nova" atitude da Dulce!??

P.S.: Daqui dois capitulos, sera o Ucker narrando... Epretendo deixa-las curiosas ao maximo... #ProntoFalei!!! kkkkkk

Eu ia responder aos coments de vocês... Mas se eu parasse para responde-los a essa hora eu iria acabar não postando... kkkkkkkkkk #Desculpa!!!

Bjussss... 

Comenteemmm... *-*