Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando

No dia seguinte acordei cedo e abri minha mala. Coloquei minhas pulseiras de tacha, a saia do colégio, meu coturno e escureci os olhos o máximo que consegui. Abri os primeiros botões da camisa branca que fazia parte do uniforme, deixando um pouco dos meus seios a mostra e baguncei o cabelo.

– Seja bem vinda de volta, Dulce Maria Saviñón. - sussurrei ao me olhar no espelho.

Não esperei as meninas e desci pro refeitório com a cabeça erguida e passos firmes. Eu estava de volta, pronta pra fazer a vida de todos naquele lugar um inferno. Já que meu querido paizinho quer que eu fique aqui, vai arcar com as consequências. Eu já tinha todo um plano bolado, eu aprontaria até que o colégio me mandasse embora. - eu teria que infernizar a todos para poder ser expulsa. - eu pensava nos detalhes pro plano enquanto tomava café.


Primeira fase do plano.

Assim que entrei na sala de aula os olhares se voltaram pra mim. Sorri de canto e me sentei relaxadamente na cadeira. O professor entrou e começou a aula, como sempre eu não estava entendo nada e acabaria reprovando porque aqueles malditos sabiam português e mesmo assim só falavam em espanhol.

– Carajo. - resmunguei e o professor me encarou. - É eu falei carajo mesmo, ou prefere que eu fale caralho?
– Dulce Maria Saviñón, você poderia por favor se retirar da sala? - ele falou em me olhar.
– Não. - me ajeitei na cadeira e o ignorei.
– Não foi uma pergunta, foi uma ordem. - ele falou autoritário.
– Foda-se, não recebo ordens de idiota. - sorri sem mostrar os dentes e continuei no meu lugar.
– Você está faltando com respeito, vou chamar a direção. - ele me ameaçou.
– Chama lá, ai eu aproveito e falo na frente dela o quanto você é filho da puta e idiota. - as garotas na sala fizeram um NOSSA em coral e eu ri baixo. - Você é tão ridículo que precisa chamar a direção pois não dá conta de uma garota de 19 anos, deplorável. - falei ironicamente e ele se levantou bravo.
– Saia da minha sala agora. - ele gritou.
– Já disse, não vou sair. - arrumei uma mecha de cabelo que estava sobre meus olhos. - Só saiu daqui quando eu te ver vontade, caso contrário. - dei uma piscadinha pra ele e ele saiu aos nervos de dentro da sala.
– Você tá louca, Dulce? - Melissa perguntou me olhando.
– Tem uma diferença em estar e ser, e eu não estou, eu sou. - forcei um sorriso sem mostrar os dentes e ela me encarou boquiaberta.

A inspetora apareceu pedindo POR FAVOR para eu sair da sala, então eu me levantei e sai com a cabeça erguida.
Quando passei na frente da sala dos professores, vi o filho da mãe tomando água com açúcar e sendo acalmado por uma outra professora, ri baixo e continuei andando. A inspetora me levou até a direção e ela me colocou um castigo ridículo... Eu teria de escrever uma redação sobre a guerra civil e entregar nas mãos dela no dia seguinte.
Durante a tarde me afundei na biblioteca para fazer a redação, já que ela também tinha me proibido de fazer as aulas extras.

– Fiquei sabendo o que aconteceu. E bem... Quer ajuda? - Poncho perguntou se sentando na mesma mesa que eu.
– Não preciso de ajuda. - falei seca.
– Tem certeza, eu posso ir lendo e marcando com o lápis alguns pontos importantes. - ele insistiu.
– Poncho me faz um grande favor? - falei sem olha-lo.
– Que? - ele perguntou animado, achando que eu havia cedido.
– Vai cuidar da sua vida, pois da minha eu sei cuidar e não preciso de ajuda pra isso. - disse friamente e me levantei indo a uma prateleira de livros.
– Por que tá agindo assim? - ele insistiu em me encher o saco.
– A fase frágil já passou e o meu verdadeiro eu voltou. - respondi indiferente.
– Preferia antes. - falou baixo e deu alguns passos pra trás e eu continuei folheando o livro.
– Eu não. - sussurrei sem tirar os olhos do livro, mas fui surpreendida por Poncho que me prensou na parede bruscamente.
– O que você tá fazendo? Me solta. - tentei me agachar pra escapar de seus braços, mas ele abaixou junto comigo e nossos olhares se encontraram. E em fração de segundos meu coração disparou e minhas mãos soaram.

Ele encostou seus lábios no meu e deu início a um suave beijo, aos poucos suas mãos que antes impediam que eu me mexesse foram parar na minha nuca e a cada movimento ele acariciava meus cabelos suavemente. - Para. - me afastei dele e ele me encarou sério. - Não posso mais, eu amo outra pessoa e cada vez que faço isso sinto que estou o traindo.
– Quem é? - ele perguntou abaixando a cabeça e depois voltando a me olhar.
– Você não o conhece, ele mora no Rio. - cuspi as palavras.
– Mesmo sem conhecê-lo posso dizer que ele é um cara de sorte. - a voz dele vacilou e ele me encarou. - Desculpa. - ele sussurrou e saiu da biblioteca.

O que acharam da volta de Dulce Maria Saviñón????

Proximo post narrado pelo Christopher... (Lembrem-se, tem surpresas sendo reveladas no proximo post)

Volto depois da faculdade... (Torçam para eu me sair bem na prova de hoje, Plissss!? *-*)

Bjuuuusssss...

Comenteemmm... *-*