Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando

As coisas estavam calmas e normais entre eu e Christopher. Víamos a Fuzz bem de vez em quando e Poliana sumiu do mapa, definitivamente não vi nem rastros dela. Certamente estava com medo de levar uma surra, e é bom que fique mesmo, pois quando eu a pegar vou acabar com aquela cara de Polly Pocket do Paraguai. Falta dois dias pra eu voltar pra Espanha, resolver tudo por lá e vir definitivamente pro Brasil.

– Vou sentir saudade de você, Tita. - abracei a Mai e ela riu.
– Daqui uns dias você está de volta, Dulce. - ela riu baixo e afagou meus cabelos.
– Eu sei. - revirei os olhos. - Me deixa ter um momento e carência em paz? - demos risada.
– Tá, eu deixo. - ela me apertou forte. - Já arrumou as malas? - ela falou me soltando e entrando no meu quarto.
– Quase, mas vou deixar a maioria das minhas coisas aqui. - respondi entrando logo depois dela.
– Melhor mesmo. - ela dobrou algumas roupas e nos sentamos na cama.

Ficamos conversando por horas até Luma e Any entrar gritando no apartamento.

– Ei, suas bitch. - repreendi. - Silêncio.
– Puts, Dulce, conhecemos um cara lindo. - ela abriu a boca como se estivesse em choque. - Muito gato, né, Luma?
– Com certeza, muito gato. - Luma concordou animada.
– Vocês só pensam em homem. - revirei os olhos levemente e elas riram.
– Quer que eu pense em mulher? Credo. - ela falou enojada e nós rimos.

O avô da Anahi tinha ligado pra ela e confirmou, eu era mesmo filha da Alice. Era bem inacreditável, a essa altura do campeonato descobrir que tenho uma família. Eu ainda não me acostumei com isso, mas já estou sentindo o que é não ser sozinha. Ele falou comigo e disse que quer que eu faça a cirurgia lá, pois lá terei melhor acompanhamento médico e ele vai pagar tudo, fiquei meio constrangida e relutei no começo, mas depois Anahi acabou me convencendo. Marina ligou pro meu Pai e disse que ele até chorou ao saber que a filha que Alice esperava não morreu e que eles haviam a achado. Ele vai estar na Espanha em alguns dias e vamos nos conhecer, estou super nervosa com isso. Já pensei em como ele é, se ele é mandão como Renato e vai querer me obrigar a fazer as coisas, mas seria precipitado da minha parte julgá-lo assim.
Anahi me garantiu que ele é super legal e que vou gostar dele... Mas nunca se sabe, né?

– Vamos fazer uma despedida hoje, bora né, Dulce? - Anahi falou se jogando na minha cama.
– Bora, lógico. - concordei.
– Ae. - Luma gritou animada.
– Ei, cadê o Poncho? - perguntei ao notar que fazia um bom tempo que não o via.
– Ele sai cedo e só volta a tarde, acho que está te evitando. - Anahi falou sincera.
– Que miserável. - murmurei.
– Miserável é você que iludiu o pobre coitado. - Any resmungou e depois riu.
– Eu não iludi ele. - torci os lábios sem graça.
– Sei não. - Luma falou desconfiada. - Acho que ele gosta pra caramba de você, sei lá, né.
– Gosta nada, é só paixão de momento. - falei me levantando da cama. - Conheço bem isso. - completei baixo e abri as portas do meu armário.

Passamos o resto da tarde conversando e separando as roupas que íamos usar na “despedida”. Eu e Anahi estávamos muito próximas, ela estava sendo como a Mai, eu conseguia conversar com ela e me abrir pra contar sobre meus medos e inseguranças, talvez seja por causa desse negócio de sangue, família e tals.

– Any você bem que poderia vir embora comigo. - falei quebrando o silêncio.
– O vovô não deixa. - ela torceu os lábios. - Eu bem que queria morar no Rio, viu? Calor, homem, caipirinha. - sorrio estreito.
– E se eu convence-lo? - perguntei entusiasmada.
– É assim mesmo? Vai vir todo mundo embora, e eu e a Melissa vamos ficar lá naquela merda de colégio. - Luma resmungou.
– Vem embora também, vamos montar uma pensão de garotas. - Mai falou animada.
– Só se eu fugir, meu pai nunca aceitaria me tirar daquela merda de colégio. - ela bufou e nós rimos.
– Ainda bem que ninguém manda em mim. - falei baixo.
– É, isso até você ter uma família, né, baby? Porque agora vai ficar todo mundo no seu pé. - Anahi debochou. - Vão fazer igual faz comigo, querem saber: Aonde vou, com quem vou e quando volto.
– haha, ninguém manda em mim, não. - disse em um tom debochado e terminei de me maquiar.

Saímos todas juntas, a maior bagunça pelo calçadão. Todo carro que passava dava uma buzinada e a Any gritava os chamando de gordo punheteiro ou velho safado.

Comenteemmm... *-*

Bjusss...