# Dulce narrando

E aqui estou eu no Brasil de novo. Anahi quase me trancou no banheiro para que eu não viesse embora, mas era preciso. Eu não posso passar o resto da vida fugindo e me escondendo da vida real, e a minha vida real é essa. Finalmente estou de volta com o meu skate, minha frieza, minhas grosserias e minha eterna solteirice.

– Você voltou. - Neto falou quando me viu sentada na areia da praia.
– Não, isso que você tá vendo é uma visão. Eu ainda estou lá. - dei de ombros e me levantei.
– Vai aonde? - perguntou assustado.
– Visitar seus parentes - forcei um sorriso sem mostrar os dentes. - ZOO Rio. - Joguei o skate no calçadão e fui me afastando aos poucos.

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Um pedido? Por favor, não se apaixone por mim. O monstro que guardo no coração acabará com você. Uma verdade? Eu estou de volta, e dez vezes mais malvada. Não se aproxime, sou altamente perigosa.

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– Fercho preciso de um lugar pra ficar. - falei me jogando no sofá.
– Você tem um apartamento e quer arrumar um lugar pra ficar? Não entendi. - ele me olhou e eu revirei os olhos.
– Eu não fico sobre o mesmo teto que a Zoraida, nem sobre ameaça. - sorri sem mostrar os dentes e ele riu.
– Beleza, imaginei. - ele riu e me olhou. - Pode ficar aqui em casa, em troca me faz uns favores sexuais. - eu o encarei séria.
– Não pego no seu pênis nem morta, que horror! - fiz cara de nojo. - Isso aí que você chama de “DINO” já entrou em tanta periquita fedida, cruzes.
– Não fala assim do Dino, ele só entra em casinha cheirosa e limpinha. - ele se jogou ao meu lado. - Então, vai querer ficar aqui, ou vai pagar um hotel? - me encarou.
– Pagar hotel? Só se eu me prostituir pra ter dinheiro, estou desempregada... Esqueceu? - nós rimos baixo.
– Você devia aceitar aquele emprego que a vizinha ai de baixo ofereceu. - levantou do sofá e ligou a TV.
– Modelo? Não é pra mim Fercho, começando pelo meu pequeno tamanho. - zombei.
– Xiiiuu, Dulce, vai começar a novela. - ele me olhou sério e eu ri baixo.
– Viadinho, punheteiro e noveleiro. - zombei. - Você precisa arrumar uma namorada, Fercho, sério! - falei séria e me levantei. - Mais tarde trago minhas coisas, até. - abri a porta e sai.

Desde que voltei eu ainda não tinha ido a pista, estava com um pouco de receio de quem encontraria lá, mas os dias foram passando e eu estava bem o suficiente para ir até lá, encontrar com o Christopher e ainda cumprimenta-lo como se fôssemos amigos. Peguei meu skate, minha mochila e sai em direção a pista.
Estava um calor do caramba e eu estava quase me despindo, sério.

– E aí, minazinha, quanto tempo não te vejo por aqui. - um cara que sempre me falava oi quando eu ia até a pista falou ao me ver.
– Evito vir aqui, tenho alergia a idiotas. - torci os lábios em forma de bico e ele riu.
– Sempre simpática. - murmurou e voltou a andar de skate.

Liguei meu celular e coloquei em uma rádio qualquer, tocava todo tipo de música, e eu não me importei com isso. Soltei os cabelos e fui pro ralf. Fiquei andando de skate e ouvindo música por horas, eu acho... Depois me sentei no banco e fiquei olhando o pessoal que passava no calçadão.

– Quer saber, foda-se ♫ - cantei baixinho enquanto ouvia a música do Diwali.
– Tá mandando todo mundo se foder agora, é? - ouvi a voz da Mai e me virei assustada.
– Sempre. - ri baixo. - Achei que você estava no Sam.
– Estava, mas ele teve que levar a Elisa pro curso e eu vim pra cá. - ela me olhou - Tira os fones, quero ouvir música também. - Mai falou animada. Tirei os fones e deixei rolar a mesma música que estava ouvindo: Melhor assim – Diwali.
– Que música revoltada, Dulce. - Mai me olhou boquiaberta.
– Machista, convencido e agora se fodeu ♫ - levantei e comecei a jogar o cabelo de um lado pro outro. - Eu tô pegando um amigo seu ♫ - gritei e a Mai começou a rir.
– Sua safada, tô sabendo que amigo é esse. - falou maliciosa.
– Não me comprometa, Mai. - fiz cara de ué.
– Dulce. - ouvi a voz rouca próximo de mim. Eu precisava agir naturalmente, não quero que ele ache que estou sofrendo por causa dele, não mesmo.
– E ai, Uckermann. - virei empolgada. - Quer saber? Fooodaa-se ♫ - voltei a minha jogadinha de cabelo estratégica e o ignorei.
– Que isso? - Christopher perguntou olhando a Mai.
– Estou tendo um show particular da Miller, silêncio. - Mai zombou.
– Ai, Chega. - falei parando com a loucura. - Tenho que mandar um 360º ali, tô cheia de adrenalina hoje, pqp. - sai correndo com o skate nas mãos.

VAMOS LA... TIPO ASSIM:

https://www.youtube.com/watch?v=oG_tuYxXFBM

Dolls - chicletinho

DESCREVE DIREITONHO... KKKKKKKKKKK

ENTÃO FIQUEM COM:

"Xarari Xarariron Xarari Xarariron

Xarari Xarariron Xarari Xarariron

Eu vou gastando o meu chiclete pra não perceber
Que eu tô cansada desse papo chato tão deprê
Eu ligo um dane-se na boca pra não me estressar
E vou zuando na balada, tipo assim, sei lá

..."

KKKKKKKKKKK

Bjusssss...

Comenteeemmmm!!! *-*