Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy
No caminho do colégio eu e o tal vizinho ficamos amigos, ele era gente boa e não ficava tentando me cantar em cada frase minha.
– E o seu nome? - perguntei olhando ele.
– Fercho. - ele piscou pra mim e eu ri.
– Fercho meio estranho não? Esquisito, sei lá. - nós rimos. - Bom, o meu é... - ele não deixou eu terminar de falar.
– Chaveirinho Barulhento. - ele completou e me olhou.
– Que isso? - falei com cara de ué.
– Seu novo apelido. - ele sorrio.
– Detestei. - revirei os olhos.
– Então vai ser esse mesmo. - ele me olhou e riu da cara que eu fiz.
Estávamos quase chegando na frente do colégio quando eu vi o carro do Christopher no outro lado da rua.
– Ah não. - falei revirando os olhos e o Fercho me olhou.
– Que foi? - ele voltou a encarar a rua e parou o carro na frente da escola, bem ao lado do carro do Christopher.
– Tá vendo aquele ali do carro ao lado? - falei me encolhendo no banco para que ele não me visse.
– Aham, o boyzinho de ontem. - ele me olhou.
– Você já conheceu ele? - perguntei desentendida.
– Ontem na festa, ele foi um dos que perguntou por você.
– Aff. - falei me escondendo quando Christopher saiu do carro.
– Para com isso, tá fugindo dele por quê?
– Porque eu não quero que ele me veja ué, me deixa. - ele riu.
– Que besteira, se você está fugindo dele é porque tem alguma coisa rolando, sei não.
– Não viaja. - olhei pra ele torto.
– Sei.
– Ele já entrou no carro? - perguntei ainda abaixada no banco.
– Aham. - ele me olhou.
– Então estou indo, tchau e vlw pela carona. - dei uma piscadinha e desci do carro.
– Na hora da saída eu passo aqui pra te pegar. - ele falou abrindo a janela do carro e meio que gritou, já que eu já estava quase dentro da escola.
– Não precisa. - falei sem graça.
– Até mais tarde. - Fercho era mais teimoso que duas de mim juntas.
– Que seja. - sussurrei e entrei na escola.
As aulas passaram normalmente, nem lentas e nem rápido, a única coisa que foi bem chato foi ficar sozinha no intervalo, mas nada que um fone e música boa não resolvesse. Eu estava sentada em um banco no sol, estava de olhos fechados e cabeça baixa, quando senti alguém me tocar... Abri o olho super assustada e quando vi quem era nem acreditei.
– O que você tá fazendo aqui? - olhei com a maior cara de ué. - Não sabia que ainda estudava.
– Eu não estudo mais Dulce, estou aqui a trabalho mesmo. - ele respondeu com um sorriso estreito.
– Trabalho? A conta outra vai. - sorri.
– É sério, estou precisando de um dinheiro extra e fiz uma prova pra ser inspetor de alunos, e não é que dei sorte e ganhei a vaga. - ele me olhou.
– Ual, então você vai ter que aguentar eu, Mai e a Zô todo dia. - sorri sem mostrar os dentes.
– Não será nada difícil né, convenhamos.
– Pois é, nós três é o de menos no meio desse bando de pirralho. - falei ajeitando o cabelo.
– Dá pra notar o quanto você ama esse lugar. - ele riu.
– Se eu pudesse colocaria uma bomba e mandaria tudo pro ar, principalmente Polly e as seguidoras esqueléticas.
– Da onde você tira essas coisas? Um dia é punheta, agora seguidoras esqueléticas. - ele riu.
– Sei lá. - eu forcei um sorriso e então fui salva pelo sinal que anunciava o fim do intervalo. - Bom, vou indo. - me levantei. - Tchau Sam. - fiz tchau com a mão e sai.
O restante das aulas foram tranquilas, fui expulsa da sala na aula de história porque o professor me pegou escutando música, como de costume né. Sai da escola e fui direto pra loja, assim que cheguei dei de cara com a Marta veneno, hoje seria um dia daqueles ao lado dela na loja.
– Tá olhando o que Marta? - falei encarando ela enquanto ela me olhava sem disfarçar.
– Você até que é bonitinha, só podia usar umas roupinhas melhor né. - ela falou toda pomposa.
– Tipo roupas igual a sua? - fingi estar animada com a conversa.
– Sim, se quiser posso te dar umas roupas que não me servem mais. - ela me olhou e sorrio.
– Ah claro, seria ótimo. - eu falei irônica. - Estou querendo mesmo fazer uma fogueira na praia.
– Grossa. - ela me olhou brava e saiu andando pros fundos da loja.
– Imagina se eu usaria as roupas dessa baranga. - sussurrei pra mim mesma.
A tarde passou lenta, mais lenta do que o normal, eu olhava a todo momento no relógio e os ponteiros pareciam nunca sair do lugar. Eu sabia que hoje se eu fosse pra pista encontraria o Christopher e eu realmente estava com vergonha de encontra-lo, eu estava envergonhada pelo que aconteceu na praia. Assim que meu patrão me liberou eu arrumei minhas coisas e troquei de roupa, eu estava em dúvida se iria pro ralf ou me escondia em casa até ele se esquecer do que rolou... Um garoto como ele deve ter várias aos seus pés, não vai demorar para que ele nem lembre do meu nome.
Acabei decidindo que iria passar na loja de instrumentos comprar meu violão e depois iria pra praia, já que todos estariam na pista seria difícil encontrar alguém conhecido lá.
Fui até a loja e acabei comprando o violão, o rapaz embalou pra mim e eu sai de lá direto pra praia... o sol já estava fraco e ventava, bem pouco, mas ventava...
Sentei na areia e desembrulhei o violão com cuidado, olhei pros lados pra ver se tinha alguém por perto e arrisquei umas notas... olhei novamente pros lados e depois que tive certeza que não tinha ninguém perto o bastante pra me ouvir comecei a cantar baixinho.
– É parece que a praia é o nosso lugar. - alguém falou baixo e eu sabia muito bem quem era.
– O que você tá fazendo aqui? - olhei assustada.
– Você quer a verdade ou que eu invente alguma coisa?
– A verdade, por favor. - falei seca.
– Não fui pra pista porque não queria te ver. - ele me olhou e eu engoli seco. - Achei que você estaria lá, então decidi vir pra praia e vejo que... - eu o interrompi.
– Vejo que pensamos exatamente a mesma coisa. - voltei a olhar pros meus dedos no violão.
– É. - ele falou baixo. - Bom já vou indo. - ele se virou pra ir embora e eu senti minha garganta arder.
– Se quiser pode ficar. - falei baixo e já arrependida de ter falado aquilo. - Sei lá, tanto faz. - tentei concertar sendo mais seca.
– Não quero te incomodar. - ele continuo andando em direção ao calçadão.
– Não incomoda. - falei baixo para que ele não escutasse, mas parece que não foi tão baixo assim, na hora ele parou e se virou me encarando.
– Falou alguma coisa? - ele me olhou e eu fiquei sem graça.
– Não. - respondi baixo.
– Ah. - ele me olhou e veio caminhando em minha direção novamente.
– Você não ia embora? - perguntei sem graça.
– Lembrei que não tem nada pra fazer em casa, vou ficar. - ele passou a mão na barba rala e sorrio.
– Olha o foco Dulce. - sussurrei disfarçando.
– Mas então, pode continuar cantando. - ele me olhou e depois olhou pro mar.
– Você ouviu? - perguntei apreensiva.
– Sim, a propósito... Sua voz é linda, você canta muito bem. - ele sorrio e eu abaixei a cabeça na tentativa de me esconder atrás do meu cabelo.
– É... Com você me olhando eu não vou conseguir. - falei baixo.
– Finge que não estou aqui. - o vento bateu nele e eu senti o cheiro do seu perfume.
– Meio impossível. - respirei fundo.
– Tá tudo bem? - ele chegou mais próximo de mim.
– Por enquanto está, mas se você chegar mais perto eu... - ele me interrompeu.
– Você o que? - ele se aproximou ainda mais e eu senti meu coração acelerar e minha garganta secar.
– E-e-e-eu... tenho que ir ali. - falei olhando pra ele e apontando pra nem sei onde.
– Ali onde? - ele riu. - Minha presença te deixa nervosa, Dulce? - ele falou debochando.
– Não, nem um pouco. - falei me ajeitando. - Você se acha né Christopher, acha que eu sou igual a Zô que com uma cantadinha ridícula eu já vou ceder? Não sou assim, se sua intenção é essa pode tirar o cavalinho da chuva, porque a única coisa que sinto por você é ódio.
– Grandes romances nasceram do ódio, por mim tudo bem pelo menos você sente algo por mim, mesmo que ainda seja ódio, ainda. - ele riu e eu olhei ele brava.
– Músculos, cavidades, ventrículos, veias, sangue, válvulas... É, não tem espaço pra mais nada no meu coração. - olhei pra ele. - E fique você sabendo que eu prefiro amar uma barata do que amar você. - peguei minhas coisas e me levantei.
– Até mais tarde, Dulce. - ele falou com um sorriso sarcástico.
– Não vou mais te ver hoje, seu animal. - revirei os olhos e sai bufando.
Postando... *-*
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Autor(a): ChrisVondy
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Prévia do próximo capítulo
# Dulce narrando Fui pra casa puro veneno, eu estava muito brava, ele tinha o dom de me irritar, ele me tirava do sério. – Idiota. - sussurrei quando abri a porta de casa. – Que foi? - Mai me olhou desentendida. – O Christopher é um grande idiota. - fui pro quarto e bati a porta. – Cadê o Christopher, Dulce? - Zô entrou no q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2229
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MayFonseca Postado em 30/09/2016 - 00:58:45
Que história linda!! Que final lindo!! Amei cada detalhe, foi incrível!! Parabéns!!
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WannaPlay_Vondy Postado em 25/09/2016 - 16:22:56
Aiii mds que lindo. Simplesmente amei e chorei kkkk. Perfeitaaa
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Anny Lemos Postado em 21/09/2016 - 08:19:16
Não creio que só vou me atualizar quando acabou
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jucinairaespozani Postado em 21/09/2016 - 02:00:52
Eu simplesmente amei, foi ótimo *---* uma pena ter chegado ao fim mas foi uma fic incrível parabéns
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vonon Postado em 13/09/2016 - 14:53:03
Chrisvondy cadê vc?Estou curiosíssima,essa fique me consome sabia?Nunca vi casal mais turrão que esse! CONTINUA!
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Ju Franco Postado em 03/09/2016 - 00:15:43
AHHHHHHHHHHHHHHHHH CADE O ULTIMO EP?
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maria123 Postado em 10/08/2016 - 14:11:00
Leitora fantasma dando as caras rsrs. Eu não entendo a Dulce e esse ciúmes dela por Rodrigo, aliás "Rô", como ela o chama e sinceramente já tá ficando ridículo ela chamando ele desse jeito, Pq não chama pelo nome? Ah eu tbm acho q Dulce não é tão carinhosa com o Ucker , vc não acha? Até com o Rodrigo ela era mais carinhosa , começando por esse apelido chato . Acho q ela devia ser mais carinhosa com o Ucker né ?! Afinal ele aguentou todas as merdas q ela fez , então ele merece todo carinho e amor do mundo . :)
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jucinairaespozani Postado em 10/08/2016 - 10:42:32
Estou amando esse momento deles kkk posta mais
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WannaPlay_Vondy Postado em 09/07/2016 - 12:37:19
Kkkk só a Dul msm pra fazer o Ucker ir procurar quiabo 1 hr da manha. Essa mulher ta enlouquecendo ele. Postaaaaa
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Postado em 27/05/2016 - 18:53:32
Ai maninha quero chorar, tadinha da Dulce