Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando

Na segunda-feira acordei um pouco atrasada, tomei um banho rápido e me arrumei de qualquer jeito. Prendi o cabelo em um coque desarrumado, coloquei uma calça preta, coturno e uma camiseta do Green day.

– E aí, formiga. - Gabriel falou sorridente assim que me aproximei deles.
– E aí. - forcei um sorriso e me sentei.
– Vai ficar agindo como se não tivesse acontecido nada entre vocês? - Eduardo perguntou baixinho.
– E o que isso tem a ver com você? Por que, que eu saiba eu beijei o Gabriel e não você. - fui seca.
– Mas ele é meu amigo. - ele deu de ombros e sentou-se ao meu lado.
– Ai me poupe. - dei risada baixo. - Gabriel você tem alguma dúvida sobre o que aconteceu sexta? - perguntei sarcástica.
– Nenhuma, foi um beijo e já era. Já tinha até esquecido disso. - ele riu e ajeitou o boné.
Eduardo deu uma olhadinha de canto e eu o encarei. - Mas alguma coisa? - perguntei sarcástica e ele se levantou indo em direção ao bebedouro.
– O que rolou? - Henrique perguntou sem entender.
– Eduardo deu um pequeno ataque, nem eu entendi. - dei de ombros e o sinal bateu. - Nos vemos na sala. - me levantei e sai andando distraída.

Quando eu estava quase perto da porta senti alguém me puxar pelo braço e me virou bruscamente.

– Tá louca? - perguntei quando vi que era a Aline.
– Louca de raiva. - ela cerrou os dentes e me encarou com raiva.
– E o que eu tenho a ver com isso? - dei risada baixo e alguns passos pra trás.
– Você não saí daqui antes de me ouvir. - ela me segurou novamente e eu a encarei friamente.
– Se você não tirar a mão de mim, não respondo por meus atos. - encarei sua mão em meu braço e depois subi o olhar pro rosto dela. - Está esperando o que pra tirar a mão de mim? - perguntei friamente e ela me soltou sem graça. - Bem sensato da sua parte. - sorri sem mostrar os dentes.
– Fica longe dele. - ela falou séria. - Eu passei 5 anos fazendo de tudo para tê-lo comigo e agora não vou deixar que qualquer coisinha estrague tudo.
– Eduardo? - perguntei com um sorriso debochado.
– E de quem mais eu estaria falando? - indagou incrédula.
– Fique você sabendo que nem passou na minha cabeça em ter algo com ele. - revirei os olhos. - Mas já que está falando, seria legal.
– Acho bom ficar longe dele e não tentar nada com ele. - ela falou irritada.
– Relaxa, bebê, não vou fazer nada com ele. - pausei. - A menos que ele queira. - ela me olhou séria. - Tô brincando. - dei risada e me virei pra entrar na sala.
– Achei que seria mais difícil. - ela falou quando eu já estava de costas.
– E quem disse que termina aqui? - a olhei por cima do ombro e ela me olhou incrédula.
– Mas você disse que nem passou pela sua cabeça e disse que era brincadeira. - ela falou assustada.
– Sinto te decepcionar, mas eu minto quase sempre. - sorri sem mostrar os dentes.
– Eu sou Aline Wander Wotsson, você não pode falar assim comigo. - ela bateu os pés.
– Sugiro que se quer amedrontar alguém, treine mais na frente do seu espelho pink, pois essa tentativa foi muito humilhante pra você. - me virei novamente e entrei na sala.

– O que Aline queria com você? - Gabriel e Henrique perguntaram juntos e me olharam assustados.
– Aline? - Eduardo perguntou confuso.
Eu ri baixo e me sentei antes de falar. - Ela veio me dizer pra eu ficar longe de você. - balancei a cabeça negativamente e ri. - Mó tolinha essa sua namoradinha. - abri meu caderno e virei algumas folhas.
– Aline acha que é minha dona. - Eduardo falou baixo.
– Eu te avisei pra ficar longe dessa guria, ela é uma Wotsson, só poderia ser manipuladora e chata. - Henrique falou rindo.
– Ela tentou me assustar falando o nome inteiro e batendo os pés. - me intrometi. - Por que eu teria medo de uma patricinha mimada? - revirei os olhos.
– O pai dela é dono de todos os postos de gasolina da região. - Henrique disse baixo.
– Ah, claro. - virei para olha-los. - E ela vai fazer o que? Me deixar sem gasolina? Que garotinha escrota. - eles riram.
– É que muitas garotas daqui tem medo dela. - Gabriel explicou.
– Então ela acabou de encontrar alguém que não sente nada a mais que nojo dela. - torci os lábios e eles riram.
– Já disse que você é terrível, né? - Gabriel falou me olhando.
– Acho que sim. - me virei pra frente.
– Aline é mesmo muito escrota, mas não consigo terminar com ela. - Eduardo falou baixo.
– Chega e fala que não quer mais, simples. - Henrique falou sério.
– Já tentei e da última vez ela ameaçou se jogar da ponte. - ele falou assustado e eu comecei a rir.
– Deixa que se jogue, menos uma escrota no mundo. - virei pra trás e o olhei. - Ninguém sentirá falta, sério. - ele riu baixo e eu me virei encarando a lousa novamente.

Alguns dias depois eu e Clara fomos atrás de tirar novos documentos pra mim e foi uma confusão só, a mulher disse que ligaria pra polícia pois eu estava tentando usar a identidade de alguém que já morreu, eu tentei explicar o que aconteceu mas foi em vão e logo a polícia já estava lá. Eu expliquei tudo de novo ao delegado e Clara contou sobre eu ter perdido a memória. Foi muito confuso e constrangedor, mas depois de alguns dias conseguimos, eu já não era mais uma falecida, sabia meu nome, minha idade, de onde vim e consequentemente, pra onde eu teria de ir pra encontrar alguém que me conhecia. Eu não contaria aquilo pra ninguém e continuaria a ser a fulana de tal.
Eu não podia acreditar que tinha 20 anos e estava no 3º ano do ensino médio. Eduardo, Henrique e Gabriel poderiam ser meus irmãos, eram apenas adolescentes com os hormônios a flor da pele, em busca de uma garotinha de 15 anos pra transar no banco de trás do carro do pai deles.

– Formiga, tá rolando algo muito tenso. - Gabriel falou quando me viu sentada no banco de sempre.
– O que? - perguntei indiferente e bocejei.
– Descobrimos ontem que o pai da Aline está jogando algo no rio principal, aquele que passa pela praça, sabe? - assenti com a cabeça para que ele continuasse. - Ai fomos falar com ele e ele negou tudo. Achei uma puta covardia, muito canalha.
– Chama a imprensa, prova que é dos postos dele que está vindo o tal negócio estranho e ferra ele, simples. - bocejei.
– Como não pensei nisso antes? - ele falou boquiaberto. - Você é foda. - ele beijou minha bochecha e eu revirei os olhos.
– O que tá rolando? - Henrique chegou e viu a cena. - Tão ficando? Eca. - resmungou.
– Não. - falei enojada.
– A tá. - murmurou e sentou-se ao meu lado.

Gabriel explicou tudo pra ele e eles ficaram mó animados pra fazer aquilo de imprensa e tudo mais.

– Você vai estar lá no dia, né? - perguntou me olhando.
– Claro, não perderia isso por nada. - me levantei. - Tenho que fazer um negócio, depois vejo vocês. - fiz um tchauzinho com a mão e sai em direção a quadra da escola.

Pensaram que o "Ex-falecida" se referia a outra coisa... neh!??? kkkkkkkkk

Mas, ta quase ja... Rs`

Bjuussssss!!!!

Comenteemmm... *-*