Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando
Fui pra casa puro veneno, eu estava muito brava, ele tinha o dom de me irritar, ele me tirava do sério.

– Idiota. - sussurrei quando abri a porta de casa.
– Que foi? - Mai me olhou desentendida.
– O Christopher é um grande idiota. - fui pro quarto e bati a porta.
– Cadê o Christopher, Dulce? - Zô entrou no quarto no maior estresse.
– No meu bolso é que não tá, né. - revirei os olhos.
– Você tava com ele. - ela me olhou séria.
– Zô sabe o que você faz com aquele boyzinho? Engole ele, eu não faço questão, de verdade. - falei empurrando ela pra fora do quarto e bati a porta.

Fui tomar um banho pra me acalmar se não eu acabaria pulando da janela de tanta raiva. Coloquei um shorts preto curtinho, uma camiseta preta do sepultura e me joguei na cama, fazia um tempo que eu estava deitada quando ouvi a campainha de casa e depois vozes na sala, caminhei devagar até a porta do meu quarto e abri uma brechinha pra espiar...

– Miserável. - sussurrei assim que vim quem era. Continuei olhando pela porta e a campainha tocou de novo e dessa vez era o vizinho. Abri a porta do quarto com tudo e todo mundo me olhou.
– Fercho, por que você não me buscou na escola? - ele me olhou com cara de ué e depois olhou pro Christopher que observava tudo com cara de raiva.
– Porque tive um compromisso urgente, mas já estou aqui com você, não estou? - ele veio na minha direção e passou o braço na minha cintura.
– Vamos lá no quarto, eu quero te mostrar uma coisa. - falei dando uma olhadinha pro Christopher.
– Claro, diabinha. - Fercho piscou pra mim e Christopher só faltou voar nele. Fomos abraçados pro meu quarto e quando entramos fechei a porta e o Fercho começou a rir.
– Eu odeio ele. - falei apertando a almofada.
– Você fica uma gracinha com raiva, parece o Taz em versão feminina.
– Ai, fica quieto, Fercho. - revirei os olhos.
– Tá... o que você tem de bom nesse note? - ele falou pegando meu note e ligando.
– Música, foto, internet. - olhei pra ele e sorri debochando.
– Ótimo, vamos ver o que você escuta. - ele abriu minha pasta de músicas e abriu o player.
– Incubus, Dulce? - ele me olhou com cara de pouco caso.
– É, cada dia estou pra um tipo de música, tem de tudo ai. - falei sentando ao lado dele no tapete.
– Vou te mostrar o que é música. - ele entrou no youtube e colocou um vídeo pra carregar, depois de uns segundinhos ele apertou play e começou a balançar a cabeça de um lado pro outro ao som de Underoath - Writing On The Walls.
– Essa eu conheço, tem ai na pasta de músicas.
– Isso ai, tem que representar. - ele continuava a balançar a cabeça, ele colocou o note no chão e começou a pular de um lado pro outro. - Vamos... Levanta, quero ver se você representa mesmo. - ele me puxou pela mão e ficamos igual dois loucos ``jogando`` o cabelo, o famoso martelo e cantando a música mó alto.

Estávamos mó empolgados quando alguém abriu a porta com tudo e eu acabei me desequilibrando e segurei no Fercho pra não cair, mas foi tão rápido que fomos parar os dois no chão, detalhe ele ficou em cima de mim.

– Dulce. - Mai falou assustada e a Zô correu pra porta pra ver o que estava acontecendo também. - O que é isso? - ela nos olhou sem graça e ao mesmo tempo brava.
– Não é nada. - falei olhando pra ela e depois olhei Fercho que ria muito e estava super se aproveitando da situação, o desgraçado passou a mão na minha cintura e deu ainda mais cara de que aquilo não era um acidente... Eu não me segurei e comecei a rir também.
– Mais juízo, Dulce. - Mai falou nos olhando ainda parada lá na porta.
– Que horror. - Zô falou rindo. - Pelo jeito a Dulce gostou de ser tratada como diabinha. - Zô começou a rir.
– Chega. - eu falei me levantando e o Fercho me puxou de novo, e eu voltei a rir.
– Não vou deixar você levantar. - ele falou dando uma piscadinha pra mim e eu olhei pra porta. Ótimo, tava todo mundo assistindo nosso showzinho, inclusive o Christopher.
– Mai, fecha a porta. - falei sem graça.
– Tá, mais juízo hein. - ela me olhou e fechou a porta.
– Fecha a porta nada. - Christopher falou abrindo a porta de novo – Vai mano, levanta. - ele falou puxando Fercho. - e eu só fiquei olhando. - Não tem regras nesse apartamento? Imagina se todas vocês começarem a trazer homem aqui dentro e fazer isso. - ele começou a justificar.
– E daí Christopher? - Zô se intrometeu. - Você está mesmo querendo dar uma de certinho?
– Não é dar uma de certinho, Zô, mas é que pega mal pra vocês né. - ele falou todo irritadinho.
– Não tô entendendo nada. - Mai falou olhando tudo da porta.
– Nem eu, Tita. - Rafa concordou e riu.
– Pega mal? A me poupe, Ucker... Dulce já é grandinha o suficiente pra saber o que faz ou não. - Zô falou alterando.
– Cala boca todo mundo. - gritei me levantando. - Christopher você acha mesmo que sou obrigada a aguentar sua imaturidade, estupidez e seus showzinhos? Não mesmo, isso é obrigação da sua mãe e você Zô vaza do meu quarto porque sua situação já está bem preta comigo. - gritei.
– Tá bom, pra mim não importa mais. - Christopher falou me olhando e saiu do quarto.
– Que estresse gente, isso porque nem aconteceu nada. - Fercho falou olhando tudo.
– Só pra saber, vocês estão ficando? - Mai perguntou, como sempre a mais distraída e fora de hora.
– Lógico que não. - eu e o Fercho respondemos juntos e começamos a rir.
– Ata, é que nunca vi a Dulce se abrir tanto com um homem. - Mai falou olhando Fercho.
– Tipo beijar a Dulce seria a mesma coisa que beijar a minha prima. - Fercho falou rindo e eu dei um tapinha nele.
– Prima não é parente, todo mundo beija prima. - nós dois rimos e a Mai fez cara de ué.

Fercho e eu ficamos mais um tempo no quarto e depois ele foi embora, sinto que finalmente achei alguém que pensa como eu, e que me entende, sinto que eu e Fercho vamos ser bons amigos.

Postando... *-*

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