Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando
– O que foi tudo isso hoje? - Mai perguntou me olhando.
– Que parte? - perguntei me fazendo de desentendida.
– A parte da briga, sei lá o que foi aquilo.
– Nem eu entendi pra falar a verdade, eu só sei que eu e o Fercho não estávamos fazendo nada de errado, te juro. - olhei pra ela.
– Acho que o Ucker tava com ciúmes.
– Nada a ver, ele tem essa mania de se intrometer na minha vida, par perfeito pra Zô.
– Iiii, o que é essa implicância com a Zô? - ela me olhou pensativa.
– Ela que fica o tempo todo me atacando, eu só revido, ué.
– Sei, espero que isso não tenha nada a ver com o Christopher.
– Só se for da parte dela, porque por mim ele nem existe. Você sabe né?
– Sei, sei. - ela me olhou de canto desconfiada.

No dia seguinte fomos as três pro colégio, Zô estava de bico comigo e a Mai estava super alegrinha, e passou a semana toda assim, acordava cedo e ia pra escola sem reclamar de nada, ao contrário de mim, que ia parecendo um dragão. Não vi Christopher durante a semana inteira, também me esforcei ao máximo pra isso, fugi dele igual o diabo da cruz, mas sabia que sábado na aulinha de skate eu teria que encara-lo... Já eu e Fercho estamos cada vez mais amigos, ele foi quase todo dia levar eu e as meninas no colégio e hoje, sexta-feira, me buscou no serviço.

– O que vamos fazer hoje? - ele me olhou e começou a batucar no volante, ele e sua mania irritante.
– Ai tô cansada, queria assistir um filme, comer uma pipoca e só isso. - falei olhando a rua pela janela do carro.
– Seu desejo não é uma ordem, vou quebrar seu galho e hoje vamos fazer isso. - ele virou na rua da locadora.
– O que vamos assistir? - perguntei olhando os filmes na prateleira.
– Comédia? - ele mostrou o DVD.
– Ah, não. - voltamos a olhar os DVDs.
– Terrorzinho bem leve? - ele me olhou.
– Demorou, qual?

Nós escolhemos 3 filmes, um de terror, um de desenho e um de guerra que o Fercho fez graça que queria assistir.

– Se for ruim eu te mato. - falei olhando a capinha do filme de guerra.
– Para, ouvi fala que é mó foda e mesmo que não seja você vai assistir comigo do mesmo jeito.
– Alguém já te falou que você é folgado pra caramba?
– Minha mãe sempre fala. - ele riu.

Fomos pro meu apartamento e estava o maior barulho lá, Zô ouvindo música, Mai estava na cozinha fazendo um bolo. Então decidimos ir pro apartamento do Fercho, jogamos as almofadas no tapete da sala, ele fez pipoca de micro-ondas e deitamos os dois no chão pra assistir os filmes.

– Pqp, o que aquela idiota tá fazendo ali? Ela não viu que o cara entrou ali? Que burra. - eu falava agitada da mocinha do filme.
– Calma Chaveirinho é só um filme... É assim mesmo. - Fercho falava rindo.
– Que filme de merda, ela viu que o assassino entrou ali e ela entrou também, tá achando que vai matar o cara com o secador de cabelo dela. - revirei os olhos.
– Para de gritar, escuta lá o filme. - ele tacou uma almofada em mim.

O filme de terror acabou e decidimos descer pra pista de skate, Fercho falou que ia me mostrar como ele mandava bem e eu cai na risada falando que eu andava muito melhor que ele.

– Você tá sabendo que vai ter showzinho de rock na praça hoje, né? - Mai falou quando entramos no apartamento.
– Não, nem sabia. Que banda? - olhei toda empolgada.
– Cover do Capital, falaram que é legal. - ela nos olhou. - Ah, oi Fercho. - Mai falou quando viu Fercho.
– Oi, gatona. - ele piscou e foi sentando no sofá.
– Bom, então vou me arrumar e nós vamos pro showzinho Fercho. - ele me olhou e concordou.

Fui pro quarto , tomei um banho e me arrumei, coloquei uma saia estilo tutu preta, uma camisetinha do Ramones, jaqueta de couro e um all star cano médio. Maquiei bem os olhos de preto e ao invés de esmalte preto, passei um roxo bem escuro. Soltei o cabelo, peguei a chapinha da Zô e fiz uns cachos grandes nas pontas do meu cabelo. Ótimo, eu estava pronta.

– Tô pronta, vamos? - falei entrando na sala.
– Ual. - Fercho falou se levantando.
– Nem pensar Dulce, você vai me esperar. - Mai saiu correndo pra dentro do quarto.
– Vai logo, então. - gritei. - Gostou? - falei dando uma voltinha.
– Tá gata. - Fercho falou dando uma analisada nas minhas pernas.
– Idiota. - dei um tapa nele. - Tá pronta Mai? - gritei.
– Quase. - ela respondeu aos berros.

Eu e Fercho ficamos assistindo TV até a Mai sair do quarto toda fofinha, ela estava com uma calça jeans clara, coturno vermelho e uma camisetinha com um decote super favorável, que deixava suas tatuagens todas a mostra.

– As meninas dessa casa detonam, hein. - Fercho falou se levantando e eu e a Mai rimos.
– Mai, você tá muito meiga. - falei olhando ela.
– Pra mim esse decote tá sexy e não meigo. - Fercho falou dando uma olhadinha nos seis fartos da Mai.
– Calado. - falei rindo.
– Quer pegar também, Fercho? - Mai falou rindo.
– Se você fizer questão eu nem discuto. - nós rimos.

Assim que chegamos na praça ainda não estava lotada, mas certeza lotaria, o povo aqui é tudo arroz de festa, sempre tá em todas. Só espero que dessa vez não apareça nenhum pagodeiro, porque da outra vez deu uma puta briga porque um pagodeirinho ligou o som mó alto e os cara mais doidão saiu tudo pra cima dele... Foi bem louco. Logo foi juntando o pessoal conhecido, tipo Sam, Rafa, Bruno, umas menininhas lá do colégio e a Zô também apareceu lá com o Christopher, me pergunto que tanto eles ficam de segredinho. Eu e o Fercho fomos procurar bebida e o pessoal ficou lá.

O show começou a rolar e os caras até que tocavam bem, não fazia muito meu estilo, mas fazer o que, né. Zô se esfregava toda hora no boyzinho e a Mai e o Sam engataram em uma conversa sobre tartarugas marinhas e tava um tédio.

– Fercho a gente devia ter ido pra pista. - falei apoiando a cabeça no braço, aquela típica posição de tédio sabe? Então.
– Pode crê, Chaveirinho, isso aqui tá miado demais. - ele me olhou e sentou do meu lado.

A bandinha lá começou a tocar “Só Você” e os casais que estavam lá começaram a fazer ceninha, dança junto e eu e Fercho ficava rachando o bico de tudo aquilo, começamos a imitar um casal que tava lá dançando junto, parecia baile de forró. Tava tudo só alegria, quando eu olho a Zô beijou o Christopher e o cafajeste não parou, continuou o beijo.

– Que filho da puta. - sussurrei.
– Que foi? - Fercho perguntou, mais assim que olhou para os dois se beijando ficou de boca aberta. - Que isso, hein.
– Fercho. - falei olhando pra ele.
– Que? - ele me olhou.
– Me beija. - falei baixo.
– Nem pensar. - ele olhou assustado.
– Me beija logo, caralho. - coloquei os braços em volta do pescoço dele.
– Ai, merda. - ele fez uma cara tensa e se aproximou de mim super apreensivo.
– Finge que não sou eu, qual é sou tão feia assim? - assim que terminei de falar isso ele me puxou com força pela cintura e me lascou um beijo DAQUELES. Aos poucos fomos parando e encerrando o beijo com selinhos. - Foi tão ruim assim? - sussurrei.
– Foi como beijar a minha irmã. - ele fez uma cara super tensa e nós rimos.
– Idiota, não foi tão ruim assim, vai. - dei um tapinha nele e dei uma olhadinha pra ver se o Christopher tava olhando. Dito e feito, ele estava com uma cara de raiva, sentou no banco lá e emburrou o resto da noite, um bico maior que de um elefante, foi até que bonitinho ver ele daquele jeito, ainda mais sabendo que era por causa de mim.

Quando estávamos indo embora o Fercho começou a me questionar sobre minha atitude, e eu até que estava um pouco arrependida.

– Achei que você nem ligasse pra ele. - ele falou quebrando o silêncio.
– E-e-eu não ligo. - gaguejei no começo e logo falei mais firme. - É que eu não quero que ele ache que estou interessada nele, tenho a impressão que ele faz as coisas só pra me irritar sabe, impressão... Tenho certeza disso.
– Talvez porque ele goste de você de verdade, já parou pra pensar nisso? - ele me olhou.
– Não, ele não gosta de mim. - falei apreensiva. - E mesmo que gostasse até parece que eu ficaria com um boyzinho que nem ele, de boa Fercho o cara deve precisar de empregada ate pra por comida no prato, sério, não faz o meu estilo. - falei desconversando.
– Ah, Dulce, você devia parar de desdenhar tanto ele, nem preciso te dizer aquele velho ditado de quem desdenha quer... Já sabe né. - ele riu.
– No meu caso eu desdenho e não quero nada com ele, chega desse assunto. - ajeitei a jaqueta e sai caminhando na frente.
– Tá vou parar. - ele ficou em silêncio. - É de madrugada, você tá de saia e tá super escuro aqui, acho melhor você andar do meu lado.
– Eu sou grandinha, sei me cuidar. - falei toda sequinha.
– Tá bom, então não olhe agora, mas tem uns caras ali na frente olhando pra você.
– Onde? - falei procurando.
– Ali, olha. - eu olhei e vi um grupo de homens, pareciam estar todos meio mamados e por incrível que pareça eles estavam me vendo e começaram a mexer comigo. Eu olhei pro Fercho e sai correndo na direção dele. - Não é grandinha? - ele falou rindo de mim.
– Sou, é que eu quero conversar. - falei tentando disfarçar.
– Sei. Com esse 1,60 aqueles cara te colocam no bolso. - ele falou rindo.
– Sem graça. - passei o pé na frente dele com a tentativa de fazê-lo tropeçar.

Postando... *-*

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