Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

De volta pro meu mundo

Parte 8

# Dulce Narrando

Caminhei até a casa dele e apertei a campainha. Não demorou muito o pai dele me mandou entrar.

– O Rodrigo está no quarto. - ele falou entrando na cozinha.

A casa não era enorme e nem cheia de coisas luxuosas, era uma casa normal, como de qualquer outra pessoa. Os móveis eram todos claros e tinha algumas bonecas espalhadas pelo chão da sala, certamente eram da Maria. Andei por um corredor até ver uma porta semi aberta, bati na porta e ninguém respondeu, mas tinha alguém ali, já que dava pra ouvir uma música e alguém cantando baixinho. Entrei no quarto devagar e me sentei na cama. Rôh estava no banheiro e eu esperaria até ele sair.

– É só você me explicar se foi real o que aconteceu ♪ - ele saiu cantando com a toalha enrolada apenas na parte de baixo, deixando seu peitoral de fora. Rôh era magro, mas um magro bonito. Sorri ao vê-lo e ele me olhou assustado. - Caramba, você. - falou.
– É eu sei, vim sem avisar. - me ajeitei na cama e tentei não olhar pra ele daquele jeito.
– Primeiro de tudo, espera aqui. - ele pegou uma camiseta e um bermuda e entrou no banheiro de novo. - O que veio fazer aqui? - perguntou alto.
– Quer que eu vá embora? - zombei.
– Não, lógico que não. - ele saiu do banheiro vestido e sentou ao meu lado.
– Hum, tem outra escondida no banheiro, é isso? - debochei e ele riu. O sorriso dele era contagiante, aquele tipo de sorriso que quando você vê dá vontade de sorrir também. - Bom, Rôh, vou ser direta. - falei calma e ele me olhou. - Eu vim me despedir. - torci os lábios. - Estou indo embora amanhã cedo.
– Amanhã? Não. - ele me olhou confuso. - Você tem que ficar. - falou me olhando.
– Eu não posso. - pausei. - Minha família está esperando por mim, não posso agir como se não lembrasse mais deles e ficar aqui. Essa não é a minha vida. - ele abaixou a cabeça e eu coloquei uma mão sobre seu ombro.
– Você vai voltar pro Rio, então vou te mandar cartas e pensar em você toda noite antes de dormir, e enquanto eu penso em você, você estará nos braços de outro. É isso o que vai acontecer. - ele falou com a voz fraca.
– Não, Rôh. - afaguei seus cabelos molhados. - Eu não vou me esquecer de você, vou responder todas as suas cartas e logo nós vamos nos ver de novo.
– Não tente transformar isso em um conto de fadas ou em um filme, Dulce, você sabe que não será assim. - ele continuava com a cabeça baixa e as mãos apoiadas na perna. Ficamos em silêncio por algum tempo até ele levantar a cabeça e me olhar, um olhar cheio de ternura e carinho. - Eu gosto de você. - ele falou me olhando fixamente. - Mas eu sei que quando você colocar os pés no Rio de Janeiro, apenas cartas não farão que você seja minha, como eu sinto quando estamos assim, juntos. - falou baixo. - Sei que você vai acabar se entendendo com aquele cara e eu vou ser apenas uma lembrança. - ele levou a mão até o meu rosto e acariciou carinhosamente.
– E se você vir embora comigo? - perguntei com um sorriso amarelo e ele me olhou em silêncio. - Eu e Mai moramos sozinhas, cabe mais uma cama no meu quarto. - torci os lábios com a expressão dele.
– Não posso deixar meu pai, Dulce. - falou baixo. - Ele precisa de mim pra cuidar da Maria, eu não sei se você percebeu mas não tenho mãe. - eu já havia percebido isso, mas nunca tive coragem de perguntar sobre. - Ela foi embora mais ou menos na época do acidente. Disse que era demais pra ela, era demais ser mulher do padeiro, mãe de um cara depressivo por sentir-se culpado de tirar uma vida. Ela não penso na Maria que na época tinha acabado de completar 3 anos, ela pensou apenas em si própria e decidiu que seria melhor se ela nos abandonasse. - ele falou tudo aquilo firme, mas eu notei que sua voz falhava. - Eu não quero ser igual ela, não quero abandona-los. - completou baixinho e eu o abracei.
– Me desculpa por pedir isso, foi egoísta da minha parte, né? - falei baixinho. - Mas é que você falou sobre a faculdade, então pensei que pudesse adiantar um pouco as coisas. - torci os lábios.

– Eu queria ir com você. - ele falou baixo e me olhou. - Seria perfeito acordar de manhã e ao olhar pro lado ver você dormindo.. E babando. - rimos baixinho. - Mas não posso, você me entende?
– Entendo, lógico que entendo. - entrelacei nossos dedos. - Mas quero que saiba que a oferta está de pé e se por um acaso mude de ideia, estarei te esperando amanhã cedo no aeroporto. - ele riu da minha insistência. - Tá, vou ficar calada. - mordi o lábio e parei de falar.
– Posso te pedir uma coisa? - assenti com a cabeça e ele me olhou fixamente. 

Já querem me matar!??? Ou será que ainda dá tempo de fugir!???? Kkkkk

Ainda tem "coisinhas" por acontecer antes dela ir.... Rs`

Fuiiiiii.... Antes que me matem! 

Bjusssss.... *-*

Comenteeemmmm....