Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

 No dia seguinte acordei moída por ter dormido no sofá, acordei cedo demais por sinal, Mai estava se preparando pra ir correr no calçadão, eu nunca faço esse tipo de coisa, não ligo muito pra essas coisas de manter o corpo, engrossar a perna e etc.

– Bom dia. - Mai falou sorridente assim que viu que eu estava acordada.
– Bom dia. - me espreguicei.
– Vamos correr no calçadão? - ela perguntou toda animada.
– Não sei, tô pensando.
– Então pensa logo que tô quase saindo. - ela falou me olhando e bebeu a batida que ela fazia quase todo dia pela manhã.
– Hm, eu vou. - levantei e fui até o quarto trocar de roupa e tals.
– Dulce, nem pense em por jeans. - Mai falou entrando no quarto. - Sabia que você ia por shorts jeans. - ela olhou pra mim só de shorts jeans e sutiã. - Pode trocar, se não você vai ficar assada, isso sim. - nós rimos.
– Ah, Mai, eu não tenho essas roupas de caminhada, sei lá como chama isso. - falei sentando na cama sonolenta.
– Eu te empresto. - ela saiu do quarto e logo voltou com um shorts preto de cotton, detalhe: Era minúsculo.
– Aonde eu vou com esse pedaço de pano? - olhei rindo.
– Moramos na praia, Dulce, ninguém vai achar isso estranho. Aproveita e coloca seu biquíni pra pegar uma corzinha, tá muito branca. - ela me olhou.
– Ah, tá. - falei pegando o shorts da mão dela e tirando o jeans.

Coloquei o shorts preto e na parte de cima um biquíni preto com bolinhas brancas. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e coloquei tênis. Antes de sairmos peguei meu iPod e coloquei os fones no ouvido. O dia começou um desastre, pois já quando estávamos saindo do prédio eu trombei no vizinho barulhento e ele ficou olhando com a maior cara de safado. Depois estava um sol muito tenso, e eu estava quase derretendo.

– Ai, essas coisas não é pra mim. - falei pra Mai.
– Para de reclamar, Dulce, você tá precisando pegar uma corzinha mesmo. - ela sorrio.
– É, quando chegar o fim dessa loucura que você intitula de caminhada eu vou parecer o Mussum. - revirei os olhos.
– Que exagero, pra ficar daquela cor você precisaria passar pelo menos uns dois meses no sol, já se olhou no espelho? Você é muito branca. - ela me olhou.
– Ai, lógico que não. - eu dei risada, pois sabia que era verdade. - Tô na cor do pecado. - falei rindo e rebolando pra Mai que caiu da risada.
– Você parece aquelas larvinhas de laranja se mexendo Dulce, tua situação tá péssima. - ela riu e eu voltei a caminhar.

A praia tava super agitada, cada quiosque tocava um tipo de música e nem preciso dizer que por onde eu e Mai passávamos os playssons ficava mexendo.

– Mai, me faz um favor? - falei enquanto caminhávamos um pouco mais rápido.
– Qual? Depende. - ela me olhou e voltou a olhar pra frente.
– Se um dia eu der moral pra um cara assim. - falei apontando pros playssons sentados na areia. - Faça o favor de atirar na minha cabeça, porque eu não vou mais estar agindo em sã consciência.
– Pode deixar. - ela riu.

Caminhamos mais um tempo e eu já estava quase morrendo quando paramos pra beber uma água de coco e depois fomos pra casa.

– Onde vocês estavam? - Zô saiu com o cabelo todo bagunçado do quarto.
– Que medo, hein, Zô. - Mai olhou pra ela rindo.
– Haja chapinha pra baixar esse leão. - falei rindo.
– Bobas, eu tava dormindo né. - ela passou a mão nos olhos. - E vocês não responderam minha pergunta, onde estavam?
– Fomos fazer um programinha pra poder ter uma verba pras festas né. - Mai me olhou e começou a rir.
– Não, fomos fazer caminhada.
– Ah. - Zô bocejou molona.

O celular da Zô começou a tocar e ela saiu correndo pro quarto pra atender, eu liguei a TV e comecei a cantar a musiquinha do comercial do DOLLY GUARANÁ.

– Pelo amor de Deus, Dulce. - Mai gritava do outro sofá.
– Doooooolly, dolly guaraná. - fiquei pulando de uma lado pro outro.
– Dulce. - Zô falou olhando o show.
– Doooooolly, o sabor brasileiro. - gritei perto do ouvido da Zô.
– Dulce. - ela chamou de novo.
– Hein? - olhei pra ela rindo.
– Telefone pra você. - ela falou me jogando o celular.
– Se for o Fercho vou mata-lo, garoto preguiçoso, é só tocar a campainha e já está em casa, pra que ligar? - falei colocando o celular na orelha. - Fercho seu bosta, porque não vem aqui ao invés de ligar? Você é muito preguiçoso, mano. - falei toda na intimidade.
– É o Christopher.
– Ah. - fiquei em choque, que mico. - Que tenso.
– Como é mesmo? Dolly o sabor brasileiro? - ele riu baixinho.
– Ai abstrai isso, finge que não ouviu. - dei risada. - Mas e ai conseguiu aquilo lá? - Mai e Zô me olhavam curiosas. - Pera ai vou pegar um negócio lá no quarto. - disfarcei e fui pro meu quarto. - Pronto, agora podemos falar. - falei baixo.
– Por que tá sussurrando? - ele falou baixo.
– Pra elas não ouvirem. - dei risada baixinho. - Vai, fala logo se você conseguiu algo.
– Ah, falei com o advogado lá da empresa e ele falou que precisamos de provas... Tipo fotos, vídeos e essas coisas, se não ele não pode abrir o processo, pois não vai ter argumentos pra usar e tals. - ele explicou.
– Entendo, mais eu arrumo isso fácil. - falei baixo.
– Então, beleza. - ele ficou em silêncio um pouco e completou. - Mais tarde me encontra na praia naquele lugar de sempre pra gente combinar tudo. - ele não fez uma pergunta, ele foi logo afirmando.
– Tá. - respondi baixo. - Até mais tarde.
– Até. - desliguei o celular e voltei pra sala.
– O que ele queria com você? - Mai olhou confusa. - Achei que vocês se odiassem. - ela me olhou e sorrio insinuando algo.
– Pode tirar esse sorrisinho dai, ele me ligou pra perguntar sobre a aula de ontem, porque ele queria saber qual skate comprar. - inventei no hora.
– Sei. - Zô me olhou desconfiada. - Tá rolando algo? - ela perguntou me olhando. - Eu não amo ele, Dulce, só pra passar tempo, se você tiver afim dele eu abro espaço, por mim tanto faz.
– Não, não está rolando nada, sério gente. - falei olhando elas. - Eu e o Christopher viemos de mundos diferentes, completamente diferentes, eu não aguentaria as gracinhas dele e ele não aguentaria meu humor. - as duas me olhavam desconfiadas. - E parem de me olhar assim. - elas desviaram os olhares e a Mai riu baixo.

Perdoname, Gatitas!???

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