Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

Choque.

Parte 3

# Christopher narrando

Acordei e abri os olhos lentamente, a claridade que vinha da janela fazia minha cabeça doer ainda mais. Me levantei devagar me sentei na cama, o quarto estava enterrado em um grande silêncio.. Até eu ouvir um bebê resmungar.

– Ué, Alice tá com a minha mãe. - sussurrei intrigado e me levantei indo até a porta.

Quando abri a porta dei de cara com a Fernanda sentada no sofá da sala e com o filho dela nos braços, quer dizer, nosso filho. Sei lá..

– Até que enfim acordou. - ela resmungou e eu a encarei sério.
– O que você tá fazendo aqui? Não tá no dia de pagar pensão ainda. - falei friamente.
– Eu só vim trazer ele pra você conhecer. - ela falou baixo e eu me senti culpado por trata-lo daquela maneira, afinal, era meu filho também.
– Desculpa. - falei baixo. - É que hoje não é um dos meus melhores dias. - completei e ela me olhou.
– Hum. - murmurou. - Bom, esse é o Samuel. - ela inclinou os braços pra eu ver o menino.
– Samuel? - perguntei intrigado e encarei o menino.
– É, achei que combinava com ele. Por que? - perguntou desentendida.
– Nada.. É que conheço alguém com esse nome, mas nada a ver. - dei de ombros e ela entregou o menino pra eu segurar.

O garoto tinha a pele branca, mas seus cabelos e olhos eram escuros. Lembrava um pouco Fernanda, e bem..

– Olha a boca dele, é igualzinha a sua. - Fernanda falou atrapalhando meus pensamentos. Olhei pra boca dele e até que parecia a minha mesmo.
– É, parece um pouco. - dei de ombros.

A campainha tocou e Fernanda foi atender, já que eu estava com o menino no colo.

– Ah, quem é você? - ouvi a voz da Belinda e encarei a porta.
– Ah! Uma amiga do Ucker. - Fernanda respondeu sem graça e deu espaço para Belinda entrar. Assim que ela fechou a porta e Belinda sentou-se ao meu lado sem entender muita coisa, a campainha tocou novamente e agora Belinda foi atender.
– Dulce. - ouvi Belinda falar surpresa.
– Cadê aquele estrupício? - Dulce falou irritada e entrou bufando. - Christopher, não acredito que você mandou aquilo pro meu apartamento. - ela entrou brava, mas se calou quando viu Fernanda e o garoto nos meus braços.
– Isso aqui tá movimentado hoje, né? - Belinda ironizou.
– Esse é o menino que a Fernanda diz ser seu? - Dulce perguntou indiferente.
– Diz não.. - Fernanda se levantou brava. - Ele é filho do Christopher, muito mais do que a Alice. - completou irritada.
– Calada, porque eu falei com o fazendeiro e não com a vaca.
– Ixi. - Belinda murmurou assustada.
– Vaca é você. - Fernanda retrucou.
– E você tá fazendo o que aqui mesmo? - Dulce olhou pra ela com indiferença. - Leva esse menino aqui e se poupe de ser humilhada.. Esse garoto não é filho do Christopher e eu e você sabemos muito bem disso.
– Dulce. - falei a repreendendo.
– Ata, a Alice que é filha dele, né? - Fernanda ironizou e Dulce deu alguns passos na direção dela.
– Dobre sua língua em 50 pra falar da minha filha. - falou friamente. - E vai embora daqui. - falou séria.
– Ei, o Christopher é meu namorado, eu quem devia estar incomodada com a presença de vocês.
– Calada, porque a conversa não chegou em você ainda. - Dulce falou séria.
– Ei, pode parar com isso. - levantei bravo e repreendi as três.
– Dulce, eu sempre tratei você com educação e não vou aceitar que você me trate dessa forma. - Belinda falou séria e Dulce riu.
– Foda-se, Belinda, eu nunca pedi pra ser tratada bem. - respondeu indiferente.
– Christopher! - Belinda falou incrédula com a reação da Dulce.
– Dulce, acho melhor você ir embora. - falei baixo.
– Eu ir embora? - ela me encarou incrédula. - Você é um panaca, Christopher, sério. - ela revirou os olhos. - Esse garoto não é seu filho, nem aqui e nem em outra vida. E a Belinda é tão sem gosto quanto água.
– Ah, claro, você que é com sal, açúcar e todos os temperos do mundo, né? - Belinda falou calma, mas estava estampado que ela não estava acreditando no que estava acontecendo.
– Bem, isso é o que você tá dizendo. - Dulce falou em um tom calmo. - E bem, se eu realmente não fosse isso, seu namorado não tinha me procurado várias vezes pra transar.. Sinal de que você é mesmo sem graça, não acha? - Dulce riu baixo e caminhou até a porta.

Belinda me encarava com a maior cara de ué e Fernanda cerrava os dentes irritada.

– Bom, Uckermann, quando você cansar de fazer papel de trouxa, você me procura. - ela deu uma piscadinha e bateu a porta com força quando saiu.

Assim que Dulce saiu virou aquele barraco. Belinda gritava querendo satisfações e Fernanda se metia dizendo que eu era um cachorro sem sentimentos.

– Ah! Que merda. - alterei.
– Que merda digo eu. - Belinda gritou. - Que porra você tava fazendo comigo então? Enquanto estava comigo, ia lá correr atrás da sua ex? - ela falou inconformada e eu ri. - Tá rindo do que, seu idiota? - ela gritou.

Fiquei quieto e ouvindo ela falar e Fernanda se intrometer. Embora aquilo parecesse uma tragédia, eu estava achando graça.. Juro.

– Já acabou, Belinda? - falei cansado.
– Não, nem comecei. - ela respondeu brava.
– Então deixa pra outro dia, porque agora eu tenho que arrumar minhas malas. - falei calmo e me levantei.
– Pra onde você vai? - ela perguntou furiosa.
– Sei lá. - dei de ombros.
– E eu? E o Samuel? Como fica nessa história? - Fernanda falou brava.
– Bom, quero teste de DNA e se der negativo você vai ter que me devolver cada centavo que eu te dei. - falei friamente e sem remorso.
– Eu não preciso do seu dinheiro, Christopher, nunca precisei. - ela gritou.
– Que bom, assim você poderá me devolver sem problemas e eu não ficarei com remorso de te deixar passando fome. - sorri sem mostrar os dentes e ela cerrou os dentes.
– Não acredito nisso. - Belinda sentou e abaixou a cabeça, escondendo o rosto com as mãos.
– Se conforme, querida. - Fernanda falou séria. - Ele é loucamente apaixonado por aquela favelada de merda e não importa o quanto você for boa de cama, ele sempre vai preferir ela. - ela sorrio irônica e abriu a porta. - Tchau, idiota, te mando o cheque por correio.
– Poxa, você tá negando a fazer o teste de DNA? - perguntei indiferente.
– Não vou fazer meu filho passar por esse ridículo. Eu não preciso do seu dinheiro e ele não precisa de um canalha como pai. - ela falou brava.
– Ótimo, um problema a menos pra mim. - respirei aliviado e ela bateu a porta com tudo.
– Eu mereço uma explicação Christopher. - Belinda falou baixo.
– Olha, me desculpa. - me sentei na cadeira ao lado da dela e depositei minha mão em seu braço.
– Você foi mesmo procura-la? - perguntou baixo e me lançou um olhar decepcionado. Assenti com a cabeça e ela voltou a tapar o rosto com as mãos. - Bom, eu vou embora. - ela respirou fundo e afastou a cadeira pra se levantar. - Não tenho mais nada pra fazer aqui e muito menos pra falar com você. - falou baixo, pegou sua bolsa e caminhou até a porta.
– Desculpa, Bel, eu não queria ter feito isso. - falei baixo. - Se te serve de conforto, eu não fiz nada com a Dulce. - completei.
– Mas tentou. - ela me lançou um olhar e abriu a porta. - Tchau. - falou baixo e fechou a porta ao sair.