Fanfics Brasil - 3ª Temporada/Capítulo 115 – Noite Feliz ♪ Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim

Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy


Capítulo: 3ª Temporada/Capítulo 115 – Noite Feliz ♪

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# Dulce narrando

Faltava apenas um mês e alguns dias pro bebê nascer e o clima em casa estava horrível. Alice agindo feito uma trollzinha, Christopher perdido e eu totalmente mal humorada e com dores por todo o corpo. Eu havia conversado com Mai que assim que eu saísse do hospital iria pro apartamento, que embora não tivesse ninguém morando lá ele ainda era meu. Eu iria pra lá por N motivos, uma por lá não ter escada e tudo ser pequeno e de fácil acesso, duas porque eu queria ficar perto da Mai e três porque eu estava com saudades da minha antiga cama. Esses motivos já estavam mais do que suficientes pra mim, estava decidido.

– Dulce, você não vai ficar lá sozinha. – resmungou Christopher.
– Então vem comigo ué, o que custa? – murmurei manhosa.
– Ok, eu vou. – nem precisei insistir muito e ele topou.
– Fácil assim? – indaguei olhando-o. – Achei que eu teria de implorar, brigar e chorar pra isso acontecer.
– Não exagera, né, até parece que eu não faço todos os seus gostos.
– É, nem todos. – disse manhosa e ele sorrio.
– Então me diga, o que você quer? – perguntou me olhando.
– Quero um café bem forte, um beijo e dormir de conchinha. – murmurei.
– Terá seu desejo concedido. – ele riu e saiu do quarto. Voltou pouco tempo depois com a xícara de café com bordinha de chocolate e deitou ao meu lado.
– Ainda falta o beijo e dormir de conchinha. – resmunguei e Christopher sorrio.

Ele selou meus lábios levemente e eu emendei um beijo de língua. Diz Christopher que não era certo fazermos sexo agora, pois a barriga estava muito grande e ele ficava o tempo todo pensando que o filho dele estava sendo cutucado por seu ‘amiguinho’. Acredite, foi muito engraçado ouvi-lo dizendo isso.

– Dulce, não me atiça. – resmungou se afastando um pouco de mim.
– Vai, Ucker, por favor. – resmunguei manhosa e ele riu.
– Que lindo você implorando por sexo. – ele riu baixo e eu dei um tapa de leve em seu ombro.
– Tá tão crítico que eu já estou até implorando pra ser comida. – zombei.
– Comida? Eu não te como, Dulce, eu faço amorzinho com você. – ele zombou.
– Então faz amorzinho comigo hoje. – falei manhosa e ele emendou um beijo em resposta.
– Se meu filho nascer traumatizado vou falar pra todos que a culpa é sua. – resmungou e eu ri.
– Para Christopher, tá me fazendo rir e ai vai me dar vontade de fazer xixi. – murmurei baixo e em meio a risos abafados pelos lábios dele.
– O que eu tô fazendo? – perguntou inocentemente.
– Ah, tá vendo, agora quero fazer xixi. – coloquei a mão em cima da barriga e ele começou a rir.
– Vai Maria Mijona, pode ir. – zombou de mim e eu sai correndo em direção ao banheiro.




# Christopher narrando

– Tô ficando com sono, se você demorar mais eu vou dormir. - resmunguei.
– Ucker, é normal eu não ter controle sobre a minha bexiga? Porque olha, eu nem senti e estou toda molhada. – Dulce apareceu na porta do banheiro com a roupa toda molhada e um líquido transparente escorrendo por suas pernas.
– Você fez xixi na calça, Dulce? – indaguei quase rindo.
– Não sei, eu nem senti. – ela falou incrédula daquela situação. Ela olhou pra roupa molhada, pra poça no chão e depois me olhou. – Quando a bolsa rompe que cor é o líquido que desce? – perguntou calma e normalmente.
– Ai meu Deus. – dei um pulo da cama e ela ficou parada na porta.
– Calma, Uckermann, respira fundo e conta até dez. Vai dar tudo certo. – Dulce começou a respirar fundo e caminhar devagar pra longe da poça de líquido estranho.
– Meu filho tá nascendo? É isso? O que eu faço? Ligo pra ambulância? Chamo a Mai? – Dulce me olhava apreensiva. – O que eu faço Dulce? – indaguei confuso e nervoso.
– Primeiro conta até dez e respira fundo. – ela me olhou com a maior cara de deboche e começou a rir.
– Para de rir, mô. – falei olhando-a.
– Calma Ucker, pega as coisas dentro do armário e me ajuda a ir pro carro. – ela falou baixo e deu alguns passos devagar.
– Tá doendo? – perguntei enquanto descíamos a escada devagar.
– Ucker, eu não sei como isso tá acontecendo, porque eu ainda estou de oito meses, né? – ela me olhou confusa. – Eu li que a bolsa só rompe depois de 37 semanas de gravidez, não estou entendendo isso.
– Dulce se você não entende disso, imagina eu. Nem sei o que é isso de 37 semanas, rompimento de bolsa e nada do tipo. Você só está me deixando mais nervoso. – murmurei apreensivo.
– Tá, mas fica calmo que eu não estou com dor e nada do tipo.




# Dulce narrando

Por sorte Alice estava com a Mai e na hora de irmos pro hospital foi bem mais fácil e rápido. Eu não sabia se eu podia demorar pra ir pro hospital, ou se aquele líquido indicava que eu precisava ir às pressas. Assim que chegamos no hospital Christopher respirava mais fundo que eu e estava mais pálido que as paredes da recepção. A enfermeira tentou tranquiliza-lo dizendo que eu iria pra uma sala de pré parto e que logo nosso filho estaria em seus braços. Ela também explicou que eu já estava de 9 meses e alguns dias e que o médico que estava acompanhando minha gravidez errou no tempo da gestação, algo do tipo que eu não consegui prestar muito atenção. Foram as horas mais longas da minha vida. Eu sentia fortes dores tomar conta do meu corpo, dores tão fortes que me fazia perder completamente o raciocínio e a razão. Eu gritava a cada vez que aquela dor tomava conta de mim e então respirava desajustado e rápido.

– Tira essa criança logo, pelo amor de Deus. – gritei quando uma dor mais forte tomou conta de mim.

Estava sendo extremamente constrangedor ficar com as pernas abertas e recebendo toques para ver se a dilatação era suficiente, ainda mais constrangedor com enfermeiros me olhando e o Christopher quase tendo um ataque do coração. Depois de 4 horas, sim, 4 horas gritando e sofrendo eu já estava fraca e cansada quando ouvi um choro baixinho e gostoso tomar conta da sala. Christopher me lançou um olhar carinhoso, um olhar que ele nunca me lançará em todo o tempo que estamos juntos.

– Parabéns, mamãe, é uma garotinha. – ouvi a voz do médico, eu acho.
– Ela é linda. – Christopher falou emocionado e segurou minha mão.

Ela tinha o rostinho pequeno e delicado feito uma boneca, bem cabeluda, isso explica a azia e o enjoo durante toda gravidez. Mas algo me intrigou muito, seu cabelo era pretinho, pretinho. Christopher pegou a pequena nos braços e depois colocou próximo ao meu rosto para eu senti-la e foi à sensação mais gostosa de toda a minha vida. Eu me sentia feliz, emocionada, realizada, satisfeita e todo um conjunto de emoções loucas junto.

...

– Eu não gosto de Giovana, sem chances. – retruquei assim que Christopher sugeriu esse nome.
– Ela tem carinha de Luísa ou Sophie. – Mai se intrometeu.
– Prefiro Giovana. – Fercho falou olhando a pequena nos braços do Christopher.
– Eu gosto de Maria Luísa. – falei pensativa.
– Hum, não sei... Acho que prefiro Sophie. – Christopher falou olhando-a.
– E Elisa? Ela tem cara de Elisa. – Mai falou olhando-a.
– Elisa? Hum, não sei se gosto. – Christopher falou torcendo o nariz.
– Eu gosto. – murmurei baixo. – Mas não tive um tchan com esse nome. – resmunguei e Fercho riu.
– Ela devia chamar Dulce. – falou rindo. – Olha essa cara de má, mano do céu. – Fercho murmurou apontando pra testinha da pequena que estava franzida e com uma expressão séria.
– Ela vai escolher o nome dela. – falei alto fazendo-os ficar quietos.
– Ah, claro, amor, ela vai falar o nome que gosta mais. – Christopher zombou.
– Shh, Uckermann. – estendi o braço para pegá-la e ele me entregou a menina.
– Filha, que nome você quer ser chamada? – perguntei olhando-a e ela ficou me olhando atenta.
– Você gosta de Elisa, filha? – Christopher perguntou colocando a mão sobre a mãozinha dela. Ela franziu a testa e fechou os olhinhos levemente.
– É, ela não gostou. – murmurei rindo.
– Luísa? – insistiu e a menina o olhava séria e com a testa franzida.
– Giovana? – falei com desdém. – Não, esse você não quer, pois se não a Any vai falar que é em homenagem a ela. – ri baixo.
– Acho que ela gosta de Giovana. – Mai falou olhando-a.
– Não, Giovana não. – murmurei e eles riram.
– Acho que será Sophia ou Sophie. – Christopher insistiu.
– Ok, Christopher, já percebemos que você quer esse nome. – Mai zombou. – Mas vou admitir que ela tem cara de Sophia, sério
– Tá, vocês ganharam. – resmunguei. – Mas enquanto não está registrada vou procurar por outro nome, caso não encontre outro será Sophia. – murmurei.
– Ok, concordo. – Christopher falou sorrindo e voltou a paparicar a pequena.

Alice estava com a mãe do Christopher, achamos melhor não trazê-la ao hospital e deixar pra ela conhecer a “Sophia” quando formos pra casa, afinal amanhã mesmo eu teria alta. Christopher ficou comigo até o último minuto do horário de visita e me prometeu que amanhã cedinho estaria lá pra me levar pra casa. Ele se despediu da pequena e depois me selou levemente.

– Pensa em mim. – falei antes dele sair pela porta e ele me lançou um olhar carinhoso e um sorriso estreito.

Eu estava com tanta saudade de casa, com tanta saudade da Alice, mesmo ela com toda aquela marra e birra eu a amava demais e não conseguia ficar muito tempo longe dela, não mesmo.


Dia seguinte...

Christopher me pegou no hospital junto com a Mai e a Lanna. Assim que chegamos em casa, Alice apontou o metade do rostinho pra nos ver e ficou olhando em silêncio. Olhou Sophia, olhou minha barriga e depois olhou Christopher. Dei Sophia pro Christopher segurar e caminhei devagar até a Alice.

– Mamãe sentiu tanto sua falta. – estendi os braços pra ela e ela ficou me olhando em silêncio. – Dá um abraço na mamãe, filha. – insisti e ela veio timidamente me abraçar.
Ela passou a mão na minha barriga, olhou e depois me olhou.
– Mamãe Alice? – indagou apontando pra si própria.
– Mamãe da Alice e da Sophia. – fiz um gesto pra Christopher trazer Sophia até nós e assim o fez.
– Tofi? – Alice falou enrolado e olhando a pequena.
– É, sua irmãzinha. – Christopher se agachou na altura dela e ela ficou olhando desconfiada.
– Nenê da Alice? – indagou apontando pra si novamente.
– É, neném da Alice. – falei calma e ela se aproximou da Sophia.

A princípio ela não reagiu nem bem e nem mal, ficou olhando Sophia nos braços do Christopher e depois de algum tempo que estávamos todos conversando na sala ela chegou perto do Christopher e quis colo, mas fora isso nada aconteceu. Christopher deitou Sophia no meio da nossa cama e forrou os lados com os travesseiros. Alice acompanhava tudo com os olhos e em silêncio.

– Quer vir aqui com a mamãe? – perguntei enquanto me sentava na cama e ela me olhava. Ela apenas assentiu com a cabecinha e veio em minha direção. A coloquei em cima da cama e ela deitou a cabeça no meu colo de frente pra Sophia.

Alice se aproximou bruscamente de Sophia e Christopher correu em direção a elas achando que Lili faria algo ruim com a pequena. Ela selou levemente a cabecinha da irmã e depois olhou sorrindo pra mim, como se ela esperasse que eu sorrisse também.

– Que lindo, minhas duas gatas. – falei sorrindo e ela riu.
– Nenê Alice. – ela falou achando graça.

Christopher ficou atento olhando e depois bagunçou os cabelos.

– Eu fico imaginando quando vocês três estiverem de TPM, tô fodido. – resmungou.
– Não fale essa palavra na frente das nossas filhas. – resmunguei e Alice riu.
– Tô folito. – ela imitou Christopher e eu o encarei séria.
– Não, Lili, eu te dou 2 reais se você nunca mais falar essa palavra. – Christopher falou tentando suborná-la.
– Ela nem entende o que é dois reais. – murmurei.
– Tá, eu te dou uma boneca nova. – corrigiu e Alice sorrio.

Os dias iam passando e Alice estava cada dia mais esperta, falando mais certinho e entendendo que sua irmãzinha não roubaria o lugar dela em nosso coração. Não achamos outro nome e por fim acabou ficando Sophia mesmo, e com o tempo eu fui gostando e me acostumando, pois conforme a pequena ia crescendo víamos que tinha tudo a ver com ela. Sophia ao mesmo tempo que soa forte, também soa meigo e a pequena era exatamente assim, era bravinha às vezes, mas muito meiguinha, diferente de Alice que era estabanada e às vezes quieta demais.


Dois anos depois...

Alice estava com 5 anos, Sophia com 2 anos e estávamos adotando mais um garotinho. A intenção de Christopher era adotar o Pedrinho, mas ele não quis ser adotado, ele já está com 12 anos e falou com Christopher que lá no orfanato ele fez uma família e não quer se separar deles. Entendemos isso e então entramos na fila de adoção para adotar um bebê, estávamos tranquilos quanto a isso, até recebermos uma ligação dizendo que um garotinho de 6 anos com as características que demos havia chego pra adoção. Christopher de início não se animou, pois disse que o menino já era grande demais e ele quem queria educar e ensinar a criança. Fomos ao orfanato apenas para conhecer o garotinho e Christopher se apaixonou por ele e ele se apaixonou por nós. No mesmo dia demos baixa nos papéis e ficamos mais ou menos um mês pra conseguir levá-lo pra nossa casa. O nome dele era Felipe, baixinho, branco e muito loirinho. Era idêntico a Christopher quando pequeno, talvez seja por isso que Christopher ficou fascinado pelo menino. Mai disse que estávamos viciados em ter filhos, pois mal acabamos de adotar Felipe e Christopher quer que eu fique grávida novamente. Ele disse que o sonho dele sempre foi ter 4 filhos e ter a casa lotada aos finais de semana, confesso que depois de Sophia minha vontade de ser mãe se despertou ainda mais. Era lindo ser acordada por Alice e Sophia pulando na nossa cama, ou no dia das mães que elas se uniam com Christopher pra me comprar alguma coisa e fazer um cartão desenhado e pintado por elas mesmas. Ser mãe era incrível e eu estava amando essa nova etapa da minha vida. Com a chegada do Felipe a casa ficou ainda mais movimentada. Christopher e Lipe se enfiavam no quarto pra jogar vídeo game e eu Alice e Sophia íamos passear na praia e fazer castelinhos de área. As vezes juntava Lanna, Alice e Sophia pra brincar em casa e virava uma loucura. Alice tinha mania de sair da piscina e sair andando por toda a casa, deixando tudo molhado e com marcas de pés e Sophia tinha mania de desenhar nas paredes, ela desenhava atrás das cortinas e foi a cota quando Christopher descobriu e quase lhe deu umas boas palpadas, só não deu pois eu não deixei.

Alice e Felipe ficaram bastante unidos. Felipe era muito carinhoso com as meninas, me ajudava a olhar Sophia e brincava até de casinha com Alice.

– Acho que mais um filho seria legal. – Christopher falou como indireta pra mim.
– Seria legal e ainda mais trabalhoso. – murmurei olhando-o. – Gastamos uma nota com o colégio e plano de saúde dos três, mais um filho aumentaria ainda mais as despesas.
– Mas é pra isso que eu trabalho, ué. E você sabe muito bem que não precisamos nos preocupar com dinheiro agora, Dulce, as lojas estão cada dia melhores e com mais lucros.
– Não sei Ucker. – falei apreensiva. – Quatro filhos são muita coisa, não acha? – indaguei.
– Só mais um, Dulce, juro que não te peço mais nada. – fez carinha de cão abandonado e eu revirei os olhos.
– Tá, vou parar de tomar remédio e se vier veio se não vier é porque não é pra ser. – murmurei baixo e ele me abraçou.

Nove meses depois vocês já podem adivinhar o que aconteceu. Christopher sorria de orelha a orelha ao ver mais uma menina, Pietra, se juntando a nossa imensa família. Ninguém acreditava que eu com a aquela cara de criança tinha quatro filhos, podia ser pra quem for, mas eu jamais falava sobre Alice e Felipe não serem meus filhos biológicos, Alice cresceu acreditando ter saído de mim e Felipe embora soubesse da adoção, jamais falará sobre isso e nos chamava de mãe e pai.

Felipe, Alice, Sophia e agora Pietra.
Cada um com uma personalidade, cada um com suas manias.
Felipe é calmo e muito sorridente.
Alice é quieta, um pouco desastrada e bastante na dela.
Sophia é calma e toda meiga.
E a caçula, bem... Tudo que sabemos é que ela chora demais.

Os cabelos de Sophia clarearam e os da Alice ficaram ainda mais claros do que já era. Os do Felipe escureceram um pouco e a Pietra nasceu com os cabelos um pouco ruivos. E todos tinham olhos claros, algo que deixava eles ainda mais parecidos comigo e Ucker.


Natal, 21h.

E lá estava eu e Christopher sentados a mesa com nossos quatros filhos. Eu jamais imaginara que me casaria muito menos que teria uma família grande. De menina rejeitada, rebelde, órfã e sem juízo, à mãe, amada, responsável e feliz. Às vezes paro e penso que se eu tivesse conseguido tirar minha vida naquele dia eu jamais saberia o que é ter uma família, qual a sensação de ouvir um serzinho tal pequeno lhe chamando de mamãe ou lhe pedindo ajuda pra amarrar o cadarço. Se eu tivesse cometido aquela burrada eu jamais saberia o quão delicioso é ser amada por um homem que faria tudo por você. Se eu tivesse cometido aquela burrada, eu jamais teria descoberto o que é ser feliz.

Eu não podia querer outro lugar há não ser estar sentada ali. Alice e Felipe riam da salada, enquanto Sophia cuspia o caroço da azeitona no prato do Christopher e a pequena Pietra acompanhava tudo sentada na cadeirinha de refeição ao meu lado. Eu havia encontrado um motivo pra continuar, havia encontrado uma razão para viver. Meus filhos e Christopher eram tudo que eu tinha e precisava. E agora eu daria minha vida por eles, faria tudo que um dia não tive e seria a melhor mãe que alguém desejaria ter.

– Eu te amo. – Christopher falou baixo enquanto me olhava deslumbrar os quatro sentados a mesa.
– Eu te amo demais, Uckermann, obrigada por me dar uma família. – sussurrei de volta e ele me selou.
– Eca! – Sophia resmungou fazendo cara de nojo e cuspindo o caroço no prato. – Olha, Alice. – ela chamou atenção da irmã e Alice e Felipe olharam pra gente.
– Eca! – Alice e Sophia murmuraram juntas.
– Eu vou fazer isso quando crescer. – Felipe falou ousado e riu.
– Não perto de mim. – Alice falou mandona e o empurrou de leve.

E essa era a minha a vida hoje, nada era igual antes e embora eu sentisse saudade de sair como uma louca de coturno e olhos pretos pelas ruas do Rio, eu não trocaria meus filhos e minha família por aqueles momentos de loucura.

Aprendi tantas coisas na vida que eu levava: Aprendi que uma lágrima sincera nos alivia o coração. Aprendi que chorar, nem sempre é tão ruim assim. Aprendi que a saudade é algo que não podemos evitar, e que viver sem ela, a vida não tem a mesma graça. Aprendi que um grande amor, só se tem uma vez, e que amar muito alguém é dividir toda a sua vida. Aprendi que conviver não é suportar, é respeitar as diferenças. Aprendi que sentir ciúme é normal, mas ser obsessivo é perigoso. Aprendi que se sentir amado é a melhor coisa do mundo, e que fazer alguém se sentir amado é melhor ainda. Aprendi o que é ser especial e fazer alguém se sentir especial, fazer alguém se sentir protegido, mesmo que seja com palavras. Aprendi que amigos nem sempre são sinceros, mas nem por isso devemos ser enganosos. Aprendi que o tempo leva toda a dor, mas as cicatrizes são marcas eternas. Aprendi que viver um sonho é bom, Mas que viver sonhando pode ser utópico. Aprendi a ser feliz, a sorrir, a chorar, a amar, sofrer, e acima de tudo aprendi que ter uma família é a melhor coisa do mundo.

Pietra dormia em meus braços enquanto Christopher, Alice, Felipe e Sophia assistiam Disney e pleno natal.

– Mamãe, eu xi amo. – Sophia gritou rindo e Alice a encarou.
– Nós também amamos a mamãe. – Alice cruzou os braços e falou por ela e Felipe.
– Ninguém a ama mais do que eu. - Christopher os provocou.
– Mas a mamãe é minha e não sua. – Sophia mostrou a língua pro Christopher e ele levantou indo em direção a ela.

Christopher deitou Sophia no chão e fazia cócegas em Sophia que ria desesperada, e Alice e Felipe pulavam nas costas dele, e foi aquela grande gritaria. E aquele definitivamente tinha sido o melhor natal de toda a minha vida. O primeiro que passara apenas eu, Christopher e nossos filhos. E eu tinha certeza que era o primeiro de muitos que viriam.




***


The End...

***


 


Amanhã venho me desculpar... Agradecer... E contar o quanto amo vocês!!!


 


Espero tenham gostado da fics, e do seu final... 


Até amanhã! (sem falta!)



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Autor(a): ChrisVondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2229



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  • MayFonseca Postado em 30/09/2016 - 00:58:45

    Que história linda!! Que final lindo!! Amei cada detalhe, foi incrível!! Parabéns!!

  • WannaPlay_Vondy Postado em 25/09/2016 - 16:22:56

    Aiii mds que lindo. Simplesmente amei e chorei kkkk. Perfeitaaa

  • Anny Lemos Postado em 21/09/2016 - 08:19:16

    Não creio que só vou me atualizar quando acabou

  • jucinairaespozani Postado em 21/09/2016 - 02:00:52

    Eu simplesmente amei, foi ótimo *---* uma pena ter chegado ao fim mas foi uma fic incrível parabéns

  • vonon Postado em 13/09/2016 - 14:53:03

    Chrisvondy cadê vc?Estou curiosíssima,essa fique me consome sabia?Nunca vi casal mais turrão que esse! CONTINUA!

  • Ju Franco Postado em 03/09/2016 - 00:15:43

    AHHHHHHHHHHHHHHHHH CADE O ULTIMO EP?

  • maria123 Postado em 10/08/2016 - 14:11:00

    Leitora fantasma dando as caras rsrs. Eu não entendo a Dulce e esse ciúmes dela por Rodrigo, aliás "Rô", como ela o chama e sinceramente já tá ficando ridículo ela chamando ele desse jeito, Pq não chama pelo nome? Ah eu tbm acho q Dulce não é tão carinhosa com o Ucker , vc não acha? Até com o Rodrigo ela era mais carinhosa , começando por esse apelido chato . Acho q ela devia ser mais carinhosa com o Ucker né ?! Afinal ele aguentou todas as merdas q ela fez , então ele merece todo carinho e amor do mundo . :)

  • jucinairaespozani Postado em 10/08/2016 - 10:42:32

    Estou amando esse momento deles kkk posta mais

  • WannaPlay_Vondy Postado em 09/07/2016 - 12:37:19

    Kkkk só a Dul msm pra fazer o Ucker ir procurar quiabo 1 hr da manha. Essa mulher ta enlouquecendo ele. Postaaaaa

  • Postado em 27/05/2016 - 18:53:32

    Ai maninha quero chorar, tadinha da Dulce


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