Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando

O dia passou razoavelmente rápido, quando vi já era hora de ir embora. Eu estava arrumando as coisas em cima da mesa e pegando minhas coisas quando dois homens pararam e ficaram me olhando.

– Que foi? - perguntei arqueando a sobrancelha incomodada.
– Dulce? - um deles perguntou.
– Talvez. - respondi seca e voltei a fazer o que estava fazendo.
– Talvez? É ou não? - o outro perguntou me olhando.
– Tenho certeza que vocês sabem que é Dulce, não tinha algo mais interessante pra vir perguntar? Podia apenas ter me chamado pra beber, seria melhor. - sorri sem mostrar os dentes e fui saindo, deixando os dois lá.
– Então... Você quer sair pra beber agora? - o mais alto perguntou com um sorriso estreito.
– Hummm, me deixa pensar. - coloquei a mão no queixo, como se estivesse pensando. - Não. - sorri e voltei a caminhar.
– Não? Mas você disse que seria melhor se tivéssemos chamado você para beber. - o mais baixinho falou confuso.
– Disse que seria mais fácil e não que eu aceitaria. - pisquei e entrei no elevador, quando o elevador estava quase fechando vi Christopher parado na porta de sua sala, ele me olhou e olhou para os dois idiotas e então a porta do elevador fechou.

# Christopher narrando

Ter Dulce aqui na empresa seria ótimo, mas não posso me esquecer de que ela estaria ainda mais exposta a homens galinhas... homens igual eu fui um dia, pegadores e que ganham a garota com algumas três palavras e um belo copo de álcool. Mesmo eu sabendo que Dulce é diferente e que faria exatamente o que fez agora, eu ficava com um pé atrás e iria cuidar para que eles ficassem longe dela.

– Ela não. - falei saindo da minha sala e olhando eles.
– Ela quem? - o mais alto perguntou.
– Dulce. - falei seco. - Ela não está disponível para fazer parte da listinha de vocês.
– Por quê? Tá fazendo parte da sua? - ele me alfinetou.
– Já avisei... Quero vocês bem longe dela. - falei baixo e frio.
– Que seja, ela nem é tudo isso. - o mais baixo revirou os olhos e eles saíram.

Dulce não era o estilo mulherão, não tinha um corpo escultural ou uma estatura de modelo. Ela não se importava com suas roupas ou se seu cabelo tinha acordado mais cacheado naquele dia, ela realmente era diferente. Aos olhos deles até pode não ser lá grande coisa, mais aos meus... Ah! Aos meus ela é um sonho. Seu sorriso apaixonante e seu jeito marrento é envolvente. Eu tinha certeza de que eu estava sentindo algo mais que uma simples atração e eu não desistiria dela tão fácil.

# Dulce narrando

Sai da empresa em passos curtos, iria dali direto pra pista e pra isso teria que pegar um ônibus, não é mais como antes que eu posso ir caminhando de um lado pro outro, aqui é um pouco longe.
Sentei no ponto de ônibus e fiquei observando cada carro que passava, apesar de ter 18 anos, eu ainda não tinha conseguido separar um dinheiro para tirar carta e muito menos pensei em comprar um carro.

– Entra, eu te levo pra pista. - Christopher parou o carro e ficou me olhando.
– Não precisa. - dei de ombros. - Daqui a pouco o ônibus chega.
– Não, entra no carro Dulce. - ele insistiu. - Tá escurecendo e aqui é perigoso. Não vou deixa-la sozinha aqui. - ele me olhou e eu resisti e disse que não precisava. - Vai, entra logo. - ele falou baixo.
– Tá, mas só hoje. - falei abrindo a porta e entrando. Ficamos em silêncio por um bom tempo.
– Tenho impressão que você foge de mim. - ele quebrou o silêncio e o olhei.
– Também, você me agarrou duas vezes. - falei irônica. - Vai saber se tenta de novo, ai vou ser obrigada a te bater. - ele riu. - Tô falando sério. - olhei pra ele de cara fechada e ele riu ainda mais.
– Você não me assusta, Dulce. - ele falou me olhando.
– Pois deveria, sou perigosa. - respondi indiferente.
– Vai me matar com sua arma de plástico? - ele me olhou e eu olhei em seus olhos.
– Te matar? Não sei. - continuei encarando seus olhos. - Mas talvez eu parta seu coração, tenho esse grande dom desde que nasci.
– Não acho. - ele respondeu olhando a rua. - Não existe isso, todos somos feitos para amar, você fala isso porque tem medo de amar, medo de ser amada. - ele falou calmo e eu estremeci. Talvez fosse verdade, talvez o problema fosse esse, eu tinha medo de amar e ser amada. Talvez pelas diversas vezes que chorei e sofri por amor, não digo amor entre homem e mulher, mas em geral... Pai e filho, mãe e filho, amigos. Talvez a falta de amor durante minha vida toda tenha me deixado assim... Fria. Fiquei em silêncio e ele me olhou assim que paramos no semáforo. - É só você permitir que te amem. - ele falou me olhando e eu engoli seco.
– Não posso. - abaixei a cabeça e ele saiu com o carro.
– Por que não? - ele falou desanimado.
– Porque não, você não entende Christopher. - suspirei e ele ficou em silêncio.
– É, realmente não entendo. - ele sussurrou e o silêncio tomou conta do carro mais uma vez, mas dessa vez até a pista. - Está entregue. - ele falou cabisbaixo e sem animo.
– Não vai ficar? - perguntei arrumando uma mecha de cabelo que caiu sobre meus olhos.
– Hoje não. - ele falou sem me olhar. Eu dei a volta no carro e fui até a janela do lado dele. - Que foi? - ele perguntou baixo me olhando.
– Só estou fazendo o melhor pra você, não quero te ver sofrer. - abaixei o olhar e senti que seus olhos estavam grudados em mim.
– Mas eu não ligo de sofrer se tiver você ao meu lado. - ele cuspiu as palavras e eu estremeci.
– Mas eu não quero que seja assim. - olhei em seus olhos.
– Então não precisa ser assim, você só precisa deixar que eu te ame. - ele me olhou com aqueles olhos maravilhosamente azuis.
– Não consigo. - me controlei para não beija-lo. - Desculpa. - juntei nossos lábios em um selinho demorado e sai correndo pra pista.

~~~Recadinho...~~~

A Maratona ficara mais pra frente mesmo... Ok!???

P.S.: Assim que der eu respondo os comentarios...

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