Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Christopher narrando

Eu não entendia porque ela fugia de mim, parecia ter medo de se entregar a esse sentimento. E agora eu tinha certeza que ela também sentia algo por mim.
Encostei a cabeça no banco do carro e fiquei lá parado, sem ação. Eu realmente não sabia o que fazer, se corria atrás dela ou deixaria como está, ela poderia ter se arrependido de ter feito isso e se eu fosse procura-la poderíamos acabar brigando. Dei partida no carro e liguei o som, parecia combinado, bem na hora que liguei estava tocando:

 “Um rosto lindo e um sorriso encantador,
e um jeitinho de falar que me pirou, que me pirou o cabeção ♪ "

– A tá de brincadeira, pqp. - dei risada e fiquei acompanhando a música batendo no volante do carro.

# Zoraida narrando

Isso aqui é quase o inferno, a diferença é que não tem fogo e demônios. - eu me revirava na cama tentando encontrar o sono.

Estava sendo muito difícil ficar ali sem dar notícias e sem falar com as meninas, era todo dia aquela luta, eu passava mal, vomitava e urrava desesperada por uma boa dose de farinha. Estava na fase de desintoxicação, a pior, a mais cruel, a mais dolorida.

...

# Dulce narrando

Odeio esse seu charme. Odeio essa sua blusa preta que te deixa com os ombros mais largos e eu odeio esse seu caminhar desengonçado. Odeio sua voz. Odeio com todas as minhas forças cada um de seus gestos e eu me odeio quando estou perto de você. Odeio o jeito como meus pés apontam para o lado em que você está e o jeito que eu mexo no cabelo quando está por perto. Odeio meu sorriso quando percebo que você piscou para mim. Já disse o quanto odeio suas palavras? É, odeio todas elas duas vezes mais por saber que por diversas vezes eu acreditei sem pensar em nenhuma consequência. Odeio seu perfume, odeio seu abraço. Odeio esse seu sorriso encantador e odeio mais ainda quando ele está direcionado a mim. Odeio pensar na hipótese de acreditar em suas promessas e odeio o fato de você prometê-las. Odeio suas mentiras e essas, de fato eu realmente odeio. Odeio saber que não consigo te odiar e odeio saber que a mentira está explícita nessas palavras e que, nessa tentativa falha, eu não consegui te odiar e nem provar pra ninguém (nem para mim mesma) que eu realmente te odeio, porque não tem como. Odeio perceber a profundidade de cada uma dessas palavras e do meu sentimento e odeio o fato de tudo isso não ser nem de longe parte do ódio que eu ainda insisto, em vão, dizer que sinto.

– Dulce, tá tudo bem? - Sam perguntou sentando ao meu lado. - Tá, você vai dizer que está. - ele falou já se levantando. - Não quero me intrometer.
– Não. - falei baixo.
– Hein? - ele se assustou.
– Eu não estou bem. - coloquei as mãos escondendo meu rosto.
– O que houve? - ele falou sentando novamente do meu lado.
– Eu não sei, não estou entendendo o que está acontecendo comigo. - falei baixo. - Acho que estou gostando de alguém que eu não podia gostar, e... - ele me interrompeu.
– Então somos dois. - ele abaixou a cabeça. - Estou apaixonado por alguém que nunca olhará para mim de outro jeito a não ser amigavelmente.
– Não acho Sam. - levantei a cabeça e olhei pra ele. - Você é gente boa pra caramba, toda garota gostaria de ter um cara como você de namorado. - forcei um sorriso.
– Não a que eu estou gostando. - ele me olhou.
– Ela deve ser mesmo muito louca. - dei risada baixo. - Mas quem é ela, eu conheço? - perguntei curiosa, talvez eu até pudesse ajudar.
– Conhece. - ele me olhou nos olhos e eu desviei sem graça.
– Ela sabe que você gosta dela? - perguntei olhando pra Mai que estava um pouco mais distante de nós.
– Eu tô contando agora, mas parece que ela não percebeu. - ele falou baixo e me olhou.
– Que? Não entendi. - encarei ele apreensiva.
– É Dulce, eu tô gostando de você. - ele cuspiu as palavras e me encarou.
– Não, não está. - falei nervosa. - Você deve estar confuso, a Mai é muito melhor que eu, muito mais bonita. - apontei na direção da Mai. - Gosta dela, ela vai te fazer feliz. - forcei um sorriso e me levantei, eu tinha que fugir dali, mais um pra me deixar confusa... NÃO. - pensei nervosa.
– Dulce. - ele falou se levantando e me puxando. Nossos olhos se encontraram e ele me beijou. Foi desesperador, eu queria fugir, bater nele, meus olhos permaneceram o tempo todo abertos, eu não estava gostando nada daquilo.
– Ficou louco, Sam? - falei me afastando dele.
– O que tá acontecendo aqui? - Mai me olhou surpresa e decepcionada.
– Mai, não é nada disso que você tá pensando. - falei apreensiva e Sam ficou nos olhando.
– Não? - ela falou irônica. - Você sabia o que eu estava sentindo, Dulce, não acredito que você foi capaz de fazer isso. - Mai me olhou com raiva e saiu de lá correndo.
– Tá vendo o que você fez, idiota? - empurrei o Sam e corri atrás da Mai. - Mai me espera, deixa eu explicar. - eu gritava enquanto ela me ignorava. - Eu não tive culpa.
– Ah, claro, sua boca grudou na dele e você não teve culpa. - ela me olhou e voltou a andar.
– Para, eu nunca faria isso com você, eu já tinha percebido que você estava afim dele, por favor, me escuta. - falei correndo até ela e a segurei pelo braço.
– Me solta, Dulce. - ela olhou com raiva pra minha mão segurando seu pulso. - Eu não quero falar com você, sua traidora. - ela me olhou com ``nojo`` e eu a soltei deixando-a ir.


Homens são todos iguais. - eu pensava enquanto caminhava pelo pier. Vou acabar perdendo minhas duas melhores amigas por causa deles. Se Zô souber que eu e Christopher nos beijamos, ela não me perdoaria, eu jurei a ela que não tinha nada com ele. E a Mai? O Sam acabou de colocá-la contra mim.

Sentei no pier e fiquei olhando o mar, não iria adiantar eu ir pra casa agora e tentar me explicar para a Mai, ela está de cabeça quente e acabará falando coisas sem pensar... Eu a conheço e sei que vai levar tempo para ela me perdoar e ouvir minha explicação.

#Postando... 

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