Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce Narrando

Bateu o sinal pra saída e eu enrolei um pouco até sair da escola, Rafael estava debruçado na porta do carro falando com o Christopher e assim que me viram começaram a rir.

– Falou com os duendes hoje, Dulce? - Rafael falou debochando de mim e eu não entendi.
– Que duendes? - falei confusa.
– Seus amigos. - os dois riram e eu me afundei no banco.
– E eu não quero nenhum comentário sobre eu estar quase nua. - falei séria.
– Ah é, como esquecer. - Christopher falou rindo.
– Idiota. - revirei os olhos.
– Que corpinho, hein, Dulce. - Rafael falou debochando de mim e Christopher encarou ele sério.
– Ixi. - resmunguei e fiquei quieta, eles conversaram sobre uma tal apresentação de ballet, depois o Christopher deixou o Rafael na casa deles e fomos pra empresa. - Desculpa por ontem. - falei sem graça.
– Acontece. - ele me olhou de relance e voltou a encarar o trânsito.

Quando chegamos na empresa e entramos juntos, ficou todo mundo olhando e cochichando, eu odiava aquilo, como eu tinha vontade de mandar aquelas gurias pra puta que pariu... Pena que eu não podia :/

– Aqui, Uckermann, essa mulher te ligou e bem... Não parecia nada profissional... deve ser uma das suas amiguinhas, né? - joguei o papel com o número dela na mesa dele e fui até o armário de arquivos.
– Uckermann? - ele riu baixo.
– É o seu sobrenome, não é? - falei seca e voltei a procurar o documento que eu precisava.
– É, mas todo mundo me chama de Christopher, não precisa disso Dulce. - ele falou levantando e indo na minha direção.
– Eu gosto de ser diferente. - eu o olhei e então vi minha correntinha do pacto no pescoço dele. - Hum. - resmunguei e aproximei meu corpo ao dele.
– Que foi? - ele me olhou surpreso. Eu passei meus braços em volta do pescoço dele e colei minha boca em seu pescoço.
– Acho que isso... - falei com lábios encostado em seu pescoço. - É meu. - abri o fecho do colar e aproximei ainda mais meu corpo do dele. Ele ficou parado, intacto e em silêncio. - Obrigada. - escorreguei minha mão para o ombro dele e olhei para seus olhos azuis.
– A-a-a-h. - ele gaguejou, dei uma leve piscadinha e sai da sala girando a correntinha no dedo.

# Christopher narrando

Eu não sabia como me livrar das garotas que eu saía antigamente, todo dia era uma que ligava procurando por mim e as vezes ligavam no meu celular pra me xingar, dizendo aquelas mesmas coisas, que não deixavam de ser verdade: Que eu iludi, usei, enganei e depois sumi.
Eu mudei, mas não por elas e pra elas, mudei pela Dulce, mudei pela única garota que eu realmente estou gostando. Eu estava loucamente apaixonado por ela, sem dúvidas ela tinha tudo o que eu sempre busquei em uma mulher. Ela era legal, engraçada, sexy, linda, marrenta e ao mesmo tempo meiga e incrivelmente sedutora. Qual o homem que não ficaria louco de desejo por uma mulher tão provocante e misteriosa?

– Dulce. - fui até a porta e chamei ela baixinho, ela me olhou de canto. - Vem aqui. - entrei na sala e fiquei esperando por ela. Não demorou muito e ela entrou toda distraída.
– Que foi? - ela perguntou me olhando. - Precisa de algo? - ela forçou um sorriso e eu me aproximei da porta.
– Aham. - fechei a porta devagar e encarei ela.
– Que isso? - ela olhou assustada. - Por que fechou a porta? - ela apontou pra porta e ficou com os olhos fixos em mim.
– Porque me deu vontade. - eu me aproximei dela e ficamos um de frente pro outro.
– E quem disse que você pode fazer tudo que tiver vontade? - ela debochou e eu puxei ela pela cintura. - Christopher, pode parar por ai. - ela se esquivou, mas não conseguiu fugir dos meus braços.
– Parar? - arqueei a sobrancelha. - Eu nem comecei. - me aproximei dela e ficamos nos encarando. Eu não ia beija-la, queria que ela tomasse a iniciativa. Dessa vez eu só queria beija-la se ela estivesse afim, nada forçado. Ela olhou nos meus olhos e depois olhou meus lábios, eu passei a pontinha da língua no lábio inferior e ela subiu o olhar. Nossos olhos estavam grudados, eu a olhava fixamente e então ela se aproximou e juntou nossos lábios.

Começamos um beijo lento, o ritmo era perfeito, parecia ensaiado, ela mordiscava meu lábio de leve e sorria estreito. Puxei ela com mais firmeza e nossos corpos ficaram colados, minhas mãos percorriam sua cintura fina.

– ÃN ÃN. - alguém coçou a garganta sem graça e Dulce deu um pulo pra trás, se afastando de mim.
– Foi ele. - ela apontou pra mim surpresa e ficou parada me olhando.
– Fui eu. - eu ergui as mãos em sinal de rendição.
– Cadê os papeis da empresa do Cláudio? - meu pai perguntou ignorando o que tinha visto.
– Estão em cima da minha mesa, eu já liguei e está tudo certo, é só ir lá pra ele assinar. - Dulce falou sem graça, mas inteirada do assunto.
– Eficiente. - meu pai falou olhando para ela. - Muito bom. - ele saiu da sala e a Dulce me olhou assustada.
– Tá vendo, isso é culpa sua. - ela bateu de leve em mim e eu ri.
– Vem aqui. - puxei ela pela mão e beijei sua testa.
– Não, não tenta consertar. - ela ergueu a cabeça pra me olhar, devido eu ser mais alto. - Imagina eu sou despedida, ai você ia ter que pagar todas as minhas contas. - ela riu sem graça e se afastou de mim. - Melhor né, vai que entra mais alguém ou seu pai volta.
– Ele não liga, Dulce. - falei tentando tranquiliza-la.
– Também, ele já deve ter visto você beijando metade desse escritório, né, só não beijou a outra metade porque são homens. - ela forçou um sorriso e foi em direção a porta que estava encostada.
– Mas isso não importa, agora eu quero beijar só você. - a puxei pelo braço e a selei.
– Sei. - ela me olhou desconfiada e saiu da sala.

Postandooo...

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