Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Dulce narrando

Eu não entendo esse sentimento, quando estou com ele me esqueço de tudo e quando estou longe sinto remorso e arrependimento. A verdade é que eu não quero me entregar, não posso vacilar se não vou me enganar mais uma vez, e agora é tudo o que menos preciso. Amar sempre esteve fora dos meus planos, frustraria tudo o que sempre planejei, eu teria que escolher entre amar ou seguir com o meu destino, aquele que eu mesma escrevi. E todas as vezes que eu prometi não me apaixonar? Eu estou traindo a mim mesma e as promessas feitas por mim. Mas a pergunta é: Será que vale a pena esquecer das promessas e do destino já escrito e arriscar em um futuro desconhecido? Não sei... O horário de ir embora se aproximava e eu sentia meu estômago se contrair de ansiedade, ou talvez fosse medo. Eu não sabia se agia com Christopher como sempre agi ou se agora as coisas tinham mudado.

– Vamos? - ele falou sorrindo.
– Vou pegar minhas coisas. - abaixei de baixo da mesa e fiquei fazendo promessas a mim mesma. - Eu não vou beija-lo novamente, não vou perder o foco. - eu repeti inúmeras vezes até chegar no carro.

– Vamos pra pista? - ele perguntou sorridente.
– Não. - falei rápido e sem jeito por estar ali com ele.
– Aconteceu alguma coisa? - paramos no semáforo e ele colocou a mão sobre a minha e eu tirei ela rapidamente.
– As coisas não mudaram, Christopher, continuamos Dulce e Christopher, duas pessoas que não tem nada além de uma ``amizade`` e algumas brigas pra compartilhar. - fiz aspas em amizade e ele me encarou em silêncio.
– Ah, achei que... - eu o interrompi.
– Você pra um galinha está me saindo bem amador... Era assim com todas? Você beijava elas e já achava que estava namorando ou ficando? - falei aquilo tudo da boca pra fora, na verdade eu estava quebrada por dentro.
– É pra eu agir com você como um galinha mulherengo? - ele me olhou sério.
– É, acho que sim. - dei de ombros. “Por dentro eu estava me odiando por falar aquilo pra ele, é lógico que eu não queria ser tratada assim”.
– Hum. - ele me olhou indiferente. - Então se você espera ser tratada assim, procura outro cara, porque aquele Christopher não existe mais. - ele encarou o trânsito e não disse mais nenhuma palavra.

Assim que chegamos em frente ao meu apartamento, eu abri a porta devagar e sai.

– Tchau. - falei baixo. Ele deu partida no carro e nem me olhou.

Subi pela escada e assim que cheguei no 12º bati na porta do Fercho, demorou um tempo e ninguém apareceu, de certo ele não estava lá ou então estava com alguma garota. Entrei no apartamento com a maior cara de enterro e o Fercho estava lá com a Mai.

– Oi, gatona. - Mai falou toda sorridente.
– Oi. - me joguei no sofá e respirei fundo.
– O que foi? - Fercho falou me olhando e a Mai veio ver o que estava rolando.
– Briguei com o Christopher. - respondi baixo.
– Ah, mais até ai está normal. - Mai falou rindo.
– Não, mas dessa vez foi sério. - tapei o rosto com a almofada. - A gente ficou, mas depois eu dispensei ele de uma forma bem ridícula. - bufei.
– O que você falou? - Mai perguntou séria.
– Ficaram de novo? - Fercho falou rindo.
– Você já sabia do outro beijo? - Mai olhou pra ele surpresa.
– Já, ué. - ele deu de ombros.
– Ah. - resmunguei e tirei a almofada do rosto. - Eu disse que nada tinha mudado entre a gente por causa do beijo. - Mai me olhou. - Ai disse também: - Você pra um galinha está me saindo bem amador... Era assim com todas? Você beijava elas e já achava que estava namorando ou ficando? - Mai e Fercho me olharam sério.
– Que mancada, Dulce. - Fercho falou sério. - Você exagerou, se eu fosse ele mandava você pra puta que pariu, o cara mó se esforçando pra fica contigo e você dá uma dessas? - ele revirou os olhos.
– Ah, eu sei que eu dei mancada. - resmunguei.
– Muita mancada. - Mai me olhou. - Mas vai, levanta... Você não vai ficar em casa chorando pitanga, vamos lá pra pista. - Mai falou me puxando do sofá.
– Não, não estou afim. - me joguei no sofá de novo.
– Vai logo, Dulce. - ela me puxou de novo.
– Não. - gritei.
– Pega ela, Fercho. - não deu nem tempo de correr e o Fercho me pegou no colo. - Vamos. - nós saímos e eu até tentei me segurar na porta, mas Mai me fez cócegas e eu não aguentei segurar mais.

Fercho me levou nas costas até a pista, eu gritei, bati nele e foi tudo em vão... Mai estava com o meu skate e ia mandando eu calar a boca.

Postandooo...

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