Fanfic: Por Favor, Não Se Apaixone Por Mim | Tema: Rebelde/Vondy

# Christopher narrando

Eu não queria muda-la, definitivamente essa nunca foi minha intenção, mas de uns dias pra cá ela tem mudado por si própria, não é a mesma Dulce que eu conheci. Parece que ela fica mudando certas coisas apenas pra me agradar, só que eu não quero que ela mude, quero que ela sempre seja a Dulce que eu conheci, mandona, brava e irônica.

Meu celular tocou e eu atendi desanimado, eu sabia que não era quem eu gostaria que fosse, afinal ela não tinha celular e acredito que nunca nem se importou em pedir meu número.

– Alô. - atendi e sentei na cama.
– Oi, Chris. - Zô falou com uma voz cansada.
– Oi, Zora, como você tá? - perguntei tentando parecer mais animado.
– Estou bem na medida do possível, logo vou sair e isso me deixa mais feliz, mas e você? - ela perguntou e eu torci os lábios.
– Estou mais ou menos. - fui sincero.
– O que houve?
– Ah, estou ficando com uma garota. - eu não diria quem era. - E ao mesmo tempo em que ela me faz bem e eu gosto dela, por outro lado me sinto mal às vezes.
– Mal por quê? - Zô perguntou em um tom preocupado.
– Não sei, Zô, nós somos muito diferentes e às vezes essa diferença bate e dá uns curtos sabe, por outro lado a diferença em outras horas é uma delícia. Você entende?
– Não. - ela riu baixo.
– É, eu também não tô entendendo muito bem. - pausei. - Mas e como estão as coisas ai? Fez amigos? Tem se alimentado bem?
– Ah, eu conheci uns garotos que sofrem do mesmo problema que eu, nós nos damos bem e tem até um que me interessa bastante. - ela riu. - E eu tenho comido sim, a comida aqui é boa.
– Ah, juízo em dona, Zoraida Gomez.
– Tá bom. - ela riu baixinho. - Ucker, preciso desligar... Tchau.
– Tchau. - desliguei o celular e fui tomar um banho.

# Dulce narrando

– Mai eu não me aguento. - me joguei no sofá.
– Como assim? - ela me olhou de canto e voltou a olhar pra televisão.
– Eu sou muito estranha. - ela me olhou. - Tipo eu não consigo ceder, não consigo tratar o Christopher com carinho, falar que gosto dele, eu sou fria demais e eu sei que isso machuca ele. Tipo, eu estou tentando mudar, mas estou deixando de ser quem eu sou e passando a ser quem eu acho que ele gostaria que eu fosse. Tudo isso é muito complicado. - revirei os olhos e a Mai riu.
– Você quer um conselho?
– Ah, você tem mais experiência com homens né, já teve namorado... Acho que poderia me ajudar. - mordi o lábio inferior e ela riu.
– Faz o que der na telha. - ela falou me olhando. - Para de querer ser o modelo perfeito, seja apenas você, Dulce, não sei por que você está com essa crise agora... Eu não esperava isso de você, não... Você que sempre foi forte e determinada sendo vencida por causa de um romancezinho?
– Ai nem me lembre, eu estou me odiando por estar agindo assim. Estou tão idiota que já posso me juntar com a Polly, estamos no mesmo nível. - revirei os olhos.
– Vou ser obrigada a concordar, você está agindo idiotamente. - nós rimos e eu fui pro quarto. Tomei um banho, coloquei uma roupa qualquer e deitei na cama.
– Por que você não liga pra ele? - Mai jogou o celular dela em cima da minha cama.
– Eu não tenho o número. - tentei usar como desculpa.
– Tem ai na agenda, só apertar chamar. - ela piscou e fechou a porta do meu quarto, me deixando sozinha com o celular, a duvida se ligaria ou não e minha maldita insegurança.

Apertei em chamar, tocou uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes e enfim caiu da caixa postal. - coloquei o celular na cama e fiquei andando de um lado pro outro. - peguei ele novamente e apertei em rediscar. Dessa vez tocou apenas duas vezes e ele atendeu. Com uma voz rouquinha e de quem já estava dormindo.

– Alô. - ele falou mais uma vez e eu ainda estava em silêncio.
– Desculpa ter te acordado. - falei baixo. - É que eu queria ouvir sua voz.
– Olha eu não te iludi, não quero transar com você e eu vou bem obrigado. - ele falou seco.
– Achei que você quisesse transar comigo. - falei rindo.
– Não, eu não quero e para de me encher o saco. Eu tô bem com a Dulce e não estou a procura de outra, passar bem. - ele desligou na minha cara e eu comecei a rir. Estava na cara que ele não tinha sacado que era eu, apertei pra chamar de novo e ele atendeu. - Que parte do estou bem com a Dulce você não entendeu? - ele falou bravo.
– Christopher sou eu. - falei rindo. - A Dulce. - completei e ele ficou mudo.
– Não, a Dulce não tem celular. - ele falou sério.
– Tô no celular da Mai. - ele ficou de novo em silêncio, acho que não estava acreditando.
– É você mesmo? - ele perguntou desconfiado.
– Lógico que sou eu... - revirei os olhos e ri.
– Ah, é você mesmo. - ele falou mais relaxado. - Eu estava meio dormindo ainda, desculpa amor. - quando ele falou AMOR, meu corpo todo estremeceu e eu quase entrei em coma. - Dulce, tá ai?
– Ah, tô sim. - falei saindo do transe.
– Aconteceu alguma coisa? - ele falou meio preocupado e eu ri. - É, que pra você usar o celular só se aconteceu algo grave, né?
– Não. - dei uma risada forçada e me calei. - Só te liguei pra dizer que gosto muito de você e pedir desculpas por hoje mais cedo eu estar tão estranha. - cuspi as palavras o mais rápido que pude.
– Gosta mesmo? - ele perguntou com a voz rouca e masculina, ainw aquela voz que me fazia suspirar. Cara você já conheceu um garoto que a voz dele é tão perfeita que você se apaixonaria mesmo se não o conhecesse pessoalmente? Se apaixona pelo modo que ele fala contigo e os suspiros que ele solta quando você diz algo que o agrade... O efeito da voz dele era mais ou menos isso pra mim.
– Gosto. - respondi baixo. - Muito. - completei e senti que ele sorrio.
– Eu gosto quando você diz que gosta de mim. - ele falou baixinho e eu me joguei na cama.
– Eu também gosto quando consigo falar. - ele riu.
– Para de acabar com o clima, Dulce. - nós rimos. - O que você tá fazendo?
– Ah, tô deitada na cama, falando com você e olhando pro teto e você?
– A mesma coisa, mas também tô pensando em você. - eu sorri boba.
– Tá nada, você adora me iludir, né? - falei com tom de brincadeira.
– Você que me iludi, judia de mim, logo eu que sou quase um bebê. - ele falou manhoso.
– Bebê? - eu ri baixo. - De bebê você não tem nada.
– Lógico que tenho. - nós rimos.

A conversa rendeu, falamos tanta coisa nada a ver e até uns assuntos mais ``picantes``, falar por celular era mais legal do que eu imaginava, não estávamos cara a cara e eu não tinha vergonha ou receio de falar as coisas pra ele.

Quantos capitulos extras vocês querem, para compensar minha falta na maratona!??? 

(Apenas, não peçam algo muito exorbitante... kkk)

#CEM (`C`apitulo `E`xtra `M`aratona)???