Fanfic: Uma transa para se recordar... | Tema: Vondy

Me arrumei rapidamente, colocando uma camisa regata branca, uma bermuda jeans preta e um tênis também branco, acho que assim conseguirei impressionar Belinda. Saí do meu quarto e encontrei Christian e Alfonso me esperando sentados no sofá da sala, ao me verem eles rapidamente se levantaram e então nós saímos do nosso apartamento, seguindo em direção à festa, no carro de Alfonso. Ao chegarmos lá, nós descemos do carro e adentramos a casa luxuosa de Estefania, estava lotado de gente, a maioria bêbados, isso me dava nojo, era como uma orgia, homens se aproveitando de mulheres bêbadas, pessoas quase se devorando em cantos escuros e drogas. Eu abomino tudo isso, mas estou aqui por causa de Belinda, pois por ela sou capaz de aguentar tudo e um pouco mais, se a amo? Sei lá, realmente não sei, mas sinto algo que não sei explicar, talvez eu esteja me iludindo ou talvez a ame de verdade, ou quem saiba ainda, só esteja com medo de ficar sozinho.

Alfonso logo encontrou uma garota qualquer e sumiu na multidão, Christian estava dançando com Fernanda (Nanda) e eu então fiquei sozinho, não sou como eles, não sou bom em paqueras e sempre fico sozinho nas festas, por isso prefiro ficar em casa. Estava encostado em uma parede perto da cozinha, tomando um copo de whisky, quando ouvi gritos na sala, segui em direção ao barulho, as pessoas estavam acumuladas em um circulo vendo alguma coisa, empurrei algumas para poder ver o que estava acontecendo e quando enfim cheguei ao centro daquele circulo, pude avistar Belinda apenas de lingerie, dançando uma música sensual, quando ela estava prestes a tirar o sutiã, eu me aproximei e segurei firme o braço dela.

-Você não vai fazer isso Belinda! (Falei)

-E porque? (Ela perguntou visivelmente sóbria)

-Porque eu não vou deixar! (Respondi e ela deu uma risadinha irônica)

-E com que direito? (Falou debochada) Garoto me esquece, eu não te amo ok? Só fiquei contigo porque te achei gostoso, mais nada!

A olhei com repugnância, ela realmente não era nem um pouco do que eu imaginava, não merecia nada do que eu sentia. Meus olhos marejaram um pouco, larguei o braço dela, dei as costas e sai empurrando todos. Pude então ouvir atrás de mim os gritos das pessoas quando ela enfim tirou o sutiã, nesse momento algo doeu no meu peito, algo apertou tão fundo, algo me machucou.

Saí daquele lugar repugnante, sentei num banco, no jardim, que era um pouco longe da casa e assim eu não precisava ficar ouvindo aquelas músicas e nem os gritos, ali eu tinha um pouco de paz. Estava olhando a lua, quando de repente senti alguém colocar a mão em meu ombro.