Fanfics Brasil - Capítulo XII - Losing Grip Fixed At Zero

Fanfic: Fixed At Zero | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Capítulo XII - Losing Grip

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MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO.


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Jodie Adams saiu de sua casa pela manhã, rumo ao seu local de trabalho – uma loja de calçados localizada no centro da cidade –.


Ao virar-se, após trancar a porta por fora com uma chave, ela se deparou com um veículo cinza escuro estacionado logo em frente à sua residência.


Com um olhar de dúvida estampando seu rosto, Jodie fez menção de se afastar para seguir seu caminho ao trabalho. Ela passou pelo automóvel exatamente quando um sujeito de boa aparência e fisionomia inteligente saiu de dentro do veículo, indo ao seu encontro.


– Bom dia. – disse educadamente. – Você é Jodie Adams?


Ela levantou ambas as sobrancelhas, surpresa.


Trevor Williams passara boa parte da madrugada anterior procurando por todas as pessoas de nome “Jodie” em Middletown. Pesquisa após pesquisa, acabou encontrando algo relacionado à Harrison Brown Academy. Ao ler o nome dos alunos que frequentavam aquele mesmo colégio há quinze anos, ele encontrou o nome de Emma. Não somente o nome dela, como também o de Amanda Thornton e Jodie Adams. Todas na mesma lista. No mesmo colégio. Era coincidência demais. Por fim, concluíra que era aquela a pessoa pela qual Heather estava procurando.


– Sim, sou eu. – Jodie respondeu.


– Sou Trevor Williams. – estendeu-lhe uma mão. Trocaram um breve cumprimento e Jodie o encarou, curiosa.


– Em que posso lhe ajudar? – ela lhe exibiu um sorriso amigável.


– Bem, Srta. Adams... Eu... Eu estou procurando por uma pessoa. Alguém que conheci há muito tempo atrás. – ele começou a explicar uma absurda desculpa que havia acabado de inventar. – Creio que a tenha conhecido. Chama-se Emma. Emma Connors.


De um súbito, Jodie deu um passo para trás, bastante surpresa. Tentou se conter, mantendo-se firme e séria, mas era tarde demais. Ele certamente já havia notado sua reação. Olhou para ele e se perguntou como ele poderia ter conhecido Emma. Se ele era mesmo alguém com quem Emma convivera, Jodie estava certa de que se lembraria dele. Mas ela não se lembrava. Algo não estava fazendo sentido.


– Emma está morta. – disse ela. Pronunciara aquelas palavras em tom áspero.


Trevor fingiu surpresa. Arqueou as sobrancelhas em uma falsa expressão de perplexidade.


– Oh, eu lamento muito. – abaixou a cabeça como se estivesse profundamente frustrado com o que acabara de ouvir. – Como foi que isto aconteceu? Emma era tão cheia de vida, tão... Jovem.


Jodie custava a acreditar que ele realmente conhecera Emma. Tudo aquilo lhe parecia demasiadamente confuso. Estudou-o rapidamente na esperança de reconhecer aquele rosto, mas sua tentativa fora inútil. Não conseguia se lembrar daquele sujeito. Obviamente ele estava mentindo. E Jodie queria muito saber por que.


– De onde a conhece?


A pergunta pegou Trevor de surpresa. Entretanto, ele levou poucos segundos para encontrar uma explicação plausível para apresentar diante daquela situação.


– Tudo bem, olha... Você me pegou. – soltou um suspiro de derrota. – Eu li a respeito do desaparecimento seguido da morte de Emma em um jornal.


– E o que você tem a ver com isso? – o tom simpático de Jodie já havia desaparecido desde que Trevor mencionara o nome de Emma.


– Sou um jornalista autônomo. Interessei-me pelo caso. E gostaria muito de descobrir o que realmente aconteceu. – explicou da forma mais convincente que pôde. – Sei que a polícia abandonou o caso há anos.


– Não sei. – Jodie deu de ombros. – Não sei nada a este respeito. Tudo o que sei é que Emma morreu. Ela se foi muito jovem, eu sei. Mas essa é a vida, não?


Jodie havia dito isso com indiferença. Trevor começou a duvidar da relação de amizade que ela supostamente tivera com Emma no passado.


– Certo. – ele abanou a cabeça. – Me desculpe, eu... Só queria mesmo saber mais a respeito do caso.


Dizendo isto, Trevor voltou para seu automóvel. Tomou posse do volante e conduziu o carro para longe da casa de Jodie, que ainda parecia desconfiada quando ele fora embora.


Heather seguiu para o mesmo restaurante no qual encontrara Alex Montini antes. Na intenção de encontrá-lo novamente, ela sentou-se à uma mesa e fez seu pedido. Esperou pacientemente. O palpite dela estava correto. Alex Montini deu as caras no restaurante exatos vinte minutos depois que ela chegara ao local. Usava um típico old jeans, uma camiseta branca qualquer e seus únicos sapatos apresentáveis. Sentou-se junto à ela assim que notara sua presença.


– Sabia que apareceria por aqui. – ela disse.


– Também eu. – ele sentou-se à sua frente e a encarou. – Você disse que nos falaríamos pela manhã. Este foi o único lugar que veio à minha mente quando me perguntei onde poderia encontrá-la.


– O mesmo aconteceu comigo. – Heather deu um sorriso de canto. – O que estava tentando me dizer na noite anterior?


Alex fez menção de retirar um maço de cigarros do bolso de sua calça, mas hesitou. Inclinou-se para frente, sobre a mesa, e, olhando-a nos olhos, disse:


– Emma esteve em meu quarto ontem à noite.


Ele dissera aquilo com total confiança. Estava certo de que sua afirmação era verdadeira. Olhava fixamente nos olhos castanhos de Heather, que brilhavam, transbordando curiosidade. Mil perguntas passaram pela mente dela. Todas de uma vez. Estaria ele lhe dizendo a verdade? Heather já vinha suspeitando dele desde o dia em que ele repentinamente passara a tratá-la de forma gentil e educada.


– Está certo do que acabou de me dizer? – ela arriscou perguntar, fitando-o com ar inquisitivo.


– Estou. – Alex recostou-se na cadeira e suspirou. – Ela esteve em meu quarto. Eu... Eu ouvi a voz dela. Ela falou comigo.


Heather observou-o enquanto ele deixava transparecer toda a sua frustração.


– Eu estava no telefone e... E de repente... Tudo se tornou tão... Estranho. – cabisbaixo e bastante transtornado, Alex buscava as palavras certas para se explicar. – Eu ouvi a voz dela através do telefone. Era ela. Eu a senti logo depois que a eletricidade parou de funcionar.


– Você a sentiu? – Heather indagou.


– Ela passou por mim. Tudo ocorreu rápido demais. Mas tenho certeza de que era ela. Era Emma. – os olhos dele brilhavam, tomados por uma forte emoção.


– Você disse que a ouviu. – ela comentou. – O que foi que ela disse?


Alex hesitou. Lembrava-se claramente do que ouvira naquela noite.


Não a decepcione como me decepcionou...


A voz de Emma ainda soava nitidamente sonora em sua mente, fincada em sua memória. Ainda que aquelas palavras tivessem um significado para ele, Alex não compartilharia isto com Heather. Estava seguro de que isso não faria diferença nos interesses dela. Era melhor manter aquilo para si mesmo. Voltou a fitá-la e disse:


– Não me lembro exatamente do que ela disse. Mas reconheci a voz dela.


Heather não se deixou enganar com tanta facilidade. Percebendo o nervosismo da parte de Alex, ela soube que ele lhe estava ocultando algo.


– É a primeira vez que isso acontece?


– Sim. – ele confirmou rapidamente.


Aquilo começava a fazer cada vez menos sentido para Heather. Se Emma tivesse algo para dizer ou fazer a Alex, ela poderia tê-lo feito antes. Muito antes. Por que ela decidira fazer isso logo agora que Heather estava na cidade? Confusa, ela tomou ar e respirou fundo.


– Eu também a tenho visto. – Heather evitou fitá-lo nos olhos e falava suavemente, com muita calma.


Alex olhou para ela, perplexo.


– Você também a viu? Quando?


Ela ergueu o rosto e o fitou com um olhar seriamente severo.


– Tenho visto Emma desde que consigo me lembrar. Todos os dias.


De forma repentina, a expressão no rosto dele mudou. Estava pálido. Surpreso. Muito surpreso. A afirmação de Heather causou nele um imenso espanto. Com hesitação em sua voz, ele voltou a falar:


– O que foi que disse?


– Passei anos trancafiada em um hospital psiquiátrico porque acreditavam cegamente que eu estava louca. – havia angústia nas palavras dela. – Mas eu não estava louca. E não estou. Tenho uma forte ligação com Emma. Ela quer que eu a ajude a descobrir quem a matou.


Um garçom aproximou-se da mesa, depositando sobre ela um copo e uma garrafa com água gelada a pedido de Heather. Ele afastou-se logo em seguida. Heather despejou água no copo e esvaziou-o em menos de três segundos.


– O que você está me dizendo é que você tem um contato espiritual com ela? Você a vê? Fala com ela? – Alex estava desesperado por uma resposta racional. Algo concreto que o fizesse entender o que lhe ocorrera na noite passada.


– Entenda como quiser. – respondeu bruscamente. – Emma não descansará até que alguém descubra o que realmente aconteceu.


– Sabe que estou disposto a ajudar.


– Não pode me ajudar nisto.


– E por que não? – encarou-a com as sobrancelhas arqueadas.


– Porque você é um dos suspeitos. – ela declarou, inclinando-se para trás num gesto de indiferença.


Alex permaneceu quieto. Ela só podia estar brincando. Tentando manter sua paciência intacta e decidido a não dar início à uma discussão, ele ignorou o que acabara de ouvir e soltou um riso abafado e irônico.


Amanda Thornton estava em sua loja de confecções anotando algo relacionado à uma recente entrega feita no local. Estava em sua sala – um ambiente decorado com móveis modernos, pintados de cinza e branco –, sentado em sua cadeira logo atrás de uma grande mesa repleta de papéis. Com muito trabalho a fazer, Amanda bufou encarando sua mesa. Ainda havia muito a ser feito. Havia papéis para assinar, organizar e jogar fora. Julgou que passaria boa parte – ou até mesmo toda a tarde – cuidado destes afazeres. Começou a colocar tudo em ação. Inesperadamente, ao juntar uma pilha de papéis, Amanda notou que deixara algo cair no chão. Abaixou-se rapidamente e agarrou algo que parecia ser um pequeno pedaço de papel. Ajeitando-se novamente em sua cadeira, ela encarou o que deixara cair segundos atrás. Não era um pedaço de papel. Era uma fotografia. Uma velha fotografia. Nela, Amanda se encontrava ao lado de Emma. E do outro lado estava Jodie. As três exibiam um alegre sorriso no rosto.


Amanda lembrava-se vagamente daquela ocasião. Tinham acabado de entrar para a Harrison Brown Academy. Passando pela mais famosa praça da cidade, Emma avistou um homem idoso com uma câmera. Insistente, ela convencera as amigas a registrarem aquele dia. O primeiro dia delas no colégio. Emma estava feliz como nunca. Posicionaram-se em frente à máquina fotográfica. Emma estava entre ambas, com um belo e largo sorriso nos lábios. No final daquela tarde, Emma entregara a fotografia para Amanda, dizendo que confiava nela para guardar tanto coisas materiais como aquela fotografia quanto segredos. Amanda a abraçou amigavelmente em resposta e as duas riram.


Mas aqueles eram outros tempos. Outra vida.


Acumulada em amargura, Amanda voltou a encarar a fotografia em sua mão. Instintivamente, virou-a para trás e, para seu grande espanto, havia algo deixado ali. Algo escrito. Uma mensagem. Escrito em um tom vermelho como sangue, Amanda pôde ler claramente o que estava escrito atrás da fotografia.


Hipócrita.


Estava segura de que aquilo não estava ali na última vez em que se lembrava de ter visto aquela mesma fotografia. Consequentemente, ela entrou em desespero. Olhou para aquilo mais uma vez. Não reconhecia aquela caligrafia. Não poderia reconhecer de forma alguma, pois o pânico havia tomado conta dela. Tentando se manter calma, Amanda respirou fundo por diversas vezes. Ainda com a fotografia em mãos, ela levou um susto ao ouvir alguém batendo à sua porta.


– Pode entrar. – disse. Sua voz saiu trêmula.


– Amanda, acaba de chegar mais um distribuidor. – anunciou uma das funcionárias do estabelecimento.


– Estou indo.


A jovem funcionária afastou-se, fechando a porta novamente. Amanda olhou para a fotografia mais uma vez. Tentando se convencer de que aquela mensagem deixada ali era apenas uma brincadeira de mau-gosto feita por algum imbecil, ela atirou a fotografia no pequeno cesto de lixo por debaixo de sua mesa e pôs-se em pé, saindo de sua sala.


Heather acabara de estacionar seu automóvel em frente à sua casa. Descendo do carro com uma bolsa de couro em mãos, ela ouviu seu nome ser chamado. Virou-se para trás sem hesitar.


– Fico feliz por te encontrar em casa. – Trevor Williams aproximou-se dela em passos apressados. – Precisamos falar.


– Olha, eu acabo de chegar...


– É importante. – ele a interrompeu.


Heather franziu os lábios e balançou a cabeça. Olhou para ele novamente.


– Tudo bem. O que quer me dizer?


– Descobri onde aquela outra garota mora. Jodie Adams.


Admirada, ela levantou os olhos para ele e esboçou um sorriso.


– Tão rápido, doutor?


– Esta é minha intenção. – ele respondeu com uma ponta de ironia. – Surpreender.


Ela abriu outro sorriso e ele retribuiu da mesma forma.


– Pois bem. – disse Heather. – Onde ela mora?


– Te darei todas as informações. Mas antes disso, há algo que precisa saber. – Trevor tornou-se a se demonstrar sério e ela estranhou aquela alteração em suas palavras. – Jodie agiu de forma incrivelmente estranha quando falei a respeito de Emma.


– Falou com ela? – Heather inquiriu, perplexa.


– Sim. E para minha surpresa, ela não me pareceu muito... Amigável.


Heather virou seu rosto, encarando o nada. Colocando seus pensamentos em ordem, ela esperava encontrar qualquer explicação para aquilo. Alex dissera-lhe que tanto Amanda quanto Jodie eram melhores amigas de Emma.


– Pretende encontrar-se com ela? – a pergunta de Trevor trouxe Heather de volta a si.


– Pretendo. – respondeu, virando seu rosto para fitá-lo novamente. – Preciso que me conte tudo o que descobriu sobre ela.


Ele assentiu com a cabeça.


Heather começou a concluir que todas as pessoas que eram próximas de Emma agiam de forma confusa toda vez que a garota era citada em uma conversa. Era como se todos eles tivessem remorso. Um peso na consciência. Como se eles involuntariamente se culpassem por algo que guardaram durante todos aqueles anos.


Algo que Heather estava determinada a descobrir a qualquer preço.



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MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO. ________________________________________________ Heather passara a noite inteira acordada. Sua cabeça estava recheada de pensamentos a respeito de Jodie Adams. Trevor dissera-lhe claramente que ela havia reagido de forma estranhamente suspeita assim que ele mencionara o nome de Emma. Heather consiga brevemente lembrar-se de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • ceeh Postado em 02/06/2014 - 21:48:29

    Sabe eu sinceramente adorei. A história é muito boa misturando tudo. Pensei até que o assassinato de Emma foi por Heather (nem sei escreve, repara não)e não entendi o porque de todos a adiarem daquele jeito. Eu mesma já me senti sozinha e muitas pessoas viraram as costas para mim mas eu nunca fiquei tão sozinha quanto Emma ficou. Ela criou uma segunda personalidade para se defender de tudo o que sofrera. Para não ser mais fraca. E como adorei tudo cada detalhe e como jogou com o leitor revelando alguns mistérios mas deixando outros ocultos. Gostaria muito de ler outra historias suas e finalmente li algo realmente bom. E você nem usou personagens famosos, sua historia é famosa e quem não leu só perdeu. De sua fã Ceeh.

  • ceeh Postado em 01/06/2014 - 14:19:15

    Aiin... Que web mais perfeita. Eu me senti como a própria personagem e você escreve bem demais. Por favor não abandone a história, eu já estou amando tudo nela principalmente os detalhes. Continue...


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