Fanfics Brasil - Capítulo XV - You Got A Killer Scene There, Man Fixed At Zero

Fanfic: Fixed At Zero | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Capítulo XV - You Got A Killer Scene There, Man

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MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO.


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Trevor Williams fez uma breve pesquisa a respeito dos estudantes que frequentaram a Harrison Brown Academy no ano de 1998 – o ano em que Emma fora assassinada –. Entre um arquivo e outro, deparou-se com um que prendeu sua atenção. Tratava-se da lista de alunos daquele ano.


Ele viu o nome de Emma. Também viu o de Amanda, Jodie, Alex e Frank. Todos frequentavam o mesmo colégio. Todos eles. Todos os suspeitos do assassinato de Emma Connors.


Estava com seus olhos fixos na tela de seu laptop, sentado à beira de sua cama, no quarto de hotel que havia reservado. Batidas na porta trouxeram-no de volta à realidade, subitamente. Ele levantou-se e caminhou para a porta.


Não esperava por ninguém.


Curioso, abriu-a.


Usando um vestido preto de seda, com os cabelos soltos, Heather estava parada à sua porta com uma expressão séria em seu rosto.


– Não tenho a quem recorrer. – declarou ela.


– Entre, por favor. – ele deu espaço para que ela entrasse em seu quarto. Heather caminhou para dentro e viu-o fechar a porta logo depois.


– O que aconteceu desta vez? – indagou ele com inquisição em seus ansiosos olhos azuis.


– Ontem à noite, quando tentei me defender da pessoa que invadiu minha casa, ataquei-o com um canivete.


– Você não havia me dito nada a este respeito.


– Sei disso. – ela prosseguiu. – O caso é que... Quando acordei de meu desmaio... O canivete havia desaparecido. – Heather parecia perdida em confusão. – Estava com ele em mãos antes de perder os sentidos. Mas depois... Desapareceu.


– O que tem em mente? – Trevor perguntou, mas já sabia a resposta.


– A pessoa que me atacou voltou mais tarde para recolher qualquer evidência, levando, assim, o canivete.


Trevor a fitou com os olhos abertos, incrédulo.


– Merda... – bufou, passando as mãos pelos cabelos.


– Eu tenho uma vaga suspeita. – Heather interveio precipitadamente. Ele olhou para ela, esperando uma resposta. – Rose. A noiva de Alex Montini.


– E por que suspeita dela?


– Encontrei-me com ela há poucos minutos, antes de vir até aqui. – ela explicou. – Estava com um curativo no antebraço esquerdo. O mesmo cujo qual eu feri o agressor.


– Heather, isso... Isso não faz o menor sentido. – disse ele. – Por que ela lhe atacaria? Por que invadiria sua casa daquela maneira?


– Eu não faço ideia. – Heather suspirou, sentando-se no canto da cama do quarto, abaixando sua cabeça. Olhou ao redor. Avistou o laptop ao seu lado. A tela encarando-a, como se a chamasse para mais perto.


E, de repente, algo clareou sua mente de forma inesperada, assim como um sinal dos céus. Aproximou seus olhos do computador.


A lista de alunos da Harrison Brown Academy de 1998 estava lá. Seus olhos percorreram a lista, parando no meio dela. Um nome captou sua total atenção. Estava bem ali. Em letras negras por cima de um fundo branco, estampado no monitor à sua frente.


Rose Mason.


Os olhos de Heather brilharam. Trevor não deixara aquela expressão escapar.


– O que houve? – perguntou.


– Rose conhecia Emma. – ela deduziu. – Estava no mesmo colégio que ela. – levantou os olhos e fitou-o atentamente antes de terminar de falar. – No mesmo ano em que Emma foi morta.


Ele apressou-se em sentar-se ao lado dela e fitou a tela de seu computador.


– Estive procurando por informações a respeito de acontecimentos que ocorreram durante aquele ano.


– Doutor, não está me ouvindo. – ela insistiu. – Rose e Emma se conheciam.


– E o que isso significa?


– Significa que ela definitivamente está incluída na lista de suspeitos.


– Tem alguma ideia de como se aproximar dela?


– Como sabe que pretendo fazer isso? – Heather foi pega de surpresa pela intuição dele.


– Porque a conheço mais do que imagina.


Ela ergueu as sobrancelhas sem responder. Mudou a direção de seu olhar rapidamente, sentindo-se desconfortável.


– Será que... Eu posso ler o restante dessa lista? – arriscou quebrar o silêncio incômodo que os envolvia.


– Claro. – ele estendeu o computador para ela. Heather deslizou seus olhos por cada letra, cada palavra, buscando por qualquer informação que lhe fosse útil. – Ei, olha só pra isso. – ela apontou o dedo para o monitor e Trevor inclinou-se sobre o computador para ver do que se tratava.


– Era um dos professores de Emma naquele ano. – ele concluiu. – Frederick Hatcher. Aposentou-se há quinze anos. Logo depois da morte de Emma. – ele lia com cuidado as palavras que estampavam o monitor.


– Exato. – confirmou. – Coloquei o nome dele em uma pesquisa e dê uma olhada. – ela clicou em uma nova página e Trevor leu com muita cautela.


– Aí diz que ele ainda reside nesta cidade.


– Diferente de todos os outros professores daquela época.


– Você pretende procurá-lo?


– Entrarei em contato com ele o mais breve possível. – Heather abriu a bolsa que levava consigo e tirou desta um aparelho celular. Olhou para o monitor mais uma vez, verificando o número telefônico do sujeito, logo abaixo de seu endereço. Trevor a observou se levantar da cama, segurando o telefone próximo ao ouvido, aguardando na linha. – Não atendem.


– Talvez ele tenha mudado o número de telefone.


– Nesse caso, irei até este endereço.


– Heather...


– Eu preciso de toda informação que puder arrancar das pessoas dessa cidade. Das pessoas que conviveram com Emma antes de ela ser assassinada.


– Irei contigo. – decidiu-se, também se colocando em pé.


Heather pensou em detê-lo. Queria colocar seus planos em ação sozinha, por conta própria. Mas sabia que a companhia dele seria inevitável. Ele a seguiria de qualquer forma. Encarou-o, viu o quão ansioso estava e não entrou em discussão, assentindo com a cabeça.


Frederick Hatcher residia em uma antiga casa do outro lado da cidade, em uma rua deserta, sem qualquer sinal de vivacidade. Heather acompanhara Trevor Williams no automóvel dele. Ele estacionara o veículo cinza em frente à suposta residência do sujeito.


Heather olhou para a casa e temeu que Hatcher não fosse recebê-la. Precisava desesperadamente entrar em contato com ele. Estava certa de que o indivíduo lhe daria informações importantíssimas que, talvez, ela tivesse deixado passar despercebidas quando chegara à Middletown.


– É aqui. – Trevor disse com convicção. – Está pronta?


– Claro. – Heather abriu a porta do passageiro e desceu, pousando seus pés no chão. Levantou-se e encarou a casa mais uma vez. Ele desceu do carro também, logo em seguida, colocando-se ao lado dela. Dirigiram-se juntos até a porta do imóvel acinzentado. Heather apertou a campainha, ouvindo o som soar dentro da casa. Aguardou com uma ponta de angústia.


Momentos mais tarde, um homem na casa dos sessenta anos surgiu, abrindo a porta. Tinha cabelos brancos e ralos, uma fisionomia cansada e vestia-se de forma pouco elegante.


– Pois não? – a voz dele era séria e firme, muito diferente de sua aparência física.


Heather foi a primeira a se manifestar.


– Sou Heather Stevens. Acabo de me mudar para a cidade. – explicou. – Este é o Dr. Williams. Um amigo meu.


– E o que desejam? – inquiriu o homem.


– O senhor é Frederick Hatcher?


– Sim. – ele se demonstrou desconfiado. – O que querem comigo?


– Sr. Hatcher, estamos aqui para lhe falar a respeito de uma de suas alunas. – Trevor interveio, articulando suas palavras de modo objetivo e severo. – Emma Connors. Foi assassinada há quinze anos atrás.


Os olhos de Frederick Hatcher se abriram ainda mais, em uma reação de completa surpresa. Ficou em silêncio por um curto intervalo de tempo. Observou os dois rostos parados diante dele e acabou decidindo-se.


– Entrem.


Ao entrar na sala de estar daquela casa, Heather se encontrou em um ambiente antiquado de aspecto um pouco sujo. A poeira espalhada por toda parte fez com que Heather pigarreasse, sentindo-se profundamente incomodada.


Hatcher apontou para o sofá embolorado que se encontrava na sala, em um sinal para que eles se sentassem. Heather sentou-se rapidamente e Trevor não hesitou em fazer o mesmo. O idoso sentou-se no sofá ao lado, encarando-os.


– Disseram algo a respeito de Emma.


– Sim. – os dois responderam em coro. Heather pareceu ser a única a ter se incomodado com o fato de terem respondido ao mesmo tempo.


– Emma foi minha aluna há muitos anos atrás. – ele começou a explicar calmamente. – Era uma garota inteligente, sempre bem-disposta, alegre...


– O senhor deve ter ouvido falar sobre o que aconteceu à ela. – Heather fez um breve comentário. – Emma foi assassinada.


– Eu... Eu sei a respeito.


– Será que o senhor poderia nos dar algumas informações a respeito de... Não sei... O comportamento de alguns de seus alunos naquela época? Ouvi dizer que Emma teve problemas com alguns colegas no colégio.


Frederick Hatcher suspirou profundamente, cabisbaixo. Depois levantou seu rosto e respondeu:


– Emma sofreu muito naquele colégio. Seus colegas a tratavam com desprezo e crueldade. Não era apenas um drama de adolescente. Ela realmente foi maltratada da pior forma possível.


Heather já estava ciente de tudo aquilo. Ela assistira àquelas cenas muitas vezes. Por muitos anos. Todas reproduzidas em sua mente como um filme. Mas ouvir aquilo da boca de outra pessoa era como sentir uma onda de agonia transitando por seu corpo.


Ele ainda estava falando:


– Eu a observei durante todo o sofrimento que vivera. Tentei ajudar, mas Emma era discreta. Jurou que ficaria bem e agradeceu. – Hatcher soltou mais um suspiro. Desta vez, melancólico. – Não posso crer no que foram capazes de fazer àquela pobre garota. – disse ele bastante seguro de suas palavras.


De repente, os olhos de Heather emitiram uma expressão de curiosidade.


– O senhor sabe o que realmente aconteceu à Emma? – ela perguntou, perplexa. Viu os olhos de Hatcher se desviarem dos seus. Tanto a polícia quanto os jornais não sabiam exatamente como Emma havia sido assassinada. – Sabe o que aconteceu naquela noite?


– Acho melhor irem embora... – disse em um murmuro.


– E eu acho melhor que o senhor me responda! – Heather asseverou, alterando seu tom de voz. Colocou-se em pé e Trevor logo se levantou junto a ela, tentando evitar que ela iniciasse uma discussão.


– Heather, creio que seja melhor irmos embora.


Ela observou o sujeito sentado no sofá. Calado. Imóvel. Ele não tinha a intenção de respondê-la. Estava claro. Heather balançou a cabeça, desistindo. Foi conduzida por Trevor até a porta por onde tinha entrado. Antes de deixar a casa, porém, Heather retirou um pequeno papel de sua bolsa e depositou na mesa de centro que se encontrava logo em frente a Frederick Hatcher.


– Ligue-me caso realmente decida ajudar Emma. – dizendo isto, Heather afastou-se e seguiu Trevor até o carro estacionado em frente à casa.


Hatcher fitou o pedaço de papel deixado sobre a mesa de vidro em sua frente.


Heather ajeitou-se no banco do passageiro e respirou fundo, tentando se manter calma.


– Você ouviu o que ele disse? – perguntou, virando-se para Trevor.


– Sim. – ele respondeu. – Também achei estranha a forma confiante com a qual ele disse aquilo. Foi como se ele estivesse realmente a par do que aconteceu. Como se ele soubesse exatamente o que aconteceu com Emma.


– Este sujeito sabe de alguma coisa. – Heather concluiu, pensativa. – Não posso desistir dele. É uma peça importante.


– Se insistir em falar com ele, pode acabar se metendo em encrenca.


– Acha que sou boba? – indignou-se ela. – Eu sei muito bem o que fazer, doutor.


– Não acho que seja boba, Heather. Pelo contrário. – explicou-se com muita paciência. – Sei que é corajosa. Por isso me preocupo. Tenho medo que aja por impulso.


Ela o fitou, curiosa. Já havia lhe perguntado antes, mas não obteve uma resposta que fizesse sentido. Por este motivo, ela ainda se perguntava o motivo de ele se importar tanto daquela forma. Não havia qualquer ligação entre eles. Pelo menos não para Heather. O silêncio foi quebrado pelo estridente som do celular dela. Apressada, Heather tirou o aparelho da bolsa e atendeu, pousando-o contra sua orelha.


– Sim?


– Encontre-me em frente ao McGreevy Park dentro de duas horas. – a voz de Frederick Hatcher deixou transparecer toda a sua ansiedade. – Tenho uma resposta que pode dar fim a muitas de suas perguntas. – ele encerrou a ligação.


Heather guardou o telefone, abismada com o que ouvira.


– Quem era? – Trevor perguntou.


– Hatcher. – ela respondeu sem fitá-lo. – Ele quer me contar algo. Devo encontrá-lo em duas horas.


– Vou com você. – afirmou ele.


– Está certo disso?


– Estou certo de que não a deixarei ir sozinha ao encontro daquele sujeito. E de que não haverá um terceiro ataque contra você.


– Como pode estar certo disso? – ela deu de ombros.


– Porque eu não vou permitir que isso volte a acontecer.


Ela não respondeu.


Uma hora e meia mais tarde, Heather havia trocado de roupa. Consultava seu relógio constantemente. Estava em sua casa, esperando que o Dr. Williams viesse até ela para acompanhá-la até o local onde Frederick Hatcher estaria esperando.


Durante todo aquele tempo de espera, Heather – por diversas vezes – se perguntou que tipo de informações o homem lhe daria. Se eram elas a respeito de Emma ou do possível assassino dela. Se era apenas uma pista sobre o que realmente acontecera. Ou se não era nada. Estava curiosa e ansiosa.


Trevor Williams verificou o relógio pendurado acima de sua cama, em seu quarto de hotel. Tinha trinta minutos para buscar Heather e acompanhá-la. Abriu a porta, pronto para deixar o quarto quando se lembrou de algo. Esquecera-se das chaves de seu carro.


Caminhou para dentro do quarto novamente, seguindo até o criado-mudo de onde pegou as chaves. Sorriu para si mesmo e virou-se.


Ao fazer isto, porém, deparou-se com uma figura que usava vestimentas negras. Pôde ver seus olhos, mas não reconheceu a pessoa.


A última coisa que sentiu foi uma forte pancada na cabeça, que fez com que perdesse os sentidos e caísse ao chão, desacordado.


Heather olhou para seu celular. Tinha dez minutos para se encontrar com Hatcher. Não havia mais tempo. Evidentemente, Trevor não apareceria para levá-la até lá. Tentou telefonar para ele, mas não houve resposta.


Pegando as chaves de sua casa e saindo da mesma, Heather lhe deixou um recado na caixa postal dizendo que estaria no McGreevy Park caso ele decidisse encontrá-la. Entrou em seu carro e girou a chave na ignição.


O ronco do automóvel soou alto quando Heather pisou no acelerador, guiando com pressa rumo ao local combinado. Durante o percurso, Heather dirigiu como uma louca. Ignorou vários sinais de trânsito, ultrapassando o limite de velocidade permitido.


Chegou ao McGreevy Park em exatos dez minutos. Saltou para fora do veículo, batendo a porta. Olhou ao redor. Frederick Hatcher estava atrasado. Não havia sinal dele.


Trevor acordou no chão do quarto do hotel onde havia se instalado. Com a cabeça pesada, latejando impetuosamente, ele esforçou-se para se colocar em pé. Assim que conseguiu coordenar suas ideias, algo lhe veio à mente. Olhou para o relógio atrás dele. 19h05min.


Droga!


Arrancou o celular do bolso da calça e digitou os números com muita pressa, esperando uma resposta do outro lado da linha.


– Vamos, Heather. Atenda.


Heather estava parada em frente ao McGreevy Park, exatamente como combinara com Frederick Hatcher. O vento gelado fustigava seu rosto, causando-lhe arrepios constantes. Ela cruzou os braços, encolhida de pé na calçada do outro lado da rua. Ouviu seu telefone tocar. O som soou abafado.


Lentamente ela tirou-o da bolsa e verificou o número que surgiu na tela do aparelho.


– Onde foi que você se meteu? – perguntou ao atender a chamada.


– Heather, precisa sair deste lugar! – Trevor Williams falava com imenso desespero, mas Heather mal pôde ouvi-lo. Havia um inconveniente chiado cortando suas falas. – Saia imediatamente!


– O quê? Mas do que está falando? – ela inquiriu, confusa.


– Estão atrás de voc... – Heather parou de escutá-lo e retirou o aparelho de perto do ouvido ao notar uma figura correndo em sua direção.


Frederick Hatcher acenava e acelerava os passos para ela. Heather encerrou a chamada, colocando o celular de volta em sua bolsa de couro preta.


Ela sorriu enquanto ele atravessava a rua. Sentiu um alivio e agradeceu a Deus mentalmente por ele ter vindo. Agora finalmente as coisas começariam a fazer algum sentido.


Heather viu-o aterrissar seus pés no meio do asfalto da rua deserta e iluminada pelas fracas luzes penduradas em postes.


Viu também quando, inesperadamente, um veículo escuro vinha em extrema velocidade por aquela mesma rua.


Hatcher não teve tempo para virar-se e ver de onde vinha o som que ouvira. Em questão de segundos – ou até mesmo milésimos –, o automóvel colidiu contra o corpo de Frederick Hatcher, fazendo com que seu sangue espirrasse para todos os lados.


Heather foi obrigada a fechar seus olhos quando grossas gotas de sangue pulverizaram seu rosto e suas roupas. Abriu os olhos e deparou-se apenas com uma carcaça ensanguentada no meio da rua. Havia sangue por toda parte.


Olhou para o lado e viu que o automóvel não parara. Sem pensar duas vezes, Heather correu para seu veículo, colocando-se atrás do volante. Colocou a chave na ignição, girando-a com desespero. Pisou no acelerador e seu carro arrancou bruscamente.


A corrida atrás do carro que acabara de atropelar Frederick Hatcher estava sendo insanamente aterrorizadora. Heather ouviu seu telefone tocar novamente. Com uma mão livre, tomou posse do aparelho e pousou-o contra o lado direito de seu rosto.


– Mataram Hatcher! – declarou rapidamente.


– Como?! – Trevor Williams soou completamente chocado. – Heather, precisa sair d...


– Não me ouviu? Acabam de atropelar Hatcher. Estou atrás do assassino.


– O quê? – ele estava agora mais apavorado do que nunca. – Não pode ficar aí. Estão atrás de você!


– Não. – disse enquanto ultrapassava mais um sinal vermelho. – Sou eu quem está atrás deles.


– Heather, você não p... – ela desligou o aparelho, jogando-o no banco do passageiro. Pousou as duas mãos sobre o volante e pisou com toda a sua força no pedal do acelerador. Ouviu o motor de seu carro atingir o limite máximo. Era o extremo.


Ignorando as buzinas que soavam toda vez que ela cruzava uma rua com os sinais avermelhados, Heather não tirou os olhos do carro que se encontrava logo à sua frente. Não havia placa. Os vidros eram negros como os do carro dela. Por um momento se perguntou quem estaria conduzindo aquele veículo.


Cinco nomes passaram por sua cabeça. Sem ordem exata. Aleatoriamente.


Foi então que, ao cruzar mais uma rua, um caminhão atravessou a mesma, colocando-se em frente ao carro de Heather. Ela viu o veículo negro se afastar, virando uma esquina e desaparecendo. O caminhão permaneceu ali. Parado.


Heather buzinou, proferindo palavras que demonstraram o quanto estava furiosa. Incrédula com o que acabara de acontecer, Heather não soube dizer se estava mais decepcionada com fato de que Frederick Hatcher não poderia mais lhe dar informações ou por ter perdido o assassino de vista.


Um milhão de perguntas vieram à sua cabeça. Entre elas, Heather se perguntou se seria o motorista daquele veículo a mesma pessoa que tentara lhe matar por duas vezes.


Claramente o assassino não só estava disposto a calar Heather, como também dar um fim em qualquer um que estivesse disposto a ajudá-la a descobrir o que realmente acontecera há quinze anos atrás.


Entretanto, Trevor Williams tinha razão. Heather era corajosa. Estaria disposta a lutar frente a frente com a morte, se fosse preciso.


Heather julgou que aquilo seria realmente preciso. E então decidiu-se.


Lutaria com a morte e com qualquer um que a tentasse impedir de concluir sua missão.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • ceeh Postado em 02/06/2014 - 21:48:29

    Sabe eu sinceramente adorei. A história é muito boa misturando tudo. Pensei até que o assassinato de Emma foi por Heather (nem sei escreve, repara não)e não entendi o porque de todos a adiarem daquele jeito. Eu mesma já me senti sozinha e muitas pessoas viraram as costas para mim mas eu nunca fiquei tão sozinha quanto Emma ficou. Ela criou uma segunda personalidade para se defender de tudo o que sofrera. Para não ser mais fraca. E como adorei tudo cada detalhe e como jogou com o leitor revelando alguns mistérios mas deixando outros ocultos. Gostaria muito de ler outra historias suas e finalmente li algo realmente bom. E você nem usou personagens famosos, sua historia é famosa e quem não leu só perdeu. De sua fã Ceeh.

  • ceeh Postado em 01/06/2014 - 14:19:15

    Aiin... Que web mais perfeita. Eu me senti como a própria personagem e você escreve bem demais. Por favor não abandone a história, eu já estou amando tudo nela principalmente os detalhes. Continue...


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