Fanfics Brasil - Capítulo V - Out Ta Get Me Fixed At Zero

Fanfic: Fixed At Zero | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Capítulo V - Out Ta Get Me

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MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO.


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– Ela era uma garota incrivelmente bonita. Cheia de vida.


Heather estava cara à cara com o Dr. Williams, em mais uma sessão.


– Você tem absoluta certeza de que jamais a vira antes? – ele perguntou, curioso.


– Sim. Absoluta. – respondeu. – Não nos conhecemos.


Ele ajeitou-se na cadeira, hesitante. O que ouvira dela desde que ela começara a lhe contar sobre suas visões naquela sessão era totalmente ilusório. Ele não conseguia compreender a situação. Heather dizia com total certeza que aquelas lembranças não pertenciam à vida dela, mas sim à vida de outra pessoa.


– Por que você acha que tem essas alucina... Lembranças da vida dela? Por que você?


– Porque tinha de ser assim. Porque ela me escolheu.


Depois de sua última visão, de um súbito, algo havia mudado. Ela estava falando de forma clara e objetiva. Havia lhe contado pelo menos metade de suas visões. Como eram, onde se passavam, com quem... Trevor Williams analisou com cautela cada palavra que ouvira.


– Isso não faz o menor sentido, Heather. – disse. E Heather abaixou a cabeça, se preparando para mais uma conversa da qual não tiraria conclusão alguma. Mas o médico continuou a falar: - E é exatamente por isso que estou disposto a ajudá-la.


Surpresa, ela voltou a fitá-lo nos olhos.


– Vai me tirar daqui?


– Eu... – ele fez uma pausa, escolhendo bem suas palavras. – Sair daqui não é uma tarefa fácil, Heather. Precisaremos de mais algumas sessões, então poderei considerar seu estado mental restabelecido. Assim você poderá sair da clínica.


– Não! – ela protestou, severamente. – Não tenho tempo. Preciso sair daqui.Agora.


– Ainda não me disse o que pretende fazer lá fora.


– Disse, sim. Vou procurar por respostas.


– Para onde planeja ir?


Ela não respondeu. Não de imediato. Pensou um pouco antes de voltar a falar.


– Não posso lhe dizer. – ela murmurou. – Sinto muito.


O doutor decidiu não insistir.


– Bem, então você quer se encontrar com essa garota? A dona destas lembranças.


Heather negou-se a se manifestar a respeito das conclusões que ele estava tirando de toda aquela conversa. Ele continuou:


– Pelo visto sabe onde encontrá-la. E suponho que seja este o lugar à qual se refere quando diz que sabe onde conseguir as respostas que precisa.


– Muito esperto, doutor. – comentou, irônica.


– Heather, preciso que seja mais específica.


– Já lhe disse o suficiente para que decida se vai ou não me tirar deste inferno.


– E eu já lhe informei quais são meus meios de te ajudar a sair daqui. A única maneira é seguir com estas sessões até que você seja considerada mentalmente capaz.


– Quantas vezes terei de deixar claro que não estou louca?


– Não há nada para me provar, Heather. – ele disse em tom amigável. – Acredito em você quando diz que está em seu mais perfeito estado mental. Mas precisamos de provas concretas. Ou seja, precisamos seguir com nossas conversas. Farei anotações e tudo o que for necessário para que o diretor a considere sã.


– Não tenho tempo.


– Por que diz que não tem tempo?


– Porque eu vou acabar enlouquecendo de verdade se continuar presa aqui. – ela estava em um desespero evidente. – Ela não vai me deixar em paz até que eu coloque um fim nisso.


– Um fim? – ele questionou, confuso. – Do que está falando exatamente?


– Eu não vou me encontrar com Emma. – inclinou-se para frente, fitando-o diretamente nos olhos. – Emma está morta.


O Dr. Williams não pôde deixar de esboçar sua expressão de surpresa. Fez menção de falar, mas Heather fora mais rápida:


– Tenho que descobrir quem a matou.


_____________________________________________________________________________


Emma passara longos meses ouvindo seu nome aos quatro cantos da Harrison Brown Academy. Novos rumores eram inventados à seu respeito todos os dias.


Emma tem tendências suicidas. Emma está depressiva. Quer se matar porque não tem ninguém. Ninguém a suporta, pois ela adora chamar a atenção com seu drama barato. Emma dormiu com todos os garotos do colégio. Está doente, você não notou como ela mudou de uns dias pra cá?


Por mais cruéis que aquelas mentiras fossem, Emma aprendera a lidar muito bem com isto. Era como se vestisse uma armadura. Estava à prova de balas. Nada poderia atingi-la. Era seu orgulho falando mais alto. Algo que aprendera durante os três meses nos quais vivera ao lado de Alex Montini. Havia lhe confessado seus sentimentos em relação à ele e ficou surpresa ao saber que era correspondida. Ele lhe prometera que a levaria para conhecer sua família muito em breve. Emma irradiava alegria e emoção. Combinaram uma data. Oficializariam seu relacionamento uma noite após um importante acontecimento do qual Alex fez questão de convidá-la. Desejava muito que ela estivesse presente. O convite fora feito em uma noite qualquer, enquanto conversavam e Alex a guiava em segurança de volta para casa.


– Tenho uma apresentação amanhã à noite nesse novo... Estabelecimento que abriram na cidade.


– Apresentação? – indagou, confusa.


– Sim. – ele respondeu sorrindo. – É importante que esteja lá por mim. Esse pode ser o início de algo, Emma.


– Do que está falando?


– Se eu começar a juntar dinheiro desde já, poderei lhe proporcionar um futuro primoroso.


Ela estreitou os olhos e retribuiu o sorriso, ainda confusa.


– Já estamos falando em casamento?


– Bom, nunca se é cedo demais. – a puxou pelas mãos gentilmente depositando um beijo na testa dela. – Não quando se tem uma garota como você.


Emma sentiu as bochechas começarem a queimar e sorriu timidamente mais uma vez.


– Prometa que vai estar lá amanhã. Preciso de você.


– Estarei lá. – ela respondeu.


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Heather estava certa de que o Dr. Williams não a ajudaria a escapar da Jones & Johnson. Não da forma que ela esperava. Obviamente ela não esperaria a ‘’boa’’ vontade do diretor da clínica para considerá-la mentalmente capaz, deixando-a ir. Não haveria tempo. Ela precisava agir rápido.


Passara mais uma noite acordada, arquitetando seus planos de fuga. Não poderia contar com ninguém. Havia perdido seu tempo, achando que o médico lhe daria qualquer apoio.


Sua mente, transtornada e cheia de pensamentos e planos com finais imprevisíveis, estava cansada, mas ela não dormiria. Não poderia dormir. Calculou cada passo a ser dado, cada palavra a ser dita. Ela terminou de analisar cada detalhe de seus planos e, por fim, decidiu-se. Era hora de agir. E ela já havia decidido quando.


Amanhã...


Heather assistira o pôr-do-sol preencher seu quarto com seus fortes raios logo pela manhã.


O familiar latejar não cessara em sua cabeça desde a noite anterior. Alguém bateu na porta. Uma enfermeira surgiu no quarto, abrindo a porta e trazendo uma bandeja com omeletes, pão, manteiga e um copo de leite. Posicionou a bandeja sobre uma mesa que se encontrava encostada na parede, ao lado da porta, e saiu do quarto sem dizer coisa alguma.


Heather deu duas ou três dentadas no pão e tomou um gole de seu leite. Não tinha apetite. Estava quase na hora de mais uma sessão com seu terapeuta. Ela estava preparada. Havia algo importante a ser feito. Algo que ela colocaria em prática durante esta sessão.


Minutos mais tarde a mesma enfermeira que lhe trouxera o café-da-manhã voltou para buscar a bandeja. Esta lhe informou:


– O doutor está a sua espera.


Heather assentiu e colocou-se em pé, deixando-se ser guiada pela enfermeira até chegarem à sala onde Trevor esperava por ela. Ele estava sentado na mesma cadeira, virou-se para ela assim que ela entrou na sala.


– Bom dia, Heather. – disse ele com um sorriso simpático. Heather, por sua vez, não respondeu. – Espero que possamos entrar em um acordo a respeito de sua ideia de fuga.


– Não. – ela disse.


– Por que não?


– Porque tomei uma decisão.


Ele pareceu curioso.


– Que decisão?


– Quero continuar com essas sessões, doutor. – o tom de voz dela mudara tão repentinamente que Trevor ficou ainda mais intrigado. – Quero sair daqui e se esse é o preço que eu tenho que pagar, então eu o farei.


Ele a observava com um olhar repleto de curiosidade e desconfiança. Não soube interpretar aquela súbita mudança da parte dela. Não dissera nada, esperando que ela desse continuidade àquela explicação.


– Eu passei muitos anos trancada aqui. Posso esperar mais algum tempo. Preciso ser paciente.


– O que a fez mudar de opinião tão rapidamente? – ele perguntou. Havia uma expressão inquisitiva em seus ansiosos olhos azuis.


– Preciso ser realista, doutor. Como o senhor mesmo me disse.


Ele respirou fundo, rapidamente.


– Fico feliz. – disse-lhe. – Continuaremos com as sessões. Entretanto, preciso que se manifeste com mais frequência. Você deve falar mais.


– Estou tentando. – ela esforçou um sorriso. – Quero começar mudando alguns hábitos. Acho que me faria bem. Faria com que o tratamento terminasse mais rápido.


– Mudar alguns hábitos?


– Sim. Quero aproveitar meus horários de lazer, dar passeios no jardim, comer no refeitório... Sinto falta da convivência com pessoas que não sejam médicos e enfermeiras.


Trevor Williams estava completamente perplexo.


Quem é você e o que fez com minha mais complicada paciente?


Ainda que estivesse feliz pelo grande – e repentino – progresso de Heather, ele estava bastante confuso. Ninguém muda de opinião da noite para o dia.


– Não nego que essa sua atitude me surpreende.


– Essa é a intenção. – respondeu, sorrindo.


Ele ainda não estava convencido. Decidiu fazer rodeios até chegar ao ponto principal. Começou por assuntos aleatórios. Ou nem tanto.


– Tem tido mais alguma... Lembrança?


– Não desde nosso último encontro nesta sala.


– Sei que não dormiu noite passada. – afirmou ele, seriamente. – Há sombras ao redor de seus olhos. Parece-me muito cansada. O que foi que te manteve acordada durante toda a noite, Heather?


Ela não esperava todo aquele interrogatório. Teve a sensação de que não conseguia enganá-lo, por mais astutas que fossem suas jogadas no decorrer daquela conversa.


– Levei algum tempo para me decidir. – calmamente ela respondeu. – Foi hoje de manhã que tomei a decisão de esperar até que o tratamento esteja concluído.


– Entendo.


Ele ainda estava desconfiado. Heather começou a se angustiar. Precisava que ele acreditasse nela. Somente assim seria possível dar seu primeiro passo.


– Eu estou realmente me esforçando, doutor.


– Estou vendo. – comentou. – Bem, creio que o diretor ficará satisfeito em saber que você quer participar de todas as atividades oferecidas aos internos. Soube que você jamais fez parte de qualquer uma delas antes.


– De fato – ela usava um tom de voz amistoso que fez com que o médico ficasse ainda mais perplexo. – Mas, como lhe disse, quero fazer a coisa certa. Julgo essa forma a melhor de todas para começar, não?


Ela estava sorrindo. Um sorriso forçado, mas ainda assim era um sinal. Sinal de que ela escondia algo. Trevor tinha receio do que se tratava. Por mais que utilizasse toda a sua experiência como médico para desvendar o que se passava na mente de Heather, ela não deixava de ser enigma. Um segredo fechado a sete chaves. A mente dela era blindada por uma grossa camada de impenetrabilidade. Era praticamente impossível compreendê-la. Qualquer outro teria desistido. Não o resoluto Dr. Williams.


Às 18h00min daquela tarde, Heather se preparou para jantar no refeitório do hospital, com outros internos. O refeitório da Jones & Johnson era dez vezes maior que qualquer um dos quartos ou salas. Havia infinitas mesas e cadeiras de madeira. Heather observou os outros pacientes devorarem a comida ferozmente.


São como animais. Pensou, com uma ponta de lamentação. Presos em suas jaulas por tempo indeterminado.


Mas Heather não era como eles. Não ficaria ali por mais tempo.


Ela se aproximou de uma fila que avançava para os balcões e esperou a sua vez. Pegou um prato de plástico e segurou-o por baixo da concha que despejava um jantar nem um pouco requintado. Procurou com os olhos por uma mesa disponível, mas todas estavam ocupadas. Por fim, sentou-se à uma mesa com mais cinco internos.


Heather fitou seu prato e dispensou a comida. A sopa tinha um aspecto nauseante.


Esperou até que todos terminassem sua refeição. Uma enfermeira anunciou que estava na hora de voltar para seus respectivos quartos. Heather consultou o relógio pendurado na parede, logo acima do balcão onde os internos eram servidos.18h40min. Ela viu seus companheiros levantarem-se, seguindo a enfermeira para um corredor que os levaria de volta para seus aposentos. Manteve-se sentada à mesa. Não havia sequer tocado na comida. Esta mesma enfermeira voltou minutos mais tarde e aproximou-se da mesa dela.


– Heather, vamos. – disse gentilmente. – Estamos felizes por você estar presente durante as refeições, mas agora tem de voltar para seu quarto.


– Será que eu poderia ajudar com a louça? – perguntou em tom ingênuo, olhando para a enfermeira.


Havia uma expressão de perplexidade no rosto da enfermeira. Ela levou alguns segundos para responder.


– Eu não sei, Heather. O diretor pode...


– Pensei que o Dr. Williams já havia o informado a respeito da decisão que tomei.


– Mas de que decisão está falando? – a mulher estava confusa.


– Além de participar das atividades deste hospital, também quero ser útil em algo. Quero ajudar em tudo o que eu puder.


Heather falava com tanta ansiedade que a enfermeira se deixou convencer.


– Tudo bem. – ela falou. – Pode ajudar com a louça. Mas voltarei para buscá-la e levá-la para seu quarto em vinte minutos. Sabe onde fica a cozinha.


Heather comemorou mentalmente. Viu a enfermeira se afastar em largos passos até sumir, virando o corredor.


Rapidamente, Heather colocou-se em pé, com seu prato em mãos, e caminhou até a cozinha do refeitório. As duas mulheres que antes estavam atrás do balcão segurando conchas e servido os pacientes da clínica, agora estavam na cozinha compartilhando boatos a respeito de outros funcionários da Jones & Johnson. Heather sentiu seu estômago embrulhar. Não soube dizer se era pelo aspecto do jantar que lhe fora servido ou pela conversa fútil entre as cozinheiras.


– O que está fazendo aqui? – uma delas indagou. Era gorda, com os cabelos tingidos de vermelho. – Internos não podem ficar aqui depois do jantar. Volte para seu quarto.


– Não. – ela disse, rapidamente. – O diretor permitiu que eu as ajudasse.


As duas riram amargamente.


– Ajudar? – indagou a outra. Tinha os olhos estreitos e cabelos negros muito curtos. – Não sabia que o diretor permitia que seus bichinhos de estimação ajudassem...


As duas riram novamente, em tom de deboche. Heather não se manifestou.


– Bem, então pode começar lavando aqueles pratos ali, doçura. – a gorda apontou para uma pilha de pratos que se encontravam sobre a pia de mármore amarelado.


As duas se retiraram da cozinha aos risos. Heather se manteve calada até que os risos cessaram. Concluiu que elas estavam longe o bastante para não observá-la.


Heather encarou a pilha de pratos. Não perderia seu tempo com aquilo. Começou a colocar seu plano em prática.


Apressadamente ela depositou seu prato sobre a pia e começou a fechar todas as janelas da cozinha, deixando apenas uma entreaberta. Trancou a única porta por dentro. Fitou o relógio que encontrou na parede. 6h55min.


Está na hora.


Ela aproximou-se do fogão. Ao lado se encontrava um tanque de gás de porte médio, cujo qual abastecia o fogão da cozinha. Heather não tinha muito tempo. Apertou a pequena alavanca que trancava a saída do gás. Ouvia-se um fraco shhhvindo do tanque. Heather sentiu um misto de várias emoções lhe percorrendo o corpo. A adrenalina correndo nas veias. Correu para a janela que deixara aberta e passou uma perna para o lado de fora. Depois a outra. Deixou-se cair do outro lado, sobre um pequeno monte de grama que se encontrava ali. Levantou-se e correu. Correu o mais rápido que pôde. Seus pés pareciam voar. O coração batendo forte como nunca. Parou assim que seus olhos encontraram o estacionamento do hospital. Uma cerca alta feita de arame a separava dos carros estacionados do outro lado da cerca. Olhou ao redor. Não havia ninguém por perto.


Perfeito. Pensou.


Começou a escalar a cerca. Passo por passo. Seus pés se encaixando por entre os buracos do arame. Até que ela chegou ao topo. Deixou-se cair do outro lado mais uma vez. Pôs-se em pé e correu para a fila de automóveis. Com muita pressa, Heather tentou verificar se alguma boa alma deixara, por acidente, a porta de um dos carros aberta. Como se o destino estivesse a favor dela, Heather encontrou um automóvel cuja porta do motorista se encontrava destrancada. Pulou para dentro do carro e colocou-se atrás do banco, encolhida. Ficou à espera. Não tinha certeza, mas pelos seus cálculos quinze minutos já haviam se passado. Ouviu uma voz se aproximando. Passos. Alguém abriu a porta do automóvel.


Vão me descobrir.


A pessoa se sentou no banco do motorista, depositando uma maleta de couro preta no banco de trás, quase acertando o rosto de Heather. Ela espiou pelo canto do olho. Um homem vestido de branco falava ao telefone enquanto encaixava sua chave na ignição. Heather o reconheceu. Jason Newman. Um dos médicos da clínica. Calvo, na casa dos 50 anos. Heather sempre fora indiferente em relação à ele. Provavelmente estava voltando para sua casa após mais um dia de trabalho.


– Sim, sim. – ele ainda estava falando. – Estarei aí em alguns minutos. Tentarei me apressar. – desligou o telefone, colocando-o no banco do passageiro.


Ele nem sequer notara a presença de Heather no carro. Girou a chave na ignição e Heather ouviu o motor arrancar. O carro estava se movendo.


Consegui!


Decidiu manter-se calada, sem fazer qualquer movimento, até que o carro parasse. Tinha funcionado. Ela estava fora da Jones & Johnson. Conseguira fugir. Certamente as pessoas não viriam atrás dela. Não depois do que estava prestes a acontecer. Heather colocou sua cabeça por cima do banco e viu o relógio de pulso do motorista. 19h30min.


A enfermeira que deixara Heather no refeitório da clínica voltara minutos mais tarde, como havia prometido. Não a encontrou.


– Heather? – sua voz ecoou pelos quatro cantos do refeitório vazio. – Heather?


Nenhuma resposta.


– Heather, está aí?


Ela se dirigiu para a porta da cozinha. Girou a maçaneta. Trancada.


– Abra a porta! Heather! – ela esmurrou a porta, impaciente. – Vamos! Abra!


Outro curto silêncio. Sentiu um aroma anormal vindo do lado de dentro da cozinha.


Enfiou a mão no bolso e arrancou um molho de chaves. Encontrou a chave com uma pequena etiqueta que dizia ‘’cozinha’’ e colocou-a na fechadura, virando-a em seguida. A cozinha se encontrava escura, e aparentemente vazia. O estranho odor tornou-se insuportável.


– Heather...? – ela arriscou chamá-la mais uma vez.


Maldita maluca!


Irritada, a enfermeira passou sua mão pela parede ao lado da porta até seus dedos encontrarem o interruptor. Pressionou o botão.


Jason Newman sentiu uma estranha sensação percorrer seu corpo. Instintivamente, olhou para trás pelo retrovisor de seu carro e seus olhos assistiam à explosão do prédio que acabara de deixar.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • ceeh Postado em 02/06/2014 - 21:48:29

    Sabe eu sinceramente adorei. A história é muito boa misturando tudo. Pensei até que o assassinato de Emma foi por Heather (nem sei escreve, repara não)e não entendi o porque de todos a adiarem daquele jeito. Eu mesma já me senti sozinha e muitas pessoas viraram as costas para mim mas eu nunca fiquei tão sozinha quanto Emma ficou. Ela criou uma segunda personalidade para se defender de tudo o que sofrera. Para não ser mais fraca. E como adorei tudo cada detalhe e como jogou com o leitor revelando alguns mistérios mas deixando outros ocultos. Gostaria muito de ler outra historias suas e finalmente li algo realmente bom. E você nem usou personagens famosos, sua historia é famosa e quem não leu só perdeu. De sua fã Ceeh.

  • ceeh Postado em 01/06/2014 - 14:19:15

    Aiin... Que web mais perfeita. Eu me senti como a própria personagem e você escreve bem demais. Por favor não abandone a história, eu já estou amando tudo nela principalmente os detalhes. Continue...


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