Fanfics Brasil - Capítulo IX - Hysteric Fixed At Zero

Fanfic: Fixed At Zero | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Capítulo IX - Hysteric

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MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO.


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Heather foi obrigada a acordar assim que ouvira o penetrante som de alguém batendo à sua porta. Levantou-se do desconfortável sofá amarelado de sua sala e, vestindo um robe de seda branco, caminhou na direção da porta. Abriu-a, se deparando com um rosto nada familiar.


A mulher parada à sua frente tinha volumosos cabelos escuros, olhos a condizer e um enorme sorriso nos lábios. Heather arqueou uma sobrancelha, esperando que ela se apresentasse.


– Bom dia. – disse a desconhecida, finalmente. Seu tom de voz era cordial e melodioso. – Sou Amanda, sua vizinha.


Ela manteve o sorriso no rosto e Heather fez esforço para não parecer antissocial.


– Heather. – estendeu-lhe uma mão.


Elas trocaram um cumprimento. A mulher possuía um aperto de mão frouxo, fraco.


– Vim lhe dar as boas vindas. Sei que é nova na cidade.


– Agradeço. – Heather respondeu.


– Bem, eu moro no final da rua. – ela apontou para a ponta de uma esquina, fazendo com que Heather seguisse seu dedo com os olhos. – Se precisar de qualquer coisa, conte comigo.


– Ahn... Tudo bem. Obrigada mais uma vez. – esforçou um sorriso.


– Sem problemas. – Amanda afastou-se rapidamente. Heather balançou a cabeça, ainda sonolenta, e voltou para dentro, fechando sua porta.


Olhou para a sala de estar de sua nova casa. Os raios de sol invadiam o ambiente por completo. Heather concluiu que eram seis da manhã ao verificar o relógio que colocara sobre a mesa de centro, em frente ao sofá. Também concluiu que as pessoas daquela cidade estavam habituadas a acordar cedo, ao julgar pela disposição de Amanda tão cedo, assim que batera à sua porta. Inesperadamente, ao refletir sobre o assunto, Heather percebera algo.


Sou Amanda, sua vizinha.


Seu nome não soara tão familiar no início. Mas Heather teve a súbita sensação de que ouvira aquele nome antes. Por diversas vezes. Sentiu que algo lhe subia pela garganta. Sufocada, ela já sabia o que estava por vir. Uma onda de desespero tomou conta dela seguida de um forte impacto que colidiu contra seu estômago, fazendo-a recuar repentinamente. Suas pálpebras, subitamente pesadas, começaram a se fechar.


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Amanda Thornton engolira seu orgulho, convidando Emma para encontrá-la em uma lanchonete da cidade naquela tarde. Emma chegara ao local marcado cinco minutos antes.


– Seja breve, por favor. – declarou, perante a mesa onde Amanda se encontrava.


– Sente-se. – apontou para a cadeira à sua frente.


Emma acomodou-se na cadeira, fitando a amiga com seus grandes e ansiosos olhos castanhos.


– Diga o que quer. – sua voz era a mesma, mas seu tom de voz mudara. Soava mais determinada do que nunca.


– Emma... – Amanda soltou um suspiro antes de prosseguir. – Estou preocupada com você.


– Preocupada comigo? – indignou-se a garota.


– Sim. – respondeu a outra. – Jodie descobriu coisas à respeito de seu novo namorado e...


– Oh, não! – exclamou Emma, interrompendo. – Não vamos entrar em mais uma discussão, pelo amor do bom Deus. Isto é ridículo, Amanda!


– Você não sabe no que está se metendo. – ela estava mesmo desesperada para convencê-la. – Você sabe por que a família dele se mudou para esta cidade?


Emma fez que não com a cabeça.


– Porque ele tentou assassinar um colega de classe em Chicago, com uma faca.


Houve um longo e desconfortável silêncio antes que Emma soltasse uma gargalhada.


– Mas olhe só para você! – disse. – Está sendo completamente irracional. Amanda, pare com essas fantasias. A família dele não tem problemas com a justiça e ele não é nenhum criminoso.


– Como pode ter tanta certeza? Você não o conhece. E nem ele a você.


– Alex me conhece melhor do que você e Jodie jamais puderam conhecer. – dizendo isso com completa convicção, Emma pôs-se em pé. – Se algum dia chegar a encontrar alguém assim, me entenderá. E então, talvez, possamos voltar a conversar. – virou-se, deixando o estabelecimento com um ar triunfal. Aturdida, Amanda assistiu-a indo embora.


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Heather abriu os olhos ao sentir que voltava à realidade. Respirou fundo, colocando seus pensamentos em ordem rapidamente. Emma lhe dera a oportunidade de ver aquela cena por um motivo. Instintivamente, Heather ligou sua última visão aos recentes acontecimentos que lhe ocorreram desde sua chegada à Middletown. O incidente com o sujeito na calçada.


Sou Alex. E, se quer um conselho, compre uma aspirina. A dor de cabeça que está por vir depois daquela pancada vai ser insuportável.


Heather fez uma breve análise. Estava ali. Preto no branco. Ela censurou-se por não ter notado logo de início.


Em seguida, a mulher com quem acabara de conversar naquela mesma manhã.


Sou Amanda, sua vizinha.


Aqueles nomes já não soavam desconhecidos para Heather. Estava certa de que já os tinha ouvido, antes mesmo de chegar à cidade. Imediatamente entendeu o motivo pelo qual Emma lhe enviara aquela visão na lanchonete. Ainda que aquela realmente fosse a sua intenção, de forma involuntária ela estava começando a se aproximar das pessoas com as quais Emma convivera.


Os suspeitos de seu assassinato.


Frank Palmer encontrava-se encostado em seu conversível, logo em frente à principal praça de Middletown. Tinha rebeldes cabelos castanhos e penetrantes olhos verdes nos quais muitas garotas da cidade já haviam se perdido.


Com uma garrafa de cerveja em mãos, Frank parecia esperar por alguém. Consultava seu relógio a cada cinco minutos, impacientemente.


Emitiu um sorriso debochado ao perceber que alguém atravessava a rua, caminhando na direção da calçada ao seu lado.


– Montini. – sua voz transbordava falsa simpatia. – Vejo que anda ocupado como sempre. Aposto que está atrás de algum emprego novamente.


Alex o encarou sem deixar transparecer qualquer tipo de reação ao ataque sarcástico de Frank.


– Pois é... – murmurou. – Alguém tem que trabalhar, não é mesmo?


Frank Palmer soltou um riso.


– Sabe que posso lhe oferecer um emprego, se precisar.


– Eu prefiro passar fome a ter que trabalhar para você. – declarou, passando ao lado de Frank e afastando-se apressadamente com papéis em mãos. Frank consultou o relógio em seu pulso mais uma vez. Fez menção de entrar em seu carro, quando ouviu uma voz chamar por seu nome. Olhou para trás. Jodie vinha correndo o mais depressa que podia, acenando para ele.


– Desculpe. – disse ela assim que o alcançara. – Tive que fechar a loja.


– Sem problemas. – ele indicou o lado do passageiro de seu carro com a cabeça. – Vamos.


Com os olhos cheios de admiração, Jodie sorriu e obedeceu, entrando no carro e posicionando-se no banco. Frank sentou-se atrás do volante, girando a chave. O carro arrancou bruscamente.


Alex Montini seguiu o rumo planejado, segurando papéis em uma das mãos. Papéis que ele prometera entregar à Heather o mais breve possível. De fato, ele os entregaria de volta para ela. Partira de sua casa rumo à rua aonde, por muitas vezes, surgira no meio da noite para se encontrar com Emma.


Chegou ao seu destino, parando em frente à casa que um dia pertencera ao avô da garota. Respirou fundo e deu dois passos adiante, batendo à porta.


Não demorou muito para que ele se deparasse com o mesmo rosto que vira na tarde anterior. Com uma expressão indiferente, Heather abriu a porta de sua casa. Ao se dar conta de quem era, ela indagou:


– O que quer aqui?


– Vim lhe entregar seus papéis. – estendeu os mesmos para ela. Heather encarou os papéis e, com pressa, arrancou-os das mãos de Alex de forma ríspida.


– Obrigada.


– Por nada. – respondeu em tom frio. Tão frio que Heather sentiu-se incomodada. Decidiu não dizer mais nada. Heather fez menção de fechar a porta, quando sentiu que algo a impedia. Alex a interrompeu, segurando a porta com um de seus pés.


– Me diga o que está fazendo nesta cidade. – disse de forma clara e direta. A frieza com a qual ele falava causou a surpresa de Heather. Com os olhos confusos, ela o fitou calada. Mas as palavras tornaram a soar: – O que está procurando?


Heather levantou o rosto num gesto desafiador e seus olhos brilharam.


– Meus interesses não lhe dizem respeito. – declarou severamente.


– Li seus papéis. Está atrás de algo em relação à uma garota. Emma Connors.


Ela não esperava que ele estivesse tão a par de suas intenções. Repreendeu-se mentalmente por ter permitido que ele levasse os papéis.


– Estou atrás de respostas. – revelou ela. Alex não esboçou surpresa ou curiosidade. Seu olhar era tão frio quanto o tom de sua voz.


– Emma está morta. – asseverou de forma áspera.


– Sei disso.


– Não quero que se meta nisso. – ele declarou. Em uma expressão ameaçadora, ele a fitava com seus profundos olhos negros. – Essa história está morta. Assim como Emma.


– Não estou habituada a receber ordens de ninguém. Muito menos ordens vindas de desconhecidos que vêm até minha casa para me ameaçar. – tentou fechar a porta, mas novamente ele a impediu.


– O que você quer exatamente? Uma matéria? É algum tipo de repórter?


– E você? É da polícia? – perguntou em tom irônico e impaciente. – Não tem o direito de me interrogar dessa maneira.


– Não quero ver ninguém revirando o passado. Emma merece paz.


– Se realmente desejasse a paz dela, teria feito algo para descobrir quem a matou! – ela perdera totalmente a paciência. – Você não fez absolutamente nadapara ajudá-la.


Os olhos dele estavam mais abertos, surpresos com aquela afirmação.


– Mas de que diabos está falando?


Heather mais uma vez tentava, à muito custo, fechar a porta. Sem muito esforço, ele a manteve aberta, aproximando-se dela.


– Emma morreu! – agarrou-a por ambos os pulsos, obrigando-a a lhe escutar. – Não há nada mais que se possa fazer. Nada a trará de volta. Está morta! Morta!


– Me solta! – Heather lutava para livrar-se dele, mas mesmo todo o seu esforço parecia inútil.


– Ouça bem. Não permitirei que ninguém atormente a paz de Emma com investigações que não trarão resultados. Ela merece descansar.


– Me solte agora! – protestou ela, furiosa.


– Por acaso você é surdo? – uma terceira voz soou ao fundo. Alex virou-se em sua direção. Um desconhecido aproximou-se dele, e, puxando-o pelos ombros, separou-o de Heather bruscamente. – Saia daqui antes que eu chame a polícia! – assegurou autoritário.


Alex o fitou, abismado. Depois olhou para Heather. Ela não parecia apavorada, mas sim surpresa. Surpresa com a atitude que ele havia tomado. Sem dizer mais nada, Alex tomou seu rumo de volta para casa em apressados passos. Heather consecutivamente reconhecera o indivíduo que, agora, encontrava-se ao seu lado. Com os mesmos cabelos louros penteados com cuidado e olhos azuis questionadores, ele encarou-a dizendo:


– Até quando eu terei de me preocupar com você, Heather?


Virou-se para ele com indiferença.


– Não preciso de babá, Dr. Williams.


– Pois não foi essa a ideia que me deu, segundos atrás.


– O que pensa que está fazendo aqui? – decidiu perguntar diretamente.


– Pergunto-lhe a mesma coisa.


Num suspiro derrotado, Heather franziu os lábios e desistiu de iniciar mais uma discussão. Estava cansada demais para argumentar. Olhou para ele e disse-lhe calmamente:


– Creio que temos muito que conversar.


– Também eu. – concordou ele.


Ela abriu espaço, empurrando a porta de sua casa para que ele pudesse passar.


– Entre.


Amanda Thornton falava ao celular enquanto esperava o sinal verde do semáforo à sua frente. Era uma tarde agradavelmente fria. A leve brisa vinda da direção do rio batia em seus abundantes cabelos escuros, causando nela uma afável sensação de frescor.


– Entrarei em contato assim que possível. Obrigada. – desligou o telefone, depositando-o no porta-luvas de seu automóvel.


Mais um cliente. Pensou, satisfeita.


Amanda passara a tomar conta dos pequenos negócios de seus pais assim que eles decidiram mudar-se para Nova York. Com esta atitude, esperavam que Amanda fosse se tornar mais responsável. E foi exatamente isto o que acontecera. Ela tornara-se mais madura e responsável assim que fora escolhida para gerenciar a pequena loja de confecção de sua família.


O sinal se esverdeou. Amanda pisou no acelerador com suavidade e sentiu o carro deslizar em velocidade controlada pelo asfalto. Estava voltando para casa, quando, inesperadamente o rádio de seu carro foi ligado. Perplexa, Amanda inclinou-se para desligá-lo, mas os botões pareciam não funcionar. O estrídulo som vindo do aparelho fez arder os ouvidos de Amanda, que, de maneira instintiva, cobriu suas orelhas com ambas as mãos. Olhou para frente. Deparou-se com alguém parado logo à sua frente. Apavorada, Amanda tomou posse do volante novamente, girando-o para seu lado esquerdo, tentando desviar da figura pálida e soturna que se encontrava parada no meio da rua.


O rosto umbroso, de olhar melancólico, fora a última coisa que Amanda vira antes de perder o controle do veículo e colidir violentamente contra um poste.


Trevor Williams observou o ambiente em que se encontrava. Uma pequena sala de estar com paredes manchadas e um sofá velho. Uma mesa de centro logo à sua frente. Certamente já estivera em locais melhores.


– Como foi que me encontrou? – Heather entregou-lhe uma xícara de chá e sentou-se ao seu lado, no sofá da sala.


– Você tem que aprender a não deixar rastros por onde passa. – respondeu em tom zombeteiro.


– O que quer dizer?


– Vasculhei seu quarto na Jones & Johnson. – aquela afirmação causou em Heather um intenso e súbito calafrio. Trevor notara a mudança de expressão no rosto dela. – Digo... Eu procurei por você desde a explosão, Heather.


– Por quê? – inquiriu, confusa.


– Isso a incomoda?


– Não. Eu apenas gostaria muito de saber por que você parece se importar tanto assim.


Ele levou certo tempo para responder. Bebericou seu chá e soltou um profundo suspiro.


– Bem, não sei. Às vezes, as escolhas erradas podem nos levar às coisas certas. – levantou os olhos e fitou-a com seriedade. – Você foi uma das poucas coisas certas que apareceram na minha vida até agora.


Um curto, porém intenso silêncio tomara conta do ambiente. Heather desviou seu olhar rapidamente, incomodada com o que ouvira. Ele prosseguiu:


– É evidente que você está em perfeito estado mental. Ainda assim, você passou quinze anos de sua vida naquele hospital, Heather. – ele explicava calmamente. – Durante nossas primeiras sessões eu pude ver nos seus olhos o terror que você estava vivendo. Aquilo não fazia o menor sentido.


– Não sei como fui parar naquele lugar.


– Vou ajudá-la a descobrir. É por isso que estou aqui. Não vou deixar que enfrente sozinha o que pode estar por vir.


Heather abaixou a cabeça, olhando para o chão. Declarou em tom baixo, porém firme:


– Não pretendo voltar para aquela clínica.


– E não voltará. – ele afirmou, confiante.


– Posso cuidar de meus próprios problemas sozinha.


– Claro. Da mesma forma que cuidou daquele sujeito, minutos atrás, não é mesmo?


– Ora, por favor. – Heather estava começando a sentir-se impaciente. – Não sou nenhuma garotinha. Sei bem o que faço e digo.


– Não discordo. Mas peço que aceite meu apoio. Ofereço-lhe de coração.


– E o que ganha com isto?


– Não é essa a questão.


– Ainda não me disse como me encontrou.


– Encontrei uma anotação com o nome da cidade...


Heather voltou a olhar para ele. Desta vez, com perplexidade. Mas do que ele estava falando agora?


– Anotação? – indagou ela.


– Sim. Estava em seu quarto. Um pequeno papel. Na verdade, eram pedaços rasgados. Mas, ao juntá-los, pude ler o nome da cidade. Imediatamente, me passou pela cabeça que talvez você estivesse aqui.


– Eu nunca escrevi o nome dessa cidade em lugar algum. – assegurou Heather, confusa. Consequentemente, Trevor parecia ainda mais confuso do que ela.


– Não fez anotações sobre suas visões? Não escreveu o nome da cidade em um pedaço de papel?


– Não. – ela parecia segura do que estava falando.


– Tem certeza disso, Heather?


Ela assentiu.


A polícia e os paramédicos chegaram ao local do acidente poucos minutos depois. Somente quando a colocaram sentada em uma maca, dentro da ambulância, Amanda se deu conta de que havia sangue escorrendo por sua testa. Ouviu um dos paramédicos dizendo que, milagrosamente, ela não sofrera nenhum ferimento grave. Havia um profundo corte em sua testa e ela não conseguia movimentar seu braço direito.


De longe, notou duas sombras caminhando rapidamente em sua direção, mas não arriscou ver de quem se tratava.


– Amanda! Meu Deus! – Jodie Adams exclamou, aterrorizada ao ver o estado em que o automóvel da amiga se encontrava. Depois olhou para a mesma e deu-lhe um abraço.


Frank Palmer vinha logo atrás dela.


– Como foi que isso aconteceu? – ele perguntou. – Estava bêbada?


– Não! – Amanda respondeu, impaciente. – Jodie, eu vi. Eu a vi.


Jodie franziu a testa, confusa.


– Do que está falando?


– Eu a vi! Estava bem ali, no meio da rua! Foi ela quem fez com que eu batesse o carro! Estava ali! – Amanda parecia completamente perturbada. – Eu a vi!


– Quem? Quem foi que você viu? – Jodie a segurou pelos ombros, fazendo-a olhar para ela. Com os olhos amedrontados e lágrimas escorrendo por seu rosto, Amanda a fitou e disse-lhe lentamente:


– Emma.


Jodie soltou os ombros da amiga, boquiaberta. Tentou conter sua surpresa, mas não obteve sucesso. Horrorizada, Jodie virou-se para Frank enquanto os paramédicos fechavam as portas da ambulância, levando Amanda para o hospital.


– O que foi que ela disse? – Frank perguntou. Jodie olhava para ele com os olhos muito abertos, assustados.


– Disse que alguém apareceu no meio da rua, fazendo-a bater o carro. – respondeu com a voz trêmula. Fez uma curta pausa. – Ela disse que esse alguém era Emma.


Frank levantou as sobrancelhas e em seguida soltou um riso irônico.


– Por favor! Ela provavelmente estava bêbada. Não viu o modo como repetia a mesma frase, várias vezes?


– Eu acredito nela, Frank. – Jodie o interrompeu. Frank parou de falar e arqueou as sobrancelhas novamente. Sua voz demonstrava o quão confuso estava ao perguntar:


– Por quê?


– Porque eu também a vi.


Sem esboçar reações, Frank Palmer encarou a figura assustada à sua frente. Não proferiu qualquer palavra, mantendo-se calado.


Lembrou-se do que lhe acontecera dias atrás. Logo se deu conta de que Amanda e Jodie não eram as únicas a terem visto Emma. Jodie o abraçou espontaneamente, mas ele não disse nada.


Ainda que também estivesse apavorado em seu interior, Frank permanecera calado.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • ceeh Postado em 02/06/2014 - 21:48:29

    Sabe eu sinceramente adorei. A história é muito boa misturando tudo. Pensei até que o assassinato de Emma foi por Heather (nem sei escreve, repara não)e não entendi o porque de todos a adiarem daquele jeito. Eu mesma já me senti sozinha e muitas pessoas viraram as costas para mim mas eu nunca fiquei tão sozinha quanto Emma ficou. Ela criou uma segunda personalidade para se defender de tudo o que sofrera. Para não ser mais fraca. E como adorei tudo cada detalhe e como jogou com o leitor revelando alguns mistérios mas deixando outros ocultos. Gostaria muito de ler outra historias suas e finalmente li algo realmente bom. E você nem usou personagens famosos, sua historia é famosa e quem não leu só perdeu. De sua fã Ceeh.

  • ceeh Postado em 01/06/2014 - 14:19:15

    Aiin... Que web mais perfeita. Eu me senti como a própria personagem e você escreve bem demais. Por favor não abandone a história, eu já estou amando tudo nela principalmente os detalhes. Continue...


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