Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass
Vincent Hurst deixou claras as suas ordens, dizendo a Bryan Carter para levar Ellie até o outro galpão. Ficaram os dois à sós e ela não pôde esconder seu nervosismo e desconforto.
O outro galpão tinha a mesma aparência do restante do prédio em si. Era tudo muito velho e sujo. Ellie sentia-se no lugar errado, na hora errada.
Carter estava frente a frente com ela, parado em pé. Tinha o rosto carrancudo e gotas de suor não paravam de escorrer até seu queixo, seguindo a linha de sua repugnante cicatriz. Suas roupas estavam manchadas e ele fedia à óleo queimado.
Ellie, entretanto, mantinha sua postura elegante e graciosa, parada em pé com seu vestido azul e os cabelos dourados delicadamente penteados para trás. Sua expressão era séria, mas gentil. Ela parecia esperar que ele iniciasse as explicações.
O que ela ouvira, porém, não foram apenas esclarecimentos.
– Quando fizeram uma votação para decidir se aceitaríamos você na organização, – Bryan Carter a fitava nos olhos e balançava o corpo lentamente de um lado para o outro, como uma besta cercando sua pequena presa. – Eu votei contra.
Ellie não conseguiu responder. Aquele sujeito lhe causava medo. Um medo diferente do que sentia quando tinha James por perto. O rosto feio e o tom de voz rude de Carter a deixava incômoda e sem reações.
– Mulheres não são aceitas na Fraternidade. – alegou ele com completa convicção.
– Por que não? – Ellie indagou.
– Ora, não lhe disseram? – Bryan levantou uma sobrancelha. – Não conhece a história da Dama da Morte?
Ellie franziu o cenho, confusa. Não sentia qualquer familiaridade com o assunto.
– Dama da Morte?
– A primeira mulher a conseguir entrar na Fraternidade.
Ela abanou a cabeça sem entender. Bryan Carter aproximou-se dela. Ela viu-o meter as mãos nos bolsos traseiros de suas calças manchadas, arrancando um par de facas afiadas que refletiam a luz fraca das lâmpadas postas sobre eles, no teto.
– Facas nunca travam ou ficam sem munição. Sem contar que são as melhores armas quando o trabalho é feito de perto. – ele esticou uma das mãos, estendendo uma das facas para ela. – Aqui. Pegue esta.
Ellie hesitou, mas depois não viu outra saída. Tomou a faca em sua mão e Bryan recuou, afastando-se dela.
– Quero que me ataque. – declarou.
– O quê?! – Ellie se indignou, arregalando os olhos castanho-claros com profunda perplexidade.
– Venha até mim e tente me ferir com esta faca.
– Não pode estar falando sério. – ela desatou em risos de indignação. – N-não posso...
– Eu sabia. – Bryan Carter afirmou. – A garotinha do papai é delicada demais para brigar.
Ela, então, sentiu uma pontada de aversão lhe tocar a alma. Subitamente estreitou os olhos, apertando a faca entre os dedos com força. Seu coração já havia acelerado violentamente.
– Não fale do meu pai. – disse ela numa tentativa de soar intimidadora. Ao contrário do que esperava, ouviu Bryan rir de seu orgulho ferido, colocando as mãos sobre barriga estufada. Uma gargalhada terrivelmente alta.
– Eis aqui a nossa Mulher de Escarlata! – ele zombava dela com sua voz irônica. – Aquela que tomará povos e nações.
– Não sou a mulher de quem falam. – respondeu extremamente séria. Seus olhos estavam fixos nos dele, no aviso da fúria que ela sentia se espalhar por seu corpo, de dentro para fora. – Mas não subestime minha capacidade, Sr. Carter.
– Ora, mas vejam só... – ele parou de rir para fitá-la mais uma vez. – Está tentando me intimidar.
– Não, senhor. – Ellie falou. Então, ela rapidamente se recompôs, tentando conter sua raiva interior.
Carter emitiu mais uma gargalhada.
– O que está esperando para me atacar?
Ellie abaixou a cabeça e observou a faca em sua mão. Segurava-a agora frouxamente, respirando fundo. Sabia que não seria capaz de atacar alguém. Muito menos ferir alguém.
– Seu pai tinha razão em não querê-la na Fraternidade. – a voz de Bryan tornou a soar. – Ele próprio sabia que você não seria capaz de fazer nada aqui.
– Não fale dele. – ela disse novamente, sentindo a raiva lhe dominar pela segunda vez, ainda mais forte e incontrolável.
– Ele sabia que a filhinha era fraca. Foi por isso que lhe vendeu como se vende um objeto. Para que alguém tivesse de cuidar de você. Não pode sequer cuidar de si mesma. – as palavras dele a invadiam como um parasita indesejado, carregado de um veneno que se alastrava pela mente dela ferozmente.
– Cale essa maldita boca, Carter. – James Braxton surgiu no galpão e Ellie virou-se para ele como se estivesse presenciando um milagre. – Não diga coisas das quais pode se arrepender mais tarde.
– Claro. – Bryan Carter não conseguia conter o riso. – Como se essa garotinha fosse capaz de fazer alguma coisa contra mim.
– E o que o faz pensar que não?
Carter fez menção de respondê-lo, mas hesitou quando viu que ele se aproximava da esposa com algo calculado em mente.
Caminhou até ela e disse-lhe em um sussurro:
– Sei que pode fazer isso. Ele não é nada. Não se deixe levar pelas aparências.
Ellie balançou a cabeça negativamente.
– Está lhe provocando de propósito. – explicou ele em tom baixo. – Não segure sua raiva. Deixe-a escapar.
– Não posso...
– Como não podia atirar no alvo minutos atrás? Você não sabe o que corre em suas veias. Sangue de assassino.
– Não.
– Tem de acreditar em si mesma. Todo o Inferno a temerá. Lembra-se? – assegurou James com tanta fé que Ellie se descobriu admirada.
– Isso não é verdade. – ela suspirou.
– Bem, eu acredito no que acabo de afirmar. – disse. – E eu raramente me engano.
– Eu não tenho o dia todo. – ressaltou Bryan impacientemente.
– Olhe para ele. – James colocou-se atrás dela, sussurrando-lhe passos a serem tomados. – Segure a faca com firmeza. – Ele passou a mão por cima da de Ellie, fazendo-a apertar o objeto. – Mantenha-se atenta aos movimentos dele. Agora... Deixe sua raiva escapar.
– Não sei se consigo.
– Três segundos e você correrá na direção dele. Tente cortá-lo, não importa onde ou como. Siga seu instinto. – ele explicou, ignorando o que ela havia dito. – Três...
– Não posso fazer isso.
– Dois...
– Por favor... – ela suplicou. Mas era tarde demais.
– Acabe com ele. – foi a última sentença dita por ele. Ellie sequer teve tempo para se preparar. Sentiu o instinto a invadir, e, sem pensar muito, correu na direção do sujeito à sua frente.
Quando chegou próxima a ele, ela desferiu golpes com a faca, mas não sentiu que atingia carne firme. Bryan Carter desvencilhava-se dela com movimentos há muito tempo treinados. Com a adrenalina a sufocando de forma brutal, as tentativas de ataque de Ellie não cessavam.
Não até ela sentir uma forte ardência em sua mão esquerda.
Parou de atacar o homem, sentindo um líquido quente jorrar de sua pele cortada. Olhou para sua mão, deparando-se com um corte profundo causado pela faca de Bryan Carter. O sangue fugia pelo corte em grande quantidade, deixando Ellie pasma. Ela não reagia.
Com os olhos muito abertos ela assistia o sangue escorrer de sua mão, lavando o chão logo abaixo dela. Carter ria, dizendo:
– Parece que eu tinha razão.
– Não devia tê-la atacado. – resmungou James Braxton, precipitando-se para Carter.
– Poupe-me. – disse ele em resposta. Ele percebeu a óbvia expressão de desaprovação que permanecia no rosto de Braxton. – James, frater*, nós dois sabemos que ela não trará nada mais do que problemas.
– Você envergonha esta organização. – asseverou James, afastando-se dele. Ele aproximou-se de Ellie, tomando a mão dela com cuidado. Observou o ferimento com desdém. Não parecia nada impressionado ou surpreso. – Não está tão ruim. Mas creio que isto basta por hoje. Vamos para casa.
Ellie não fora capaz de dirigir-lhe uma resposta. Seu corte queimava como se alguém estivesse jogando sal por cima de sua mão.
Antes de retirar-se do prédio, recebeu uma toalha das mãos de Vincent Hurst e seus desejos de uma melhora rápida, pois, segundo ele, o treinamento prosseguiria no dia seguinte. James a conduziu até seu carro, fazendo-a se sentar no banco do passageiro com a toalha enrolada na mão ensanguentada.
Ele ajeitou-se no lado do motorista, colocando a chave na ignição e arrancando com muita pressa. Ellie não soube dizer se era por causa dela ou simplesmente porque ele não queria ficar ali por mais tempo. A segunda opção era a que mais se encaixava em suas expectativas.
– Está doendo muito? – a pergunta dele deu fim ao silêncio insuportável que ameaçava permanecer no ambiente.
– Tanto faz. – Ellie respondeu, indiferente.
– Você não esperava que ele revidasse?
– Eu não esperava nenhuma das coisas que têm acontecido ultimamente.
James soltou um riso leve, mantendo-se preso ao volante de seu veículo.
– Algumas cicatrizes não irão matá-la.
– Eu não me importaria se matassem.
De fato, ela sentia-se de tal forma. Por diversas vezes havia pensado em como seu sofrimento e todos os absurdos a que lhe forçavam a se submeter teriam um fim se ela simplesmente morresse. Talvez fosse até mesmo menos doloroso. Ninguém sentiria sua falta. Ninguém além de Dora.
Como desejava que ela estivesse por perto! Certamente ela saberia o que dizer para acalmar sua mente perturbada.
E, apesar disto, não conseguia ao menos sair de casa sem que o marido a acompanhasse. Estava literalmente vivendo presa à ele. E não somente à ele, como também à toda aquela insanidade que dizia respeito à Fraternidade, profecias e pessoas que a perseguiam.
– Não seja tola. – ele tornou a falar, como se pudesse ler seus pensamentos. – Não há alívio na morte.
– Como sabe disso?
– Porque eu conheço a morte e todas as coisas derivadas dela como a palma de minha mão.
Ellie não arriscava virar-se para fitá-lo nos olhos. A afirmação dele, no entanto, lhe causara um pequeno impacto. Talvez ele estivesse se referindo ao modo como os pais haviam sido assassinados. Ou talvez às pessoas que ele próprio havia matado.
A ideia de estar casada com um assassino devia deixá-la apavorada, mas não se sentia assim depois do que vira e ouvira nos últimos dias. Percebeu então que o problema não era estar presa à um homem que não conhecia, e sim não conhecer a si mesma.
Durante toda a sua vida jamais ouvira falar a respeito de pessoas que desejavam vê-la morta, da loucura de ser parte de uma profecia. Toda vez que ouvia aquilo, tinha a impressão de que o mundo havia se tornado um grande hospício, sem muros ou portões.
Todos ao seu redor pareciam ter enlouquecido. E ela se perguntou quanto tempo levaria para que ela também enlouquecesse.
– Quero que suba imediatamente para o quarto quando chegarmos. – ordenou James rispidamente. – Não quero que a vejam assim. Farão perguntas.
Ellie não assentiu ou discordou. Apenas permaneceu calada, esperando até que eles chegassem à mansão. Quando o automóvel passou pelos portões da propriedade, Ellie pressionou a toalha contra sua mão e preparou-se para saltar para fora do veículo.
E fora exatamente isto o que ela fizera uma vez que o carro parou.
Abriu a porta e correu para dentro da casa, passando pela sala principal e correndo às pressas pelas escadas, até encontrar seu quarto. Seguiu para o banheiro, onde lavou seu corte e encontrou uma pequena maleta de primeiros-socorros no armário embutido atrás de um espelho, acima da pia. Fez um curativo simples e sentiu-se aliviada quando o sangue parou de brotar de sua mão. Retirou-se dali e desceu.
Ao passar pela sala de estar ela ouviu algo vindo da cozinha. Caminhou até a entrada, onde encontrou a porta dos refrigeradores abertos.
Com as mãos cheias de guloseimas, Alena surgiu por detrás da porta aberta de uma das geladeiras, emitindo uma expressão de surpresa ao encontrar Ellie parada à sua frente.
– O que está fazendo? – Ellie inquiriu, um tanto preocupada. A quantidade de coisas que Alena levava nas mãos era exagerada.
– Não lhe interessa. – retrucou a garota.
– Alena, quero me desc...
– Eu não quero ouvir. – ela interrompeu. – Não tenho nada a tratar com você.
Passou por Ellie com as mãos cheias, saindo da cozinha. Ellie deixou um suspiro derrotado escapar de seus lábios. Tomou um copo com água, agradecendo por não ter encontrado nenhum dos empregados até então.
Em seguida, tornou a subir as escadas, voltando ao seu quarto onde – desta vez – James esperava por ela.
– Vejo que já tratou do ferimento. – ele fez um comentário quando a viu entrar.
– Não foi tão profundo. – respondeu. – Creio que cicatrizará em poucos dias.
– Ótimo. Assim não terá problemas em continuar com o treinamento.
Ellie sentou-se na cama com o corpo dolorido e cansado. Sua mão já não lhe incomodava tanto quanto antes, mas sua mente sim. Estava repleta de pensamentos com os quais ela não conseguia lidar. Algo, em especial, a deixara afundada em curiosidade.
Virou-se para James que, como de costume, parecia ler algo importante ao seu lado na cama. A pergunta soou antes que ela pudesse controlar sua própria fala:
– Quem foi a Dama da Morte?
James imediatamente fitou-a nos olhos, como se alguém tivesse jogado água fria em seu rosto.
– Onde ouviu isto?
– Bryan Carter. Ele disse-me que ela foi a primeira mulher a entrar na Fraternidade. – ela falou calmamente. – O que aconteceu com ela?
James umedeceu os lábios nervosamente, pensando antes de dar a ela uma resposta.
– Não falamos a respeito dela.
– Por que não?
– Chega de perguntas. – decretou, voltando a pousar os olhos no papel que tinha nas mãos. – Talvez seja melhor que durma um pouco. O dia será longo amanhã.
Ellie decidiu não insistir. O fato de ele não ter tentado nada mais com ela naquela noite já era motivo suficiente para ficar em paz.
Deitou-se na cama e virou-se para o outro lado, com as mãos enfiadas debaixo de seu travesseiro macio.
Cerrou os olhos e, automaticamente, deixou-se cair no sono. Assim que atingiu seu subconsciente, Ellie encontrou-se em um sonho. Um sonho quase tão confuso como o que tivera na noite de seu casamento.
Sentada em uma bela poltrona, como a que vira no sonho anterior, com um vestido vermelho como o sangue e o rosto rígido, coberto por maquiagem escura, ela encontrava-se cercada por luzes vermelhas e amarelas que se assemelhavam à chamas que subiam alto para o teto da imensa sala em que estava.
Havia pessoas à sua volta. Todos a fitavam com um brilho de admiração em seus olhos. Um deles anunciou em voz alta:
– Ó, grande Babilônia! – e todos começaram a se agitar. – Todas as nações beberão
do vinho de sua fúria!
Levantando um cálice de ouro nas mãos, em um gesto de resposta, ela viu todos se prostrarem diante dela, proferindo palavras de profunda adoração.
E então ela riu, bebericando do que havia em seu copo. Sentiu o gosto de metal descer por sua garganta – quente e salgado – deleitando-se do sangue de seus inimigos.
–--
* Frater: irmão em latim.
Prévia do próximo capítulo
A semana que se seguiu não havia amenizado o nervosismo de Ellie em nada. Passara os sete dias indo até a antiga construção onde Vincent Hurst e os outros esperavam por ela. O corte em sua mão, porém, já não era nada comparado aos outros ferimentos que adquirira durante o treinamento em si. Ela passara a chegar em cas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 51
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shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44
ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios
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raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35
Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua
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vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37
Olá, to lendo pelo spirit anime =)
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vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24
Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*
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vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30
Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)
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vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43
Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha
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vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07
Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)
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vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49
Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)
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vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43
Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*
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vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32
Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps