Fanfics Brasil - Primeiro Ciclo - Capítulo XI - Ingruentis Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Primeiro Ciclo - Capítulo XI - Ingruentis

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A semana que se seguiu não havia amenizado o nervosismo de Ellie em nada. Passara os sete dias indo até a antiga construção onde Vincent Hurst e os outros esperavam por ela.


O corte em sua mão, porém, já não era nada comparado aos outros ferimentos que adquirira durante o treinamento em si.


Ela passara a chegar em casa extremamente fatigada, exausta, e esforçava-se para esconder os cortes e arranhões que se espalhavam por seu corpo a cada dia que se passava.


Ellie começou a acreditar que aquela loucura se repetiria sem cessar, levando-a a lugar nenhum. Até então não havia conseguido as respostas pelas quais procurava.


Até então...


Houve um dia em que Joshua Wilder a levou até um dos galpões que juntos formavam o velho prédio da organização. Parou em frente à uma mesa de aço coberta por armas de diversos tamanhos.


– Está vendo isso?


– Sim. – ela respondeu, atônita ao ver tantos objetos colocados sobre uma mesa.


Em uma declaração rápida e clara, ele disse:


– Quero que escolha uma.


Ellie ergueu os olhos para o rapaz que – até então – a havia tratado com gentileza. As explicações dele eram fáceis de entender, pois ele mostrava-se disposto a realmente ajudar. Diferente de Bryan Carter.


A garota aproximou-se ainda mais da mesa de aço oxidado, tomando na mão a primeira arma que seus olhos encontraram. Todavia, ela necessitou das duas mãos para segurar a AK-47 que decidiu escolher. Descobriu a arma pesada demais para suas mãos, mas esforçou-se para mantê-la segura.


– Você sabe o que tem em mãos? – Joshua perguntou como um atencioso professor indagando sua aluna durante um exame oral.


– Uma AK-47, sigla russa para Avtomat Kalashnikova obraztsa 1947 goda, o que quer dizer Arma Automática de Kalashnikov modelo de 1947. – ela respondeu, certa de que não estava enganada. Havia lido – muito – a respeito de armas e coisas relacionadas à elas desde o dia em que acertara seu primeiro alvo no galpão ao lado.


– Muito bem. – ele a parabenizou, mas não parou por aí. – E quais são as partes desta arma?


– Coronha. Culatra. Gatilho. Carregador. Percussor. Cão. Cilindro. – ela falava e calmamente indicava as partes citadas na arma, usando seu dedo indicador.


– Está indo bem. – Joshua emitiu um sorriso de satisfação.


Ellie abaixou a arma, soltando um suspiro quase imperceptível. Mas Joshua Wilder percebera a súbita mudança de expressão no rosto dela.


– Lady Braxton, parece-me altamente perturbada.


– Por favor. – Ellie o interrompeu. – Me chame de Ellie.


– Como quiser. Há algo lhe incomodando, Ellie?


– Bem, na verdade... Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta.


– Pode perguntar. – ele cruzou os braços em frente ao peito, esperando que ela o questionasse.


– Por que ninguém fala a respeito da Dama da Morte?


Joshua pigarreou numa tentativa de disfarçar sua surpresa. Desviou os olhos dos dela, tentando manter-se firme ao responder:


– Ela foi a melhor e também a pior coisa que já aconteceu na Fraternidade.


– Mas... Quem exatamente foi ela? – Ellie não hesitou em deixar transparecer sua curiosidade.


– Não creio que eu deva tocar no assunto...


Ellie bufou.


– Não quero que tenham segredos comigo. Estamos do mesmo lado, não estamos?


– Sim, claro. – Wilder disse. – Porém, falar sobre a Dama da Morte seria uma quebra de regras. E regras são importantes.


Ellie depositou a arma sobre a mesa e olhou para ele mais uma vez.


– Está certo. Sei que não vai me dizer nada. Ninguém diz.


– Como estão indo? – a melodiosa voz de Vincent Hurst invadiu o recinto. Ele atravessou a porta, caminhando na direção de ambos carregando um sorriso entusiasmado no rosto.


– Eu me recuso a prosseguir com tudo isso se alguém não me der respostas. – declarou a jovem, circunspecta. Vincent levantou uma de suas sobrancelhas, olhando para ela com uma ponta de admiração.


– Do que está falando?


– Dama da Morte. – respondeu. – Quem foi ela?


Hurst viu a pequena garota parada perante ele com ar de seriedade. Uma seriedade que não condizia com o cordial brilho de seus olhos que irradiavam ingenuidade.


– Siga-me. – pediu. Virou-se de costas e seguiu para o caminho pelo qual viera. Ellie permaneceu séria e começou a caminhar logo atrás dele, seguindo-o para outro cômodo do prédio.


Vincent a guiou para uma sala na qual ela não estivera antes. As paredes eram cobertas por prateleiras e nelas havia livros. Uma infinidade de livros velhos, amarelados devido ao longo tempo que passavam ali, parados. Uma mesa de madeira escura de aspecto antigo encontrava-se logo à frente, com duas cadeiras ao redor. O cheiro de mofo era inevitável.


Ellie segurou-se para não espirrar, sentindo o odor invadir suas narinas, fazendo-as arder de leve.


Executando um gesto elegante com as mãos, Vincent Hurst retirou um livro de uma das prateleiras. Colocou-o sobre a mesa. Suas folhas estavam emboloradas e sua capa rasgada. Folheou o livro em busca de algo, com os olhos atentos às páginas que se viravam por seus dedos.


Foi quando ele parou de folhear as páginas. Virou o livro na direção de Ellie e deu início à mais uma longa explicação.


– No ano de 1960, Elizabeth Knightingale procurou a Fraternidade, sedenta de vingança. – a voz dele era firme enquanto falava a respeito daquilo. – Um policial parou o carro no qual ela estava com o marido, pedindo-lhes os documentos. Infelizmente, porém, o marido de Elizabeth havia se esquecido de trazê-los e tentou se explicar ao policial. Houve uma discussão e... – as palavras dele morreram no ar.


– E...?


– Foi um abuso de autoridade. O policial sacou sua arma e estourou os miolos do pobre homem. – completou. – Elizabeth veio até esta organização em busca de vingança. Pediu para que exterminassem o sujeito.


– E eles o fizeram?


– Eles não. – Vincent respondeu. – Elizabeth quis entrar na Fraternidade. Mas, como você deve saber, mulheres não eram aceitas.


– E então?


– Mas Elizabeth era determinada. Uma jovem em busca da justiça. Ela pediu apenas uma oportunidade para provar que era capaz de desempenhar um grande papel na Fraternidade. E... Ela realmente desempenhou esse papel.


– Não entendo o que isso...


– Ela ajudou a eliminar milhares e milhares de ímpios deste mundo. Matando-os um a um. E depois, sem a ajuda de um auxiliar. – Ellie colocou-se a folhear as páginas do livro à sua frente. – Em pouco tempo, Elizabeth tornou-se a maior assassina da história dessa Fraternidade. Mas isso lhe subiu à cabeça. Ela esqueceu-se de seu propósito.


Ellie passava os olhos por palavras aleatórias nas páginas que ela folheava. O cheiro de bolor era agora sufocante, como a perturbadora história narrada por Vincent Hurst naquele momento.


– O nosso maior objetivo tornou-se sua obsessão. Ela estava obcecada pela criação de um novo mundo, o mundo perfeito. E então começou a eliminar todo aquele que cruzava seu caminho, quebrando algumas de nossas regras.


A garota lembrou-se da frase dita por Joshua Wilder minutos antes.


Regras são importantes.


– Não compreendo. – comentou.


– Nós estudamos nossos alvos antes de tomarmos um veredicto, o que define se devemos ou não eliminá-lo. Elizabeth, no entanto, começou a agir antes de pensar. Ela lutava desesperadamente para acelerar a criação deste novo mundo, pois acreditava que seria ela a pessoa que o governaria.


– Você disse que ela estava obcecada...


– Sim, de fato. – reafirmou ele. – Ela matou todo aquele que tentou impedi-la.


– Impedi-la... Do que exatamente?


– De dominar as sete organizações.


Os olhos de Ellie se ergueram em uma expressão de espanto.


– Ela tencionava dominar toda a Fraternidade?


– Exatamente. – Vincent assentiu. – Ela eliminou não só os ímpios mundanos como também membros da própria Fraternidade. – Ellie manteve-se calada, muito atenta à narração. – O primeiro membro a ser morto pelas mãos dela foi seu própriomagister, que significa mestre. Todo iniciante precisa de um mestre para orientá-lo e acompanhá-lo em suas missões até que ele se torne capaz de agir sozinho.


A voz de Hurst prendia a atenção de Ellie por completo, mas o que realmente a fazia parar para tentar entender sobre o que ele falava era a explicação em si. Vincent Hurst prosseguiu:


– E isto ocorreu quando ele aconselhou-a a parar com aquela loucura. Ela estava manchando a Fraternidade com sangue inocente. – uma breve pausa. – Ainda assim, Elizabeth tomou para si todas as sete organizações.


– Então ela conseguiu?


– Sim. – ele disse. – Ela tinha dezesseis anos quando entrou para a Fraternidade, exatamente nesta organização. A nossa organização. Era uma jovem perturbada, mas também muito bela. E talvez tenha sido essa a maior de suas armas contra seus inimigos. Muitos morreram por ela e por causa dela.


Ellie tornou a olhar para o livro, virando mais algumas folhas amareladas e manchadas. Ficou admirada ao encontrar uma velha fotografia colada à uma das páginas. As cores eram preto e branco, e a imagem estava deteriorada, dando a impressão de que estava ali há muitos anos.


Ellie comtemplou a garota de rosto exuberante e inteligente, olhos faiscantes e cabelos elegantemente presos para cima. Sua expressão era terrivelmente séria e, ao mesmo tempo, convidativa.


– Tinha cabelos como os seus. – ele comentou. – Mas depois que o poder realmente a levou à loucura, ela os tingiu em um tom rosado... – Vincent deitou os olhos na mesma fotografia antes de prosseguir. – Usando o sangue de todo aquele que cruzara seu caminho.


Ellie tentou conter a bílis que ameaçava subir por sua garganta. Toda aquela história estava deixando-a apavorada.


– Ela, ao menos, conseguiu fazer a justiça pela qual buscava? – inquiriu sem deixar de olhar para a fotografia no livro.


– Fez muito mais do que isso. – ele assegurou. – Elizabeth tornou a ficar frente a frente com o assassino de seu marido anos mais tarde, quando já tinha para si todas as sete organizações. Toda a Fraternidade. – explicou. – Ela pediu aos irmãos da Fraternidade que o trouxessem até ela. Ficaram cara a cara. E, então, depois de torturá-lo de diversas e incontáveis formas, Elizabeth virou-se para um de seus irmãos e ordenou que lhe arrancasse a cabeça.


Ellie sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha enquanto ouvia.


– Assistiu à execução, sentada em uma grande e gloriosa poltrona vermelha, com um sorriso vitorioso no rosto. O sangue do homem banhou o corredor principal da organização.


– Então Elizabeth era a Dama da Morte... – concluiu Ellie, pensativa.


– Claramente, minha querida. – assentiu ele. – Era astuta e ágil, muito útil na Fraternidade. Ela foi o orgulho de nossa organização por muitos anos, antes de ter se deixado levar pelo orgulho, pela ganância, ira...


– Está citando os sete pecados capitais. – observou ela.


– Elizabeth cometeu todos eles desde o dia em que colocou os pés neste mesmo prédio, mais de cinquenta anos atrás. – Vincent Hurst tentava esclarecer as dúvidas de Ellie. – Ela assassinou muitas pessoas, dormiu com muitos homens, embebedou-se de todo o vinho que pôde, humilhou muitos dos seus, tomou posse da riqueza alheia... Até o dia de sua morte.


– Como isto aconteceu? – Ellie abandonou a fotografia e olhou para o homem mais uma vez.


– Elizabeth Knightingale foi uma mulher cruel. – ele alegou. – E obviamente teve uma morte que condizia com seus atos.


– Como ela morreu? – repetiu a jovem.


– Não se sabe ao certo. – Vincent fitou-a nos olhos. – Alguns dizem que ela cometeu suicídio quando a insanidade tomou conta de sua mente por completo. Outros dizem que um dos irmãos a traiu, assassinando-a em uma cilada. Mas eu acredito na primeira teoria. – ele abriu um sorriso sem emoção. – Ninguém mataria a Dama da Morte. Entretanto, independente de como ela morreu, todos acreditam que, no dia de sua morte, os sete demônios vieram para buscá-la, arrastando-a com eles para o Inferno.


– É por isso que não se pode falar sobre ela? Por conta das atrocidades que ela cometeu? Porque ela foi uma vergonha para a Fraternidade?


– Fico feliz que tenha entendido. – ele pousou uma de suas mãos sobre o ombro dela. – Agora, volte para seu treinamento.


– Não. – ela objetou, afastando a mão dele. – Isso tudo é tolice! Eu estou pronta!


Vincent admirou o tom no qual ela agora lhe dirigia a palavra. Tal afirmação o deixara surpreso.


– Estará pronta quando eu disser que está.


– Eu sei que estou pronta. – enfatizou ela.


– Pois bem. – Hurst ergueu o rosto sobre a doce garota parada à sua frente com ar de superioridade. – Lhe darei um voto de confiança.


– E o que isso quer dizer? – perguntou com total indiferença.


– Eu a recrutarei para sua primeira missão. – ao dizer isto, Vincent Hurst pôde jurar que o coração de Ellie se aquietou imediatamente, considerando o modo como os olhos dela brilharam, ansiosos.


– Que missão? – ela não hesitou em perguntar.


– Saberá em breve. A missão será colocada em prática amanhã. Lhe darei esta noite para que estude seu alvo. – ele virou-se para as prateleiras e, de uma delas, retirou uma pasta negra, estendendo-a para a menina. – Aqui está.


Ellie pegou a pasta com ambas as mãos, como uma pessoa há muito tempo sedenta, tomando posse de um copo d’água. Olhou-o nos olhos e ele prosseguiu com sua inesperada decisão:


– Vá para casa, estude seu alvo com cautela. Poderá executar sua missão amanhã de manhã, quando nos encontrarmos aqui novamente. – dizendo isto, Vincent Hurst passou por ela, fazendo menção de sair da sala pela mesma porta que atravessara minutos antes. Mas Ellie o deteve, tomada por uma dúvida. Algo que lhe ocorreu à mente, de repente.


– Disse-me que todo iniciante precisa de um mag... Mestre.


Hurst virou-se para ela exibindo um sorriso suspeitosamente alegre. Era quase uma ironia.


– Você já tem um. – disse em tom de cruel sarcasmo. Ellie franziu a testa. – Chama-se James Braxton.


Banzada com a declaração feita pelo sujeito, Ellie piscou duas vezes seguidas, rapidamente. Agora tinha absoluta certeza de que as coisas não se tornariam mais simples com o passar dos dias. Muito pelo contrário. Ela afundava-se cada vez mais naquela caótica e absurda situação.


–--


East Harlem, Nova York.


Gritos excessivamente altos soaram.


Depois estes tornaram-se urros. Urros que faziam tremer todo o bairro de East Harlem, em Nova York.


Os vidros do apartamento de onde vinham os gritos ameaçavam quebrar devido ao som extremamente estridente que tomava conta de todo o ambiente.


Os gritos escapavam sem cessar dos lábios da garota que esperneava e lutava contra aqueles que a seguravam contra o chão.


– Mantenha-a imóvel. – ordenou um dos dois que estavam ali, inclinados sobre a jovem que tentava se desvencilhar deles histericamente.


– Ande logo com isso, Madden! – pediu o outro. Estava apavorado.


– Silêncio. – o primeiro a ter quebrado o silêncio tinha em mãos um livro aberto. A garota prosseguia com seus gritos insanos, causando o terror de todos os seus vizinhos. – Regna terrae, cantate deo, psallite dominio… Tribuite virtutem deo... – a garota soltou um grito ainda mais alto e aterrador, como se tivessem lhe jogado ácido no corpo. Com os olhos vidrados no livro, o indivíduo com voz autoritária, inclinado sobre ela, seguiu com suas palavras. – Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica… Ergo… – os gritos cessaram por instantes. Madden pousou os olhos na garota possuída. Seu rosto estava terrivelmente pálido, com cortes espalhados por toda parte. Seus olhos eram completamente brancos, como se a íris de seus olhos não existissem.


– Babilônia não cairá... Não cairá... – ela sussurrou com sua voz repleta de imundícies e palavras carregadas de perversão.


– De que merda está falando, seu filho da mãe? – o outro homem indagou.


– Cale-se! – ordenou Madden. – Não escute o que ele diz. – tornou a ler as páginas abertas diante de seus olhos. – Perditionis venenum propinare. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis. Humiliare sub potenti manu dei. Contremisce et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt…


– Vocês não a deterão. – e soltou uma gargalhada que fez arder os ouvidos dos homens inclinados sobre ela, ainda pressionando-a contra o chão com força.


– Ab insidis diaboli, libera nos, domine. Ut ecclesiam tuam secura tibi facias, libertate servire, te rogamus, audi nos. Ut inimicos sanctae ecclesiae humiliare digneris, to rogamus audi…


– Nada a deterá.


– Dominicos sanctae ecclesiae, terogamus audi nos...


– Nada! – gritou. Sua voz era pesada, temível.


– Terribilis deus do sanctuario suo deus israhel...


– Ela será como a grande cidade que reina sobre os reis da Terra. Não a levarão à ruína, não comerão de sua carne e não a destruirão com o fogo.


– Lpse tribuite virtutem et fortitudinem plebi suae...


– Está próximo, Christian. Muito próximo. – o rosto dela se contorceu em um sorriso malicioso.


– Benedictus deus, gloria patri. – o homem que falava olhou para o corpo sobre o qual estava inclinado e deu seu ultimato. – Et aspergatur locus aqua benedicta. – retirou um pequeno frasco do bolso de seu sobretudo e abriu a tampa, deitando-o sobre a cabeça da garota que já não se agitava tanto, deitada no chão da sala de seu apartamento.


Quando o líquido entrou em contato com a pele dela, fumaça exalou de seu corpo e ela arregalou os olhos e soltou um urro de dor que fez com que todos os objetos de vidro que se encontravam no local se estilhaçassem em mil pedaços, espalhando-se pelo chão.


O sujeito que deixara a água cair sobre a jovem tampou o frasco e devolveu-o em seu bolso, saindo de cima dela.


Aquele que o acompanhava ajudou a garota a se sentar no chão, puxando-a pelos braços.


– Sente-se bem? – perguntou.


– Eu... O que...? O que houve? – a voz dela, desta vez, soava naturalmente fraca. Uma voz diferente da qual saíra de sua boca antes da explosão das janelas de seu apartamento.


Sem responder, o desconhecido ajudou-a a se ajeitar no sofá e tentou lhe dar breves explicações enquanto o sujeito que executara o exorcismo o esperava do lado de fora.


A porta fora aberta minutos mais tarde.


– Bom trabalho, Madden. – ele parabenizou o rapaz em tom falsamente cordial. Mas este não lhe respondeu, com o olhar perdido e a mente recheada de pensamentos confusos. – O que foi, cara?


Madden fez menção de responder, mas hesitou.


– Deixa pra lá. – suspirou.


– Do que ele estava falando?


– É isso o que me preocupa. – respondeu ele.


– Como assim?


– As coisas que ele disse...


– Estou surpreso por você ter se deixado abater por isso. Você mesmo disse para não ouvirmos o que ele fal... A propósito, será que dá pra me dizer de que raios ele falava?


– A filha de Babilônia. – Christian Madden virou-se para o amigo. – A Mulher de Vermelho.


– Mas que diabos... – balbuciou o mais novo dos dois.


– Aqui. – ele enfiou uma das mãos no outro bolso de suas vestimentas escuras, retirando dele um aparelho celular. Estendeu o objeto para o outro. – Quero que ligue para um dos representantes do Vaticano.


– Por quê?


– Ele não estava brincando. – constatou, ignorando a pergunta. – Mas não é o fim que está próximo.


– Então... O que está próximo?


– O início de algo.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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