Fanfics Brasil - Primeiro Ciclo - Capítulo XVI - Vantagens e Conflitos Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Primeiro Ciclo - Capítulo XVI - Vantagens e Conflitos

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Conduzindo seu veículo parcialmente danificado pelo último ocorrido, James Braxton limitou-se a se manter calado até alcançar o prédio da organização. Parou em frente à entrada.


Ellie até então não havia se manifestado. Sentia todos os ossos de seu corpo doloridos, ainda desacreditando do que lhe acontecera minutos atrás. Sua mente, porém, estava vazia. Assim como o olhar que carregava em seu rosto.


Assim que o automóvel parou, ela colocou-se para fora dele, segurando um dos braços feridos com força, tentando comprimir as pontadas de dor que penetravam cada centímetro de seu corpo cruelmente.


James também se retirou do veículo, indo ao encontro dela. Começou a seguir para dentro do prédio e Ellie o seguiu sem hesitar.


Vincent Hurst logo surgiu no galpão principal, exibindo seu melhor sorriso entusiasmado. Direcionou-se à Ellie, dizendo:


– Meus parabéns!


Ela ergueu os olhos, sem responder. Sua expressão era friamente apática. Talvez devido ao caos que seu espírito havia se tornado desde então.


– Está me surpreendendo mais a cada dia que se passa. – Hurst disse em tom de admiração. – E você, James, – virou-se para o sujeito parado ao lado da garota. Seu aspecto era cansado e suas roupas estavam banhadas em suor, repletas de manchas de sangue, mas sua postura permanecia eminentemente desdenhosa, como de costume. – Estou orgulhoso de você. Está a colocando no caminho certo.


James acenou com a cabeça.


– A próxima missão poderá ser executada amanhã. Passe até aqui pela manhã para receber a pasta com as informações de seu terceiro alvo. – ele disse, olhando para Ellie.


– Certo. – concordou ela.


– Bem, creio que queiram ir para casa. E, definitivamente, você merece uma boa noite de sono, Ellie.


Ela esforçou-se em sorrir, mas não obteve sucesso. Estava fatigada e desesperadamente necessitava de descanso.


– Deixarei o carro para que vocês coloquem um fim nele. – James Braxton informou seu superior. – Tenho quase certeza de que não houve testemunhas, mas é sempre melhor prevenir do que remediar.


– Avisarei Wilder para que cuide disto. Não se preocupe. – respondeu Vincent.


Após ouvir isto, James virou-se e começou a se afastar, saindo do prédio. Ellie fez menção de fazer o mesmo, mas a voz de Vincent Hurst a deteve.


– Tenho fé em você, Ellie.


Ela se virou para encará-lo instintivamente.


– Deveria acreditar mais em si mesma. Você é capaz de fazer coisas que talvez jamais tenham passado por sua mente.


– Quero me vingar do assassino de meu pai, Sr. Hurst. – disse ela. Sua voz era insipidamente indiferente. – Se tenho de entrar para a Fraternidade para conseguir vingança, então eu o farei.


Vincent inclinou o rosto para cima, abrindo um sorriso confiante. As mudanças na jovem eram visíveis até mesmo para um cego. O medo e a ingenuidade estavam se retirando dela aos poucos, sendo consequentemente substituídos pela determinação e coragem.


– Conseguirá tudo aquilo que seu coração deseja, Ellie. Lembre-se de quem você é.


Ellie abaixou o olhar, pensativa. Aparentemente todos ao seu redor acreditavam cegamente em todos os absurdos que ela ouvira desde o dia em que chegara àquele local. Sendo lentamente vencida pelo cansaço, Ellie julgou que acabaria acreditando nas mesmas coisas uma vez que sua mente fosse totalmente dominada pelas leis, regras e histórias das quais a fraternidade de assassinos era constituída. Tornou a olhar o sujeito nos olhos.


– Até amanhã, Sr. Hurst. – e então ela se virou, caminhando em passos firmes.


– Tranquilize-se, menina. Não está mais sozinha.


Ela não parou de andar, mas as palavras de Vincent Hurst a perseguiram até a saída do prédio. Parou em frente à porta principal, vendo um veículo se aproximar. O carro parou e a porta foi aberta por James que se encontrava ao volante, emitindo um gesto convidativo para que ela entrasse. Ela dirigiu-se até o automóvel e se instalou no assento, fechando a porta. O carro arrancou e Ellie sentiu um breve alívio ao saber que em poucos minutos poderia deitar-se em sua cama em uma tentativa de esquecer-se de tudo o que lhe ocorrera naquele dia.


Mas era inútil pensar de tal forma. Jamais encontraria paz ou descanso depois das coisas que vira, ouvira e fizera. Ainda que tentasse com todas as suas forças, seu coração jamais tornaria a aquietar-se. Sua vida estava um grande e incontrolável caos. Tal como sua mente. Contudo, ela ainda tinha assuntos paralelos para resolver. Lembrando-se disto, virou-se para Braxton e disse:


– Quero dividir metade de meus bens com meu irmão.


James não se deu ao inconveniente trabalho de respondê-la e Ellie não se deu conta do quão tola soara ao fazer aquela afirmação.


– Disse-me que eu poderia cuidar deste assunto, então eu...


– A resposta é não. – decretou ele. E aquela parecia ser sua decisão final. Mas Ellie era persistente. Respirou fundo e não deixou de prosseguir com sua tentativa.


– Eu quero lhe propor um acordo.


James Braxton abafou um riso debochado e virou o rosto na direção dela.


– Estou ouvindo.


– Sei que preciso que assine os papéis para que, assim, eu possa dividir os bens com Declan.


– Exato. – confirmou. – E lamentavelmente, ou não, você não terá minha assinatura.


Cabisbaixa, Ellie pensou duas vezes antes de articular suas palavras.


– Ainda não ouviu minha proposta.


– Estou esperando.


Ela respirou profundamente mais uma vez, sem olhá-lo.


– Por uma noite, sem qualquer objeção, retribuirei às coisas que fará comigo. – ela explicava com firmeza, mas nenhuma emoção positiva embalava sua voz. Tivera de esvaziar sua mente antes de tomar tal decisão. – E agirei como uma mulher apaixonada.


James levou longos e insuportáveis segundos para se manifestar. Pendeu a cabeça para um lado e falou:


– É um acordo um tanto estúpido, não acha?


– Não. – respondeu rispidamente. – Possuir meu corpo não é o mesmo que compartilhar de minhas emoções durante o ato. Lhe darei a oportunidade de ter-me por completo, somente por uma noite.


Sentia-se imensamente enojada pela atitude que tomara, mas àquela altura, aquela era sua única carta restante debaixo da manga. Esperou pela resposta dele, certa de que ele aceitaria o trato de imediato. Enganara-se completamente e constatara isto uma vez que ele tornara a falar.


– Quando é que vai parar de se sacrificar por outras pessoas?


Fitou-o, incrédula, virando seu rosto em sua direção rapidamente.


– Não vai aceitar o acordo?


– Nunca precisei comprar minhas mulheres. – alegou em resposta. – Nem com dinheiro, tampouco com acordos.


Ellie bufou, enfurecida por ter falhado em sua tentativa. Havia sido um grande sacrifício ter de propor a ele aquele acordo. E, no entanto, todo aquele esforço fora em vão. Novamente sentindo seu orgulho sangrar como uma ferida aberta, ela permaneceu silenciosa.


– As pessoas pelas quais você se sacrifica não valem um centavo sequer. – James disse, quebrando o silêncio. – Coloque-se como prioridade. As outras pessoas não importam. Vi muito bem o modo como agiu com o homem que eliminou hoje. Faça de seu último ato um hábito. – olhou para ela mais uma vez, sem deixar de tirar as mãos do volante. – É assim que eu a aprecio.


Ellie encarou-o com apatia. Claramente não conseguiria convencê-lo a assinar os papéis, e a angústia de não conseguir ajudar o irmão e a madrasta a sufocava cada vez mais. Todavia, o que Braxton acabara de lhe dizer servira para ela como mais algumas gotas do combustível que abastecia sua vontade de alcançar seu maior objetivo: vingar a morte do pai.


Abandonando seus pensamentos, pois sabia que desabaria se continuasse a se martirizar com aquilo, Ellie tentou esvaziar sua mente novamente até que eles chegassem à mansão. Ainda ansiava por um banho quente e algumas horas de sono. Não disse mais nada durante o caminho, tentando conter sua ansiedade.


–--


Saindo de uma antiga casa no centro de Washington, Marina Baresi acelerava seus passos rumo à casa onde trabalhava como empregada. Temia que alguém notasse sua ausência, mas precisara desesperadamente comparecer àquele lugar antes que a noite caísse. Levando um livro debaixo do braço, ela corria apressadamente pela calçada, sempre alerta e receosa. Estava pronta para atravessar até o outro lado da rua que a levaria para o caminho de volta para casa.


A alguns metros de distância, Christian Madden ouvira um sussurro passar por ele. Soara mais como uma gargalhada falha e baixa. Algo perverso. Olhou ao redor, seguindo seu instinto. Seguro de que não estava sozinho, começou a procurar por algo ou alguém com os olhos, passando-os por todos os lados da rua.


Seus olhos foram imediatamente atraídos para a silhueta de uma desconhecida que beirava a calçada. Vestia roupas simples e seus cabelos pretos estavam presos para trás. Possuía uma fisionomia agradável.


Mas não fora aquele o motivo pelo qual ficara atento à ela.


Algo que Madden tinha certeza de que mais ninguém aos seus arredores conseguia ver exalava da garota. Fumaça. Era negra como carvão e a seguia incansavelmente. Christian fez menção de aproximar-se dela, mas hesitou assim que subitamente sua visão e audição tornaram-se extremamente aguçadas. Vindo em alta velocidade, um caminhão seguia pela mesma rua que a desconhecia ameaçava atravessar. Aparentava estar tão nervosa e perturbada, que não olhava para os lados. Christian Madden fixou os olhos no caminhão, utilizando sua visão diferenciada que lhe deu a chance de avistar quem estava por detrás do volante. O homem que conduzia o veículo tinha os olhos negros, de modo que era impossível ver a íris.


Concluindo do que aquilo se tratava, Madden colocou-se a correr quando a garota começou a atravessar a rua. O caminhão vinha rapidamente na direção dela. O olhar demoníaco e aterrador no rosto do motorista anunciava que ele não tinha intenção de frear seu veículo.


Marina, por sua vez, já se encontrava no meio da rua, como se seus pés estivessem presos ao asfalto. Ficou imóvel assim que percebeu o caminhão vindo até ela. Seus faróis a cegavam e ela não conseguia distinguir a que distância ele já havia avançado. Ouviu o ronco do motor se aproximar e levou ambas as mãos até o rosto, tentando inutilmente se proteger.


De repente, porém, sentiu que alguém a empurrava para frente, fazendo-a bater com o rosto no concreto da calçada do outro lado. O som do caminhão passando logo atrás dela soara incrivelmente alto. Mas não podia ser comparado ao que acontecera em seguida. Abrindo seus olhos, Marina ergueu o rosto, vendo o mesmo veículo colidir violentamente contra um muro. Um anel de fogo surgiu no ar, emanando da explosão causada pelo acidente. Todo o chão tremeu com violência, causando total caos no bairro. Pessoas corriam de um lado para o outro e carros pararam no meio da rua. Tentando coordenar suas ideias, Marina olhou para cima, vendo um desconhecido lhe estender a mão. Agarrou a mão que lhe ofereciam, colocando-se em pé ainda atordoada. Ainda tinha o livro debaixo de um dos braços, mas suas pernas tremiam incontrolavelmente.


– Está tudo bem? – perguntou o sujeito. Marina chacoalhou a cabeça para que sua visão se normalizasse. Avistou o rosto daquele que lhe falava. Definitivamente jamais o tinha visto antes, mas diante do que acabara de lhe ocorrer, ela lhe devia a vida.


– S-sim. – respondeu. Sua cabeça agora latejava devido à sua queda contra o chão da calçada.


O homem parado à sua frente de roupas unanimemente pretas e olhar sério aproximou-se, dizendo-lhe:


– Não a conheço e não sei o que fez, mas claramente você os deixou zangados.


Marina arregalou os olhos como se algo tivesse lhe acertado o estômago com força. Christian Madden continuou:


– Tem certeza de que está bem?


– Tenho. – abaixou a cabeça tentando conter a enxaqueca. – Não sei o que foi aquilo.


– Estavam atrás de você. – respondeu naturalmente. – Sei que pode vê-los. – Marina levantou o rosto novamente, surpresa pela afirmação dele. – Eles não escolhem qualquer um. Somente aqueles que os podem ver ou ouvir.


– Q-quem é você? – ela balbuciou, sentindo-se ameaçada e confusa.


– Talvez seja preferível que não saiba. – disse. – E talvez deva parar de meter-se com demônios. – fitou-a pelo canto dos olhos antes de começar a se afastar. – Principalmente se não souber como lidar com eles.


Ela viu-o se virar, caminhando para longe dela. Virou-se para a confusão onde o caminhão batera contra o muro. A polícia e os bombeiros haviam chegado, mas ainda havia muita fumaça e pessoas desesperadas correndo ao redor. Marina tentou procurar o sujeito com os olhos, mas ele inesperadamente sumira no meio de todo aquele caos como mágica.


Os policiais saltavam para fora de seus carros, aproximando-se do veículo totalmente destruído à procura de vítimas.


Surpreendentemente não havia ninguém dentro do caminhão. Ele estava vazio.


–--


Ellie estava debaixo do chuveiro de onde a fumegante água despencava sobre sua cabeça, lavando seu corpo. Mas não sua alma. Contudo, não conseguia se descobrir tão perturbada quanto antes. Era quase como se estivesse se acostumando ao inferno que sua rotina se tornara. Era uma breve aceitação de seu destino. Algo que ela jamais pensou que fosse cogitar.


Com os olhos cerrados, ela permitiu-se se deleitar da agradável sensação que a água quente lhe causava, mas aquele fugaz alívio chegou ao fim no momento em que ela sentira uma presença aproximando-se dela. Virou-se para trás, arrependendo-se disto assim que se deparou com o incisivo olhar que James Braxton emitia para ela.


Sentiu seus batimentos cardíacos acelerarem em um pulo, começando a ficar nervosa. Ele abriu um sorriso de canto enquanto contemplava-lhe o corpo nu. Apesar de incomodada com a situação, Ellie não pôde evitar fazer o mesmo. Fitou-o por completo, constatando que ele tinha ferimentos talvez piores que os cortes que ela adquirira depois que fugira do Real Estate.


Quando se descobriu admirando-o por muito tempo, sentiu suas bochechas queimarem. O sorriso de James abriu-se ainda mais e então ele aproximou-se e pousou uma de suas mãos sobre o rosto dela. Ellie imaginou que, talvez, ele tivesse mudado de ideia e que agora estava disposto a aceitar o que ela havia lhe proposto anteriormente.


Adiantando-se em fazer logo sua parte no acordo – pois assim aquilo terminaria mais rápido –, ela fez com que seus lábios procurassem pelos dele. Sentiu a respiração dele bater contra a sua e então, com uma mão ainda sobre o rosto de Ellie, James esmagou os lábios dela brutalmente contra os seus, deslizando sua mão livre pelo corpo dela.


Parou a mão em sua cintura, intensificando o contato entre eles. Ellie procurava por ar enquanto ele ainda pressionava os lábios contra os dela, sedento por tê-la nos braços mais uma vez. Sem quebrar o contato, James desceu a mão até uma das pernas dela, puxando-a lentamente para cima.


Tomando consciência das intenções dele, Ellie apressou-se em colocar os braços em volta de seu pescoço, encaixando uma de suas pernas ao lado da cintura dele, e depois a outra. Com as pernas ao redor dele, Ellie tinha os olhos fechados, mas então se lembrou de que aquela não era uma atitude a ser inclusa em sua parte do acordo.


Finalmente ele quebrou o intenso beijo entre eles. Ellie abriu os olhos, vendo os olhos de James brilharem de excitação. Mas o corpo dela ainda estava tenso e ela não conseguia se focar em nada.


Deixando suas emoções de lado, porém, Ellie soube que tinha de cumprir com sua promessa. Cabia à ela tomar a atitude seguinte. Sentindo os braços dele a envolverem com precisão, Ellie fitou-o fixamente nos olhos.


– Possua-me. – disse, desafiadora.


Aquilo soara como algo autoritário, não como um pedido. Ellie, entretanto, não se importava muito. Estava certa de que aquilo era o certo a se dizer no momento.


Concluiu que dissera as palavras mágicas assim que James deu dois passos à frente, segurando-a pelos quadris, com as pernas e braços dela em torno dele, e pressionou-a contra a parede.


Respirando pesadamente, ele afundou o rosto no pescoço dela, depositando ali lentos e intensos beijos enquanto penetrava-a suavemente. Ellie sentiu seu corpo estremecer com a primeira estocada que ele emitira para dentro dela, sentindo-o descer os lábios para seus seios, movimentando-se cada vez mais rápido.


Sentindo a umidade e o calor que o interior dela lhe proporcionava, James levou as mãos até as coxas dela, gemendo em satisfação, fitando-a com os olhos semicerrados. Movendo-se ao encontro dele, Ellie começou a acompanhar seu ritmo, deslizando as mãos pelos braços dele, sentindo os pequenos cortes causados pelos cacos de vidro de horas antes.


Então ela recuou, temendo voltar a tocar os ferimentos. James notara a reação dela e emitiu um meio sorriso. Interpretando aquilo como uma permissão para que ela também pudesse tocá-lo, Ellie tornou a colocar as mãos nele, deixando um rastro de carícias por toda a extensão de suas costas. James acelerou seus movimentos sem hesitar, colocando-se inteiramente para dentro dela e depois se retirando, mantendo um frenético movimento de vai-e-vem enquanto os corpos molhados pela água quente do chuveiro deslizavam-se um sobre o outro.


Ellie apertou suas pernas ao redor dele, puxando-o cada vez mais fundo para dentro de si e começou a gemer com ele, sentindo que as investidas dele eram crescentemente mais rápidas. Aprofundando-se dentro dela, James deleitava-se dos baixos gemidos que ela emitia e das pequenas mãos desajeitadas que deslizavam por seu corpo.


As frases que não foram ditas durante o ato foram compostas pelo som que soava toda vez que o corpo dele chocava-se conta o dela, sem cessar seus movimentos que agora eram emitidos em uma delirante velocidade.


Quando se deu conta, Ellie percebeu que tornara a cerrar os olhos. Abriu-os mais uma vez, e seus olhos encontraram-se com os de seu companheiro. Involuntariamente, ela sentia seu corpo reagir aos movimentos dele, e apertou as unhas contra suas costas, franzindo a testa. Aquilo fez com que ele acelerasse ainda mais suas estocadas, desesperado para saciar-se dela. Aproximou-se dela, gemendo contra seu ouvido.


Sentindo-se arrepiar, ela também sentiu seu interior sendo aquecido e preenchido pelo líquido que escapara dele junto com o dela próprio. Suas pernas afrouxaram-se ao redor da cintura dele, e ela sentiu-se relaxar de repente, soltando um gemido abafado.


Percebendo que havia chegado ao clímax ao mesmo tempo que ele, Ellie sentiu-se corar. James, todavia, sorria largamente enquanto retirava-se dela com lentidão. Ajudou-a a pousar os pés em terra firme novamente, afastando-a de si com cuidado. Ele ainda respirava ofegantemente quando a admirou mais uma vez antes de procurar uma toalha e retirar-se do banheiro.


Com o corpo ainda trêmulo e a mente nebulosa, Ellie permaneceu solitária debaixo do chuveiro. Ouviu a porta se abrir e depois se fechar, concluindo que ele havia saído do cômodo.


Brevemente aliviada, ela lavou o corpo uma segunda vez na esperança de livrar-se da promiscuidade que de certa forma a infectara.


Sem sucesso, ela cerrou os olhos e enfiou a cabeça debaixo d’água, deixando que a alta temperatura da mesma desinfetasse seus pensamentos. Mas era decididamente impossível se livrar de toda negatividade que a perseguia.


A água parecia aliviar sua consciência, mas aquela sensação fora interrompida assim que Ellie sentiu o peso da água que caía sobre ela aumentar subitamente. Abriu os olhos, assustando-se ao ver o corpo coberto por um líquido negro que se espalhava pelo chão, saindo do chuveiro.


A substância pegajosa e de aspecto repugnante causou em Ellie total espanto. Olhou ao redor e, de repente, ouviu vozes. Sussurros. Eram aterrorizantes e, ao mesmo tempo, tentadores. Um misto de vozes que ela não conseguia identificar. Penetravam sua mente cada vez mais, causando-lhe pânico.


A água escura ainda lhe banhava o corpo. Era como um maligno espetáculo ocorrendo bem ali, ao redor dela. As vozes oscilaram de sussurros para gritos estridentes. Tão altos que Ellie não conseguia ouvir a si mesma. Não conseguia ouvir seus próprios gritos.


E, então, de um súbito, os gritos cessaram. A água parou de cair. E tudo o que Ellie conseguia ouvir era ela própria gritando em um desespero contínuo.


Correu para a porta e, abrindo-a rapidamente. Deparou-se com James parado à entrada. Sua expressão – sempre indiferente – desta vez era de surpresa. Jamais a tinha visto naquele estado. Sem que antes pudesse formular coerentes pensamentos em mente, Ellie atirou-se para ele com o rosto banhado em lágrimas. Sem entender, ele a sentia soluçar em seus braços, dominada pelo terror.


Aninhou-a contra si em um ato pouco habitual de sua parte e esperou até que ela se sentisse capaz de falar.


– Estão atrás de mim. – ela disse com a voz embargada.


As palavras permaneceram no ar, flutuando sem uma resposta.


Ellie não conseguia reagir de forma racional. Aquela havia sido a mais terrível experiência de toda a sua vida. Virou o rosto para o banheiro. Não havia nada além da mais pura água fugindo pelo ralo do chão.


Tudo ocorrera como num pesadelo, mas algo em sua mente fez com que ela chegasse à breve conclusão de que aquilo não seria nada comparado aos acontecimentos que se seguiriam a partir de então.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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