Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass

– Há mais pessoas se envolvendo neste meio. – Christian Madden agitou-se em sua cadeira. Dahlia o fitava por detrás de uma mesa acrílica, um olhar desdenhoso em seus olhos verdes. – Digo, eu mal posso afirmar que são pessoas. Existe uma garota naquela casa... Eu não sei dizer o que há de errado com ela, mas ela está envolvida em tudo isso.

Estavam na sala de Bartholomew. As paredes eram brancas e os móveis claros como nuvens em uma tarde ensolarada. O ambiente todo dava uma incrível sensação de frescor e bem-estar.

– Definitivamente, não devemos esperar de braços cruzados até que eles nos ataquem. – ela concluiu. Inclinou-se para frente, suspirando. – Está na hora, Christian.

Ele piscou duas vezes. Seu semblante mudou de aspecto. Ele franzia o cenho, curioso.

– Está dizendo que devemos atacá-la?

– Ainda que eu acredite que temos tempo para cumprir com o sacrifício, é um curto período. Temos de nos apressar.

– Não tenho certeza.

– Pois eu sim. – afirmou. – Tenho algo em mente.

– E o que seria? – Christian perguntou.

– Precisamos atraí-la para um lugar afastado de toda essa movimentação da cidade.

Madden fitou-a profundamente nos olhos, desejando poder decodificar todos os pensamentos e planos da mulher sentada à sua frente. Havia algo nela que lhe causava uma pequena ponta de desconfiança. O suficiente para fazer com que ele permanecesse com um de seus pés atrás antes de aliar-se verdadeiramente a ela.

– Obviamente eles virão com ela. – Dahlia continuou. – Precisaremos de mais alguns dos nossos.

– Um momento. – Christian fez um sinal com a mão para interrompê-la. – Você não faz ideia do que habita naquela garota. É uma força indescritivelmente imensa. Eu mesmo tive de...

– Ela não será páreo para todos nós, Christian. – interveio Dahlia, sorrindo com confiança.

– Talvez. – ele disse. – Mas ela também não está sozinha, como acaba de dizer. Eles virão com ela. Tem seu próprio exército infernal.

– Eleonora não tem sua alma possuída por um demônio. Não é dependente de entidade alguma. – o exorcista olhava-a seriamente, havia firmeza em suas palavras. – Ela é uma entidade. Do tipo que jamais enfrentei antes.

– O que fê-lo chegar a tal conclusão?

– Anos de experiência. – respondeu, rapidamente. – Seu nascimento fez tremer os céus. As águas derramadas naquela noite, Dahlia. – ele enfiou uma das mãos dentro do bolso e retirou um papel amassado. – São as águas que arrastarão corpos para o Inferno, uma vez que a mesma neve que desabou do alto naquela noite congele seu sangue.

Dahlia puxou o papel posto sobre a mesa em sua direção. Não conseguia reconhecer os símbolos desenhados no papel, mas ao lado deles havia uma legenda explicando do que se tratavam. Ergueu os olhos para Madden, surpresa.

– Ela será aquela que governará sobre a Terra após o fim dos tempos. – completou ele.

– Não. – Dahlia balbuciou. – “E a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.” É o que diz a profecia.

– Não se ela for forjada no fogo, pois então este não será uma arma contra ela. – ele objetou. – E ela foi, Dahlia. Está com eles. Tem as mãos chamuscadas em nome de todos os demônios.

– Merda... – ela murmurou, imediatamente censurando-se por isso. Soltou um suspiro trêmulo e ajeitou-se na cadeira.

– Estou lhe dizendo, ela será aquela que tomará para si todas as terras, e nações a apoiarão e dependerão dela.

– Não creio que esteja aceitando isto como se fosse a vontade de Deus.

– Talvez seja. – Christian deu de ombros e Dahlia olhou-o, incrédula. – Lembre-se de que o reinado da Mulher de Vermelho não passará de sete anos.

Ela abanou a cabeça, descrente do que ouvia. Os cabelos avermelhados balançando de um lado para o outro lentamente.

– Sequer permitirei que ela alcance parte de seu objetivo. – ela começou a se levantar rapidamente. Christian a seguiu com os olhos enquanto ela colocava-se em pé.

– O que pretende?

– Denominarei aqueles que nos acompanharão. Precisamos eliminá-la. – decretou, severamente. – Hoje, Christian. Não perderemos mais tempo.

Christian desacreditou na capacidade dela de enfrentar tanto os aliados de Eleonora como ela mesma. Contudo, Dahlia parecia segura de si, confiante. Força de vontade era algo necessário e ela a tinha. Ele também se colocou em pé e seguiu-a para fora da sala, pronto para vê-la agir.

–--

Ellie segurava uma arma nas mãos. O alvo encontrava-se preso à parede – um pedaço de madeira com algo pintado à mão –. Ela colocou-o na mira e apertou o gatilho. Outra vez. E mais uma. Respirou fundo, sorrindo.

– Muito bem. – Joshua aproximou-se dela e apoiou uma de suas mãos sobre seu ombro, suavemente. – Fico feliz que continue se empenhando em seus treinos.

Ela respondeu-lhe com um sorriso educado.

– James me contou sobre o filho. – ele comentou subitamente. Ellie encarou-o sem saber que expressão esboçar. Com muita dificuldade, Joshua tentou vestir uma boa máscara de gentileza, disfarçando seu profundo desgosto. De nada adiantaria enfurecer-se com a situação. Ele sorria, tentando tranquilizar a jovem esposa do amigo.

– Joshua, eu nã...

– Está cumprindo com sua promessa, Ellie. – disse, alargando ainda mais seu sorriso. – Está fazendo-o feliz.

Sorrindo em seu nervosismo, Ellie não soube o que responder. Abriu a boca para se manifestar, mas um estrondoso som vindo do lado de fora da antiga construção a interrompeu bruscamente. Ela estremeceu e olhou para os lados, tentando encontrar o que ou quem havia causado aquele estouro. Foi quando Vincent Hurst surgiu correndo na direção de onde eles estavam, gritando em desespero:

– Estamos sendo atacados!

Ellie arregalou os olhos, sentindo o primeiro choque de pânico lhe socar o estômago com violência. James vinha logo atrás de Vincent, mantendo uma postura despreocupada e um olhar distante. Aproximou-se dela com naturalidade e disse-lhe:

– Deve sair daqui.

– Não! – ela disse em um tom muito mais alto do que tencionara.

– Não pode ficar. Eles estão atrás de você.

– Bem, eu lamento, mas nada nem ninguém fará com que eu saia daqui. – fincou os pés no chão e fitou-o com ar desafiador.

O restante daqueles que se encontravam no prédio precipitaram-se para as janelas de vidro com armas nas mãos. James balançou a cabeça, desistindo. Olhou para ela mais uma vez.

– Não diga que não lhe avisei.

Recebendo aquilo como uma aprovação, Ellie sorriu, vitoriosa e apoderou-se do revólver que outrora deixara sobre a mesa ao seu lado. Adiantou-se para uma das janelas ao lado de seus companheiros e pôde sentir seu coração bater mais rápido do que o normal.

– Isso não os impedirá. – Vincent, agachado ao lado dela, sussurrava com receio.

James Braxton caminhou até a porta principal. Abriu-a e trancou-a por fora, dirigindo-se para a entrada da construção. Os portões haviam sido derrubados. Provavelmente pela dezena de automóveis brancos que se encontravam à sua frente. Ele colocou-se diante dos veículos, uma expressão indiferente em seu rosto frio.

De dentro de um dos automóveis, Christian virou-se para sua parceira enquanto ela fazia menção de retirar-se do carro:

– O diabo é um excelente mentiroso. Esteja preparada.

Dahlia não respondeu e abriu a porta do veículo, colocando-se para fora dele. A uma distância de cinco metros, ela encontrava-se face a face com Braxton, analisando sua expressão insípida.

– Afaste-se, filho do diabo. – ordenou. A voz da mulher era intimidadora, autoritária.

James teve de morder o canto do lábio inferior para conter uma risada. Inesperadamente, sentiu que algo tomava posse de seu espírito e mente, exercendo controle absoluto sobre seu corpo. Os olhos reviraram para cima, os globos oculares tornaram-se negros como o céu da noite.

– Está em meu território. – a voz agora soava gravemente séria.

– Eu disse para se afastar. – Dahlia insistiu, intrépida.

– Ora, cale-se, vadia. – ele disse, causando nela um súbito espanto. Vendo o efeito que aquilo aplicara sobre ela, James prosseguiu: – Bem sei quem é. Não negue seu passado, escondendo-se por detrás de sua fé. Ela não a salvará, Dahlia. Seus atos estão feitos.

– Seu mentiroso imundo... – rosnou ela. Sentia as mãos tremendo, mergulhada em sua fúria.

– Não seja hipócrita. Não pode fugir de seu passado. Sua alma está manchada. – deu alguns passos adiante, vendo-a recuar. De repente, ele parou, umedecendo os lábios e abrindo um sorriso malicioso. – E eu terei imenso prazer em devorá-la.

Dahlia sentiu todo o sangue de seu corpo subindo para seu rosto, queimado suas faces. Com os olhos estreitos, tentando controlar sua raiva, ela inspirou todo o ar e deixou-o escapar profundamente, sem deixar de fitá-lo.

– Minha alma pertence ao Senhor.

– Sua alma está condenada, meretriz. – interveio Braxton. – Ou já se esqueceu das inúmeras vezes em que se deitou com estranhos por alguns trocados?

Ela abaixou a cabeça e pôs-se a orar entre sussurros desesperados:

– “Cobre–me com o Teu sangue poderoso, que toda cilada do inimigo seja dest...”

– Hipócrita! – trovejou a voz grave, fazendo estremecer todo o corpo de Dahlia. Esticou uma das mãos na direção dela e fê-la ser projetada para trás, chocando suas costas contra o para-brisa do carro que deixara minutos antes.

Imediatamente, Christian Madden desceu do mesmo, adiantando-se em retirar um crucifixo dourado do sobretudo, esticando-o na direção de seu inimigo.

– Basta, Lúcifer! – decretou como numa ordem. James Braxton fixou os olhos nos dele, espreitando-o com seu ar feroz.

Estava prestes a atacar seu opositor, quando, de repente, Ellie surgiu no local, deixando o prédio para trás. Colocou-se ao lado de Braxton e olhou para os carros à sua frente. Dahlia tentava se recompor, pousando seus pés no chão. Quando encontrou o rosto da garota, abriu os olhos completamente.

– Babilônia... – murmurou, atônita, a boca entreaberta em uma expressão de surpresa.

– Como ousam invadir este território? – Ellie colocou-se diante da ruiva com ar imperioso. Tinha os punhos fechados e os olhos vidrados no rosto daquela que – até então – desconhecia.

– Mas que belo casal. – Dahlia atreveu-se a ironizar a situação. – A Mulher de Vermelho uniu-se ao diabo para que pudesse trazer ao mundo O Opositor, ora, vejam.

– De que raios está falando? Quem é você?

– Eu sou aquela que fala em nome Dele. – declarou a mulher. – E serei eu aquela que impedirá que sua promiscuidade e heresia governem sobre a Terra. – levantou a cabeça aos céus. – Dei, venia divinus indulge. – e, então, tornou a olhar a jovem nos olhos. Um sorriso insano tomava conta de seu rosto.

Christian não soube dizer qual das duas reagiria primeiro. Viu Ellie dar dois passos adiante e esticou a cruz para ela. Instintivamente ela parou.

– Ecce Crucem Domini!

Ellie sentiu seus pés queimarem, uma chama subindo lentamente por seu corpo tenso. O estômago dava incontáveis voltas ao redor de si mesmo e suas mãos suavam incontrolavelmente.

Dahlia virou-se para Madden e tomou-lhe a mão livre, apertando entre a sua. Voltou a encarar a garota à sua frente, proferindo palavras que lhe vinham à mente com rapidez.

– Fugite partes adversae! Vicit Leo de tribu Juda, radix David! Alleluia!

As nuvens pareciam ouvir as palavras dela, sobrecarregando o ambiente, cobrindo a luz do dia como uma espessa cortina de positividade. Entretanto, em Ellie aquilo causava um mal imenso.

Agora já não eram mais apenas seus pés que queimavam. O fogo invisível aos olhos humanos estava consumindo metade de seu corpo, subindo até seu colo. Ela ficou congelada em pé, encolhida em seu próprio mal-estar.

– Ego vero eos, damnant! – Braxton elevou a voz e lançou apenas um olhar para aqueles à sua frente e ambos caíram ao chão, enfraquecendo sua corrente.

Mais pessoas juntaram-se à eles, descendo de seus veículos brancos.

Contudo, os membros da Sétima Divisão ainda presentes no prédio sugiram à frente, com suas armas e expressões nada amigáveis em seus rostos.

– Retirem-se! – Vincent Hurst tomou voz, colocando-se adiante de seus seguidores. – Não são bem-vindos neste recinto.

Dahlia olhou ao redor. Os poucos homens atrás de Vincent mantinham-na em sua mira, prontos para aperta o gatilho. Colocou-se em pé. Ao seu lado, Christian Madden não tirava os olhos de seu principal adversário: James Braxton. Este havia se precipitado para a esposa, ajudando-a a se afastar dali.

– Não precisam se envolver nisto. – disse Dahlia com a voz alta e sugestiva. – Será um bem para todos. Temos de pará-la. Antes que seja tarde.

– Toque nesta criança e farei com que sinta a ira daquele que rege nossas ordens. – falou Vincent. Um tom ainda mais alto que o dela.

Ela olhou para os rostos enfurecidos à sua frente. Abanou a cabeça, incrédula da situação.

– Suas almas estão amaldiçoadas...

– Há muito tempo, minha querida. – agora era Braxton que falava. Afastou-se de Ellie, tornando a se encaminhar na direção de Dahlia. Os olhos totalmente negros, a voz embalada em frieza e impetuosidade. Olhou-a diretamente nos olhos. – Ure in Inferno, meretricem.

Uma rajada de fogo surgiu debaixo dos pés de Dahlia, fazendo-a recuar rapidamente.

– Não tocará em uma serva do Senhor, Lúcifer. – Christian Madden adiantou-se para ele. Dois passos à frente.

– Irão os dois para o Inferno. – alegou o interlocutor. – Nem mesmo Deus poderá salvá-los.

– Basta. – Vincent Hurst colocou-se ao lado de James. – Retirem-se ou darei ordens para que atirem. – indicou seus homens em um gesto com a cabeça.

Wilder e Carter mantinham-se em suas posições, armados até os dentes. Michael Graber tentava manter Ellie longe de toda a confusão, ainda que, relutante, ela tentasse confrontar aqueles que tencionavam executá-la.

Madden olhou-os e depois voltou a encarar o líder da divisão. Um olhar cético e arrogante. Aqueles que vinham com ele e Dahlia não possuíam armas concretas, o que era necessário no momento. Era um ataque em vão.

– Como vê, não se trata apenas de uma batalha espiritual, meu jovem. – observou Vincent com muita paciência. – Leve seus homens daqui se tenciona preservar suas vidas.

Dahlia aproximou-se daquele que falava e cuspiu-lhe na face. James fez menção de aproximar-se dela, furioso, mas Vincent o deteve com uma mão.

– Tomaram sua decisão. – ela disse. – Arcarão com as consequências, pois não descansarei até o dia em que caminhar sobre o sangue daquela maldita garota.

Braxton avançou para ela e esbofeteou-a com violência, causando o silêncio total da parte de todos. Agora era ele próprio quem agia, isento de influências.

– Torne a abrir esta boca imunda e eu dilacerarei seu corpo com minhas próprias mãos.

Dahlia ergueu o rosto, o vermelho deixado pela bofetada imprimia uma marca em sua face. Um minúsculo corte no canto de sua boca fez com que uma fina linha de sangue escorresse até a ponta de seu queixo. Christian observava tudo com espanto, fazendo preces silenciosas.

– Saiam. Todos vocês. Agora! – Vincent Hurst deu a ordem pela última vez.

A mulher de cabelos avermelhados ainda tinha uma mão sobre a face que queimava. Madden começou a conduzi-la para dentro do veículo no qual vieram. Colocou-a no banco do passageiro e fechou a porta. Virou-se para os homens armados e a garota que conservava um olhar furioso no rosto.

– Ela será a destruição de todos nós. – ele disse, confiante. – E a de vocês também.

Ellie finalmente libertou-se das mãos de Graber que a forçavam a se manter a certa distância. Correu até Vincent e James, colocando-se no meio deles. Encarou o exorcista com um olhar triunfante e abriu um sorriso perverso que surpreendeu até ela própria.

Christian Madden adentrou o veículo, instalando-se atrás do volante. Aqueles que o acompanharam fizeram o mesmo.

Os motores foram ligados, roncando alto, e então, eles se retiraram dali, passando pelos portões derrubados. Ellie acompanhou a retirada deles com os olhos, vendo os automóveis desaparecerem como fumaça conforme avançavam para longe.

Eles haviam ido embora, mas era mais do que óbvio que voltariam. Sempre voltariam. Haveria mais e mais deles com o mesmo propósito. Vincent finalmente decidiu que era hora de mudar os planos.

Minutos mais tarde, estava em reunião com todos eles, em sua sala. Sentado à sua mesa de madeira, Hurst ouvia com atenção a manifestação dos membros de sua divisão. Ellie encontrava-se sentada em uma cadeira à sua frente. O restante mantinha-se em pé.

– Já chega de usar apenas a defesa. – James Braxton começou a falar. – Eu estou farto de todos eles.

– Todos nós estamos. – disse Vincent, naturalmente. – Creio que realmente esteja na hora de tomar algumas atitudes a respeito disto.

– O que tem em mente, Vincent? – Michael Graber perguntou.

– Claramente o exorcista e a Igreja uniram-se à Ordem. A maldita seita... – ele concluiu. – Pediram reforços.

– Talvez hajam muitos envolvidos no lado oposto. – Joshua Wilder falou, pensativo.

– Tenho a certeza de que sim. – Hurst assentiu. – É por isso que também precisamos fortalecer nosso lado.

– Sem mais rodeios, por favor. – Bryan Carter rolou os olhos, impacientemente.

– Também pediremos reforços.

– A quem? – indagou James.

Vincent inclinou-se para frente, olhando-o atentamente. Escolheu bem suas palavras.

– Filiae Tenebrae. – disse como resposta. Ellie era a única que, obviamente, não compreendera, pois o resto deles reagiu de modo indiscreto, parecendo espantados.

– Não pode estar falando sério. – Braxton riu-se, tentando dissimular seu nervosismo.

– Nunca falei tão sério antes, James. Solicito a presença delas o mais breve possível. – Vincent virou-se para Michael. – Você será o mensageiro da vez, Mike. Trate de contatá-las urgentemente.

O advogado balançou a cabeça em um sinal positivo. Ellie assistia àquilo tudo sem conseguir entender coisa alguma. Ficou à espera de explicações que não surgiram. Ela viu Michael Graber retirar-se da sala com ansiedade. Vincent recostou-se à cadeira, suspirando.

– Quem você pretende chamar? – perguntou ela, por fim.

O superior abriu uma de suas gavetas e retirou uma pequena pasta, a qual ele colocou sobre a mesa, empurrando para Ellie. Abrindo-a, ela tomou posse da primeira folha de papel que encontrou dentro dela, lendo em letras negras escritas à mão.

– É uma expressão em latim para Filhas das Trevas. – disse Vincent. Ellie ergueu os olhos, interrompendo sua leitura. – Nossas aliadas há muitos e muitos anos. Mas não são parte da Fraternidade.

A garota arqueou as sobrancelhas, seus pensamentos estavam embaralhados. O confronto de minutos antes a deixara aturdida. Tinha dificuldade em processar as informações seguintes.

Vincent Hurst sorria – mas não com os olhos – quando declarou, simplesmente:

– Está na hora de unirmos forças. O fim dos tempos para este mundo está se aproximando e, com ele, nosso maior objetivo.

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* Dei, venia divinus indulge – Deus, conceda Sua graça divina.

* Ecce Crucem Domini! – Eis a Cruz do Senhor!

* Fugite partes adversae! Vicit Leo de tribu Juda, radix David! Alleluia! – Fujam, forças inimigas! Ele venceu o Leão de Judá, e raiz de David! Aleluia!

* Ego vero eos, damnant. – Eu os detenho, malditos.

* Ure in inferno, meretricem. – Queime no Inferno, vadia.