Fanfics Brasil - Segundo Ciclo - Capítulo I - Vingança Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Segundo Ciclo - Capítulo I - Vingança

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Obrigada aos que estão acompanhando! <3


Dúvidas e reclamações: ask.fm/annystagni


Informações sobre a fic: setedemonios.tumblr.com


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"Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas." – Confúcio.


 


˟˟˟


 


A cabeça doía como se algo tivesse se chocado contra ela em constante violência. As pernas e braços ainda tremiam enquanto as mãos suadas estavam agarradas ao lençol da cama. Ela podia jurar que – naquele momento – todo o seu corpo encontrava-se em dores profundas. Todavia, nada comparava-se ao conflito interior em sua mente e coração. Estava tudo muito tumultuado, como se ela estivesse andando entre cinzas e não pudesse encontrar a saída daquela situação.


 


Abriu os olhos com lentidão, sentindo a luz fraca acima dela penetrar em sua visão sem hesitar. O simples gesto, porém, lhe causara uma imediata enxaqueca.


 


Logo, Ellie descobriu-se em seu quarto, pálida e trêmula. Sentiu que alguém lhe tomava uma das mãos. Virando-se para o lado com os olhos, deparou-se com o rosto de Michael Graber. Havia infinita preocupação em seu rosto amistoso. Ele a fitava com pena e – ao mesmo tempo – medo. Medo das atitudes que ela tomaria a partir de então.


 


Ellie tornou a olhar para o teto, um olhar distante e apático. A pergunta veio como um sussurro no ar, inesperado e quase inaudível:


 


– Quem tem em mente?


 


– Eu não faço ideia. – Michael Graber respondeu, apertando-lhe a mão entre as suas em um gesto de compaixão.


 


Ela virou o rosto para ele, fitando-o nos olhos.


 


– Não sabe quem fez isto?


 


– Não...


 


O silêncio retornou. Ela observou o nada por um longo e doloroso período de tempo. Michael sentiu-se sufocado quando ela recomeçou a chorar.


 


– O que vai ser de mim? – disse entre soluços. – Diga-me!


 


– Não vou pedir para que se acalme, pois seria inútil.


 


As lágrimas escorriam de seus olhos de modo incontrolável. Michael sentiu algo lhe apertar o coração.


 


– Oh, Michael, ajude-me, por favor! Não tenho mais ninguém!


 


O choro histérico não cessou. Graber enxugou-lhe as lágrimas com os dedos e suspirou, ajeitando-se na poltrona ao lado da cama dela.


 


– Eu a ajudarei. Sempre ajudei. Precisa coordenar sua mente, não aja sem pensar.


 


Michael tinha razão. À muito custo, Ellie tentou controlar as lágrimas.


 


Por um momento, sentiu-se trêmula novamente. Ainda tinha aquela sensação louca de que James voltaria. Que tudo havia sido um pesadelo, uma terrível mentira. Que uma noite dessas a Ferrari iria deslizar suavemente pela entrada de casa, a porta se abriria e ela o encontraria ali, olhando para ela.


 


Graber soltou-lhe a mão, aconselhando-a a tentar descansar. Saiu do quarto e fechou a porta com cuidado. Chamou por Dora e disse-lhe:


 


– Quero que cuide dela. Está em estado de choque.


 


A idosa concordou com a cabeça. Ela viu-a entrar no quarto da garota e aliviou-se por breves segundos. Retirou o aparelho celular do bolso do blazer e discou alguns números, aguardando ansiosamente na linha. Bryan Carter atendeu.


 


– Michael? – disse do outro lado da linha. – Sabe que horas são, seu filho da mãe?


 


– Bryan, aconteceu uma... – Graber não conseguia encontrar as palavras corretas para aquele momento.


 


– O que aconteceu?


 


– James foi...


 


– Seja rápido! – ordenou, impaciente.


 


– Mataram-no. – respondeu o advogado.


 


Houve um silêncio gigantesco de ambas as partes. Contudo, Michael sabia que Carter estava praguejando tudo e todos mentalmente. Ele prosseguiu:


 


– Creio que tenha sido uma bomba. Explodiram o carro dele. Não restou nada. – fez uma pausa para lembrar-se da trágica cena. – Eu vi tudo e nada pude fazer...


 


– Que maldito filho da puta teria feito isso?


 


– É o que descobriremos.


 


– Certamente. – Bryan Carter consentiu. – Vemo-nos amanhã.


 


Michael desligou e pensou consigo mesmo: como pode acontecer uma coisa destas?


 


Ele receava imensamente por Ellie. Sabia o quão dependente era. Sabia também que a situação poderia levar a jovem à loucura.


 


Algo tinha de ser feito a respeito.


 


Ele assustou-se quando a porta atrás dele se abriu. Virou-se para trás e lá estava Ellie, de pé, uma expressão insípida em seu rosto jovial.


 


– Ellie... – sibilou, surpreso. – Volte para a cama. Precisa descansar.


 


– Alena precisa saber. – ela respondeu. O tom de voz era firme, intimidador.


 


– Eu contarei a ela.


 


– Não. – interrompeu-o. – Alena é responsabilidade minha agora.


 


Dizendo isto, ela passou por ele dirigindo-se ao quarto da mais nova. Sequer bateu à porta, abrindo-a, adentrando o aposento sem qualquer hesitação.


 


Encontrou a menina dormindo profundamente. Precisava arranjar o dobro de suas forças para dar-lhe a notícia. Aproximou-se dela, sentando-se à beira de sua cama. Alena despertou imediatamente.


 


– Que... Que horas...? – ela sentou-se na cama, sonolenta.


 


– Alena, precisamos conversar.


 


– Meu Deus, Ellie. – abriu os olhos por completo e afastou os cabelos do rosto. – O que há com você? Aconteceu algo?


 


– Alguém telefonou ao seu irmão esta noite. Ele teve de sair, mas... – Ellie sentiu que os olhos ardiam novamente. – Havia algo em seu carro, eu... – ela decidiu ser direta. Narrar o ocorrido estava matando-a aos poucos. – Ele sofreu um acidente...


 


A garota ficou totalmente desperta.


 


– Acidente?


 


Houve uma pausa. Ellie colocou sua mão sobre a dela. Respirou fundo, muito agitada.


 


– Está morto. – declarou.


 


Sem dizer nada, Alena Braxton levantou-se de sua cama e se dirigiu a uma das janelas. As ruas estavam escuras, o vento soprava, uma chuvinha fria caía sem parar. O quarto foi embalado por um silêncio insuportável.


 


– Não vou acreditar nisto. – afirmou, friamente.


 


Vendo o estado da menina, Ellie levantou-se e depositou-lhe um beijo na face. Em seguida, retirou-se do quarto e pediu à Marina que vigiasse Alena, atenta ao estado em que ela estava.


 


Seguiu para seu quarto, onde sentou-se na cama e decidiu passar o restante da noite em claro. A exaustão prevalecera, e ela adormecera contra sua vontade, afundada em amargura e receio.


 


Naquela noite, os pensamentos de Ellie começaram a misturar-se. Teve pesadelos terríveis.


 


Num deles, ela encontrava-se em um lugar isolado que assemelhava-se à uma cela. Ela estava no chão, de joelhos. Levantou os olhos e, de repente, parado à sua frente, Declan a olhava sorrindo ironicamente.


 


– Dormiu bem? Acredito que sim, pois ainda encontra-se com vida. – a voz dele era cruelmente debochada.


 


– Onde está meu filho? – inquiriu ela.


 


– Seu filho? Ah, sim, seu filho. Não se preocupe, ele vai muito bem.


 


– Devolva-o para mim!


 


– Eu o devolverei apenas com uma condição.


 


– O que está dizendo? – de um súbito, lágrimas molhavam seu rosto ferido.


 


– Dê-me o maldito dinheiro!


 


Inesperadamente, ela ouviu o choro de uma criança. E então, diante de seus olhos, Declan segurava um bebê pelos pés.


 


Ela soltou um grito e se precipitou em sua direção, arrastando-se até ele.


 


– Ouse se mexer e arrebentarei a cabeça dele contra a parede! – ameaçou ele.


 


Ellie hesitou imediatamente.


 


Ela assistiu a criança sufocar com todo o sangue na cabeça. Declan balançava seu bebê, cujos gritos iam enfraquecendo, o rostinho ficava cada vez mais vermelho.


 


Os olhos de Declan tinham um brilho infernal, havia um riso diabólico em sua boca.


 


Ellie tornou a arrastar-se até o irmão, estendendo os braços para seu filho.


 


– Devolva-o para mim, por favor!


 


Ele riu, uma gargalhada sarcástica e alta.


 


– Foi você quem pediu...


 


Juntando a palavra ao gesto, Declan começou a fazer girar o bebê, cada vez mais rápido. Ellie gritou novamente, tentou agarrá-lo.


 


Declan a empurrou com o pé e, quase involuntariamente, perdeu o equilíbrio. Seu corpo pendeu para o lado, seu peso caiu para a parede à esquerda.


 


Desta forma, ele acabou esmagando a cabeça do bebê contra a parede. Sangue pulverizou o rosto de Ellie.


 


Houve um clarão.


 


Atordoada, encolhida sobre si mesma, Ellie despertou.


 


Ela passou a noite toda, ardendo em febre. Contorcia-se de dor, com uma careta e um sorriso no rosto. Aquele sorriso em seu rosto atormentado provocava uma terrível sensação em si mesma.


 


Na manhã seguinte, um delegado acompanhado por dois outros policiais se encontrava na sala principal, à espera de Ellie.


 


Ela vestiu-se em silêncio, colocando calças compridas e um velho suéter decashmere.


 


Assim, ela saiu do quarto e caminhou com cuidado, muito direita, como se estivesse percorrendo um corredor interminável com largura para uma única pessoa.


 


A casa estava silenciosa e tranquila.


 


Por fim, desceu as escadas até a sala.


 


O delegado era um homem de quarenta e poucos anos, magro, de aparência ansiosa com um rosto sensível, olhos fundos, castanho-claros. Parecia uma boa pessoa. Mas isso não tinha importância. Ellie o cumprimentou e tentou ser uma boa anfitriã.


 


– Sentem-se, por favor. – disse ela com muita calma.


 


Ele sentou-se perante ela. O mesmo fizeram os dois policiais. O delegado declarou:


 


– Lamentamos muito. Sabemos o quanto deve estar sofrendo. Mas precisamos saber de tudo. Como, quando, quem o viu pela última vez, se houve ameaças anteriores, se há alguém na empresa ou em sua casa que a senhora possa ter razão para suspeitar... Ninguém deve ser poupado. Nada de bondade, nada de gentileza, nada de lealdade a velhos amigos.


 


Ficaram sentados pacientemente com Ellie durante duas horas de um interrogatório insuportavelmente doloroso.


 


Por volta do meio-dia terminaram. Sabiam tudo que havia para ser dito. Demissões desagradáveis na empresa, intrigas e rivalidades, inimigos esquecidos e amigos ressentidos. Obviamente, Ellie não compartilhou coisa alguma a respeito da Fraternidade.


 


Dora constantemente trazia-lhe bandejas, preocupada com a saúde da garota, mas Ellie recusava tudo o que lhe era oferecido. Parecia um fantasma, os olhos rodeados por olheiras fundas, o rosto mortalmente pálido. Ela negava-se a atender ligações ou falar com a imprensa.


 


Era fácil acreditar na história de que Ellie adoecera de um dia para o outro. Ela realmente dava essa impressão. Ninguém parecia saber a verdade. E a polícia não descobrira nada depois do interrogatório.


 


Quando anoitecera, Ellie teve a certeza de que ia enlouquecer.


 


Tinha de tomar uma decisão, claro. Mas lhe faltava a coragem que tanto tempo levara para adquirir. Perambulando pela casa no meio da noite, ela parou no escritório. Sentou-se à mesa e, desinteressadamente, começou a retirar os papéis das gavetas. Precisava preparar os documentos, pois, cedo ou tarde, haveriam de convocá-la para a leitura do testamento do marido.


 


Em meio aos movimentos de tirar papéis das gavetas, uma pequena caixa caiu ao chão, e Ellie, totalmente desorientada, a apanhou.


 


Sem dar atenção à caixa, ela abriu-a e inesperadamente descobriu um magnífico anel de esmeraldas.


 


Havia um pequeno bilhete colado no interior da caixa.


 


Deus, aquela letra! Ela a reconhecia!


 


Começou a ler mentalmente:


 


“Quero que você sempre se lembre do quanto a amo. O quanto é perfeita. Jamais me deu um único dia de infelicidade, querida”.


 


Ela agora chorava abertamente e reprimia com esforço os soluços que lhe embargavam a garganta.


 


Era um sinal. De alguma forma, de algum lugar, Ellie recuperara parcialmente sua coragem.


 


Sem hesitar ou pensar duas vezes, apanhou o auscultador à sua frente e telefonou à Michael Graber.


 


Ele rapidamente atendeu:


 


– Sim?


 


– Quero todos os membros da organização reunidos agora mesmo. – ordenou ela, desligando em seguida.


 


Logicamente Ellie não sabia quem era o assassino de James ou quem estava por trás do acontecimento, mas estava certa de uma coisa: executaria vingança com as próprias mãos.


 


Ela passou poucos minutos estudando alguns documentos à sua frente. Por fim, juntou uma boa quantidade de papéis, e partiu para o prédio da Sétima Divisão conduzindo sua motocicleta vermelha.


 


Chegou ao local rapidamente e notou que, logo atrás dela, era Graber quem chegava. Ele saiu de seu automóvel e abordou-a antes que ela adentrasse o prédio.


 


– O que está fazendo?


 


– Semeando minha vingança.


 


– Vingança...?


 


– Exatamente.


 


– Ellie... – ele suspirou. – Volte para casa, eu cuido das coisas por aqui.


 


– O que diabos eu faria em casa? – a garota indagou em tom de voz estrondoso. – Ficaria perambulando pela casa? Abrindo os armários dele? Sentando no jardim? À espera em meu quarto? À espera do quê? De... – um soluço brotou dela enquanto permanecia segurando as lágrimas. – De... Um homem... A quem... Amei... E que jamais... Voltará... Para casa? Preciso... Voltar a... Preciso seguir com isto...


 


– Sei o que se passa, mas deve voltar para casa. Ainda está cansada e precisa de repouso.


 


– Não! Não voltarei! – retrucou. – Lutarei com meus próprios punhos se necessário, mas a justiça será feita, goste ou não!


 


Dizendo isto, ela entrou no prédio.


 


O mais difícil para Ellie foi ter de se deparar com aqueles mesmos rostos que já vira muitas vezes, reunidos naquela antiga construção que pertencia à organização, em circunstâncias completamente diferentes.


 


Com muita calma, ela adiantou-se para Vincent Hurst. O homem mantinha uma única expressão. Estava sério.


 


– Lamento muito, criança. – disse tomando-lhe ambas as mãos. Ellie assentiu com a cabeça. – Pediu uma reunião. Estamos todos presentes.


 


Ela olhou ao redor. Bryan Carter parecia indiferente, ainda que ela estivesse certa de que ele consumia-se de revolta interiormente. Joshua Wilder, no entanto, demonstrara-se furioso, lançando para ela um olhar envolto em um ódio infernal. Ellie não quis saber por que. Não se importava.


 


– Vamos até a outra sala. – pediu ela.


 


Sentaram-se todos à grande mesa de madeira, onde – outrora – Lilith e suas irmãs lhe foram apresentadas.


 


Ellie acomodou-se na cadeira ao lado de Vincent e tomou voz:


 


– Pedi a presença de todos você para informar que... Pretendo abrir uma investigação.


 


Houve um silêncio tremendo. Ela seguiu falando:


 


– Eu proponho que encontremos o assassino de meu marido e então...


 


Carter indignou-se, interrompendo-a:


 


– Essa é boa! Não vamos aturar suas ordens agora que James não está mais aqui para obrigar-nos.


 


Ellie sentiu como se navalhas lhe cortassem a alma, mas manteve-se firme.


 


– Não, de fato ele não está mais presente, mas eu ainda estou viva, e continuarei aqui por ele. E por ele eu farei vingança.


 


Todos ficaram calados, fitando aquela mulher que tocara na palavra de maior peso na Fraternidade.


 


Vingança.


 


Joshua manifestou-se.


 


– Chega a ser cômico que nos proponha uma coisa dessas já que é você a culpada disso tudo.


 


Ellie quase engoliu a acusação a seco, porém seu orgulho já havia sido ferido muitas vezes. Ela decidiu que não aceitaria mais que isso lhe acontecesse.


 


– Não sou eu a culpada pela morte dele. – asseverou. – E digo-lhes que se pretendem manter o pouco de dignidade que lhes resta, me apoiarão.


 


Depois de muito tempo em silêncio, Vincent Hurst colocou-se em pé.


 


– Seguindo nossa célebre tradição, Ellie tem o direito de tomar o posto de James nesta organização. E cabe à nós apoiá-la em suas decisões.


 


Michael Graber, que não havia se manifestado até então, também levantou-se de sua cadeira.


 


– Terá meu auxílio no que precisar. – assegurou, dirigindo suas palavras à Ellie.


 


Ela viu Wilder e Carter petrificados em suas cadeiras, não fazendo qualquer menção de se manifestar a seu favor.


 


– Sei que não teremos a melhor relação de todas daqui adiante, mas peço-lhes que confiem em mim. James lutava por um propósito admirável, todos nós sabemos disto. Queria livrar o mundo de tudo aquilo que o corrompia. – enquanto discursava, ela esforçava-se em manter seu tom de voz persuasivo e firme. – Eu juro em memória dele que lutarei pelo mesmo objetivo e que terminarei aquilo que ele começou aqui, nesta organização, por vocês e pela Fraternidade.


 


Á contragosto, Ellie observou Joshua Wilder se levantar, erguendo o rosto para ela.


 


– Estou consigo. – decretou. – Por James e pela Fraternidade.


 


Ellie sentiu o orgulho inflar, dominada por uma boa sensação de aceitação. A mesma que sentira quando entrara oficialmente para a organização.


 


Bryan Carter manteve-se sentado, em silêncio.


 


– Toda ajuda será bem-vinda, Bryan. – ela disse.


 


– Pois a minha você não terá. – o homem da grotesca cicatriz cruzou os braços, virando o rosto para outra direção.


 


– Boa parte do que sei a respeito de armas eu aprendi com você. Seria ótimo tê-lo conosco nesta nova missão que o destino nos impôs. Faça isto por si mesmo, para manter esta organização de pé.


 


Suspirando em derrota, quase involuntariamente, Carter colocou-se de pé, uma expressão indiferente em seu rosto marcado.


 


– Não espere muito de mim.


 


Ellie sentiu-se orgulhosa. A emoção se agitou dentro dela. Soube – imediatamente – que não teria de enfrentar o resto do caminho sozinha. Tinha o apoio da Fraternidade, tinha por quem lutar e por que. Uma súbita, porém forte determinação tomou conta de cada célula de seu corpo.


 


Estava ressuscitando seus propósitos, sua força de vontade.


 


Estava começando a fazer justiça.


 


–--


 


Havia trevas, a mais plena escuridão. Aquilo lhe fazia sentir-se só, mas a solidão não era presente ali. No entanto, a falta de luz tornava impossível vislumbrar os semblantes pálidos daqueles que ali se encontravam, parados ao seu redor.


 


Também havia cinzas. Cinzas que caíam de um teto invisível acima, como uma chuva seca.


 


Era assustador.


 


Então é este o Inferno? Ele pensou.


 


Mas uma voz vinda de lugar algum respondeu-lhe, ecoando em sua mente vazia como se fosse sua própria consciência quem falava:


 


Este é o lugar onde as almas se purificam.


 


A voz era doce, suave, branda. E ao mesmo tempo era severa, firme.


 


Quero voltar. Disse a si mesmo.


 


Para isso é preciso que salvem sua alma. A voz explicou. E então tornou a ecoar, desaparecendo no espaço em ordem decrescente. Até que nada mais podia se ouvir.


 


Ele pensou em chamar a voz, pedindo para que voltasse, fazer-lhe perguntas, exigir-lhe respostas diretas, pois detestava metáforas. Contudo, sabia onde estava epor que.


 


James Braxton estava preso no Purgatório. E dificilmente conseguiria sair daquele plano.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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