Fanfics Brasil - Segundo Ciclo - Capítulo II - Decisões Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Segundo Ciclo - Capítulo II - Decisões

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A explosão seguida da morte de James Braxton ainda ocupava boa parte dos mais prestigiados jornais da imprensa. O acontecimento chocara a todos, principalmente uma semana após o ocorrido, quando a polícia abandonara as investigações ou, ao menos, deixara essa impressão.


Até então, a jovem viúva de Braxton negara-se a falar com os jornalistas que se aglomeravam aos portões de sua propriedade e com os que telefonavam insistentemente a ela.


Milhões deles espalhavam rumores a respeito de terrorismo ou ato de vingança.


Que sabiam eles sobre vingança? Ellie pensava toda vez que – contra sua vontade – acabava encontrando um jornal ou revista cuja capa tinha como manchete principal o tal acontecimento que mudara o rumo de sua vida.


Contudo, a teoria de vingança não fora descartada. Pelo menos não por Vincent Hurst. O superior da Sétima Divisão insistia em dizer que o assassinato de James tinha ligações com a morte dos pais do mesmo. Angus e Gemma Braxton haviam perdido a vida da mesma maneira.


Uma explosão.


Para Ellie, o fato ocorrera por conta de algo simples, porém perturbador: Lilith.


A maldição da bruxa parecia realmente estar atuando sobre seu destino. As perdas recentes abalaram-na tanto – ou até mais – quanto a morte de seus pais.


Tomada pela sede de vingança, de matar e desafogar sua frustração, Ellie fora ao prédio da organização em uma tarde, procurando por Vincent. Encontrara-o em sua sala improvisada, rodeado por livros antigos que exalavam um sufocante – porém já conhecido – cheiro de mofo. Ela vestia-se de maneira formal, um vestido de cetim acinzentado, e havia uma expressão terrivelmente séria em seu rosto inocente. Expressão que não abandonara seu semblante desde a noite da morte do marido.


Vincent Hurst a admirou por longos segundos, dando-se conta do quanto ela progredira desde a sua chegada àquele local.


– O que deseja, Ellie? – perguntou, colocando-se em pé.


– Há alguém que gostaria de incluir na lista de alvos que precisam ser eliminados. – declarou de prontidão. A voz – habitualmente doce e harmoniosa – agora soava firme e severa, envolva em autoridade.


– Quem? – Vincent quis que ela prosseguisse.


– Katherina Donovan, minha madrasta.


Hurst conteve um riso franco, alterando sua expressão antes que ela fosse perceptível.


– Ellie, nós não pod...


– Serei eu aquela que dominará todas as terras e povos do Novo Mundo, vocês estão apenas separando aqueles que são dignos da fazer parte dele e aqueles que não são. – ela começou a discursar, mas suas palavras não eram decoradas. Viam à sua mente naturalmente. – Katherina definitivamente não fará parte deste mundo.


– Fala com verdadeira soberania. – observou Vincent.


– Espero não tê-lo ofendido com isto. – ela arqueou uma sobrancelha. – Mas peço que acolha meu pedido, Vincent. Não tenciono discutir consigo.


– Pelo pouco que sei a respeito da mulher que deseja eliminar, posso afirmar que ela possui todos os requisitos para entrar em nossa lista de alvos. Todavia...


– Vocês ainda não o fizeram por respeito ao meu pai. Sei disso, Vincent. Não ouse tentar ofender minha inteligência.


Vincent Hurst suspirou. Um suspiro longo, porém curto. Ergueu os olhos para a garota à sua frente.


– Será a governante do Novo Mundo. – disse, simplesmente. – Seus atos de hoje trarão consequências ao amanhã. Bem sabe o que está fazendo.


Ellie sorriu, vitoriosa. Moveu os lábios em um “obrigada” silencioso e retirou-se da sala dele. Seguiu até outro galpão onde eles improvisavam uma estimada biblioteca constituída de livros a respeito de diversos assuntos interligados ao propósito da Fraternidade. Adentrou o galpão, dirigindo-se às prateleiras presas às quatro paredes e começou a procurar por algo. Por fim, encontrou o que buscava com tanta ansiedade. O livro dos alvos. As páginas que definiam quem faria ou não parte do Novo Mundo, folhas proféticas e de grande importância.


Pousou o livro sobre a mesa colocada no meio do galpão e abriu-o na página que a última pessoa utilizara. Contemplando a página com nomes escritos até a sua metade, Ellie abriu a gaveta da mesa e retirou uma caneta esferográfica vermelha. Indicou uma linha vazia com o dedo e colocou-se a escrever o nome da madrasta. Oficialmente ela não faria parte do mundo que Ellie supostamente governaria futuramente.


Admirou sua própria caligrafia ao terminar de escrever o nome completo de Katherina e fechou o livro, devolvendo-o no lugar. Fechou a gaveta após colocar a caneta nela e saiu do galpão em silêncio. Encontrou seus irmãos da organização esperando por ela no galpão principal, próximo à entrada e saída da construção. Olhando diretamente para Vincent Hurst, Ellie decretou:


– Essa será uma missão com prioridade avançada. E eu mesma a executarei.


– Ellie. – Vincent aproximou-se da jovem. – Sei que tentar fazê-la mudar de ideia seria inútil, mas peço para que vá acompanhada de um de nós.


– Eu irei. – consentiu. – Joshua, quero que me acompanhe nesta missão.


Joshua Wilder abaixou a cabeça, suspirando. Ergueu o olhar para ela, sério e indiferente.


– Tenho a certeza de que Michael desempenharia um papel melh...


– Não. – Ellie o interrompeu. – Quero que você me acompanhe.


Vincent interveio:


– Joshua fará bem em acompanhá-la. É parte do dever de todos nós mantê-la em segurança. Principalmente agora.


Wilder não se manifestou a respeito. Ellie, no entanto, acrescentou:


– Vamos. Não há tempo para se perder. – dizendo isto, ela avançou para a porta principal do prédio, retirando-se dali.


Relutante, Joshua Wilder lançou um olhar rude para seu superior antes de seguir a garota para a saída da construção.


Ellie montou sua motocicleta vermelha estacionada em frente ao prédio enquanto Joshua dirigiu-se a um dos veículos disponibilizados aos membros da organização. Eles arrancaram ao mesmo tempo. Ellie o guiou até o Holy Cross Hospital, onde Katherina ainda encontrava-se internada em estado crítico.


Estacionaram quase que em tempo sincronizado ao lado da parte traseira de todo o prédio do hospital. Colocaram-se diante do hospital trocando olhares frios, intimidadores.


– Meu irmão certamente encontra-se à espera de notícias de Kat. – Ellie comentou. – Precisa distraí-lo.


– Sei o que fazer. – resmungou o rapaz entre os dentes. – Não preciso que me ensine o que já sei.


Ela deu de ombros.


Decidiram entrar pela porta cujo aviso pregado à mesma era óbvio:


ENTRADA PERMITIDA APENAS PARA FUNCIONÁRIOS.


Ignorando-o, eles arrombaram a porta sem qualquer hesitação e seguiram por um corredor gélido de paredes brancas que os levaria para outro corredor. O principal de todo o hospital.


Ellie emitiu um sinal com os olhos para Joshua assim que chegaram ao fim do corredor. Ele logo compreendera.


Do bolso esquerdo de seu jeans, ele retirou uma máscara de esqui e adiantou-se em enfiá-la pela cabeça, cobrindo seu rosto, exceto por seus olhos ansiosos. Em seguida, tomou posse do revólver que levava do outro lado do bolso.


Ele avançou para o corredor principal, disparando para cima. Todos os que se encontravam sentados nos bancos colocaram-se imediatamente em pé, correndo e se abaixando. Gritos soaram como um alarme. Aproveitando a oportunidade única, Ellie dirigiu-se imperceptivelmente para o quarto de Katherina. Joshua manteve a comoção do lado de fora, fingindo ser um assaltante ou qualquer coisa do gênero.


Ao adentrar o quarto de hospital, Ellie contemplou a mulher pela qual forçara-se há tantos anos a respeitar e aceitar como parte da família. Tudo o que sentia por ela agora, no entanto, não passava de desprezo e aversão. Olhou-a com uma expressão enojada, a raiva escorrendo de seus olhos como uma torneira que despejava veneno sobre a pia. Aproximou-se. A mulher de cabelos vermelhos encontrava-se desacordada. Havia aparelhos ao seu redor e tubos enfiados em suas narinas e pulsos. Ellie cautelosamente chegou mais próxima, o rosto praticamente colado ao rosto da outra. Emitiu um sorriso perverso e sussurrou-lhe ao ouvido:


– Você pode me ouvir, não é mesmo, sua vadia? – segurou-a pelo maxilar e, com a outra mão, forçou-a a abrir os olhos. Encarou o rosto inconsciente agora de olhos arregalados. – Achou mesmo que sairia dessa? E com o meu dinheiro?


Silêncio.


– Quero que esteja acordada. Quero ver a vida esvaindo-se de você através de seus olhos, quero que implore por misericórdia. – deu-lhe duas bofetadas, uma em cada uma de suas faces. Viu a mulher se agitar na cama, os olhos espontaneamente muito abertos, encarando-a com surpresa e horror. – Oh, pobre Kat. Não pode falar, queridinha? – Ellie alcançou algo no bolso de seu vestido cinza. Quando puxou-o para fora, Katherina soube do que se tratava. Uma seringa. A garota aproximou-se de um dos tubos, fazendo menção de inserir a seringa no pequeno cano transparente. – Adoraria saber quais são suas últimas palavras. Pena que não será possível. – enfiou a seringa no tubo com facilidade e sorriu para a madrasta que silenciosamente derrubava lágrimas de desespero. – Oh, não se preocupe. Eu certamente informarei meu irmão e seus outros setenta e dois amantes que você não estará mais aberta para todos os públicos.


Assim, Ellie retirou a seringa após injetar o líquido que levava nela. O líquido percorreu o caminho do soro que estava sendo direcionado diretamente a uma das veias da paciente. Quando o veneno alcançou seu pulso, Katherina começou a estremecer na cama, chacoalhando-se como se recebesse um choque fatal. Toda a cama estremecia junto a ela. Ellie assistiu à cena em pleno silêncio, mantendo sempre um sorriso de satisfação nos lábios. A agitação da mulher cessou e ela ficou ali, petrificada, congelada para sempre no tempo. Os olhos esbugalhados, uma única lágrima escorrendo por seu rosto pálido. Ellie tornou a se aproximar dela e cuspiu-lhe no rosto.


– Apodreça no Inferno. – declarou. Afastou-se dali da mesma forma que entrara. Joshua Wilder ainda tinha toda a comoção sob controle. Viu a garota saindo do quarto e seguiu com ela de volta pelo corredor de funcionários. Saíram pela porta traseira que usaram anteriormente para entrar. Em movimentos rápidos, Ellie correu para sua motocicleta e não hesitou antes de girar a chave na ignição e arrancar. Wilder instalou-se no veículo a tempo, vendo carros da polícia aproximando-se do local com rapidez. Os dois retiraram-se dali segundos antes de sequer serem notados.


Da mesma forma, regressaram ao prédio da organização ao mesmo tempo. Adentraram o galpão principal lado a lado.


Vincent Hurst esperava por eles.


– Estou impressionado com o pouco tempo que levou para cumprir esta missão, Ellie. – o superior comentou, admirado.


– Muita coisa mudará daqui por diante. – virou-se para Joshua Wilder. – Se saiu muito bem, Josh. Agradeço por ter me acompanhado.


– Não há necessidade. – disse ele com desdém. – Acredito que não precise mais de meus serviços por hoje.


– De fato. – ela assentiu. Wilder afastou-se em passos apressados. Ellie tornou a encarar Vincent. – Alguma notícia a respeito da investigação que pedi?


– As coisas estão seguindo em prioridade, Ellie, mas não posso conseguir respostas tão rapidamente. O acidente de James ocorreu há apenas...


– Uma semana. – interrompeu-o. – O suficiente para que me consiga alguma coisa, não é mesmo?


– Ellie, investigar as outras seis organizações pertencentes à Fraternidade deve ser algo feito de modo minucioso.


– Se está tão receoso a respeito de investigar as outras divisões, Vincent, não se preocupe. Farei eu mesma esta investigação.


– Não seja imprudente, criança.


– Não sou mais a criança a quem acolheram como uma pobre órfã, ingênua e ignorante. – afirmou ela, um olhar extremamente sério insistia em se manter firme em seus olhos castanho-claros. – Sou uma assassina, Vincent. Algum dia serei eu aquela que liderará esta divisão.


Vincent Hurst levantou as sobrancelhas.


– Era James meu substituto. Desejava imensamente tomar o cargo superior e liderar a Sétima Divisão. Passou a vida toda treinando para isso.


– James não pôde alcançar o que almejava. – Ellie respondeu, firmemente. – Mas tenha a certeza de que farei isto em nome dele. E me tornarei alguém de quem ele e meus pais teriam infinito orgulho.


– Fala com fé, minha querida. – Hurst pareceu subitamente orgulhoso. – Estou certo de que fará um trabalho tão bom quanto James faria.


Ellie suspirou, abaixando os olhos.


– Sinto-me tão sozinha...


– Ainda tem a todos nós. – assegurou o superior. – Somos sua família. Estamos todos unidos pelos mesmos propósitos.


– Quero dizer... – ela levantou o rosto para ele mais uma vez. – Eu gostaria de ouvi-lo mais uma vez, gostaria de... Você não entende...


– Foi um choque para todos nós, estou seguro disto. – respondeu Vincent. – Mas era algo pelo qual ele tinha de estar preparado. James sempre esteve destinado a entrar para a Fraternidade. E a morrer por ela.


– Ele não desejava isto, de forma alguma. – objetou a garota. – Não depois... Ele prometeu levar-me à Abingdon. Disse que ficaríamos bem, que...


– Mantê-la calma e despreocupada é parte de nosso dever.


– Isso não tinha nada a ver com a Fraternidade ou com qualquer um de vocês! – Ellie começou a sentir-se impaciente. – James me amava, Vincent. Confessou-me isso na noite de sua morte.


Hurst recuou com o olhar, ainda mais surpreso do que anteriormente.


– Não parece que estamos falando da mesma pessoa.


– Eu sequer pude dizer a ele que... – ela passou as costas da mão pelos olhos, contendo as lágrimas que ameaçavam despencar. – Se ao menos eu tivesse uma única oportunidade de falar com ele novamente...


– Não acredito que deva preocupar-se com isso. Se James lhe confessou que a amava é porque tinha a certeza de que era recíproco.


– Ainda assim. – de repente, os olhos dela brilharam. – Onde crê que ele esteja agora, Vincent?


Vincent Hurst emitiu um riso nervoso.


– Nós dois sabemos, criança.


Ele tinha razão. A pergunta agora soara desnecessária. Ellie sabia onde James estava. Sabia para onde ele seria imediatamente enviado uma vez que sua alma saísse daquele plano.


Para o Inferno.


Efetivamente, ela sentiu-se invadida pelo desejo de encontrar uma forma de contatá-lo. Estava ciente de onde ele estava. Tudo o que precisava agora era ir até lá.


–--


Christian Madden adiantou-se em abrir a porta do quarto de hotel onde ainda se encontrava uma vez que ouviu batidas contra a mesma. Abriu-a lentamente, deparando-se com o rosto entusiasmado de um conhecido.


– Adam. – cumprimentou-o.


Adam Mallory – cinco anos mais jovem que o exorcista – fora aceito como seu companheiro de “trabalho” ainda em Nova York, possuía brilhantes olhos verdes e cabelos claros em desalinho. Um rapaz muito esperto, mas impulsivo demais.


– Demorou muito para chamar-me. – Adam adentrou o quarto, trazendo consigo uma mala vermelha.


– Por essa reclamação, ficará com o sofá. – advertiu Madden.


Mallory abandonou a mala no meio do quarto, jogando-se no sofá com os braços atrás da cabeça.


– Não tem ideia da falta que esses seus sermões me fizeram...


– Muito trabalho?


– Trabalho pesado, eu diria.


– Tal como aquele apartamento amaldiçoado em Manhattan? – Christian lembrou-se de um caso ocorrido há dois anos.


– Tal como a garota em East Harlem, Madden.


– Um demônio?


– Um enviado de Lúcifer. Falou-me sobre a garota inúmeras vezes.


Christian Madden deixou escapar um suspiro, sentando-se à beira da cama. Adam manteve-se no sofá, pensativo.


– Impedir o reinado da Mulher de Vermelho é inútil, Adam.


– Sei... – encarou o mais velho com ar ausente. – Ouvi a respeito do que houve entre a Ordem da Trindade e você. Uma rebeldia e tanto para um protegido de Gabriel.


– Não rebelei-me contra eles. – respondeu o exorcista. – Abri os olhos para as coisas que enfiaram-me na cabeça. Tentar impedir a Mulher de Vermelho tornou-se a obsessão deles.


– A morte do homem que a protegia muda muita coisa.


– Não acredite nisso. Braxton era apenas um dos que morrerão por ela e por causa dela.


– Bem, aceitando o fato de que a filha de Babilônia reinará sobre a Terra por sete anos... – observou o jovem. – O que faremos nós?


– Nós lutaremos, certamente. Mas não a derrubaremos antes dos sete anos. Faremos nossa parte, Adam, e nada mais do que ela.


– Como quiser, capitão. – ironizou Mallory.


Súbitas batidas à porta fizeram com que o exorcista instintivamente se levantasse. Adam Mallory sentou-se, ajeitando-se no sofá enquanto Christian dirigiu-se em silêncio e hesitante para a porta. Ao abri-la, no entanto, sequer teve tempo de conter a figura que invadiu seu quarto sem antes perguntar. Olhou-a com surpresa. Marina Baresi parecia seriamente perturbada. Ainda mais do que nas últimas vezes em que a vira.


– Você. – ele disse. – De novo.


– Preciso pedir-lhe um favor.


– Claro. – Christian abanou a cabeça.


– Eu não viria até aqui se não fosse algo de grande importância.


– Seja breve, por favor. – apoiou-se na maçaneta da porta ainda aberta.


– Ela virá até você. – a bruxa disse, rapidamente.


– O quê? De que diabos está falando agora?


– Ellie recorrerá a você, pois não desistirá de salvar a alma do homem que ama.


– Deve estar louca. – analisou. – Não vejo coerência no que está me dizendo.


– Você é o único que pode levá-la ao Inferno. Não a negue ajuda quando ela lhe procurar. Faça uma trégua. Será o melhor para todos nós.


– Não sei quem lhe deu autoridade para dar-me ordens, jovem bruxa. – Madden inclinou o rosto para cima, encarando-a com firmeza.


– Não tenciono dar-lhe ordem alguma. – Marina respondeu. – É um conselho amigável. Ellie virá até você e precisará de sua ajuda. Será uma única oportunidade de paz entre os dois lados. Um ato que fará imensas mudanças no futuro em que todos nós queremos fazer parte.


Christian estudou-a em silêncio, olhando-a profundamente nos olhos.


– A mulher a quem você serve não é bem-vinda diante de mim. E nem você. – indicou a porta com uma das mãos, esticando-a para a saída.


Contendo-se para não desmanchar sua postura firme, Marina abanou a cabeça e começou a caminhar na direção da saída do quarto. Olhou-o uma última vez e declarou:


– Sei que abandonou aquele grupo que a persegue. Está começando a ver as coisas como elas verdadeiramente são. Eu realmente espero que consiga ver a verdade que está diante de seus olhos antes que seja tarde demais.


– Dispenso seus conselhos.


Suspirando, a bruxa retirou-se do quarto ouvindo a porta fechar-se atrás de si.


Christian Madden olhou para os céus e bufou, confuso e impaciente. Viu o olhar debochado que o amigo sentado ao sofá lançava a ele e rolou os olhos, pronto para planejar apenas atos de defesa.


Estava seguro de que não conseguiriam impedir a vitória completa da garota da profecia, mas ainda tinha de agir. Tinha de proteger a si mesmo e a todos que ele julgava bons e dignos.


Afinal, havia sido este o seu trabalho desde que entendia-se por gente.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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