Fanfics Brasil - Segundo Ciclo - Capítulo XVIII - Fugir ou Lutar Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Segundo Ciclo - Capítulo XVIII - Fugir ou Lutar

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– Exorcizam... Exorcizamus te, om... Omnis immun... Immundus... Spiritus... Omnis satânica protesta...


– Postesta. – uma segunda voz corrigiu a primeira.


Alena Braxton encontrava-se assentada à mesa do escritório da catedral mais uma vez. Havia um livro aberto à sua frente e um exorcista exigente de pé ao seu lado. Tratava-se de Christian Madden. Erguendo os olhos para ele, ela declarou:


– É muito difícil.


– Nunca disse que seria fácil. – respondeu-a. – Do primeiro verso novamente, por favor.


A garota respirou fundo e tornou a deitar os olhos sobre o livro aberto na mesa.


– Exorcizamus te, omnis immundus... Immundus spiritus... Omnis satan... Satanica protesta...


– Potesta. – Christian corrigiu-a mais uma vez e ela olhou-o com o cenho franzido. – De poder. Digo, o verso todo significa “esconjuro-vos, todo o espírito impuro, todo poder satânico”.


– E isto funciona?


– Tem funcionado até então. – ele começou a caminhar lentamente ao redor da mesa. – Mais uma vez, vamos.


Alena hesitou.


– O que acontecerá se Ellie descobrir que tenho vindo aqui?


– É um risco que você submeteu-se a correr. – recordou-se Madden.


– Houve algo ontem à noite. – disse, simplesmente. A mente estava carregada, tempestuosa.


A expressão séria do exorcista desmanchou-se em plena curiosidade e surpresa. Inclinou-se sobre a mesa, fitando-a com intensidade.


– Por que não me disse antes?


– E-eu não sabia se deveria...


– Pois deve. Sempre. Sempre me coloque a par destes acontecimentos. – decretou, a voz fria e ao mesmo tempo branda e conciliadora. – O que houve?


– O mesmo que ocorreu quando Ellie perdeu o filho. – Alena se recordou. – Estava lá quando isto aconteceu, não? Mas desta vez não eram seus homens quem apareceram.


– Os que lutam ao lado da Ordem não são meus homens. – alegou Christian. – Quem apareceu?


– E-eu... – ela fez uma pausa, tentou lembrar-se com clareza o que pudera vez através da janela de seu quarto. – Vestiam-se de azul, roupas longas como as dos árabes, empunhando facões. Eram rápidos. Vi Ellie gritar algo e atear fogo nos pés daquele que os liderava. – disse-lhe, e então olhou mais profundamente. – Apenas com um olhar.


Christian Madden suspirou pesadamente e tornou a caminhar de um lado para o outro, resmungando consigo mesmo.


– Sabe de quem se trata? – a garota perguntou.


– Não exatamente. – virou-se para a jovem. – Mas não é difícil imaginar. Muitos se levantarão contra ela até o dia do juízo final. Assim como muitos se unirão a ela.


– Eu não quero ficar parada no meio de todo esse fogo cruzado.


– E não estará. Escolheu um caminho. O bom caminho. – ele afirmou. – Encontrou abrigo a tempo.


– O tempo é curto. – Alena completou. – Mas temo pelo que ainda possa acontecer.


– “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo”. – o exorcista citou, olhava-a diretamente nos olhos e suas palavras soavam mais proféticas do que nunca. – Não está sozinha. Nunca.


Um espontâneo sorriso iluminou a face – outrora muito entristecida – da garota, surgindo timidamente pelo canto de seus lábios secos. Sentia algo aquecer seu coração cada vez que tinha certeza de que encontrara seu lugar no mundo, um abrigo para todas as suas frustrações e medos. E sentia-se assim desde o dia em que vira Christian Madden entrar pela porta de seu quarto, decidido a libertá-la do demônio que apoderara-se de seu corpo vulnerável.


No ponto de vista de Christian a situação não parecia tão diferente. Via a si mesmo na jovem, recordava-se de quando fora como ela. Confuso, solitário, em busca de uma verdade que não conhecia, seguindo um destino tragicamente injusto, trabalhando duro para manter-se lúcido em meio a tanta atrocidade inumana.


Era bom ter alguém por perto, alguém a quem pudesse ensinar, uma companhia. Tinha de admitir. Sentira-se sozinho a maior parte de sua vida.


E ainda havia a estranha conexão que partilhava com a menina, como se já a tivesse conhecido antes, há muito tempo. Estava certo de que ela sentia o mesmo em relação a ele. Queria muito saber do que se tratava, pois sentira-se assim desde o momento em que a vira pessoalmente pela primeira vez quando a exorcizara.


Era confuso, mas confortante. Christian sentia-se bem ajudando-a, abrindo as portas do que agora era sua casa para oferecer a ela uma mão amiga. Parecia a coisa certa a se fazer. Era parte de sua missão, estava cumprindo com suas obrigações. Muito embora lhe parecesse que havia algo mais por trás de tudo aquilo.


Regressando à realidade, Christian Madden pigarreou e desviou o olhar ao perceber que a fitava por um longo tempo em silêncio.


– Continue a citação, por favor.


– Posso fazer uma pergunta? – Alena Braxton inquiriu, repentinamente.


Madden deu de ombros.


– Faça.


– Marina. – ela disse. – Gosta dela?


A questão pegou-o de surpresa e ele recuou um passo, franzindo as sobrancelhas. A garota prosseguiu rapidamente:


– Quero dizer... Sabe de que lado ela está? Se ela está ciente de tudo isso... Digo, ela claramente está, pois trouxe você até mim. É de confiança?


– Se ela levou-me até você é porque se preocupa. – ele respondeu. – O que certamente quer dizer que ela tem boas intenções.


– Confia nela?


Havia sido uma boa pergunta. Christian não sabia ao certo se confiava na jovem bruxa, se devia confiar nela. Sua experiência com Annora Grant não fora das melhores, deixando-o incerto em relação à Marina Baresi. Contudo, Marina demonstrara-se astuta e leal aos seus propósitos, com intenções boas se comparadas às da Ordem da Trindade, às de Dahlia e Bartholomew.


Ainda assim, não sabia que resposta apresentar. Não sabia o que dizer quando o assunto era Marina. Sentia-se inseguro a respeito de si mesmo, de suas decisões. Pela primeira vez.


– Você confia? – Madden devolveu a pergunta.


Alena ajeitou-se na cadeira e abaixou os olhos, a voz soou baixa e tranquila quando respondeu:


– James confiava nela. – encolheu os ombros e continuou lendo seu livro.


Indiferente, tal como ela, Christian respirou fundo.


– Do início.


– Exorcizamus teomnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis satanica potestasomnis incurso..– ela leu encontrando dificuldades nas palavras, estreitava os olhos diante das páginas.


– Incursio. – Madden a corrigiu novamente. – Incursio infernalis adversarii.


–--


A tarde estava nublada, chuvosa. A água despencava graciosamente dos céus em pequenas partículas, lavando as ruas da cidade em modo agradável. Willow Hope gostava da chuva. Costumava deixá-la cair sobre a cabeça quando voltava do semáforo onde vendia bilhetes de loteria, girando ao redor de si mesma, gritando para os raios e trovões na fantasia de que conseguia controlá-los.


Eram momentos alegres, espontâneos. Diferentes dos que vivia na maior parte do tempo.


Agora, assistindo ao que se tornara uma tempestade através da janela do galpão, ela sequer notara a presença de alguém que colocava-se ao seu lado.


– Tempo fechado, não? – James Braxton perguntou-a, indiferente.


– Eu gosto. – Willow deu de ombros. – Costumava tomar chuva e fingir que a controlava. Seth e Noah chamavam-me de pequena pagã e diziam que na Idade Média eu seria considerada uma bruxa.


– Sabe... Eu também me agradava com a chuva. – ele sentou-se confortavelmente no sofá, deixando de olhar pela janela na qual Willow encontrava-se de joelhos, com os olhos colados ao vidro que os separava da tempestade. – Mas você acaba se acostumando com ela.


– Tempestades são raras nessa época do ano.


– Não na maldita Inglaterra. – resmungou pelo canto dos lábios.


Willow Hope virou-se para ele e riu baixo, sentando-se corretamente ao seu lado. Abaixou o olhar ao lembrar-se de algo recente que ouvira dele.


– Vai mesmo embora?


James deixou escapar um suspiro discreto.


– É necessário.


– Entendo. – manteve-se em silêncio por longos segundos.


– Eu prometi que a visitaria.


– Claro.


– Não sei exatamente como costumava ser. – James afirmou. – Mas estou certo de que não costumava quebrar promessas.


Willow Hope virou-se na direção dele.


– O que pretende fazer quando estiver lá?


Ele emitiu uma expressão desdenhosa. Não tinha certeza.


– Investigar. – disse. – Você tem razão, alguém implantou aquela bomba no carro. Alguém me quer fora do caminho. Resta-me saber quem e por que.


– E como pretende sair do país?


– Não pense que é muito difícil. – Braxton abriu um sorriso. – Eu tenho meus contatos.


– Lembra-se deles?


– Lembro-me vagamente de coisas, pessoas... O necessário para ficar longe daqui por um tempo.


– Parece sensato. – concluiu a menina.


– É sempre assim? – ele indagou, de repente. Viu a garota franzir o cenho.


– Assim como?


– Fala como uma sábia.


– Talvez eu o seja. – alegou ela.


James soltou um riso baixo e abafado.


Um raio caíra ali perto. Seu estrondoso som fez tremer todo o galpão, fazendo com que Willow corresse para longe da janela, deixando-se cair no chão. Seu clarão a assustara quase tanto quanto o estouro seguinte.


Vendo-a com horror nos olhos, James Braxton sequer movera-se no sofá.


– Foi apenas um trovão. – declarou. – Não é para tanto.


Mas os olhos da menina indicavam outra direção. A janela.


Lentamente, James virou-se para o vidro, deparando-se com uma mensagem deixada ali de maneira inexplicável, sendo escrita pelo invisível aos seus olhos. A mensagem era clara e óbvia, escrita em letras de forma.


Leve-a daqui.


Tomado pelo súbito desespero, James Braxton não esperou pela percepção. Adiantou-se para a menina e fê-la ficar em pé. Tomou-a pela pequena mão e agachou-se até ficar à altura de seus olhos.


– Nós vamos embora daqui.


– O quê? – a indignação dela soara alta. – Noah e Seth não...


– É um sinal. Temos de sair. – disse-lhe, desesperado. – Agora.


Olhando-a com os olhos muito abertos, Willow não respondeu. Deixou-se levar pela mão que a puxava para fora do galpão, sendo rapidamente banhada pela pancada de chuva que vinha dos céus. Correram para longe dali, as ruas molhadas, os carros espalhando água aos quatro cantos. Os raios seguiam-se um atrás do outro, caindo como bombas ao chão.


Rumaram a lugar algum, até que foram forçados a brecar seus passos à beira de uma calçada. Os olhos de Willow encontraram-se com os olhares conhecidos de seus dois velhos amigos. Noah e Seth. Os dois estavam do outro lado da rua, acenando. Pareciam surpresos por vê-la ali, no meio da chuva. Willow acenou com a mão livre, sentindo-se aliviada por vê-los. James ainda segurava-a pela outra mão.


Os dois anciões desceram a sarjeta com certa dificuldade e adiantaram-se na direção deles, esforçando-se para atravessarem a tempestade até o outro lado da rua.


De repente, Willow Hope sentiu que algo tomava sua mente, deixando-a fora de seu próprio autocontrole. Os olhos arregalados, fixos no que ainda não acontecera. Diante de dela, em outra dimensão, conseguia ver com clareza. O automóvel vinha em alta velocidade, a colisão, sangue, muito sangue, e dois corpos sobre o chão. Nada mais do que duas carcaças ensanguentadas sendo lavadas pela tempestade.


Willow regressou à realidade tão rápido quando saíra dela, gritando com todas as suas forças:


– Não! – e seu grito ecoou no desespero de impedir o trágico evento.


Mas fora tarde demais.


Um veículo branco aparentemente desgovernado adiantava-se em extrema velocidade na direção dos dois velhos curandeiros que agora encontravam-se no meio da rua, na metade do caminho. Willow tentou correr para eles, mas a mão que a segurava a manteve no lugar.


Tudo acontecera rápido demais. Sequer tivera tempo para processar o acontecimento.


A colisão do automóvel contra os corpos fora súbita, e eles voaram pelos ares num terrível ballet fatal. O sangue espalhara-se facilmente pelo asfalto, mesclando-se com a água fria da chuva. Noah e Seth caíram ao chão. Mortos.


E o veículo branco desaparecera como mágica.


Willow descobrira-se gritando histericamente numa luta frenética para correr até seus corpos, mas James não permitiu que ela se aproximasse, quase tão chocado quando ela própria. A menina debatia-se para correr, destroçada pelos soluços e pelas lágrimas. Braxton teve de esforçar-se para tornar a agachar-se diante dela, segurando-a pelos ombros.


– Deixe-me! Deixe-me! – ela tentou desvencilhar-se dele. – Tenho de vê-los! Tenho que...


– Willow... – James olhou-a nos olhos. – Estão mortos, querida. Não há nada que possa fazer.


Suas lágrimas pareciam não cessar. Willow não importava-se com os olhares ao redor que agora estavam mais atraídos por seus gritos do que pelo acidente em si.


Vendo-a em estado crítico, também preso em seu desespero, James apertou sua mão e esforçou-se para manter a calma ao dizer:


– Precisamos ir, está bem? Não podemos ficar aqui.


Dominada pelos prantos, a garota fora incapaz de respondê-lo. E James negou-se a esperar até que ela se acalmasse. Não havia tempo. Algo errado estava ocorrendo. Alguém os estava caçando.


Ele levantou-se e seguiu com a correria anterior, arrastando a pequena profetisa consigo. Willow, por sua vez, já não sabia dizer se o que escorria por seu rosto eram lágrimas, água da chuva ou o sangue de seus velhos amigos que a pulverizara uma vez que o acidente ocorrera bem ali, diante de seus olhos.


–--


Estavam novamente em reunião e a expressão que estampava o rosto do líder da Sétima Divisão da Fraternidade era séria, severa, levemente intimidadora. Vincent Hurst não estava feliz. Não depois do último acontecimento. Ao seu redor, sentados à sua mesa, encontravam-se Joshua Wilder, Michael Graber e Bryan Carter. Eleonora e seu novo fiel aliado, cujas intenções não pareciam claras o bastante para os demais.


Vincent finalmente tomara voz:


– Os Ceifeiros do Equilíbrio. – olhou um a um nos olhos. – São chamados assim porque acreditam que foram chamados por um deus para manter a paz entre o bem e o mal.


– Então eles não possuem ligação com a Ordem. – analisou Ellie atentamente.


– Não diretamente. – Hurst disse. – Mas não me surpreenderia se descobrisse que eles se uniram. Eles têm um inimigo em comum.


– Eu. – ela disse.


Vincent Hurst assentiu com a cabeça.


– Como se já não nos bastasse ter de lidar com Bartholomew e suas crias, agora temos que nos virar com aquele bando de malucos. – Joshua Wilder manifestou-se em desgosto. – Por que simplesmente não mandamos uma bomba e fazemos com que voem pelos ares, todos de uma vez?


– Há pessoas inocentes envolvidas, Joshua.


– Ora, por favor! – o atirador objetou. – Ninguém é inocente quando a luta pela sobrevivência fala mais alto. É cada um por si, Vincent.


– Bem, não aqui. – afirmou o mais velho. – Não nesta divisão. Aqui nós lutamos e morremos uns pelos outros.


Ellie soltou um suspiro inaudível ao ouvir a afirmação de seu superior. James morrera por todos eles, pela Fraternidade, por seus propósitos, por ela. Ele certamente já teria encontrado uma solução para que se livrassem de todos aqueles que entrassem em seus caminhos. Mas não estava lá. E Ellie sabia perfeitamente bem que não podia esperar que alguém tomasse suas decisões em seu lugar.


– Acredito que a Ordem e eles tenham realmente se unido. – Michael Graber comentou. – Dahlia estava com eles.


– Dahlia age por si mesma. – respondeu Vincent. – É uma mulher egoísta, pouco se importa com a Ordem e suas regras.


– Parece conhecê-la muito bem. – observou Ellie.


– Conheço os inimigos como a palma de minha mão. – falou ele. – É uma das regras básicas de nossos treinamentos.


– Sei disso. – ela assentiu. – Perdemos dois de nossos homens neste último ataque. Ax Blaze e Zeke Trent.


Dominic Ryder – que encontrava-se assentado ao seu lado – ainda não havia se manifestado. Todavia, ao ouvir os nomes daqueles que julgara seus amigos, sentiu um súbito desconforto. Na noite anterior, quando encontraram os corpos decapitados, Ryder afirmara que aquilo havia sido obra dos Ceifeiros. Não queria de forma alguma que Ellie soubesse das intenções dos dois, pois certamente passaria a desconfiar dele também.


Manteve-se em silêncio, ouvindo com atenção o andamento daquela reunião.


– Bem, é um risco que todos nós corremos. – Vincent Hurst disse com desdém. – Ainda tenciona reunir o maior número de pessoas possível?


– Claramente, Vincent. – Ellie estava segura de seu plano. – A cada dia que se passa sinto que a guerra aproxima-se. Não quero estar despreparada quando isto acontecer.


– Está certa. – ele concordou. – Estarei investigando mais a respeito do que ocorre entre Dahlia Mason e os Ceifeiros do Equilíbrio. Tentarei estar sempre um passo adiante, assim não sofreremos tanto com estes ataques.


– De acordo. – a garota acenou positivamente com a cabeça e começou a se colocar em pé. – Tenho alguns assuntos a resolver agora. Mantenham-me a par de tudo, eu lhes peço.


– Não há motivos para se preocupar com isto. – Vincent sorriu-lhe amigavelmente.


Ellie cumprimentou-os com um aceno gentil e afastou-se dali, retirando-se do prédio da organização. Em silêncio, Dominic Ryder levantou-se. Estava seguindo o mesmo caminho que ela percorrera para sair dali quando a voz do summus da Sétima Divisão o fez parar de andar.


– Tem se demonstrado confiável.


Dominic virou-se lentamente para ele, a expressão tranquila e desdenhosa de sempre.


– Talvez seja porque eu sou.


– Ou talvez porque seja um excelente farsante. – declarou Hurst, irônico. Levantou-se de sua cadeira e aproximou-se dele, fitando-o severamente. – Não ouse trai-la, pois se arrependerá até o último dia de sua vida se o fizer.


Ryder riu sarcasticamente, um sorrisinho malicioso era agora delineado por seus lábios.


– Eu não o faria nem se estivessem me pagando.


– Acho bom. – Vincent estreitou os olhos. – Muito bom mesmo.


O mais novo pigarreou, incomodado.


– Olha só, eu tenho que ir. A irmã de um dos que morreram ontem à noite é uma amiga muito próxima, preciso prestar-lhe minhas condolências.


O superior balançou a cabeça sem responder. Dominic Ryder virou-se de costas e dali saiu sem dizer nenhuma palavra a mais.


Seguiu calada até o lado de fora do prédio, onde deparou-se com Ellie preparando-se para montar sua motocicleta vermelha. Notando a presença dele, ela hesitou, fitando-o de repente.


– Há algo que queira me dizer?


– Não. – ele balançou a cabeça e se aproximou cautelosamente. – Você?


– Na verdade, sim. – Ellie fitou-o com seriedade. – Tomei uma nova decisão.


Ryder arqueou uma sobrancelha, surpreso.


– E qual seria?


– Estou indo para Abingdon. – declarou.


Ele não se importou muito, embora a decisão o tivesse surpreendido ligeiramente. Em tom irônico, disse-lhe:


– Bem, desejo-lhe uma boa viagem.


– Precisarei de alguns acompanhantes. – ela prosseguiu firmemente. – E vocêé um deles.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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