Fanfics Brasil - Terceiro Ciclo - Capítulo III - União Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Terceiro Ciclo - Capítulo III - União

16 visualizações Denunciar


Pessoal, obrigada aos que estão comentando. Muito obrigada mesmo. Pra quem quiser saber novidades sobre a fic e tudo mais, é só dar uma passadinha aqui: setedemonios.tumblr.com


E gostaria de pedir para vocês responderem ao questionário, é muito importante: http://tstagni.polldaddy.com/s/questionario7d 


Obrigada desde já! <3


---


– A mãe a abandonou quando ainda era uma criança. O pai era um bêbado miserável que mal conseguia manter-se em pé. – Bartholomew passara longos minutos narrando o passado de sua protegida, Dahlia. – É uma garota marcada pela solidão e sofrimento, compreendo que tenha passado por alguns conflitos consigo mesma, mas uma traição é imperdoável.


Pensativo, com ar ausente, Christian Madden mantinha as mãos nos bolsos do sobretudo e um olhar vago em seu rosto firme. Sem dar-se ao trabalho de se virar para encarar o homem, Madden disse:


– Braxton uma vez chamou-a de meretriz. Dahlia pareceu-me terrivelmente ofendida, como se a acusação fosse algo... Pessoal.


Estavam os dois sentados em um dos bancos de madeira da catedral, o vazio tornava a conversa ainda mais tensa, perturbadora.


– A vida às vezes age de maneira demasiadamente cruel. Foram estas crueldades que fizeram com que Dahlia entrasse para... Para o mundo no qual viveu antes de unir-se à Ordem. – o homem esperou que o mais novo se manifestasse, mas ele não o fez. Portanto, Bartholomew encarou-o e prosseguiu, dando-lhe a conclusão de todo o esclarecimento: – Antes de tornar-se uma de nós... Dahlia era uma prostituta, Christian.


Finalmente o exorcista virou o rosto para fitar o líder da Ordem da Santíssima Trindade. Com os olhos demonstrando tremendo espanto, Christian Madden julgou tê-lo ouvido mal.


– Como disse? – indagou.


– Era uma meretriz, uma pecadora. – repetiu o mais velho. – Felizmente arrependeu-se e purificou-se de seus atos pecaminosos. Agradeço a Deus todos os dias por tê-la trazido até nós.


Madden esboçou um sorriso irônico pelo canto dos lábios.


– Será que continuará agradecendo se confirmar que, de fato, ela está traindo vocês?


Bartholomew suspirou, abaixando seu olhar.


– Eu... Eu não sei, filho. É por isso que vim até você. Talvez saiba como arrancar dela a verdade, caso ela esteja mesmo trabalhando como uma espiã em nosso meio.


– E o que eu poderia fazer? – Christian perguntou, curioso.


– Dahlia tem afeição por você. Tenho notado isso desde o dia em que você veio até nós. Talvez consiga descobrir quais são os planos dela.


– Sou uma pessoa muito direta, Bartholomew. – assegurou o caçador de demônios. – Nada de rodeios. Se quer que eu descubra o que Dahlia esconde, perguntarei a ela diretamente.


– E se ela...


– Mentir? – Madden interrompeu-o. – Então ela já estaria se condenando, não? Seria instantaneamente expulsa de seu grupo. No entanto... – ele emitiu uma breve pausa. – Eu precisaria ter certeza de que ela está mentindo ou dizendo-me a verdade.


– Parece-me que já tem algo em mente. – observou Bartholomew.


– De fato. Darei a ela esta oportunidade de ser honesta. Eu a perguntarei o que tenciona, quais são seus planos. Sei como confirmar suas respostas.


– Como?


– Eu a seguirei para onde quer que ela vá.


– Caso descubra algo, por favor, seja rápido em me informar.


– Assim eu o farei, lhe garanto.


– Peço a Deus para que minhas suspeitas sejam apenas frutos de minha imaginação.


O velho demonstrou total nervosismo e preocupação. Madden, por sua vez, transmitia plena curiosidade, interessado em saber a verdade quase tanto quanto o próprio homem.


– Ainda não me disse para quem acredita que Dahlia esteja trabalhando.


Bartholomew respirou fundo e tornou a olhá-lo nos olhos.


– Aaric Hunter. – respondeu-lhe. – Os Ceifeiros do Equilíbrio.


Surpreso, o exorcista piscou rapidamente duas vezes seguidas.


– Por que diabos ela...?


– Dahlia ainda demonstra-se ambiciosa. – Bartholomew revelou, nada hesitante. – Acredito que esteja atrás de poder.


– E isto quer dizer o que?


Antes de responder, o homem tornou a respirar fundo, uma atitude que entregou todos os pontos: estava mais nervoso do que nunca. Encarou Madden mais uma vez antes de dar-lhe a resposta final:


– Isto quer dizer que, possivelmente, Dahlia tenciona tomar para si os sete anos de reinado sobre a Terra e todo aquele que nela habita.


–--


Em passos hesitantes, Eleonora adentrou o local forçando-se a se demonstrar superior e firme, o rosto erguido em um gesto desdenhoso. Deixara dois de seus irmãos da Fraternidade do lado de fora, insistindo para que eles não a interrompessem enquanto encontrava-se com a pessoa que a aguardava.


O local lembrava a sede de sua própria organização, a divisão que agora ela própria comandava. Atravessando um corredor estreito, ela descobriu-se no que mais parecia ser o galpão principal de toda a construção. À sua frente, Declan mantinha-se sério. Esboçou um sorriso apático assim que seus olhos encontraram-se com os da irmã mais nova, e então, ele pôs-se a caminhar na direção dela.


– Que bom que veio. – disse-lhe. Tomou-lhe as mãos entre as suas e fitou-a com uma emoção nunca vista antes naquele rosto.


Esquivando-se dele, Ellie encarou-o, confusa.


– Como chegou até aqui? Como soube da Fraternidade?


Declan exalou um suspiro baixo, quase inaudível.


– O correto seria dizer que eles me encontraram, trouxeram-me até aqui.


– O quanto você sabe?


Ele fixou os olhos nos dela.


– Tudo, Ellie. Sei de tudo. – confessou. – Sobre as teorias para um novo governante, sobre o caos que se aproxima, a guerra entre as divisões, entre... Esses grupos de malucos que atentam contra nós. – outro suspiro. – E sei sobre como nosso pai foi assassinado.


A última sentença fez com que Ellie caísse em si, deixando-se levar pelas emoções que vinha tentando prender dentro de si mesma há vários dias. Lançou-se para Declan, destroçada pelos prantos. As lágrimas vieram como uma enxurrada, os soluços formando um nó em sua garganta.


Sem qualquer sinal de comoção, porém, Declan fechou os braços ao redor dela, acolhendo-a em uma tentativa de demonstração de afeto e ternura.


Foi quando Ellie entregou-se totalmente às emoções, deixando que as marés de angústia e tristeza se quebrassem dentro dela. Há muito tempo não tivera qualquer contato assim. Principalmente pelo fato de toda a sua família não estar mais presente. A morte da mãe, seguida do assassinato do pai deixaram um vazio gigantesco no coração que esfriava-se cada vez mais com o passar dos dias.


O contato entre eles fora longo, longo o bastante para Ellie estranhar a súbita atitude gentil do irmão para com ela. Lentamente, Declan afastou-a de seus braços enquanto ela lutava para fazer suas lágrimas cessarem.


– Tudo ficará bem agora. – afirmou ele. – Estamos juntos. E é assim que ficaremos, prometo.


– P-por que...? – Ellie ergueu os olhos marejados para ele. – Por que está tão mudado?


– Porque abri meus olhos, porque não tenho mais ninguém além de você. E confesso que... Tenho medo da solidão.


Enxugando suas últimas lágrimas, recompondo-se, Ellie estabilizou seu emocional ao focar-se no verdadeiro motivo pelo qual fora até ele.


– Eu vim lhe propor um acordo de paz.


– Sei disso. – Declan falou. – É o que também almejo. Que estejamos juntos para derrotar nossos os nossos inimigos em comum.


– Acredito que esteja se referindo à Igreja.


– Não apenas a Igreja, Ellie. Também refiro-me à Aaric Hunter. Estou certo de que já teve o desprazer de conhecê-lo.


Eleonora arqueou as sobrancelhas, surpresa por todo o conhecimento que o irmão tinha acerca da Fraternidade e seus inimigos.


– Hunter atacou-me com seus homens. Consegui livrar-me dele. Temporariamente, digo.


– O homem acredita ser o escolhido para governar...


– Por sete anos. – a irmã completou. – Assim como muitas outras pessoas envolvidas neste meio. Assim como... Como você e eu, Declan.


– Sim, exatamente. Mas não entraremos em guerra por isto. Muito pelo contrário.


Ellie estreitou os olhos, fitando-o como se tencionasse desvendar seus pensamentos.


– O que quer dizer?


– Quero que se junte a mim, que nós dois, juntos, possamos governar como uma só pessoa. – propôs com seu tom de voz entusiasmado. – Como Knightingale e Walford.


Instintivamente, Ellie virou-se de costas para ele, recuando seu olhar.


– Acredita no que lhe dizem a respeito do passado?


– Você acredita? – Declan devolveu a pergunta. – Acredita que é quem eles dizem que você é?


Dias atrás, Ellie teria negado sem precisar pensar mais de duas vezes. Agora, no entanto, era difícil negar o que presenciara, o que sentira desde o dia em que executara Vincent Hurst. A entidade que apoderara-se de seu corpo era extremamente forte. Forte demais para ser detida por seu autocontrole. Contudo, ela apenas manifestava-se quando sentia necessidade disto. Diferente do que Dominic Ryder lhe dissera uma vez, nem tudo podia ser controlado. Não quando o que entrava em questão era Elizabeth Knightingale. Definitivamente.


– Não se pode negar o destino, Ellie. – a voz de Declan a tirou de seus pensamentos. – Por mais absurdo que pareça, por mais inacreditável que seja. Esta aí, dentro de você. Tal como está dentro de mim.


Ela não respondeu, permanecendo imóvel, pensativa, calada. Declan aproximou-se, tornando a lhe falar. O timbre de voz era baixo e persuasivo.


– Esqueçamos nossas desavenças, tudo ficou para trás. Esta é uma nova vida, algo maior nos aguarda. – deu mais dois passos adiante, dando fim à pequena distância entre eles. – Quero que nós dois tenhamos parte nesta profecia, Ellie. – tocou-lhe nos ombros, descendo as mãos sobre a pele lívida e macia. – Se nos unirmos, ninguém será páreo para nós, nenhum inimigo permanecerá em pé.


– Eu vim até aqui hoje para sugerir uma trégua. – a voz escapou vacilante dos lábios dela, sentia-se terrivelmente tensa, negando-se a se virar para encará-lo. – Para sugerir que a Segunda Divisão junte-se à minha organização, a Sétima Divisão.


– Pois é exatamente isto o que estou te propondo. Uma união. Não apenas entre as nossas duas organizações, mas também entre nós dois.


A ideia desagradou Ellie por completo, não pelas palavras ditas, mas sim pelo verdadeiro significado escondido por trás delas.


– O-o que quer dizer com isto?- inquiriu, mentalmente penitenciando-se por sua voz ter soado trêmula. Seu nervosismo era visivelmente sufocante.


Acariciando-lhe os braços suavemente, Declan aproximou o rosto de seu ouvido:


– Eu quero que você se una a mim.


Ellie fechou os olhos, sentindo-se estremecer.


– Declan, nós não...


– Não devemos citar os impedimentos, pois são inválidos. Se o destino tratou de nos colocar no mesmo caminho é porque é um direito nosso tomar possa daqueles sete anos. Não estou lhe pedindo muito. Além do mais, – ele falava com convicção, suavidade. Suas palavras eram ardilosas. – Você sempre foi minha, não foi, Ellie?


O choque da realidade invadiu-a ferozmente, como um animal abrindo-lhe a barriga. Com os olhos completamente abertos, algo em seu subconsciente parecia ter despertado de um longo período de hibernação. Lembranças de muitos anos atrás vieram à sua mente, sendo rapidamente reproduzidas por seu cérebro. Conforme as desesperadoras memórias ressurgiam em sua mente, Ellie forçava-se a acreditar que era tudo irreal, uma fantasia, um sonho ruim.


Tudo estava acontecendo com outra pessoa.


Ela tinha nove anos, e Declan quatorze. Em mais uma de suas travessuras, ele tornara a levá-la ao closet, dizendo que preparara para ela uma grande surpresa. Sua voz soava estranha e ele caminhava de um jeito engraçado. Ellie acreditou que o irmão estava doente. Mas não. Obviamente não. Tinha acabado de embebedar-se com uma das garrafas que escondera dos pais em seu quarto.


Estavam os dois dentro do closet. Declan mantinha um sorriso mesquinho nos lábios.


– O que é a surpresa que me prometeu? – ela lhe perguntara, muito empolgada.


– Algo que vai deixá-la muito, mas muito feliz, maninha.


Ele aproximara-se dela, fazendo-lhe cócegas. Ellie estava rindo, uma gargalhada alta e alegre.


Até que então, Declan enfiou as mãos por debaixo da parte superior do pijama dela, bolinando-a.


O riso cessou. Ellie encarou-o com os olhos assustados.


– Pare! – exclamou. – Não faça isso!


Mas ele não parou, empurrando-a para o chão, cobrindo-lhe a boca, arrancando-lhe as roupas e tocando com malícia todas as pequenas partes do corpo frágil.


O ato não passara daquilo. Depois de fazê-lo, ele apenas colocou-se em pé, parecendo ter desistido de seguir adiante. Soltou um risinho perverso e retirou-se do closet, trancando-o pelo lado de fora como sempre costumava fazer.


As lembranças daquele dia agora sufocavam a garota com tanta violência, que ela encontrava dificuldade em manter-se em pé, a respiração era ofegante. Voltou à realidade muito descontrolada, as mãos suavam e as pernas tremiam. Declan ainda estava atrás dela, as mãos pousadas em seus braços expostos.


– É assim que se demonstra que ama alguém. E eu sempre amei você, Ellie. – disse ele. – Ter passado todos aqueles anos longe de você foi o verdadeiro inferno. E quando finalmente regressei, descobri que... O que papai fez consigo foi terrível, claro. Mas não tanto quanto assisti-la indo embora com outro. Acha mesmo que me diverti com aquilo? Que ficaria feliz em saber que outro a tocaria? Que outro a beijaria e a tomaria como eu desejava fazer? Talvez tê-la tratado tão mal tenha sido minha forma de expressar toda a raiva e ciúme... Mas agora acabou. O próprio destino tratou de nos unir.


A quantidade de absurdos que ele dizia estava deixando Ellie atônita.


Mantendo o tom de sua voz suave e profundo, Declan sussurrou-lhe ao ouvido:


– Quero que você seja minha mulher. – depositou-lhe um beijo em seu ombro esquerdo. – Por favor, diga que sim.


Certa de que sua própria mente tratara de bloquear o trauma, fazendo com que ela se esquecesse do acontecido por todos aqueles anos, Ellie esforçou-se em manter a cabeça fixa no presente, no que estava acontecendo ali e naquele momento. Tornou a fechar os olhos, deixando que duas linhas de lágrimas descessem por suas bochechas.


Virou-se para o irmão:


– Se quer mesmo unir as duas divisões, preciso que faça um acordo formal.


– Farei o que achar necessário, querida. Mesmo. – Declan abriu um sorriso que Ellie não soube interpretar. Tomou-a pelo queixo e aproximou os lábios dos dela. Ellie desvencilhou-se dele rapidamente.


– Não. – ela disse.


Declan respirou fundo, incomodado.


– O que quer?


– Já lhe disse. Quero que faça um acordo formal, que anuncie aos seus homens que não ousem atacar minha organização.


– Não haverá guerra entre nós, Ellie. Eu lhe asseguro. – advertiu ele. – Contarei a eles ainda hoje. Terá todo o apoio de minha divisão.


– Ótimo. – ela se recompôs por completo. – Quero que saiba que também tem meu apoio.


– Estamos juntos nessa?


Ela franziu os lábios e pensou muito antes de responder:


– Estamos.


O sorriso alargou-se no rosto dele. Tomou ambas as mãos dela, olhando-a nos olhos.


– Então, talvez devêssemos selar nossa união, não acha?


Um brilho assustadoramente intenso passou pelos olhos verdes. Quando fez menção de objetar, Ellie descobriu que não fora rápida o bastante. De um súbito, Declan puxou-a para si. Aprisionou-a, imobilizando-a com seus braços e esmagou os lábios contra os dela. Em seguida, foi ao chão com ela, deitando-a sobre o piso gelado. Imóvel pelo medo, Ellie cerrou os olhos com força. Queria gritar, mas a aversão e o terror a sufocavam, mantendo-a fria, parada. Ele manteve os pulsos dela acima da cabeça, esticando seus braços enquanto ainda beijava-a a força, puxando seu vestido de cetim para baixo. Afastou o rosto do dela, ainda montado sobre o corpo da garota. Ellie abriu os olhos, vendo-o se livrar das calças com uma pressa angustiante. Logo depois, apressou-se em arrancar dela as roupas debaixo e afastar as pernas da irmã. Quando o fez, porém, Ellie deixou escapar um grito que permanecera entalado em seus pulmões desde que ele a tomara nos braços.


– Não, Declan! Por favor, não! – ela debateu-se freneticamente, tentando – em vão – tirá-lo de cima dela. Não havia ninguém por perto. Eram apenas os dois. Ninguém viria até lá para socorrê-la.


Ela seguiu lutando para se libertar, mas ele não lhe dava ouvidos, mantendo o mesmo sorriso mesquinho nos lábios. Sorriso este que fez com que Ellie se lembrasse da vez em que ele a tocara quando ainda era apenas uma criança. O terror era real. Ellie concluiu isto quando ele finalmente abriu-lhe as pernas, invadindo-a como um agressivo animal, movendo-se em incrível velocidade.


Enquanto as lágrimas deslizarem frias por seu rosto, Ellie apertou os olhos, tentando comprimir a terrível sensação de senti-lo dentro dela, movendo-se, machucando-a.


Contemplando o rosto da irmã enquanto satisfazia-se dela, Declan emitiu um riso baixo. Ellie não precisou abrir os olhos para saber que o rosto dele estava próximo. Ouviu-o sussurrar, a respiração batendo contra seu rosto molhado:


– Chore, irmãzinha. Lute comigo. Gosto disso.


Ela se esforçou para gritar novamente, mas ainda sentia-se sufocada. O peso do corpo dele sobre o dela a mantinha imóvel no chão, incapaz de fugir ou livrar-se das mãos que tocavam todas as áreas de seu corpo trêmulo.


Sentiu que ele acelerara os movimentos. A dor tornara-se maior. Ellie apertou os olhos com mais força, tentando fazer com que seu espírito fugisse dali, de seu corpo, daquele lugar. Mas não funcionara. Esperava que a entidade que habitava sua matéria se manifestasse em socorro dela, mas aquilo também não acontecera.


Quando acabou, sentiu o irmão mais velho retirar-se dela lentamente, exalando um longo gemido de plena satisfação. O peso sobre seu corpo diminuiu quando ele se levantou, colocando as calças e ajeitando o cinto. Com a respiração entrecortada, Ellie recusou-se a abrir os olhos.


Permaneceu deitada sobre o chão, desolada, sentindo-se imunda. Ouviu Declan rir novamente.


Ele ajoelhou-se ao lado dela e depositou-lhe um beijo no rosto.


– Estamos juntos nessa. – repetiu o que dissera minutos atrás.


Colocando-se em pé novamente, Declan Donovan retirou-se do galpão com ar de triunfo. Ellie, entretanto, continuou deitada no chão. Lágrimas não cessavam, ainda escapando-lhe pelos grandes olhos castanho-claros. Agarrou-se às roupas espalhadas pelo chão, soluçando violentamente. Queria que aquilo não passasse de um pesadelo. A droga de um pesadelo. Não apenas o último acontecimento, mas todos os eventos ocorridos desde o dia em que a mãe morrera naquele acidente.


Em uma dor muda e solitária, Ellie encolheu-se sobre si mesma, agora – mais do que nunca – desejando estar morta.


Não levou mais do que dois segundos para perceber que, de fato, já estava morta. Era apenas seu corpo que funcionava. Sua alma já havia sido corrompida, dilacerada e levada há muito, muito tempo. Ela não passava de um fantasma da garota que costumava ser. Um corpo no qual ausentavam-se as emoções e o espírito. Uma casca.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Hey, guys!Sim, demorei eras, eu sei D:Sem querer ser dramática ~já sendo~, quero deixar claro que ando muito ocupada resolvendo problemas na faculdade. Isso tem me tomado muito tempo. Muito mesmo. Além disso, tive que excluir TODAS as minhas contas em outros sites por motivos bem... Difíceis de explicar, but oh well. Postei todos os trailers na no ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais