Fanfics Brasil - Terceiro Ciclo - Capítulo VIII - "Chore, Irmãzinha" Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Terceiro Ciclo - Capítulo VIII - "Chore, Irmãzinha"

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– Não! – Willow Hope despertou subitamente de seu sono, sentando-se na poltrona do ônibus. Ao seu lado, James Braxton colocara-se de prontidão, assustando-se com o grito da menina.


– Mas o que houve? – perguntou em tom preocupado.


Com os olhos muito abertos, a garota tremia da cabeça aos pés. As mãos suavam e estavam geladas. Havia terror em sua expressão perturbada.


Olhou ao redor. Estavam em um ônibus cujo rumo ela ainda desconhecia. No banco detrás, Delilah permanecia adormecida.


Passou com os olhos por dentro do ônibus e depois através da janela ao seu lado, reconhecendo de imediato a paisagem. Estavam em Washington. Estavam em casa.


James olhou-a nos olhos, muito sério.


– O que foi que você viu, Willow? – indagou, já ciente de que a profetisa recebera outra de suas visões.


Hesitante, porém sabendo das consequências que haveria ali caso não contasse, Willow Hope relatou sua mais recente e aterradora visão.


–--


Quando Declan Donovan aparecera à porta de seu apartamento na noite anterior, Dahlia não soube ao certo o que pensar. Tentou decifrar as intenções dele, mas o rapaz sabia ser convincente. Havia trazido consigo uma garrafa de vinho, e esta acabou-se minutos depois que Dahlia permitira sua entrada em seu lar. Estavam sentados ao tapete da sala, colocando a par seus planos e teorias. A conversa não era totalmente desagradável, e há muito tempo Dahlia não expressava-se assim diante de alguém. Diante de Bartholomew e seus homens ela tinha de permanecer calada caso tencionasse manter sua posição na Ordem.


Ali, trocando algumas de muitas palavras com Donovan, ela sentia-se bem. Quase normal. Descobriu que ele tinha muito em comum com ela. Toda a conversa estava sendo inesperadamente agradável. Quando se deram conta, estavam na cama dela.


E, agora, horas mais tarde, Dahlia encarava o teto, colocando ordem em seus pensamentos.


Não houvera qualquer tipo de emoção no ato. Seu corpo estava entorpecido, tal como seu espírito. E ela estava certa de que ninguém jamais lhe despertaria as naturais sensações que deveriam estar presentes ali.


Ninguém além de Christian Madden.


Mas trazê-lo para si seria o mesmo que conseguir a paz mundial.


Dahlia sabia que o exorcista jamais se envolveria com alguém. Era demasiadamente dedicado a todo o papel que supostamente tinha de cumprir. Não havia espaço para ela em sua vida. Ao menos, esperava que também não houvesse espaço para mais ninguém.


Houve uma comoção ao seu lado na cama. Declan virou-se para ela e apoiou-se sobre o cotovelo para encará-la.


– Devo ir. – declarou.


Dahlia não disse nada, sequer virou-se para fitá-lo.


Donovan prosseguiu:


– Ellie pediu para que eu a encontrasse.


A ruiva imediatamente demonstrou interesse, virando o rosto na direção dele.


– Por quê?


Declan encolheu os ombros.


– Não sei. Mas faz parte de nosso acordo. Quero dizer... Meu e daqueles que serve à minha organização. – começou a se levantar da cama, em busca das roupas que ficaram espalhadas pelo chão do quarto. – Não posso me atrasar.


– Aaric não pode s...


– Saber do que ocorreu aqui? – ele fitou-a e abriu um sorriso irônico. – Não saberá. Não por mim.


Dahlia abanou a cabeça positivamente, aliviada.


– Ainda planeja dar-lhe o golpe? – Declan fora direto em sua pergunta.


– Trata-se de sobrevivência. Hunter precisa de uma mulher capaz de liderar ao lado dele e não vejo pessoa mais apta para isto...


– Do que você mesma. Claro. – tornou a interrompê-la, colocando as calças com pressa. – Apenas não se esqueça de minha parte nisto tudo.


Dahlia rolou os olhos, observando-o colocar o resto de suas roupas.


– Temos um trato. – ele lembrou-a. – Me ajudará a conseguir o que é meu e terá meu pleno silêncio. Aaric jamais saberá que foi você quem assassinou sua mulher e filha.


– Cale-se, por favor. – resmungou a ruiva, fazendo um aceno com a mão esquerda. – Encontre sua irmãzinha e não se esqueça de colocar-me a par do que falaram.


Declan sorriu pelo canto dos lábios, terminando de vestir-se.


– Voltarei para colocá-la a par de muitas outras coisas.


Ela assistiu-o se retirar do quarto e – segundos depois – ouviu a porta do apartamento se fechar. Virou-se na cama, exausta. Ainda que tivesse saciado uma de suas necessidades, o vazio constante parecia nunca abandonar seu ser. Era como uma sombra, seguindo-a para todos os lugares. Talvez aquela fosse a vida para a qual fora sentenciada. Ou apenas o castigo pelos pecados que – por mais que negasse – tivera cometido.


–--


Declan Donovan seguira com seu automóvel até o prédio da Sétima Divisão da Fraternidade, organização liderada por sua irmã, Eleonora. A própria havia entrado em contato naquela tarde, dizendo que precisavam falar com urgência.


Colocou-se para fora do carro uma vez que estacionara em frente à construção e seguiu até a entrada. As portas estavam abertas.


Quando adentrou o local, um breve arrepio percorreu-lhe o corpo. O lugar aparentemente estava vazio. As paredes recentemente pintadas de vermelho traziam ao ambiente um aspecto um tanto sombrio. O assoalho era barulhento, emitindo ruídos cada vez que Declan avançava com seus passos.


Caminhou até o galpão principal, parando no meio do local. Olho ao redor. Não havia sinal de presença alguma ali.


– Ellie? – chamou pela irmã. E sua voz ecoou, trazendo-lhe a angustiante sensação de solidão.


Passou com os olhos por todos os cantos. Nenhuma comoção ocorrera ali.


De repente, de dentro de um corredor pouco iluminado, surgira uma silhueta feminina muito distinta. Em pose elegante, com trajes e penteado muito formais, Eleonora colocou-se para dentro do galpão, o olhar frio e cortante, o belo rosto erguido em um sinal de superioridade.


– Ah, aí está você. – Declan abriu um sorriso, um tanto aliviado.


Fez menção de andar até ela, mas Ellie deteve-o rapidamente, anunciando:


– Fique onde está.


Declan fincou os pés no chão, confuso diante da terrível seriedade no tom de voz da irmã mais nova.


– Mas o que há? – indagou.


– Já lhe direi. – respondeu Ellie. Mantinha os olhos fixos nos dele, muito severa. Muito determinada. – Armou-me um esquema imundo para arrancar-me de minha posição. Ainda pior, Declan, tentou tirar-me a vida.


O Donovan mais velho emitiu um riso leve, demonstrando total desconhecimento em relação ao que ela dizia.


– Do que está falando?


– Como pôde? – ela elevou seu tom de voz, a indignação estava presente. De seus olhos, lágrimas ameaçavam escapar. – Como pôde ter feito comigo o que fez? No que diabos estava pensando?


– Ellie... – deu dois passos adiante, mantendo um sorriso no rosto. – Querida, eu a amo...


– Cale-se! – ordenou a garota. As lágrimas agora banhavam-lhe o rosto pálido. – Torne a tocar-me e farei com que se arrependa do dia em que nasceu.


– Mas... Ellie, eu não...


– Ouça-me bem! – ela disse. – Jamais, em hipótese alguma, terá parte nos sete anos de reinado que pertencem àquela que fora escolhida pelo destino.


O sorriso de Declan transformara-se em uma gargalhada sarcástica que soou abafada através de seus lábios.


– A quem está tentando enganar, putinha? – a voz debochadora e cruel tomara posse de suas palavras rudes. Ele agora a fitava fixamente, os olhos verdes brilhando no aviso de seu ódio. – Quem diabos acha que é? – ele agora avançava para ela lentamente, como um animal encurralando sua presa.


– Afaste-se. – avisou-o.


– Você não é nada! – Declan cuspiu as palavras de volta. – Nunca foi e nunca será. Mal pode defender-se, pois precisa de um bando de empregados para manter sua segurança. Uma pessoa que mal pode cuidar de si jamais poderá governar sobre terras e povos. Coloque-se em seu lugar.


– Você... – Ellie cerrou os dentes e levantou o dedo indicador. – Não sabe com quem está se metendo.


– Oh! – exclamou em tom falsamente surpreso. – Pois eu gostaria muito de saber.


– Não sobreviverá para ver a chegada do Novo Mundo.


– Pois se eu não sobreviver, minha querida, – ele abriu outro sorriso sarcástico. Com uma das mãos, puxou um canivete do bolso das calças. – Você também não sobreviverá.


Ele correu na direção dela, o objeto cortante reluzindo à fraca luz do galpão. Ellie arregalou os olhos diante da ação. Tudo ocorrera rápido demais.


Um som tremendamente estrondoso irrompeu no ar. Uma das janelas fora quebrada, os pedaços de vidro pulverizando o chão do galpão. Do buraco que formara-se no local da janela, uma criatura com o dobro do tamanho de um humano saltou para dentro do local, caindo sobre Declan, fazendo com que seu corpo fosse projetado contra o chão.


O canivete caíra de suas mãos.


Ellie congelou diante da cena subitamente assustadora.


Declan lutava freneticamente para esquivar-se do enorme animal que rasgava-lhe a pele com suas unhas compridas a cada investida de suas patas. Uma delas acertara o lado esquerdo de seu rosto, abrindo-lhe toda a face. Sangue jorrava para todos os lados. Declan esforçou-se para encarar o inimigo sobrenatural que lhe atacava sem cessar. Fixou os olhos em sua face, encontrando-se com seus olhos vermelhos como sangue. Parecia-se com um canídeo, e o rosnar de seus dentes soava mais como uma mensagem de boas-vindas ao Inferno.


O cão selvagem ainda estava sobre ele, fazendo com que fosse impossível se movimentar. A visão de Declan tornara-se turva, embaçada. Ele, no entanto, esforçou-se em manter os olhos fixos em seu adversário. Quando o fizera, porém, fora tomado pela estranha sensação de familiaridade. Não soube dizer se o que vira era real ou apenas uma reação de seu cérebro ao impacto do primeiro ataque do animal. Subitamente, diante de seus olhos, Declan vira a face do animal transformar-se no rosto de um velho conhecido. Este sorria-lhe cruelmente, um brilho sádico em seus olhos. Não era possível, mas estava ali, sobre ele, ferindo-o constantemente.


Declan fez menção de manifestar-se, abrindo os lábios, mas quando a voz de seu adversário soou, ele anulou todas as suas dúvidas. Era real. Era possível.


– Eu disse-lhe que faria com que servissem seu fígado para o jantar. – a voz estava envolta em uma terrível convicção, ironia e severidade.


Declan sentiu que rasgavam-lhe a pele na exata região em que encontrava-se seu fígado. Em seguida, introduziam-lhe uma mão, puxando o órgão para fora de uma só vez. O rapaz urrou alto demais, e os gritos que seguiam-se não eram apenas dele, mas também de sua irmã, que mal conseguia mover-se diante da cena. Era um teatro macabro, uma visão do verdadeiro Inferno.


Tornando a olhar para o adversário montado sobre ele, ainda agonizando, Declan viu-o segurar seu órgão com uma das mãos.


O sorriso irônico nos lábios dele deixara claro: não havia como escapar daquilo. Estava acontecendo.


– Bem, adivinhe. – disse-lhe a voz. – Eu estou terrivelmente... Faminto.


Com os olhos muito abertos e assustados, Declan viu-o colocar o órgão para dentro da boca, devorando-o com vontade e ansiedade. Perdido entre a dor infernal e a fraqueza que apoderar-se de seu corpo, Declan virou o rosto desfigurado em direção à Ellie. Tentou dizer-lhe algo, mas nenhum som saíra de seus lábios cortados. Sentindo seu espírito esvair-se de sua matéria cada vez mais, ele não soube dizer qual dor era maior: a de sua morte ou o fato de que a irmã continuaria viva.


Quando terminou de saciar-se do que arrancara de sua presa, o animal que Ellie conseguia ver virou-se em sua direção, olhando-a com os profundos olhos vermelhos. Ele emitiu um som e correu, indo embora pelo mesmo lugar por onde entrara, saltando através do buraco de onde outrora havia uma janela de vidro.


Ellie sequer conseguira manifestar-se, como uma espectadora imóvel. Finalmente avançou lentamente até o local onde o irmão agonizava, esticado no chão do galpão.


– E-Ellie... – ele sussurrou. E sangue escorreu de sua boca, seguindo uma linha escarlate até o chão. – P-por favor...


– Chore, irmãozinho... Lute... Gosto disso... – balbuciava ela, repetindo as palavras que ficaram marcadas em sua mente como cicatrizes. Palavras ditar porele. Observava-o com apatia, sem demonstrar qualquer tipo de emoção, os olhos abaixados sobre o corpo ferido.


Foi quando Declan soube que não resistiria. Não havia como escapar de seu óbvio destino a partir dali.


A vida esvaíra-se de seu corpo, deixando nenhum rastro para trás.


Tudo ocorrera como em um filme.


Aos olhos de Eleonora, o que vira fora um gigantesco animal atacando seu irmão até a morte. Não sabia o que era nem de onde viera.


Aos olhos de Declan Donovan, entretanto, o executor de sua morte brutalmente inesperada fora o mesmo que a havia prometido há muito tempo atrás:


James Braxton.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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