Fanfics Brasil - Terceiro Ciclo - Capítulo IX - Decisão Definitiva Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Terceiro Ciclo - Capítulo IX - Decisão Definitiva

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Correndo em meio à escuridão que envolvia a cidade já tão tarde pela madrugada, James sentia o coração palpitar, a cabeça rodando, a visão embaçada. Tudo estava confuso, difícil de ser processado. As roupas estavam rasgadas, manchas rubras por todas as partes, o corpo banhado em suor tremia violentamente.


Pensou na última coisa da qual se recordava: a revelação feita por Willow mais cedo naquela noite.


A pequena profetisa lhe contara a respeito de sua visão, da forma como vira alguém atacar a garota que ambos avistaram na propriedade que espiaram em Abingdon algum tempo atrás, pessoa esta que James reconhecera como Eleonora.


Quando soube do perigo que ela estava correndo, deixou-se agir pelos próprios impulsos. Lembrava-se claramente de ter ido até o local descrito por Willow, a antiga construção da Sétima Divisão da Fraternidade.


Depois disto, não recordava-se de mais nada.


Quando voltara a si já se encontrava no meio da rua, correndo em direção à estação de ônibus na qual deixara Willow e Delilah à sua espera.


Temendo estar perdendo a sanidade, James sentiu-se desesperado em saber mais acerca do que estava havendo consigo, com sua mente. Percebera que havia algo errado com ele desde o dia em que resgatara a garota sérvia, desde o dia em que encontrara o estranho animal no meio do deserto.


Recordou-se também do olhar sombrio que o canídeo lançara para ele naquela noite, de seus olhos avermelhados e intimidadores.


Freou seus perturbadores pensamentos uma vez que alcançara a estação e encontrara Delilah sentada em um dos bancos de metais, à sua espera. Logo também avistara Willow correndo em sua direção.


Sem parecer se incomodar com seu estado, a pequena lançou-se para ele, abraçando-o com ternura, um gesto que expressava todo o seu alívio em vê-lo vivo. James correspondeu ao abraço.


Delilah, por sua vez, caminhou até ele, um olhar assustado por detrás de seus olhos acinzentados. Quando encontrava-se diante dele, analisou-o com atenção, muito assustada.


– O que aconteceu? – perguntou.


James afastou Willow de seus braços por instantes para fitar a mais velha, direcionando a ela um sorriso fraco.


– Estou bem. O sangue não é meu.


Willow soube então que ele voltara a fazer o que fizera enquanto estavam rumando à fronteira. Ele voltara a matar. Voltara a pecar de uma das piores formas possíveis. Mentalmente, Willow pedia a Deus para que ele não o tivesse feito em nome de vingança.


– Bem, o que planeja agora? – Delilah indagou, o olhar sério permanecia em seu rosto jovial.


Braxton abanou a cabeça, ainda sem saber ao certo o que fazer a partir dali. Tinha certeza de apenas uma coisa. Algo que decidira enquanto voltava à estação no meio da noite.


– Preciso afastar-me daqui. Destas pessoas. – declarou. – De Eleonora.


Willow imediatamente levantou os olhos para ele, franzindo a testa.


– Por quê? – quis saber.


Ele tornou a esforçar um sorriso decidido a tranquilizar a profetisa.


– É o melhor a se fazer. Devo isto a ela. – Willow ainda parecia não compreender. – Está envolvida em todas essas desgraças desde o dia em que entrou em minha vida. Preciso manter minha distância para dar a ela a oportunidade de ter uma vida normal.


A explicação de James soara sincera aos ouvidos de Delilah. Ela não sabia do que estavam falando, mas não atrevia-se a perguntar por detalhes. Willow, por outro lado, não conformava-se com o que ouvira.


– Isto não está certo. – a menina discordou com a cabeça.


– Minha decisão está tomada. – James decretou, por fim. – Bem, devemos ir.


– Para onde?


– Para... Encontrarei um lugar. – afirmou ele.


Willow não respondeu. Afastou-se dele, caminhando na frente. James Braxton deixou escapar um suspiro pesado até que sentiu que alguém tocava-lhe no ombro de forma conciliadora. Virou-se para encarar Delilah.


– Ela entenderá. – tentou tranquilizá-lo.


– Assim espero.


Seguiram os dois logo depois de Willow, retirando-se da estação em direção ao centro da cidade. James não sabia exatamente para onde as levaria, mas decidira que a partir de então dedicar-se-ia totalmente em mantê-las a salvo. Era esta sua nova missão. Seu novo objetivo. A única coisa pela qual seguiria com sua vida, ainda que nem tudo ainda lhe fizesse sentido. Ainda.


–--


Encarregados de livrarem-se do cadáver que jazia no galpão principal do prédio da Sétima Divisão, Joshua Wilder e Bryan Carter surpreenderam-se ao descobrir que tratava-se de Declan Donovan.


Sentada sobre sua poltrona de tecido de cetim vermelho, assistindo-os fazer seu trabalho, Ellie mantinha-se muito calada, muito pensativa.


Fora ela própria quem os chamara até ali, anunciando que tinham de fazer a limpeza no local, tal como fizeram com tantos outros corpos deixados para trás.


– Este já vai tarde. – resmungou Carter, arrastando o corpo dilacerado para dentro de um plástico estirado sobre o chão.


– De pleno acordo. – Joshua ajudara-o a colocar o cadáver no centro do papel, enrolando-o em seguida. O cheiro da morte era inevitável, forte. O chão manchado de sangue, o completo cenário de um filme de terror.


Logo, uma presença a mais chegara ao local. Tratava-se de Michael Graber. Fazendo uma rápida análise do que encontrara assim que adentrara o galpão, o advogado arregalou os olhos, mais do que estupefato.


– Mas o que houve aqui? – indagou em voz alta.


– Eliminamos mais um inimigo. – Eleonora respondeu. E ele virou-se para encará-la, vendo-a sentada em sua poltrona, um olhar frio e apático em seu rosto lívido. – A guerra já havia começado. Esteve acontecendo durante todo esse tempo, bem debaixo de nossos olhos. Agora despertei de toda esta ilusão de que teríamos paz.


Ela não o fitava nos olhos, mantendo um olhar vago em sua expressão, a verdadeira imagem do fantasma da garota crédula e esperançosa que Graber conhecera há muito tempo atrás.


– Ell... Domina... – Graber suspirou, caminhando lentamente até ela. – Preciso saber o que ocorreu neste lugar.


– Ora, mas será que não vê? – ela elevou seu tom de voz. – A Terceira Divisão colocou-se em meu caminho e eu tirei deles sua carta mais poderosa.


Michael entendera imediatamente sobre o que a garota estava falando.


Oh, não... Pensou consigo mesmo.


– Declan? – sua voz soou baixa demais. Ellie finalmente ergueu o rosto para fitá-lo.


– Justiça foi executada. – afirmou, severamente.


Graber balançou a cabeça negativamente, vendo seus irmãos da Fraternidade livrarem-se do cadáver.


Mais alguém adentrara o local. Exalando preocupação, Dominic Ryder avançou rapidamente para Eleonora assim que a vira. Esta levantara-se para recebê-lo. Sem hesitar, ele a tomara nos braços, apertando-a contra si. Ellie permitiu o contato por instantes. Michael Graber desviou o olhar, sentindo-se profundamente incomodado.


– Onde esteve? – Ryder afastou-a para olhá-la nos olhos.


– Tinha de fazer isto. – ela lhe confessou. – Tinha de fazê-lo pagar.


Dominic virou-se para o cadáver sobre o plástico escuro no chão. Não o reconhecera, mas tinha uma vaga ideia de quem se tratava. Tornou a encarar Ellie.


– Machucou-se? – perguntou-a, muito aflito.


– Estou bem. – Ellie olhou ao redor. – Está tudo terminado por aqui. Tudo o que quero agora é descansar.


– Estou de total acordo. – tomou-lhe a mão com gentileza e apertou-a entre a sua. – Iremos para casa agora.


Michael encarou-os instintivamente, fechando seu semblante. Julgou ter ouvido mal, então pôs-se a propor ajuda:


– Não é necessário. Estou com meu carro. Posso levá-la para casa em segurança.


– Eu não irei para minha casa. – a jovem esclareceu. – Não voltarei para lá, não agora.


A expressão do advogado intercalava-se da raiva para a surpresa, oscilando.


– Do que está falando?


– Ellie está comigo e eu a levarei para minha casa, onde está hospedada pelo tempo que ela julgar necessário. – Dominic Ryder fez questão de deixar clara a situação.


Michael fez menção de objetar, mas seria inútil. Eleonora não lhe daria ouvidos. Já não dava ouvidos a ninguém além de si mesma. A menina que uma vez fora trazida a Vincent Hurst para se tornar uma deles morrera. Graber teve de engolir a seco a realidade de que a figura diante dele não era a garota que ele tanto desejava proteger e consolar. Era sua governante, e estava em um nível muito mais avançado que o dele.


Contudo, também não estava no mesmo nível de Ryder. E Michael Graber estava completamente ciente de que o rapaz viria a lhe trazer problemas. Não sabia quais eram suas verdadeiras intenções, mas claramente não as aceitaria ainda que fossem boas.


– Eu o contatarei caso precise. Obrigada por ter vindo, Sr. Graber. – com ar de superioridade, Eleonora retirou-se do galpão acompanhada de Dominic Ryder.


Observando-os se afastarem dali, Michael Graber descobriu-se terrivelmente tomado pelo que vinha negando há tempos. Já não conseguia mais comprimir as sensações insuportáveis que os dois lhe causavam toda vez que encontravam-se juntos. Estava enraivecido e enciumado como nunca, mesmo que tivesse plena ciência de que não era um direito seu sentir-se assim.


–--


Elisha Blaze encontrava-se assentada sobre seu sofá remendado em frente à TV. Assistia a um filme, incapaz de cair no sono naquela noite. A insônia tornara-se sua rotina noturna desde a morte do irmão, Ax. A solidão sempre fora um de seus medos, ainda que ela insistisse em negar. Sempre muito bem-disposta e alegre, Elisha era – evidentemente – muito querida em todo o bairro. Os dias eram normais, suportáveis. Mas as noites, essas sim eram terríveis. Costumava esperar pelo irmão todas as noites, preparar-lhe um café fumegante e dar-lhe broncas por meter-se em tantas encrencas com frequência. Ax era sua família, a única pessoa que tinha. Agora não havia ninguém.


Proprietária de um pequeno salão de beleza naquela mesma rua, ela esforçava-se em não seguir o caminho que levara o irmão à morte. Aos vinte e anos, Elisha Blaze era, sem dúvidas, uma das poucas pessoas de Anacostia que lutava por uma vida honesta e decente. Não se importava com a pobreza ou com o imenso esforço que tinha de fazer para manter sua casa e mantimentos, mas importava-se com o crime que arrastara seu irmão para aquele poço infinito. Quando o irmão ainda vivia, tinha a esperança de que ele – algum dia – viesse a pensar como ela. Mas não. Aquilo nunca acontecera. E agora nunca teria a chance de acontecer.


Abandonou completamente suas lembranças e esfregou os olhos quando batidas contra sua porta trouxeram-na de volta à realidade.


Colocou-se em pé e foi até a porta, abrindo-a lentamente. Era tarde e ela não estava esperando por ninguém.


A surpresa fora notável quando se deparou com o rosto já conhecido de Eleonora.


– Então... – a mais nova começou, a voz vacilante. – Qual seria o penteado que combinaria com a minha pessoa?


Elisha sorriu-lhe de volta, recordando-se do que dissera a ela dias antes.


Sem se incomodar com o horário, a irmã de Ax Blaze recebeu Ellie em sua casa, fazendo com que ela se acomodasse em uma cadeira de madeira na cozinha improvisada e muito pequena. Passaram as duas horas seguintes conversando. Ellie finalmente relaxou, sentindo-se aliviada depois de uma noite tão tempestuosa. Sequer parara para pensar no que vira, na morte do irmão e na forma como tudo ocorrera, pois sabia que enlouqueceria se olhasse para trás.


Depois de ouvir o pedido de Ellie sobre com o que gostaria de se parecer dali por diante, Blaze não hesitou por um segundo sequer em colocar em prática. Eleonora escutou pacientemente Elisha falar sem intervalos, comentando sobre como estava feliz em ajudá-la.


Estava na hora de algumas de muitas mudanças. Era uma nova pessoa agora. Havia mudado há muito tempo, mas apenas agora pudera abrir os olhos para a verdadeira realidade.


Dominic Ryder não compreendera a razão pela qual Ellie fora diretamente à casa de Elisha assim que regressaram ao bairro. Prometera não acompanhá-la, mas começara a se preocupar com a sua demora.


Foi até a vizinha e bateu-lhe à porta insistentemente, esperando por uma resposta. Elisha levara exatos três minutos para atendê-lo, abrindo a porta finalmente.


– Mas o que há? – perguntou, extremamente agitada.


– Ahn... Ellie está com você?


– Estou aqui. – a voz desta última surgiu por detrás de Elisha Blaze, que abriu espaço, afastando-se.


Olhando para dentro da casa, Dominic deparou-se com o mesmo rosto que vira antes muitas vezes, mas algo havia mudado. Os cabelos dourados agora estavam tingidos de um tom rosado que beirava a um vermelho muito claro, os olhos delineados de preto e os lábios pintados de escarlate.


Seu olhar inocente e cordial desaparecera por completo, dando lugar a um ar muito sério e intimidador.


Parecia-se com alguém de quem a própria Ellie lhe falara antes, algumas vezes. Alguém a quem todos – supostamente – temiam e respeitavam imensamente. Aquela que fizera história em toda a Fraternidade e suas sete divisões.


Pelos lábios entreabertos devido ao espanto, Dominic murmurou:


– Parece-se com...


– Eu sei. – Ellie interrompeu-o e abriu um sorriso confiante, sem alegria, mas repleto de convicção.


Definitivamente, a mudança era real. Estava acontecendo.


Assim como a guerra para a qual todos eles haviam se preparado.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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