Fanfics Brasil - Terceiro Ciclo - Capítulo XIII - Cruel Dúvida Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Terceiro Ciclo - Capítulo XIII - Cruel Dúvida

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Ellie Donovan fechou os botões do casaco quando descobriu-se gelada ao caminhar solitariamente pelas ruas daquele bairro – até então – desconhecido. Levara algum tempo para localizar o endereço que fora anotado no papel que ela encontrara horas mais cedo. Quando julgou ter alcançado o tal lugar, puxou do bolso do casaco avermelhado o mesmo papel que encontrara na casa de Dominic Ryder. Lera-o, apressada, confirmando que tratava-se do mesmo endereço. Era, de fato, o local marcado. Contudo, ela não soube dizer que tipo de estabelecimento era aquele. Não havia placa, sequer um aviso. Apenas luzes multicoloridas piscando sobre a fachada, cujo aspecto era repugnante. Ela avançou para a entrada, colocando-se do lado de dentro do local. Música invadiu seus ouvidos assim que o fizera.


O local estava lotado. E pior, seus possíveis clientes resumiam-se em vários sujeitos mal-encarados que lançavam a ela olhares indiscretos e maliciosos. Foi um martírio ter de caminhar por aqueles rostos , mantendo-se indiferente. Por debaixo do casaco espesso, a garota sentia-se terrivelmente desconfortável. Caminhou na direção do que parecia ser um balcão de bar, procurando discretamente com os olhos por Ryder. Não conseguia encontrá-lo. A iluminação era péssima, tal como todo o ambiente em si.


Estava quase alcançando o balcão para dirigir-se a um dos funcionários, quando, de repente, sentiu que alguém puxou-a bruscamente pelo braço.


Virou-se para aquele que a deteve, deparando-se com um sujeito na casa dos quarenta anos, cabelos e olhos muito negros e uma expressão intimidadora no rosto, que complementava a repulsiva cicatriz que estendia-se de seu olho esquerdo até o queixo. Com um cigarro pendurado nos lábios, ele falou-lhe:


– É a nova garota, não é? – sua voz soou rouca e autoritária. – Disse que não toleraria atrasos, mas tratarei de esquecer isto se proporcionar a casa o melhor de si esta noite. Agora, vamos, precisa trocar-se imediatamente.


Ellie sequer teve a chance de pronunciar-se. O homem arrastou-a para um corredor que os levara consequentemente a um cômodo mais iluminado, do qual emanava um forte cheiro de perfume e tabaco. Correndo com os olhos ao redor, avistou algumas penteadeiras e, sentadas às mesmas, um pequeno grupo de mulheres aparentemente um tanto mais velhas que ela. O sujeito apenas empurrou-a para dentro e fechou a porta.


Franzindo o cenho, Ellie assistiu-as cobrir os rostos com uma porção de maquiagem, os corpos emoldurados por vestidos muito justos, muito acima de seus joelhos. Todo o ambiente era um imenso desconforto.


Uma delas virou o rosto na direção de Ellie, esboçando uma expressão de surpresa. Levantou-se rapidamente, caminhando até ela com um sorriso nos lábios. Parecia ser dez anos mais velha que Eleonora, tinha cabelos loiros presos para trás e olhos verdes-esmeralda. O corpo exuberante envolvido num belo vestido dourado.


– Ora, mas vejam só! – exclamou. – Finalmente chegou.


A garota abriu os lábios para responder, mas a desconhecida prosseguira:


– É mesmo uma beleza. – tocou-lhe os cabelos tingidos de cor-de-rosa, e Ellie fez menção de esquivar-se dela. – Precisa me dizer como deixou-os assim.


– E-eu realmente...


– Não, não. Nada de conversas agora. Estamos todas muito atrasadas. A casa está cheia, e sabemos o que isso significa, não? Pagamento adiantado. Então, querida, por favor, apresse-se. – ela guiou Ellie até uma das penteadeiras, fazendo-a sentar-se ali. – Lhe arranjarei algo para vestir.


Dali ela se retirou, deixando a jovem atônita. Virando-se para a garota que sentava-se à penteadeira ao lado, Ellie finalmente pôde manifestar-se:


– Com licença. – viu-a virar-se para fitá-la. – Estou procurando alguém. Chama-se...


– Todas nós estamos, meu bem. – a garota deu de ombros, ignorando-a.


A mulher que desaparecera segundos antes regressara trazendo consigo um vestido prateado muito brilhante. Estendeu-o para Ellie, dizendo:


– Lhe cairá perfeitamente bem. Por favor, ande logo.


– M-mas eu n...


– Está tensa, querida. Logo vi. – analisou-a, colocando o vestido de lado. – Acredito que seja pelo fato de ser sua primeira vez aqui, estou certa?


Derrotada, Ellie apenas assentiu com a cabeça. Não fazia ideia do que estava fazendo ali, em meio a todas aquelas desconhecidas, mas estava ciente do motivo pelo qual fora àquele lugar. Queria respostas. Dominic Ryder claramente estava escondendo algo. Pôde notar isto pelo modo como ele agira naquela manhã, deixando-a terrivelmente curiosa.


Viu a mulher pegar uma bolsa de cima de sua penteadeira e abri-la, puxando para fora um pequeno saco plástico transparente. Abriu-o, despejando na palma da mão livre um conteúdo branco que Eleonora acreditou ser um comprimido.


A desconhecida ofereceu-o à jovem, afirmando com veemência:


– Fará com que relaxe imediatamente. Vai ver. Apenas um será o bastante. Agora, seja rápida. – colocou-o na mão dela.


Novamente a mulher despareceu, angustiada com a demora das demais garotas.


A menina que sentava-se na outra penteadeira abriu um sorriso fraco ao ver a expressão de Ellie, contemplando o comprimido em sua mão.


– Está esperando que isto fale com você? – zombou ela. Ellie encarou-a, confusa.


– O que... O que é isto, afinal?


A garota riu abertamente, exibindo um conjunto de belos e alinhados dentes.


– Algo para poupá-la de algumas possíveis dores de cabeça. – ela disse, simplesmente.


Ellie imediatamente relaxou, certa de que tratava-se apenas de um calmante. Jogou-o para dentro da boca, engolindo-o sem qualquer hesitação.


– Aqui. – a interlocutora deu-lhe um copo d’água.


Eleonora tomou-o e bebericou da água morna, presenteando a desconhecida com um sorriso tímido.


– Obrigada.


Ela não respondeu.


Após minutos que pareceram longos demais, Ellie decidiu-se. Colocou-se em pé e começou a caminhar para fora dali. Não havia mais tempo para perder com desconhecidos e conversas paralelas. Precisava descobrir o que diabos Ryder estava escondendo desta vez.


Seguiu pelo mesmo corredor pelo qual fora arrastada anteriormente.


Foi quando sua visão tornou-se turva e ela sentiu algo espalhar-se por todas as partes de seu corpo, queimando. A sensação era estranhamente prazerosa, deixando-a ainda mais confusa do que quando chegara ao local.


Quase foi ao chão, tomada por uma fraqueza súbita que apoderara-se de seu corpo naquele instante. Ela manteve seu equilíbrio, soltando uma gargalhada, achando graça no que estava sentindo.


De repente, já não importava mais seu objetivo naquele lugar. Não queria mais saber de segredos ou problemas. Não naquele instante.


Elevou o som de seu riso, quando, subitamente, esbarrou no homem que mais cedo a levara até o camarim das outras garotas. Este agarrou-a pelos pulsos, obrigando-a a olhar para ele.


– Já não temos tempo para perder. E tempo é dinheiro. Então, vamos logo com isto.


– S-senhor... Como... Não, não... – Ellie abanou a cabeça. – Não farei nada que não queira. Sabe... Sabe quem eu sou...?


– Uma de minhas empregadas. – ele afirmou em tom rude. – E que, pelo visto, está terrivelmente chapada. Bem, que seja. – começou a arrastá-la consigo para dentro de outro cômodo, desta vez, menor. – Este é seu momento. Não me decepcione.


A garota sequer deu-lhe ouvidos. Deixou-se ser empurrada para dentro de cortinas negras. Mal sabia o que viria a seguir. Mas também não parecia importar-se.


–--


Dominic Ryder chegou ao local marcado. Estava ali por um propósito. Um novo negócio havia surgido. Uma nova oportunidade que ele certamente não deixaria escapar tão fácil. Não depois do prejuízo que tivera com a morte de seus dois companheiros, ainda que fosse ele próprio o autor do acontecido.


O encontro era com um homem de nome Milo Reyes conhecido na cidade como exportador de automóveis. O que muitos não sabiam, no entanto, era que Reyes também envolvia-se com o tráfico de armas que expandia-se pelo mundo dia após dia.


Desta vez, porém, estava ali por motivos pessoais. Procurava alguém que lhe prometera conseguir novas armas, boa mercadoria. E este era Dominic Ryder.


Ryder avistou o sujeito, acenando em sua direção e assentando-se ao seu lado, a uma mesa reservada especialmente para Reyes. Dominic deparou-se com dois homens com o dobro de seu tamanho em pé ao lado de seu cliente.


Acomodou-se na cadeira, cumprimentando-o de imediato:


– Boa noite.


– Pensei que não viria. – o homem encarou-o com desdém. – Bem, gostaria de acompanhar-me em uma bebida?


Dominic abriu um sorriso desajeitado. Estava nervoso. Não fazia negócios há algum tempo. Esperava que aquilo funcionasse.


– Por que não? – ele disse.


Milo Reyes emitiu um sinal para um dos funcionários da boate, e este assentiu com a cabeça.


Puseram-se a conversar sobre o assunto em questão. Ryder abandonou seu nervosismo, demonstrando-se confiante em relação à sua oferta. O homem lhe compraria as armas e lhe daria uma boa quantia em dinheiro. Era disto que precisava. Ainda mais do que antes.


Um homem, de repente, subiu ao palco, anunciando algo ao qual Ryder não deu muita atenção, preocupado demais em agradar seu possível novo cliente.


Uma melodia diferente e um pouco mais alta invadiu todos os cantos do local, e, à penumbra do palco, algumas figuras surgiram.


Exatamente no meio do grupo que – sobre o palco – movia-se ao som da música, uma silhueta vacilante cambaleava de um lado para o outro. De seus lábios escapou uma gargalhada alta demais, que, entretanto, fora abafada pela melodia da canção.


Seguindo o ritmo da música, ela involuntariamente deixou-se levar, o corpo embalado pela melodia suave que invadia sua mente cada vez mais. Desceu com as pequenas mãos desajeitadas, tocando a própria pele exposta de suas pernas suavemente, livrando-se com graça do casaco que cobria o resto de seu corpo. Quando a peça desabou aos seus pés, ela deu dois passos à frente, um sorriso inocente e ao mesmo tempo convidativo demais em seu belo rosto. Em seguida, tratou de livrar-se com sutileza das alças do vestido azul, deixando-o deslizar para seus pés tal como o casaco, mantendo apenas seu conjunto vermelho de roupas íntimas, ouvindo de longe longos assobios de admiração da parte da plateia. Sob o olhar de admiração de todos que assistiam à apresentação, a garota agitou os fartos cabelos tingidos em tom rosado, seguindo com seus movimentos suaves e espontâneos, o que fazia com que ela ofuscasse a performance das demais, destacando-se.


Estavam todos muito atentos à jovem, toda a boate permanecera calada. Todos, até mesmo Milo Reyes. Diante de tal atitude, Ryder sentiu-se confuso. Finalmente virou-se para o palco, se deparando então com uma visão que não imaginaria encontrar ali nem mesmo em um milhão de anos, em qualquer circunstância.


Reconheceu-a de imediato, mas vendo-a como estava, tornou-se estupefato demais para reagir, os olhos fixaram-se nela e em seus movimentos.


Na verdade, todos seguiam-na com os olhos, muito apreensivos, especialmente quando o ritmo tornara-se mais lascivo, tal como os movimentos da garota, os quadris ondulando enquanto a cadência acelerava e os demais clientes atiravam notas em grande quantia para ela.


Apenas quando a música parou Dominic Ryder foi capaz de perceber o efeito que tudo aquilo causara não somente nele como também em todos os que estavam ao redor.


Viu-a esboçar um largo sorriso diante da chuva de aplausos que acompanharam-na em sua descida, quando ela colocou-se para fora do palco. Em seguida, Ryder levantou-se, ignorando Milo Reyes. Seguiu rapidamente na direção da jovem, puxando-a pelo braço.


– O que pensa que está fazendo?


Eleonora encarou-o, muito séria. E então gargalhou abertamente, os olhos avermelhados e o corpo amolecido não negavam o que para Dominic era óbvio.


– Está... Está chapada? – indagou, incrédulo. – Mas que diabos...? Onde está com a cabeça?


– Ora, largue-me! – Ellie livrou-se da mão que apertava-lhe o braço, zangada. – Estou me divertindo.


– Pois a diversão acaba aqui. Não sei como veio parar aqui, mas iremos para casa agora.


– Não tão rápido. – o proprietário da boate, aquele que outrora arrastara a jovem para toda aquela confusão, surgiu por detrás dela, colocando-se entre ambos. – Esta belezinha aqui tem talento. E seu turno ainda não terminou.


Fora de si, tomada por uma agitação anormal, Ellie bateu palmas e sorriu, muito alegre.


– Mesmo? Posso voltar até lá?


– Não. – Ryder respondeu em tom rude. – Já disse que iremos para casa.


– E eu disse que a garota fica. É minha funcionária. Se quiser levá-la terá de pagar pelo serviço extra.


– De que merda está falando? – o mais novo indignou-se.


– Você por acaso é surdo, camarada? A garota fica. Terá de pagar se estiver interessado. – dizendo isto, o homem puxou Ellie para seu lado.


Dominic Ryder suspirou, impaciente. Tornou a puxar a garota delicadamente para si e encarou o dono do local.


– É melhor evitarmos problemas aqui, não? – livrou-se da jaqueta e depositou-a sobre os ombros de Ellie. – Vamos embora.


Quando viraram-se para caminhar até a saída da boate, o homem enfurecido tocou Ryder no ombro, fazendo-o virar-se em sua direção novamente. Assim que o fez, já estava preparado. Acertou o homem em cheio com o punho cerrado, vendo-o cair para trás.


Toda a atenção caíra sobre eles. O homem fez menção de levantar-se, mas Dominic novamente fora mais rápido, levantando discretamente a barra de sua camiseta, deixando exposta parte do revólver que carregava consigo. Os olhos do sujeito arregalaram-se em surpresa. Ryder dirigiu-lhe um olhar severo.


– Eu disse sem problemas. – repetiu. O dono da boate assentiu com a cabeça, recuando. Dominic virou-se para Ellie, guiando-a para fora do estabelecimento.


O choque térmico fora inevitável. Embora estivesse tentando – em vão – agasalhar-se com a jaqueta que ele lhe emprestara, Ellie tremia violentamente. Em silêncio, Ryder levou-a até um automóvel antigo de lataria negra, provavelmente emprestado de algum de seus muitos “amigos”. Abriu a porta do passageiro, colocando-a para dentro. Sentando-se em seguida atrás do volante, guiando até sua casa.


Quando chegaram à pequena residência, Dominic encontrara certa dificuldade em conduzir Ellie até o quarto. A garota ainda encontrava-se agitada, rindo muito alto, movimentando-se freneticamente. Assim que chegaram ao quarto, ela atirou-se para a cama, gargalhando em sua insana alegria.


Ryder encostou-se à porta, admirando-a. Estava claramente preocupado com seu estado, mas não conseguia ignorar o fato de que lhe encantava ver a garota tão espontaneamente entregue ao momento daquela forma.


“Como é bonita”, pensara consigo. E então a voz dela o trouxe de volta:


– Pode me ajudar? – pediu, incapaz até mesmo de livrar-se da jaqueta que ele lhe dera.


Abanando a cabeça, Ryder tirou-lhe a jaqueta e Ellie abriu outro sorriso torto.


– Já que tirou a jaqueta... Não quer me ajudar a tirar o resto?


Ryder deixou escapar um riso baixo e abafado.


– Oh, Ellie... – gracejou, olhando-a ainda indignado com seu estado. – Não vamos brincar com fogo, sim? Já colocou-se em problemas demais por hoje.


Ela rastejou-se até o final da cama, sentando-se à beira dela. Ryder descobriu-se então em pé, enquanto ainda sentada à cama, Ellie mantinha uma perna de cada um de seus lados, encurralando-o. Com as mãos atentas, tocou-lhe as pernas sob o jeans rasgado até que uma de suas mãos alcançara a arma que este levava presa à cintura. Dominic deteve-a, tomando-lhe a mão de imediato.


Ela levantou os olhos para ele, vendo-o balançar a cabeça negativamente. Ellie, por sua vez, umedeceu os lábios com a língua e deitou-se, esticando-se sobre a cama. O rapaz sentiu-se incapaz, mas esforçou-se, virando-se para se retirar do quarto, retirando a arma de sua cintura, depositando-a sobre a cômoda. Ellie, por sua vez, zangada por não obter resultado em suas tentativas, sentou-se na cama de mau-humor.


– Como pode virar-me as costas dessa forma? – cruzou os braços em frente ao peito, demonstrando seu profundo desgosto.


Não houve resposta. Ryder congelou de costas para ela, pensativo. Eleonora bufou, tremendamente irritada e impaciente.


– Não me deseja? – perguntou-lhe em tom ríspido.


Em um gesto muito rápido, ele virou-se novamente, deixando-se cair sobre ela. Esmagando os lábios contra os dela, vendo-a corresponder, tirou-lhe as únicas duas peças restantes, atirando-as para o chão. Com uma brutalidade que deixava clara a sua impaciência, livrou-se das próprias roupas, e depois, atento à garota, afastou-lhe as pernas. Ellie deixou escapar um longo gemido quando Ryder penetrou-a. Movimentando-se dentro dela com certo receio, viu-a contorcer-se debaixo dele e abafou-lhe os gemidos cobrindo seus lábios de beijos.


Agora muito certo do que sentia em relação não apenas ao momento, mas à Eleonora em todos os segundos do dia desde que a conhecera, Dominic Ryder não conseguia mais evitar a realidade.


Amava-a verdadeiramente, amava-a com loucura. E não havia dúvidas de que morreria por ela.


Contudo, recordou-se de que nas circunstâncias em que se encontrava, sob o efeito de drogas e com a mente carregada de traumas e problemas, Ellie teria se entregado a qualquer um. Por este motivo, Ryder perguntou-se se ela retribuía seus sentimentos.


– Você me ama, Ellie? – as palavras fugiram dele antes que pudesse comprimi-las.


Sentiu-se ridículo quando não houve resposta da parte da garota. Ela sequer o ouvira, desfrutando do que ele lhe proporcionava naquele instante.


Quando a dúvida tornou-se insuportável durante o ato, ele rapidamente aprisionou-lhe os pulsos, imobilizando-a contra a cama.


Os lábios dela voltaram a procurar pelos seus, mas ele afastou o rosto do dela, olhando-a diretamente nos olhos. Com as pálpebras semicerradas, Ellie franziu o cenho.


– Mas o que... O que há...? – indagou, arfando.


– Você me ama? – tornou a perguntar, desta vez, extremamente sério.


Ela riu muito alto, uma risada que deixou-o ainda mais perturbado. Logo depois, sem dar-se ao trabalho de respondê-lo, puxando-o de volta para si, fechando as pernas ao redor dele.


Abandonando suas dúvidas, o companheiro invadiu-a profundamente. O prazer cresceu nela, tomando cada célula de seu corpo. O orgasmo surpreendeu-a com uma intensidade que a fez gritar. Quando ele retirou-se dela após atingir o clímax, Ellie gemeu demoradamente e manteve um sorriso satisfeito no rosto. Manteve os olhos fechados e o sorriso nos lábios, enquanto Dominic Ryder deitava-se ao seu lado, exausto.


Ficaram em silêncio, respirando ofegantemente. E assim permaneceram por longos minutos, que mais pareceram horas.


Quando estava à beira de cair no sono, Ryder ouviu a voz suave e quase inaudível da jovem:


– Não posso dizer que o amo. – confessou. Dominic experimentou o amargo gosto do desapontamento, mas não disse nada. Eleonora prosseguiu, encarando o teto: – Perco todos a quem amo quando digo-lhe que os amo. O destino os arranca de mim. – lentamente ela virou-se para o lado, encarando-o. – Não quero perdê-lo também.


Calado, ele também virou-se para encará-la. Tomou-a nos braços, apertando-a contra si ternamente. As palavras soaram amáveis dos lábios dela, e para Ryder valiam mais do que qualquer palavra de amor. Afagou-lhe os cabelos, sabendo da fragilidade daquele instante. Caíram no sono brevemente, ambos cientes dos problemas que surgiriam pela manhã.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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