Fanfics Brasil - Terceiro Ciclo - Capítulo XVIII - Destinos Idênticos Sete Demônios

Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass


Capítulo: Terceiro Ciclo - Capítulo XVIII - Destinos Idênticos

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Eleonora encontrava-se sentada sobre uma cadeira de madeira muito simples, o que harmonizava-se com o restante do ambiente. Um local muito humilde, velho.


À sua frente, Dominic Ryder lidava com frascos de vidro, cautelosamente misturando ingredientes que para Ellie não faziam sentido algum.


Ele estava demasiadamente agitado, movendo-se de um lado para o outro com vidros em mãos. Quando virou-se para mirar Ellie, deparou-se com a expressão confusa no rosto da garota e abriu um sorriso leve.


– Venha. – emitiu um gesto para que ela se aproximasse.


Hesitante, Ellie levantou-se e caminhou até a pia na qual havia conteúdos desconhecidos por ela.


– Preste atenção. – Dominic apontou os frascos sobre a pia com o indicador. – Efedrina. Fósforo vermelho. Iodo. Ácido clorídrico. Hidróxido de sódio. Metanol.


Ellie soltou um riso entre os dentes.


– Me é indiferente.


– Claro. – ele acompanhou-a no riso. – Mas não significa que não entenderia se não quisesse. Quero dizer, estou apenas literalmente colocando-a a par de tudo.


E tornou a lidar com os ingredientes, despejando-os sobre uma bandeja de vidro transparente.


Muito interessada, Ellie descobriu-se tentada a participar do feito.


– Poderia...


– O que? – Ryder virou-se na direção dela.


– Me ensinar como faz?


O pedido o deixara totalmente surpreso. Tanto que ele não pôde conter o riso, abafando-o em um sorriso desajeitado.


– Eu não acredito que possa... Se interessar verdadeiramente por isso.


– Mas estou. Estou interessada. – falou ela, muito séria. Estava determinada a convencê-lo.


– E será que posso saber por quê? – ele cruzou os braços e esperou por uma explicação plausível. Não esperava que ela desejasse ajudá-lo naquele assunto.


– Pelo que disse-me. Compreendo agora que segue este caminho para proporcionar àqueles que ama algo decente, embora... Bem, gostaria de ajudar.


– Cozinhando?! – Dominic Ryder surpreendeu-se, arqueando as sobrancelhas.


– E por que não? – Eleonora pareceu ofendida com o tom usado pelo rapaz. Detestava ser subestimada, independente da questão.


Ainda rindo, achando graça no súbito interesse da jovem, Ryder afastou-se dali e abriu as portas do armário preso à parede. De lá ele retirou algumas coisas. Tornou a aproximar-se de Ellie, estendendo para ela o que ela imediatamente descobrira ser uma máscara cirúrgica. Tomou-a em mãos, franzindo o cenho.


– É para que coloque. Se quer aprender, faremos da forma correta.


Ela obedeceu, hesitante. Viu-o fazer o mesmo e apoderar-se de um pedaço de papel no qual – mais cedo – ele copiara a fórmula escrita na fotografia que ela encontrara por acaso.


– Os ingredientes estão prontos e eu já comecei a misturá-los. Pode assistir e fazer o mesmo com aquela outra bandeja. – ele indicou a segunda bandeja de vidro posta sobre o lado dela na pia.


Passando os ingredientes misturados por dentro de um filtro de preparar café, Dominic utilizou um frasco de plástico no qual era possível medir litros e mililitros.


Ellie acompanhou seus atos, imitando todos os passos dele. Havia para ela os mesmos objetos utilizados para ele, para que ela pudesse, de fato, aprender.


Assim que passaram-se três horas, Eleonora encontrou-se diante de uma média porção de pequenos cristais colocados em uma bandeja – desta vez – de metal. Reluziam a fraca lâmpada que encontrava-se acima deles, tinham um aspecto interessante.


– Meus parabéns. – Ryder puxou a máscara do rosto e olhou-a com admiração. – Conseguiu cem gramas. É um ótimo resultado para uma principiante.


Ellie livrou-se da máscara e sorriu pelo canto dos lábios, sem entender.


– Não pareceu-me muito... Difícil.


– Porque não chegamos à fórmula de Colin. Essa foi uma aula básica para que entendesse o que estava fazendo. – mas Ellie permaneceu com confusão estampada nos olhos, o que fez com que Ryder hesitasse. – Sabe o que estava fazendo, não sabe?


– Ahn... – ela abriu a boca para dizer algo, mas recuou. Não tinha certeza. E não queria soar estúpida dizendo a coisa errada.


Novamente, Dominic Ryder riu-se. Tomou em uma das mãos cobertas por luvas um dos pequenos cristais, colocando-o diante da garota. – Isto – começou a explicar. – É metanfetamina.


Os olhos da garota abriram-se em uma reação admirada. Surpreendeu-se consigo mesma, pois ajudara-o a produzir metade daquela porção.


– E... O que fará com isto agora?


– Por enquanto, nada. – respondeu, desinteressado. – Mas acredito que seja melhor voltar para casa. É muito tarde.


Ellie consultou o relógio pendurado na entrada da cozinha. Três e trinta da manhã. E ela ainda sentia-se disposta a permanecer. Decidiu-se sem pensar duas vezes:


– Não quero ir embora. Não ainda.


– Bem, sinta-se em casa. Mas preciso continuar trabalhando nisso. Tenho que chegar ao resultado perfeito da fórmula e... Isso pode levar algumas horas.


Ela tocou-lhe no braço suavemente, olhando-o com um brilho empolgante nos olhos, nos lábios ainda levava um sorriso conciliador.


– Chegaremos lá. – decretou.


Passaram toda a madrugada fazendo e refazendo o mesmo processo. Conforme não conseguia alcançar seu objetivo, Ryder sentia-se cada vez mais frustrado, todo aquele esforço mental era cansativo. Vendo-o ceder ao sono minuto após minuto, Ellie – em um dos momentos em que estavam seguindo as instruções mais uma vez – abriu a pia e – com as mãos unidas em um formato de concha – encheu-as de água. Quando Dominic virou o rosto para checar o que ela fazia, Ellie jogou-lhe o punhado de água fria no rosto.


Ele imediatamente puxou a máscara para baixo.


– Ei! – exclamou. E a garota gargalhou, debochando dele.


– Estava quase dormindo em pé. – ela explicou-se, contendo o riso alto.


Então ele também riu, tornando a prestar atenção no que estava fazendo. Ellie fizera o mesmo, seguindo os passos dados por ele horas atrás.


– Ora, mas veja só! – Ryder disse. Ellie virou-se instintivamente na direção dele, sentindo que água fria lhe banhava o rosto em um só golpe. – Agora estamos quites. – ele riu, esfregando as mãos molhadas nas calças.


Ela esboçou uma reação séria demais, zangada, o que a tornou ainda mais encantadora naquele momento, com os cabelos pingando água sobre os ombros.


Mas a sensação do momento venceu, e Ellie deixou escapar outra gargalhada. Riram os dois por algum tempo, depois retomaram seu objetivo, refazendo o processo da fórmula pela milésima vez.


Quando já não consegui manter-se em pé, Ellie caminhou até a sala, deixando-se cair sobre o sofá quebrado com um terrível odor de mofo. Minutos depois, Ryder dirigiu-se até ela. Encontrou-a dormindo, o rosto apoiado sobre as mãos. Tirou a jaqueta de moletom e cobriu-a, decidido a fazer com que ela se sentisse menos desconfortável naquele ambiente. Depois, seguiu de volta à cozinha. E ali permaneceu por mais longas e cansativas horas até que – quando já se era possível ver a luz do dia –, depois do que ele julgara ser sua última tentativa naquela noite, Dominic Ryder concluíra algo que eliminou de seu corpo todo o desânimo do cansaço. Arregalou os olhos assim que conferiu o resultado do processo. A fórmula funcionara. Tomado pela súbita emoção, Ryder exaltou-se em um grito que ecoou por toda a casa.


Da sala, Eleonora ouviu-o e despertou, sentando-se no sofá. Deixou cair a jaqueta que a cobria e levantou-se, dirigindo-se para a cozinha.


– Mas o que houve? – perguntou, esfregando os olhos.


Ele se virou na direção dela, correu para ela e tomou-a nos braços, erguendo-a no ar e girando-a como uma criança. Irradiava felicidade, de modo que seu rosto fixara-se em um largo sorriso.


Colocou-a no chão novamente, encarando-a com aquele mesmo sorriso.


– Posso saber o que...


– Deu certo, Ellie! – ele anunciou. – Finalmente!


– Oh, maldito Inferno, por que não disse de uma vez? – ela alterou sua voz em plena alegria, atirando-se para ele. Lançou os braços ao seu redor em um abraço apertado, quase sufocante. – Agora... Vamos. Mostre-me o resultado. – ela pediu, afastando-se dele.


Com os dedos entrelaçados aos dela, Ryder guiou-a até a pia. Ela contemplou uma bandeja de metal repleta de pequenos cristais. Sua aparência era ligeiramente diferente do restante. Sua coloração era avermelhada, não transparente.


– Fez um bom trabalho. – olhou-o com alegria. – Estou orgulhosa.


– Não teria conseguido sem você. – apertou-lhe a mão na sua, a comoção era mútua e inevitável.


Com as bochechas coradas, Eleonora abaixou seu olhar.


– Ora, por favor. Ficou acordado toda a noite. O mérito é inteiramente seu.


– Ellie... – olhou para ela com uma repentina seriedade, tomando-lhe ambas as mãos como de costume. – Precisamos falar sério sobre isto. O que a fez se interessar pela... Por que decidiu ajudar-me ontem à noite?


A garota respirou fundo, deixando seus pulmões vazios novamente, soltando todo o ar de uma vez. Levantou os olhos para ele, também muito séria. Ainda davam-se as mãos.


– Julgá-lo como fiz anteriormente foi estúpido. Nós dois fizemos e fazemoscoisas das quais não nos orgulhamos, mas nós as fazemos para proteger e ajudar aqueles a quem amamos. – sua voz trazia consigo doçura e compreensão em seu timbre. – Sei que... Fazer o que você faz não foi uma escolha. Era isto ou morrer. E, acredite, eu sei bem como é não ter opção alguma, seguir um caminho do qual não gostaria.


– Eu n...


– No final das contas, – ela encolheu os ombros. – Nós não somos tão diferentes um do outro. É por isto que quero que saiba... Eu o apoiarei em tudo o que fizer, desde que mantenha seu propósito, desde que continue lutando pelo que acha certo.


Falara-lhe com toda a sinceridade. Quando ele tocou-lhe o rosto, puxando-a para si, Ellie sentiu o coração acelerar de repente. Ryder apertou-a contra seu corpo, beijando-lhe os cabelos fartos.


Eleonora jamais – nem mesmo por um instante – parara para analisar sua estranha relação com o rapaz. Gostava de sua companhia, era claro. Tratava-se de uma pessoa divertida, não tinha medo de agir como ele mesmo, diferente do resto das pessoas com as quais convivera toda a sua vida.


Mas, além disto, perguntou-se o que mais havia ali. Havia sentimentos. Não podia negar – embora tentasse –, pois cada vez que ele a tocava ou lhe dirigia a palavra com ternura, ela sentia os joelhos enfraquecerem-se. Penitenciava-se por isso, se sentindo como uma garotinha do colegial. Dera-se conta então, de que não estava muito longe disso. Era ainda muito jovem, repleta de emoções e sentimentos para ainda explorar, descobrir.


O que sentia sempre que Dominic Ryder estava ao redor era algo completamente diferente do que sentia próxima a outras pessoas.


Ele feria-lhe o orgulho com sua ironia, o tom debochado com o qual a tratava vez ou outra, sempre sem a intenção de realmente magoá-la. Sabia que ele adorava lhe provocar, talvez porque ele estivesse ciente da reação que causava nela.


Recordou-se do que ele lhe dissera na última vez em que dormiram juntos. Dissera-lhe que a amava. Tal como outras pessoas haviam lhe dito.


Seu pai, sua mãe, James... E todos haviam desaparecido de sua vida.


A princípio, Ellie quis acreditar que o que havia entre ela e o sujeito era apenas algo físico. Sentia-se extremamente atraída por ele, e – claramente – ele por ela. Mas, conforme passava mais tempo ao lado dele, Eleonora percebera que não eram apenas as carícias físicas que ele despejava por seu corpo que a fazia questionar o que sentia por ele. Eram também as carícias da alma, suas palavras reconfortantes, a – tantas vezes repetida – promessa de que mataria e morreria por ela...


– Eu amo você, Ellie. – ele lhe segredou mais uma vez, como se pudesse ler sua mente. A voz fora abafada pelos cabelos dela. O coração de Ellie batera mais forte. Envolvida pelos braços dele, ela cerrou os olhos e experimentou uma imensa sensação de paz. De felicidade. Julgou aquela a primeira vez em muito tempo que não sentia-se assim. As palavras escaparam suavemente de seus lábios, como se estivessem há muito tempo entaladas em sua garganta:


– Também o amo... – murmurou em um tom quase inaudível. Confessara-lhe aquilo antes que pudesse deter tal afirmação.


No final das contas, era libertadora a sensação de admitir para si mesma seus sentimentos. Era bem verdade. Amava-o. Amava-o com ansiedade, pois em meio a tantas mortes e guerras, ele fora sua válvula de escape. Estivera ali por ela e para ela. Sempre. Desde o dia em que se conheceram.


Havia, porém, o medo de que – de repente – ele também fosse deixá-la.


Aninhando-se contra ele, sentindo seu cheiro e seu contato, Ellie disse em tom baixo:


– Não me deixe.


Ainda dominado pela intensa emoção que a responda anterior dela lhe causara, Dominic apertou-a ainda mais nos braços, desejando que o gesto jamais se quebrasse. Estremecera diante da confissão dela.


– Jamais, meu amor. – prometeu-lhe.


Permaneceram ali, unidos como um só em um abraço repleto de afeto mútuo. Ellie agarrou-se às palavras dele com todas as suas forças.


Não queria estar sozinha.


Não novamente.


Nunca mais.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 51



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  • shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44

    ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios

  • raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35

    Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37

    Olá, to lendo pelo spirit anime =)

  • vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24

    Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*

  • vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30

    Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)

  • vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43

    Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha

  • vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07

    Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)

  • vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49

    Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)

  • vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43

    Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*

  • vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32

    Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps


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