Fanfic: Sete Demônios | Tema: Original, Originais, Terror, Horror, Suspense, Terror Psicológico, Thriller, Romance, Segredos, Pass
O sol subira alto naquela manhã, fazendo ferver o solo da pequena vila. O desconforto era inevitável. E o calor era insuportável.
Parado à entrada do vilarejo no qual não interagira com nenhum morador até então, James Braxton passou as costas da mão contra a testa, livrando-se do suor que brotava de sua pele a cada segundo que se passava.
Distante, ele avistou uma motocicleta aproximar-se dali. Suspirou em um alívio nítido. Principalmente quando teve a certeza de que se tratava de Desmond Walker. Logo atrás dele, seu grupo e suas respectivas motocicletas. Todos com a mesma expressão, os olhares intimidadores.
Quando encontrava-se diante de Braxton, Walker estacionou e desceu, aproximando-se dele.
– Vejo que é um sujeito de palavra.
– Também aprecio conversas objetivas. – James sorriu com sarcasmo e olhou-o com seriedade. – Bem, qual é minha... Parte no acordo?
Desmond olhou por detrás dele, certificando-se de que não havia ninguém muito próximo.
– Sua parte, camarada, é unir-se a nós. Como disse-lhe outra vez, falta-nos um de nossos homens. Aquele que você mesmo tratou de matar, recorda-se?
Na verdade, James não se recordava. Não com clareza. Mas não seguiu com isto. Estava decidido a fazer o que tinha de fazer e livrar-se de suas obrigações para com aqueles sujeitos.
– Claro, como não? – assentiu.
– Sejamos diretos, já que aprecia sinceridade. – Walker disse. – Temos... Negócios além da fronteira.
– Muito bem. – Braxton cruzou os braços em frente ao peito. – E que negócios são esses?
Sem dizer nada, Desmond Walker indicou com a cabeça um dos motoqueiros de seu grupo que, naquele momento, descia da motocicleta. James compreendera. Aproximou-se e subiu na motocicleta agora disponível.
Walker consentiu com a cabeça e voltou para a sua própria.
Arrancaram ao mesmo tempo, e James Braxton conduziu, seguindo o restante do grupo sem saber para onde estavam indo.
James brecou quando viu que o grupo fazia o mesmo, parando diante de uma construção na qual levara pouco mais de uma hora para chegar. Esta era feita de madeira, assemelhando-se a uma grande cabana abandonada.
Walker desceu de sua motocicleta e arrancou do bolso de seu old jeans um molho de chaves. Inseriu uma delas na fechadura da porta da tal cabana, abrindo-a de uma só vez.
Adentrou o local, sendo seguido de seus companheiros. Hesitante, James fora o último a colocar-se para dentro. Quando o fez, se deparou com o único e amplo cômodo completamente vazio, a não ser pelo espesso tapete marrom que encontrava-se debaixo de seus pés agora.
Fez menção de perguntar o que era tudo aquilo, afinal. Mas não fora necessário. Walker e mais dois de seus homens afastaram o tapete do chão, puxando-o pelas pontas, revelando – então – o que parecia a entrada de um porão.
E era isso mesmo.
James teve certeza disto uma vez que a porta do porão fora levantada com a ajuda dos três homens de uma vez, dando a impressão de que esta era demasiadamente pesada.
Desmond emitiu um sinal para que Braxton se aproximasse. Caminhando mais próximo à entrada do porão, James espiou através dela, encontrando-se agora diante de um gigantesco arsenal. Imediatamente tirou conclusões àquele respeito.
Erguendo o olhar para Desmond Walker, Braxton afirmou:
– Traficam armas para os Estados Unidos. – e viu Desmond reagir positivamente, abrindo um leve e presunçoso sorriso.
– Não necessariamente, mas sim. – ele confirmou. – A maioria de nossos clientes encontra-se além da fronteira.
Tentando não parecer muito surpreso com a questão, James Braxton abafou o riso entre os lábios e abaixou a cabeça, balançando-a negativamente. Tornou a fitar o homem, perguntando-lhe:
– Qual é minha parte nisso tudo?
– Bem, é um de nós agora. É necessário que esteja a par de nossos negócios. E agora está.
James não sentiu necessidade em protestar. Não havia motivos. Também não estava com paciência para desavenças. O sujeito arranjara-lhe um lugar para ficar, mantimentos e segurança. Era mais do que justo que retribuísse o favor.
Assim sendo, ele não parou para pensar muito. Estendeu uma das mãos, vendo Desmond estranhar seu gesto. Contudo, receoso, o sujeito apertou-lhe a mão fortemente.
– De pleno acordo. – James decidiu-se, por fim.
Concordando com uma expressão positiva, Desmond anunciou:
– Seja bem-vindo ao grupo.
–--
Adentrando o prédio de paredes muito pálidas pintadas inteiramente de branco, condizendo com os móveis espalhados por seu interior, Christian Madden respirava ofegante. Caminhava em passos pesados, firmes, seguindo até a escadaria principal. Colocou-se à beira das escadas, tendo uma visão ampla de todo o saguão da construção. Os membros da Ordem da Santíssima Trindade direcionaram a ele olhares surpresos, acusadores, sérios. Não esperavam vê-lo novamente. Não ali, depois de ter sido expulso por Bartholomew. Irônica era a realidade, pois o próprio Bartholomew fora a razão pela qual Madden regressara ao local.
Seus trajes negros destacavam-se naquele ambiente. Tal como o olhar frio que carregava consigo. Respirou fundo e deu início ao seu discurso.
– Sei que muitos de vocês gostariam de repelir-me deste lugar. – começou ele.
– O que faz aqui, traidor? – um dos homens da Ordem gritou, interrompendo o exorcista.
Ignorando-o por completo, Madden prosseguiu:
– Vim aqui hoje para informá-los de algo importante. Para contar-lhes sobre algo de interesse mútuo aqui. – olhou para todos eles, um a um. – Dahlia.
Houve um alvoroço entre todos eles, o som de suas vozes misturavam-se, tons de surpresa, incerteza.
– Estou ciente de que a adoram, de que confiam nela e em seus atos. Também sei que estão a par do fato de Dahlia ter se retirado da Ordem. – continuou, seriamente. – Ela não voltará para cá, meus caros. Dahlia não tenciona voltar à Ordem, simplesmente porque os abandonou por sua própria ambição.
– Calúnia! – gritaram alguns deles.
Caminhando de um lado para outro na escadaria, acima de todos eles, Christian Madden não encerrou seu discurso.
– Dahlia casou-se com Aaric Hunter por uma razão. Para unir-se ao grupo dele, aos Ceifeiros do Equilíbrio. – impôs firmeza em seu tom de voz. – Dahlia virou-se contra vocês. E contra Deus. E ela o fez porque deseja poder acima de qualquer outra coisa.
– Basta! – eles gritavam, indignados, furiosos. Mas o caçador de demônios tinha uma missão ali. Contar-lhes toda a verdade. Por ele mesmo. Por Bartholomew.
– As palavras dela têm lhes implantado ideias absurdas na cabeça. Dahlia não é uma escolhida por Deus. Não é uma mulher de fé, tampouco uma guerreira do Senhor. – assegurou ele. – Está cega pelo poder, tal como vocês estão cegos pela fé que acreditam que os salvará.
– Heresia! – declarou outro deles. E outros gritos soaram depois deste.
– Dahlia Mason assassinou o líder desta união! – Christian levantou sua voz, colocando diante deles a verdade. Todos calaram-se, arregalando seus olhos. – Bartholomew está morto. Dahlia o matou. – não permitiu que suas palavras morressem ali. – Aquela mulher usou seus medos e ambições para controlá-los, para controlar Bartholomew. E quando não precisava mais dele, eliminou-o. Dahlia Mason é uma farsante.
Debaixo da escadaria, Christian viu um homem de meia-idade manifestar-se, cuspindo perante ele.
– Maldito traidor! – praguejou. Virou-se para seus companheiros. – O desgraçado veio para trazer a discórdia em nosso meio. Trouxe a escuridão consigo. – tornou a fitar o exorcista. – Não acreditaremos em meia palavra do que está dizendo. Está corrompido há muito tempo. O próprio Bartholomew disse-lhe uma vez.
Inclinando o rosto para cima em uma reação superior à do sujeito, Christian Madden respondeu-o:
– Assim como eu uma vez também lhes disse, – recordou-se. – Estão sozinhos neste purgatório. – lançou para todos eles um olhar repleto de apatia – E nem mesmo Deus os salvará.
Uma chuva de vaias caiu sobre Madden, começaram a praguejar, o ódio envolvendo todas as vozes ao seu redor.
Desistindo de tentar abrir-lhes os olhos, Christian pôs-se a descer as escadas, passando por entre todos eles, sentindo que socavam-lhe o corpo conforme ele aproximava-se da saída. Uma mulher arranhou-lhe o rosto com tal força que uma ferida abriu-se em sua pele, de onde sangue fresco escapou, escorrendo até seu queixo, encontrando-se com a gola de seu casaco negro.
Finalmente alcançou a saída dali, colocando-se para fora. A porta fechou-se bruscamente atrás dele e Madden quase desabou ao chão, esforçando-se em manter o equilíbrio, ajoelhando-se.
O choque térmico fora inevitável. Chovia fortemente do lado de fora. Aos poucos, todas as suas vestes encontravam-se molhadas. A água lavava-lhe o rosto ferido que ele agora cobria com uma das mãos.
Colocou-se em pé, recompondo-se rapidamente. Ao erguer os olhos para a calçada do outro lado da rua, Madden deparou-se com um rosto já conhecido.
Parada à sua frente, levando consigo um guarda-chuva azulado, Alena Braxton fitou-o com surpresa quando seu olhar encontrou-se com o dele.
Não viam-se desde que ele a evitara em seu quarto de hotel. E Madden temia tê-la magoado profundamente.
Viu nos olhos dela – apesar da distância – que estava mais do que surpresa em vê-lo. Estava feliz. E ele teve a certeza disto quando Alena esboçou um leve sorriso, caminhando em sua direção, atravessando a rua para encontrá-lo.
Já diante dele, face a face, seus olhos brilhavam mais do que o normal. O sorriso permanecia nos lábios úmidos. Fitava-o nos olhos, deixando-o completamente desconfortável.
– O que faz aqui? – Christian perguntou, evitando fitá-la.
– Não tive coragem de procurá-lo em seu hotel. – confessou-lhe. – Mas esperei que saísse de lá, então vim ao seu encontro.
– Andou seguindo-me? – ele se indignou, finalmente olhando-a nos olhos.
– Apenas desta vez. – Alena mordeu o lábio inferior para conter o sorriso que ameaçava alargar-se em seu rosto. Estava radiante. E sua felicidade iluminava todo o ambiente tempestuoso repleto de chuva e confusão.
– Bem, e o que quer? – perguntou-lhe.
O sorriso desapareceu. Alena agora estava subitamente séria, mudando de direção o seu olhar – outrora alegre –.
– Preciso de um lugar para ficar.
Madden imediatamente franziu o cenho.
– O quê?
– Ellie está de volta. Sabe de nossos encontros. – ela disse. – Ameaçou-me caso voltasse a encontrá-lo. Não sei o que fazer, juro que não.
Ela soava agora terrivelmente desesperada. Transtornada.
Debaixo da chuva, Madden não esperou muito para pensar. Exalou um suspiro e tomou voz:
– Venha. Veremos o que posso fazer por você.
A jovem Braxton tornou a erguer os olhos para ele, surpreendida com a resposta.
– Me levará para ficar consigo?
– Esta não é uma decisão já tomada, Alena. – ele repreendeu-a.
– Mas...
– Pensaremos a respeito de uma solução. Apenas não debaixo desta chuva, sim? Venha, por favor.
Calada, a garota assentiu com a cabeça.
Seguiram até o hotel no qual ele ainda estava hospedado, seguindo discretamente para o quarto reservado há tantos dias.
Ao chegar ao local, Alena permitiu-se colocar o guarda-chuva encostado à parede e caminhou até o sofá, sentando-se ali.
Christian seguiu até a sacada, puxando para fora do bolso do sobretudo encharcado um maço de cigarros. Colocou um entre os lábios e afastou o pacote, devolvendo-o no bolso. Em seguida, aproximou do cigarro um isqueiro, mas esteve custava a acender-se, deixando o exorcista completamente frustrado.
Sentiu que tocavam-lhe no ombro, então virou-se. Alena segurava em uma das mãos um isqueiro metalizado. Estendeu-o – já aceso –, aproximando-o dos lábios dele. Acendeu seu cigarro, então tomou a liberdade de enfiar o isqueiro no bolso esquerdo do mais velho.
– Pode ficar com este. – falou ela, sorrindo-lhe gentilmente. – Já não tenho mais o costume.
– Também não. – Madden respondeu. – Bem... Apenas em momentos necessários.
– Compreendo. – assentiu.
Pigarreando após dar uma tragada em seu cigarro, engolindo o fumo, Christian indicou o sofá com um gesto breve.
– Por favor. – pediu. E a garota caminhou até o sofá, tornando a sentar-se.
Viu-o atirar o cigarro para longe, adentrando o quarto. Sentou-se à beira da cama, diante do sofá, encarando-a com atenção. Alena, no entanto, não deixava de fitá-lo, como se quisesse gravar a imagem dele detalhadamente em sua mente, determinada a manter aquela recordação caso tornassem a se afastarem como da última vez.
Estavam calados, o silêncio era quase inquebrável. Todavia, a menina manifestou-se ao notar algo no rosto dele.
– O que houve? – quis saber ela.
– Oh. – Christian passou os dedos pelo corte recente, sentindo-o queimar com o contato. – Um acidente. Nada com o que tenha de se preocupar.
– Pois eu não conseguiria não me preocupar mesmo se quisesse. – afirmou com convicção.
A sinceridade em sua voz incomodou o exorcista demasiadamente. Sabia que ela falava com o coração, que tinha sentimentos por ele e que tornaria a lhe confessá-los, deixando de lado o seu orgulho.
– Precisa limpar isto se não quiser uma infecção. – a garota disse-lhe, tirando-o de seus pensamentos particulares.
– Não há problema.
– Se está dizendo...
– Diga-me o motivo pelo qual veio até mim novamente. – Madden foi direto.
– Não posso ficar em minha casa. Ellie está perdendo toda a sanidade, me assusta. – a expressão em seu rosto confirmava suas palavras. Estava aterrorizada. – Proibiu-me de vê-lo, mas... O que eu faria, então?
– Estará sempre mais segura se continuar em sua casa, na casa de seu irmão.
– Não com Ellie vivendo sob o mesmo teto.
– Estou certo de que ela a estima muito e apenas preocupa-se com seu bem-estar.
– Está enganado. – Alena soou desesperada em convencê-lo. – Ellie está ficando louca. Ouço-a murmurando pelos cantos da casa. Fala sobre morte, vingança. Ela me assusta.
De mãos atadas, Christian Madden calou-se por momentos. Tornou a falar em seguida, ainda inseguro:
– O que eu poderia fazer por você, Alena?
A resposta era óbvia, mas a garota fez questão de deixar claro:
– Deixe-me ficar. Eu não incomodaria. Terei prazer em ajudar no que puder e em evitar ser um incômodo. Apenas por alguns dias, por favor, eu lhe imploro.
Madden respirou fundo. Uma vez. Duas. Por mais que a situação o comovesse, permitir a presença de Alena ali, junto a si, seria um problema. Disto ele tinha a mais plena certeza.
– Não há ninguém que conheça e que...
– Não há mais ninguém que me estenderia a mão neste momento. – interrompeu-o antes que ele prosseguisse. Madden surpreendeu-se quando descobriu que havia lágrimas prontas para desabar dos olhos azuis-escuros da garota. Não esperava tal reação tão repentinamente. – Olha só... Isto foi um erro. Não deveria ter incomodado você novamente. Me perdoe. – começou a se levantar do sofá. – Prometo não tornar a cometer o mesmo erro.
– Alena, eu não...
– Está certo. – disse, tentando conter as lágrimas. Esforçava-se em parecer séria. – Não há motivo para aceitar-me aqui, consigo. Tudo o que causo são problemas.
– Não foi o que disse.
– Foi o que quis dizer. – corrigiu-o. – Fui tola em pensar que me deixaria ficar. Não traria benefício algum a si. Sou um peso morto. Sempre fui. – virou-se, dirigindo-se para a porta.
Madden não tentou impedi-la, temendo que ela fosse interpretar aquilo de forma errada. Acreditava que a garota estava agindo propositalmente de maneira dramática para conseguir o que queria. Contudo, penitenciou-se severamente quando ela – de fato – retirou-se dali, levando consigo seu guarda-chuva, batendo a porta e indo embora. Sentiu-se cruel ao deixá-la ir assim, sem rumo, sem sequer dizer-lhe uma palavra amiga.
Alena Braxton desceu até a saída do hotel em prantos. Lutava em conseguir armar seu guarda-chuva, enquanto a – agora forte – tempestade desabava sobre sua cabeça. Já era noite. A escuridão viera rápido aos céus. Mas nada se comparava à situação tempestuosa que ocorria em sua mente naquele momento.
Sentia-se sozinha. Acreditando veemente que sempre estivera. Que sempre fora.
Não havia lugar para onde ir ou alguém a quem pudesse recorrer. Regressar à sua casa estava fora de cogitação. Ellie realmente a estava assustando com suas ameaças e suas atitudes autoritárias ao extremo. Nem mesmo James a assustara àquele ponto.
James... Disse o nome do irmão em pensamento e deu-se conta de como sentia sua falta.
Fosse como fosse, James era sua família – ou o que restara dela –. E ter alguém a quem pudesse chamar assim era o que mais lhe faltava no momento.
Distraída com os pensamentos circulando por sua mente em incrível velocidade, Alena Braxton pôs-se a atravessar a rua sem qualquer atenção ou cautela, não se dando conta do automóvel que vinha em sua direção debaixo da forte tempestade.
Ouviu o som da buzina estridente, o que a faz parar no meio da rua e virar-se em direção ao som. O automóvel aproximou-se, pronto para acertar em cheio seu corpo vacilante, quando – em um gesto quase que imperceptível – sentiu que algo a puxada de volta para a calçada.
O veículo passou por ali, seu motorista gritou algo e seguiu com o automóvel, deslizando para a outra rua, desaparecendo em seguida.
Alena abriu os olhos. O coração estava batendo forte. Acelerou ainda mais quando sentiu-se pressionada contra algo. Levantando os olhos, descobriu que não tratava-se de algo, mas de alguém.
Descobriu-se nos braços de Christian Madden, e este segurava-a fortemente contra si, como se sua vida dependesse daquele contato. Apertava-a com tanta força que a garota sentiu seu corpo dormente, mas não ousou quebrar o contato. Não ainda.
– Quase matou-me de susto. – ele murmurou com o rosto enterrado nos cabelos fartos e escuros, aspirando todo o perfume que emanava dela. Sentiu que ela estremecia, certamente devido ao frio. Ou porque estava nervosa com a proximidade de ambos naquele instante.
O que Christian não conseguia esconder era que seu coração também escoiceava o peito. Tomado pela emoção, deixou que as ações falassem por si. Não relutou. De seus lábios saíram as palavras que afloravam seu coração desde que tornara-se tão próximo da menina. – Não posso deixá-la ir assim, Alena. – ele lhe confessou, e isto surpreendeu até ele próprio. – Não vá para longe de mim. – sentiu que todo o corpo dela tornara-se subitamente tenso, rígido. Mantinha os olhos arregalados enquanto ele falava. Madden tentou recuar, conter a emoção, mas seus lábios seguiram, traindo sua razão em um murmuro final. – Eu preciso de você em minha vida.
A jovem acreditou que fosse desfalecer devido à força da emoção que lhe dominava todo o corpo naquele mesmo momento. Não sentia as pernas ou as mãos. Seu coração tencionava sair pela boca. A mente dava mil voltas. Sentiu-se incapaz de responder, pois estava quase certa de que entendera errado, de que o exorcista não lhe dissera aquilo. Jamais diria. Não a ela.
As dúvidas desapareceram e Alena sentiu que era mergulhada na inacreditável percepção quando Christian repetiu-lhe as palavras docemente, a voz baixa e branda:
– Preciso de você, Alena...
Absorvendo a doçura nas palavras de Madden, Alena permitiu-se se confortar nos braços dele, desejando com todas as suas forças que aquele momento jamais se acabasse.
Com lentidão e cuidado, Madden afastou-a de si, olhando-a nos olhos.
– Vamos para dentro. Não queremos pegar um resfriado, não é mesmo?
– Está me deixando ficar? – ela não pôde evitar a pergunta.
Madden abafou o riso e fitou-a com ternura. Sem dizer mais nada, tomou-a pela mão e guiou-a de volta ao hotel.
Alena não sabia se ele permitiria que ela – realmente – ficasse ali por dias ou apenas por uma noite. Mas estava certa de que jamais na vida tornaria a sentir-se sozinha se o tivesse por perto.
Preciso de você, Alena... Suas palavras tornaram a soar dentro da mente da jovem. E Alena queria dizer-lhe que também precisava dele. Tanto quanto ele dela. Ou talvez infinitamente mais.
Prévia do próximo capítulo
Afastando as pálpebras lentamente, Christian Madden sentiu uma leve ardência nos olhos. Era de manhã. Sabia disto, pois os raios solares invadiam seu quarto de hotel de maneira brutal, espalhando-se por todos os cantos, tornando o ambiente terrivelmente aceso. Revirando-se de um lado para o outro, descobriu-se deitado no sofá do quarto. Talvez fos ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 51
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shadowxcat Postado em 19/07/2016 - 16:24:44
ESSA FANFIC ESTÁ SENDO REPOSTADA AQUI: http://fanfics.com.br/fanfic/54463/sete-demonios-romance-terror-horror-teen-amor -suspense-thriller-aventura-acao-vampiros-bruxas-demonios
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raysantos Postado em 12/08/2015 - 20:10:35
Sua fic e muito top e bem escrita tudo d bom tomara que logo logo a Ellie e James possam ficar juntos sem a essa fulana que eu nao aprendi a dizer muito menos escreve o nome no meio nada contra a crianca mais fazer oq ne continua
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vverg Postado em 08/02/2015 - 23:19:37
Olá, to lendo pelo spirit anime =)
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vverg Postado em 08/02/2015 - 22:54:24
Por favor!!! Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!! Okk, já sabes q amo de paixão esta web!!! To sentindo muita falta dela....please, preciso de mais caps!!!! Não me deixe na curiosidade por muito tempoooooo *_*
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vverg Postado em 10/01/2015 - 01:47:30
Desculpe meu sumisso!! Mas assim q der, comento qdo ler todos os caps =)
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vverg Postado em 19/08/2014 - 23:57:43
Poxa não judia tanto de sua leitora caramba!!! Minha fic perfeição, posta mais, preciso de mais.... Estou ficando agoniada sem suas atualizações Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa maissssssssssssssssssssssssssss nesta fic perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa amo sua fic, ok vc já sabe disso, mas não custa falar né hahahahahahahaha
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vverg Postado em 12/08/2014 - 12:10:07
Meu Deus! Que nojo deste Declan!!!! Cara##@%@#$#! Putz!!! Como ela se deixa dominar desta forma, caramba!!! Posta mais mais mais mais mais mais. Poxa vc me deixou curiosa agora, tadinha da Elie, ela é muito fraca e se deixa dominar por este imundo.... Estou pasma, posta mais na minha fic perfeição mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais =)
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vverg Postado em 09/08/2014 - 17:08:49
Quero maisssssssssssssss!!! Preciso mais desta fic perfeita!!! Posta sim??? Necessito ler.... =)
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vverg Postado em 06/08/2014 - 10:33:43
Dahlia tah ferradinha kkkkk. Posta mais! Necessito de mais rsrsrs *_*
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vverg Postado em 02/08/2014 - 09:55:32
Minha fic mais q perfeitaaaaa posta mais quero mais caps