Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon
–Do trabalho? Amo. Conheço pessoas, trabalho, ganho meu dinheiro e me divirto – ela deu de ombros enquanto limpava o seu balcão.
–Mas vai fazer isso depois? Digo, da escola.
–Não, pretendo ter uma bolsa para uma faculdade de arquitetura. Ao menos que pague parte da faculdade. Vou continuar trabalhando e estudando já que tenho de manter todos os extras sozinha e Sean ainda vai continuar na escola – ela comentou com segurança. Eu não duvidava que ela fosse conseguir – Por isso tenho de manter minhas notas sempre altas, não ter nenhum delito no meu histórico escolar. Na maioria das vezes suporto humilhações e provocações sem reagir. Mas no fim quem sai ganhando sou eu.
–Você é uma mulher – murmurei admirada.
–Tenho de ser – ela deu de ombros novamente.
–Você me ensina? – perguntei e ela me olhou de forma maliciosa e eu acrescentei rapidamente – A fazer drinks!
–Venha cá – Dulce chamou rindo.
Eu havia ficado animada assim quando entrei no espacinho para ficar na parte de dentro do balcão. As coisas ali eram totalmente organizadas e havia bebidas a todos os lugares. Assim que estava passando, um dos garçons se aproximou e pediu uma Manhattan. Dulce me chamou com a mão e pediu para ficar mais perto. De inicio ela apenas me mostrava os ingredientes e como fazer. Em menos de cinco minutos a bebida ficava pronta.
–Hoje vai ser apenas minha ajudante. Nas próximas noites eu deixo você fazer algo, que tal? – ela propôs sorrindo de um jeito sedutor.
–Va bene – confirmei quase sem pensar.
Uma vez ali, eu não quis sair mais. Ficava perto dela, conversando com ela, dançando um pouco. Não havia tédio ou coisa parecida. Ela me fazia rir fácil, me irritava fácil... E me encantava mais facilmente ainda. Lá pro finalzinho da apresentação da dupla, eles chamaram Dulce para cantar um pouco. Ela tentou resistir, mas todos já gritavam o nome dela e mesmo sem jeito ela caminhou para o palco. Só então retornei para meus amigos e quão minha surpresa ao ver melhor que Henry estava bem, mas bem próximo do amigo que sentou a nossa mesa. Bastou um olhar para Lindsay para ela confirmar minhas suspeitas em um movimento de cabeça. Henry era gay!
Enquanto Dulce ajeitava o violão e sentava em um banco alto, eu sentava perto de minha amiga, de um jeito que pudesse vê-la completamente. Depois de ajustado a altura do pedestal do microfone. Ela sorriu e começou a falar:
–Bom, sou Dulce e às vezes me obrigam a fazer essas coisas. Pena que não cai como extra em meu salário – ela falou brincando, arrancando risadas de alguns – Mas como me preocupo mais com vocês pessoas lindas e maravilhosas. Vou cantar um pouco. Essa música vai para alguém especial. Essa pessoa é chata, irritante e brava, mas ao mesmo tempo delicada e gentil.
Senti minha face corar e Lindsay rir alto de mim. Obviamente todos já sabiam que era eu a homenageada, até porque a minha vergonha era evidente. Dulce revirou os olhos rindo baixo, mas seu riso repercutiu pelas caixas de som, tão gostoso e tão dela que a quis abraçar. Para distrair da situação, Dulce começou a tocar os acordes do violão com maestria, demorei um pouco a perceber que música era, mas minhas suspeitas se confirmaram quando Dulce começou a tocar uma versão acústica de Fukin’ Perfect de Pink. Ela cantava olhando diretamente para mim, mais ninguém. Era como se fosse uma serenata pública! Meu coração estava tão disparado contra o peito, as sensações se confundiam com os sentimentos e eu já me encontrava perdida, completamente perdida. No fim, as pessoas aplaudiram quase de pé e pediram outra.
–Oh, ok. Se eu fosse cantar uma música para essa pessoa até uns quinze dias atrás. Seria essa.
Eu não pude deixar de rir alto quando ela começou a cantar Give You Hell de The All American Rejects. Sim, realmente essa era a música perfeita para nós duas até pouco tempo atrás. Mas fazia o que? Cinco dias que tudo havia mudado drasticamente? Eu havia beijado a garota que odiava por achá-la desleixada, metida e sabichona. E agora, queria mais beijos e a achava a pessoa mais incrível do mundo. Ela cantou apenas essas duas músicas e logo quando desceu já tinha vários drinks para preparar. Henry foi embora com o garoto, com um sorriso de orelha a orelha por ter conseguido o seu gato da noite. Lindsay também não ficou atrás, havia arranjado um garoto e logo estava aos beijos em um daqueles cantos mais escuros do bar. Não fiquei sozinha, Dulce a todo momento vinha para o meu lado conversar um pouco.
–Vamos fechar daqui a pouco – ela anunciou quando viu que restavam apenas duas mesas e mais a de Lindsay – Gostou?
–Muito. Eu disse que iria me divertir – respondi com um sorriso de lado – Só um pouco cansada, foi bem agitado. Não sei como consegue fazer isso todos os dias.
–Com o tempo acostuma. Isso é bom, quer dizer que me recupero muito rápido depois de cansada. Tipo, depois de fazer muito exercício por exemplo.
Desviei o olhar para fingir que não tinha notado o tom malicioso de sua voz. Mas talvez fosse esse gesto que tivesse denunciado a tudo. Quando o bar finalmente fechou, Dulce foi guardar algumas bebidas no deposito e eu a acompanhei apenas para não ficar sozinha. Juro que estava completamente inocente, sem pensar que ali estaríamos finalmente sozinhas. O lugar era cheio de bebidas de todos os tipos, mas eu nada prestava atenção, apenas acompanhava Dulce guardando as garrafas até chegar a última fileira.
–Está com sono – ela afirmou, não perguntou.
–Um pouco, já são quase quatro da amanhã – dei de ombros.
–Você está mesmo linda com essa roupa. Apesar de não ter sido a única a perceber isso – Dulce encostou-se a uma parede e cruzou os braços.
–O que quer dizer? – perguntei curiosa.
–Sabe quantos bilhetes recebi para ser entregue a sua mesa? – Dulce riu um pouco nervosa – E depois de ter ficado um pouco comigo, até mesmo as garotas começaram a mandar bilhetes.
–E como nenhum deles chegou a minha mão? – arqueei uma sobrancelha tentando conter o sorriso.
–Eles se perderam no meio de caminho, não tenho culpa! Mas você sim, é a garota mais linda da noite.
Senti meu rosto esquentar mais uma vez. Era sempre assim quando ela me elogiava. Dulce segurou em minha cintura e me puxou para mais perto lentamente, até meu corpo encostar-se ao dela. Suspirei baixinho ao sentir o calor que vinha daquele corpo feminino, além de poder sentir o perfume dela misturado um pouco ao cheiro de bebida e frutas. Ela aproximou os lábios dos meus, mas não os beijou. Avancei o espaço que faltava, mas ela recuou o rosto sorrindo travessa. Resmunguei baixo e a agarrei. A puxei para meu corpo mais ainda, pressionando cada parte nossa, tomei a boca dela com a minha, em um beijo já intenso e forte. Invadi a boca sem pedir permissão, explorando cada pedaço, lutando por espaço com a língua dela. O sabor era a cada momento diferente, sentia um pouco do sabor de bebidas, outras vezes algo doce e ao mesmo tempo tudo era absolutamente dela. Eu já não tinha medo e isso me deixava cada vez mais livre para seguir cada impulso meu. E esses impulsos me mandavam beijar cada vez mais, com uma sofreguidão que eu nunca tinha sentido antes. Era como uma necessidade, algo que eu precisava para ser feliz. E eu era feliz a cada vez que minha boca tocava a dela.
–Anahi calma, calma! – Dulce parou o beijo arfante.
–Non, non – eu mordia o lábio dela e o chupava, a fazendo gemer baixo – Voglio di più.
Levei minha mão à nuca dela e a beijei novamente depois de dizer que queria mais. Estava faminta dela. Continuei a segurar a nuca dela, mas dessa vez minha outra mão não ficou tão quieta, adentrou a blusa de Dulce e tocou a pele das costas com a mão espalmada, não tardando a arranhá-la. Foi então que eu quebrei um pouco do controle dela. Dulce girou me prendendo contra a parede, prensando o seu corpo com força, roçando para me fazer sentir cada pedacinho daquele corpo feminino. Era tão mais gostoso do que um corpo de um homem, que era rígido e bruto por si só. Ela pegou meus pulsos e prendeu contra a parede, me dominando completamente. Só então eu descobri o quão enlouquecedor um beijo pode ser. Ela me devorava, sugava minha língua, mordia meus lábios e me fazia gemer sem fazer mais nada além de me dominar. Dulce apoiou uma perna entre as minhas e ergueu o joelho fazendo tocar em meu sexo. Soltei um gemido abafado por causa do beijo. As mãos dela me soltaram e foram sem pudor nenhum diretamente ao meu bumbum, apertando com força e me fazendo roçar ainda mais de seu joelho a coxa. A barra de meu vestido havia levantado, o único tecido que protegia minha intimidade era a calcinha, deixando o contato mais intenso do que deveria ser. Eu estava mais excitada do que nunca, sendo que ela mal me tocava e ao mesmo tempo me provocava como nenhum outro.
–Dulce, está tudo bem ai? Já recolhemos as cadeiras! – Alejandro bateu na porta do deposito.
Ela saltou assustada, interrompendo o beijo bruscamente e se afastando um pouco. Eu fiquei sem ar, completamente. Tanto pela interrupção e pela falta de contato. Sabia que estava vermelha, muito, sentia meu corpo inteiro fervendo e eu não sabia se de vergonha ou excitação.
–Mio Dio! – murmurei mais para mim mesmo.
–Eu falei para você ir com calma, estava me deixando realmente excitada com seu beijo – Dulce murmurou quase rindo – Meu Deus digo eu.
–Io não estava pensando! – tentei me defender.
–Sei que não – Dulce sorriu mais carinhosa e me deu um selinho – Mas temos de ir. Desculpe se passei de algum limite ok?
Respirei fundo tentando me controlar. Enquanto andava tentava arrumar meu cabelo e o meu vestido. Se dependesse de mim, do jeito que eu estava naquele momento, não teríamos parado. E isso me assustava mais que tudo. Nunca havia deixado os garotos chegarem tão longe tão rápido. Mas ela... Dulce tinha algo tão excitante, encantador e profundo que me rendia com um beijo. Um beijo avassalador, por acaso. Quando saímos, Lindsay foi a menos indiscreta de todos, dando um sorriso maldoso enquanto se aproximava de mim perguntando se eu tive minha primeira vez com uma garota em um deposito. A xinguei em italiano e me afastei um pouco confusa. Estava para ir embora com minha amiga quando parei e fui ao encontro de Dulce.
–Eu não tenho seu celular, e-mail, essas coisas – falei em um tom de pedido.
–Ah claro – ela logo pegou um papel de pedidos e escreveu rapidamente – Aqui... E me dê um toque quando você chegar? Só pra saber que foi bem?
O tom de preocupação dela e o olhar dourado que me encarava me fez derreter. Apenas sorri boba e ela se aproximou para sussurrar um boa noite com a voz rouca e sensual no meu ouvido. Senti meu corpo inteiro reagir a um sussurro. Eu tive de fugir. Sim, pois senão a atacaria novamente e eu já não acreditava mais no que eu era capaz ou não de fazer.
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29
Apaixonante e encantadora essa fic!!!
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aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10
nossa simplesmente pefeita
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flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22
Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??
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flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59
Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58
Fanfic errada foi malz
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56
Posta maais :-) :-) :-) :-)
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vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41
Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)
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angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08
vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs
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vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23
Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*
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dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37
Linda web. Parabéns Flor. :)