Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon
Havia dito naturalmente, uma proposta apenas para confortá-la. Mas assim que notei o que disse não evitei um sorriso malicioso, Anahi o notou e retribuiu com um sorriso tímido, dando de ombros e distraindo o momento bebendo grandes goles do vinho. Porém não havia dito não!
–Dulce, você sempre gostou de garotas? Nunca sentiu atração por homens? – Anahi mudou de assunto assim que terminou seus goles.
–Hum... Nunca me atraí pelos homens, apesar de saber apreciar alguns, o que é bastante raro. É diferente, quando via uma mulher bonita poderia torcer o pescoço só para poder olhá-la até desaparecer de vista – respondi sincera.
–Sempre foi mulherenga? – ela perguntou em um tom mais de reclamação do que de curiosidade.
–Ao menos sou sempre sincera. Nunca me comprometi a sério com nenhuma delas – soltei um riso divertido – No inicio, quando era apenas uma novata, eu babava por você. Mas logo desisti.
–Sério? Mas por quê?
–Porque era apenas uma riquinha mimada que não tardou a implicar comigo. Deus, você era tão abusada! Mas nunca deixou de ser linda, o que me irritava.
–Io non sono abusada! Você que era irritante! Totalmente fora de um ambiente e se dando o direito de ser melhor que eu sem se esforçar. Bom, ao menos eu pensava assim.
–E agora estamos em um jantar romântico em uma praia paradisíaca. Eu estaria rindo a semana toda se me dissessem isso no inicio do ano.
Encaramo-nos e começamos a rir até passarmos a realmente gargalhar. Era tão estranho pensar nisso dessa forma. As coisas simplesmente aconteceram, nossos destinos se entrelaçaram de um jeito a não ter mais retorno. Quando nos controlamos voltamos a jantar comentando coisas suaves da escola, revelando algumas pequenas coisas. Depois fomos até a varanda apenas para fugirmos um pouco mais do momento que a noite prometia. Estava chovendo e o vento que envolvia nossos corpos era gélido, o que me fez abraçá-la apertado por trás, colando as costas dela em meu corpo.
Um raio passou por sobre o hotel, ramificando suas pontas e indo em direção ao mar. Foi questão de segundos, mas o suficiente para fazer Anahi encolher-se em meus braços e apertar suas mãos nas minhas. Dei um beijo gentil em seu pescoço tentando fazê-la relaxar, subi os beijos em direção ao ouvido dela para sussurrar.
–Não precisa ter medo, é algo bonito de ver – assim que terminei de falar o estrondo do trovão finalmente ressoou – Está protegida comigo. Sempre.
–Gosta mesmo de tempestades? Elas são tão brutais. Podem matar e destruir.
–Minha vida é uma tempestade. Imagine como se estivesse lutando contra um vendaval, às vezes sendo derrubada, outras simplesmente perdida na correnteza. Os raios sempre são o anúncio de um trovão, mas são iluminados e bonitos. Nem tudo que é intenso significa algo ruim.
–Além de romântica uma filosofa?
–Sou um pacote completo!
Ela riu baixo e dessa vez encarou o raio quando este veio, mas não deixou de encolher quando o estrondo do trovão veio mais alto do que o outro. Ficamos observando a tempestade em um silêncio gostoso, deixando que o som das ondas agitadas e a tempestade fosse a nossa música. Eu poderia passar o resto da vida com ela em meus braços, enfrentando a tudo e a todos. Ao menos era nisso que acreditava no momento. Poderia ser mais forte se a tivesse, se tivesse o amor dela.
–Anahi – voltei a murmurar no ouvido dela, a vi arrepiar quando chamei o nome. Engoli em seco e com a voz mais emocionada do que eu havia previsto revelei – Eu te amo.
Um relâmpago completou a minha declaração, iluminando a tudo. Anahi demorou a mover-se em meus braços e virar o corpo para mim. Seus olhos azuis estavam mais escuros e intensos, novamente eu estava mergulhando naquele mar azulado, mas dessa vez ansiosa, esperando uma reação dela.
–Dulce eu...
Mas o que for que ela fosse falar a luz de todo o hotel foi apagada e Anahi prontamente se jogou em meus braços no susto. Provavelmente houve uma queda de energia, assim como provavelmente o hotel teria um gerador para essas ocasiões. Ri um pouco nervosa, minha italiana parecia uma menina amedrontada. Passei a mão por seu cabelo e a tirei da varanda, segurando-a ainda perto do meu corpo e indo para a sala onde tinha as velas.
–Parece que foi uma boa idéia – comentei ao pegar uma vela vermelha – Vamos para o quarto, fecharei as cortinas para que você não veja a tempestade e relaxe um pouco, ok? Prometo me comportar.
Ela apenas assentiu, o que me decepcionou já que não queria me comportar. Fui à frente para o quarto e posicionei a vela ao lado do cômodo perto da cama, assim como prometido fechei as cortinas enquanto Anahi deitava na cama, perto da vela. A olhei por um momento, o vestido havia subido um pouco mostrando as pernas dela, aquela coxa que havia apertado e arranhado mais cedo. De repente os momentos quentes que passamos na cachoeira invadiram meus pensamentos, cada detalhe sendo quase sentido novamente. Engoli em seco e fui para a cama tentando afastar a tentação de minha mente. Para seguir essa meta deitei um pouco afastada e de costas, encarando o teto tentando pensar em coisas mais triviais.
Mas como se não notasse a pequena batalha que eu travava, Anahi aproximou seu corpo do meu e pousou um braço em minha cintura, deitava a cabeça em meu ombro e dava um pequeno beijo em meu pescoço. Respirei fundo, apenas para ser invadida pelo perfume dela, o que eu mais gostava. Fechei os olhos com força e me limitei apenas em levar a minha mão até o cabelo dela para acariciar em um terno cafuné. Porém Anahi não parou, ela novamente colou os lábios em meu pescoço e o sugou de forma suave, mas sendo o suficiente para me arrepiar por inteiro.
–Anahi, assim fica difícil que eu me comporte – reclamei em um fio de voz.
–Eu não disse que deveria. E muito menos comentei que eu iria me comportar.
A olhei surpresa apenas para ver um sorriso pequeno, mas malicioso. Antes que pudesse me recuperar Anahi ajeitou-se ao meu lado para poder levar os lábios aos meus em um beijo tímido e calmo. Suspirei desarmada, a puxando delicadamente para cima de mim, a abraçando apertado e entreabrindo os lábios para deixar o beijo mais profundo. Deixei que ela dominasse, que explorasse minha boca, mordesse meu lábio e sugasse minha língua. Estava indo pouco a pouco afogar-me em um desejo que aumentava em proporções enormes para simples gestos. Eu a desejava, sempre desejei. Como em uma maldade, Anahi interrompeu o beijo e sentou sobre minha barriga, as pernas dobradas ao lado de meu corpo.
–Volte a me beijar – murmurei em uma ordem.
–Non, voglio di più – ela negou com a cabeça, sorrindo mais segura de si.
–Sinto que acabou de dizer que irá se aproveitar de mim.
Ela sorriu, um sorriso misterioso e travesso ao mesmo tempo. Quando vi as mãos dela indo até a barra do vestido e a erguendo lentamente senti como se o mundo inteiro parasse. Minha respiração ficou pesada e meu olhar fixado nos movimentos dela, meu coração? A mim não mais pertencia, pois estava batendo contra meu peito tão forte que parecia querer saltar para fora. Observei o corpo sendo revelado aos poucos, a perna, a cintura fina, a barriga lisa... Ela não usava sutiã, o forro de seu vestido permitia essa façanha. Minha boca se encheu de água ao apenas pensar que a morderia, a sugaria, a lamberia... A faria minha.
A italiana inclinou sobre meu corpo, roçando os seios sobre os meus, seu corpo quente quase deitando sobre mim. Ela levou os lábios até o meu ouvido, mordendo o lóbulo e passando a ponta da língua contornando minha orelha. Apenas para sussurrar da forma mais sexy:
–Voglio fare l`amore con te. Tutta la notte – apesar dela estar falando italiano meu corpo inteiro estremece, era excitante de uma forma que eu não poderia descrever – Dessa vez disse que quero fazer amor com você, toda a noite.
Voltei meu rosto em direção ao dela. Minha respiração se mesclou com a dela, estávamos arfando apesar de nenhum movimento ser feito. Nossos olhos se encontravam em um momento intenso, espelhando um no outro desejo, luxúria e carinho. Suspirei sem conseguir conter-me e tomei os lábios dela com os meus. Eu a farei minha como nunca havia feito com nenhuma outra garota, porque dessa vez iria doar-me por completo.
Autor(a): angelr
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Pov Anahi Se eu tinha certeza do que estava prestes a fazer? Nenhuma. Estava mais nervosa do que quando tive minha primeira vez com um homem. Os trovões continuavam, como estávamos perto da praia, a água atraia os raios e isso os faziam mais constantes e estrondosos ao ressoar os trovões. Mas sinceramente eu poderia apostar que meu coraç&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29
Apaixonante e encantadora essa fic!!!
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aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10
nossa simplesmente pefeita
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flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22
Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??
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flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59
Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58
Fanfic errada foi malz
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56
Posta maais :-) :-) :-) :-)
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vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41
Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)
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angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08
vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs
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vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23
Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*
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dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37
Linda web. Parabéns Flor. :)