Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon

Pov Anahi

Se eu tinha certeza do que estava prestes a fazer? Nenhuma. Estava mais nervosa do que quando tive minha primeira vez com um homem. Os trovões continuavam, como estávamos perto da praia, a água atraia os raios e isso os faziam mais constantes e estrondosos ao ressoar os trovões. Mas sinceramente eu poderia apostar que meu coração estava batendo tão forte que poderia ser escutado em meio à tempestade.

Eu a queria, eu a desejava de forma quase irracional, mas a sensação de não saber o que estava fazendo deixava-me vulnerável. Parei o beijo aos poucos tencionando falar algo, mas ao sentir os lábios úmidos de Dulce deslizando pela pele de meu pescoço o pensamento fugiu, restava-me apenas uma sensação de prazer que parecia deslizar por cada parte de meu corpo. Isso era apenas uma carícia, o que aconteceria depois?

–Dulce – murmurei, mas isso apenas a fez morder meu pescoço com carinho causando arrepios em minha pele – Dulce... Io... Eu... Não sei o que fazer.

A encarei timidamente quando ela afastou o rosto para poder fitar-me. Ia recuar, mas ao perceber minha intensão rapidamente Dulce apoiou um braço na cama e ergueu o seu corpo levando o meu junto. O resultado foi que eu acabei sentada em seu colo, mais colada ainda do que eu estava já que ela envolvia minha cintura e apertava com força.

–Tem medo? – ela perguntou calma.

–Tenho – revelei corada – Mas... Mas é de não ser o suficiente, eu nunca dormir com uma garota e você é quase uma lenda na escola.

–Sério isso?

Apenas balancei a cabeça em afirmação e ela riu baixo, o que me fez estremecer de leve. Tudo nela estava me afetando de uma forma que nunca aconteceu antes!

–Deixa eu te contar algo então – Dulce continuou transformando seu riso em um sorriso sem jeito – Eu nunca fiz amor com uma garota.

–Não precisa mentir Dulce, você já transou com tantas que eu não quero nem imaginar a quantidade! – meu tom de voz foi ficando cada vez mais irritado.

–Exatamente. Mas nunca fiz amor com nenhuma delas. Olhe para mim, estou conversando antes de ter o que vai ser provavelmente a melhor noite de minha vida. E sabe como eu sei disso? Porque eu vou estar demonstrando o quanto eu te amo de uma forma realmente muito gostosa.

Eu derreti por inteiro. O jeito que ela me olhava era tão sincero e entregue que eu poderia apertá-la pelo resto de minha vida. Abri a boca para tentar falar, mas não consegui pronunciar nada. Dulce sorriu e me abraçou, trazendo meu corpo para perto do seu até que encostasse completamente. Nem mesmo uma corrente de ar passaria entre nós.

–É a minha primeira vez e eu não sei o que fazer também – Dulce murmurou dessa vez em meu ouvido.

Suspirei sem conseguir conter, relaxando por saber que de alguma forma isso também era novidade para ela. Segurei o rosto dela entre as mãos e o puxei para fazer deixar nossos lábios próximos um do outro. Os rocei de forma suave, passando a língua sobre os dela sem pressa nenhuma. Aquela noite era nossa e tínhamos todo o tempo, iria ser perfeito mesmo que algo desse errado. Apenas porque era com ela. Quando a beijei foi inicialmente um toque calmo, apenas meus lábios movendo-se sobre os dela como se faria em um primeiro beijo. Mordi o lábio inferior dela e o puxei até que ele se soltasse, apenas para capturá-lo novamente e o sugar lentamente.

–Dulce – murmurei com os lábios contra os dela – Ti amo.

O sorriso dela começou em minha boca, mas rapidamente ela estava sorrindo a ponto de ri e me apertar em seus braços. Afastei apenas para ver os olhos dourados brilhando de forma intensa e carinhosa ao mesmo tempo, ia repetir que a amava, mas Dulce não me deu espaço, beijando-me com uma sofreguidão que demonstrava o desejo contido por todo esse tempo. Já não existia mais espaço ou necessidade de conversa, eu era dela da mesma forma que ela era minha.

Não lutei contra a língua que invadia minha boca, tocava a minha e a envolvia. Dulce explorava minha boca, mordia meu lábio e chupava minha língua, não me dava tempo de respirar e não me importava, o ar já não era tão crucial quanto aquele beijo. Eu podia sentir o seu gosto mesclado com o do vinho, nossas bocas se moviam em sintonia e em ritmo cada vez mais rápido e necessitado. Não demorou para sentir as mãos dela passeando por meu corpo, deslizando lentamente por minhas costas com as mãos espalmadas e com uma pressão que demonstrava que apesar de tudo o toque não era nada inocente. Eu sentia como se ela estivesse moldando meu corpo, memorizando a cada carícia. Ela me beijava de forma avassaladora enquanto suas mãos paradoxalmente passeavam pelo meu corpo demoradamente em suas carícias. Dulce explorava a tudo o que podia, tocava minha cintura, meu quadril, barriga, deslizava as pontas dos dedos por meus braços em uma delicadeza que me arrepiava.

O beijo parou quando a falta de ar passou a ser incontrolável. Separei meus lábios dos dela e antes que Dulce fizesse algo inclinei meu rosto em direção ao pescoço dela e o chupei sem medir força, não me importava se iria marcá-la ou não, queria apenas o sabor dela contra minha boca e língua. Senti as unhas dela arranharem suavemente de minha cintura até o quadril, assim como a pele levemente bronzeada ficou arrepiada. A blusa dela me incomodava, estava impedindo que meu corpo tocasse o dela em sua plenitude. De forma impaciente comecei a puxá-la para cima, separando meu corpo ao dela apenas para retirar a peça. A segurei pelos ombros para impedi-la de me abraçar, dessa vez eu queria admirá-la.

–É tão linda – murmurei com um quê de desejo, mordendo o lábio inferior.

–Está roubando minha fala – Dulce tentou fingir um olhar briguento, mas sorria tímida.

Roubei-lhe um selinho e afastei para voltar a encarar os seios dela, pequenos e firmes. Eu podia sentir água na boca com um desejo insano de tocá-la ali, de ter minha boca contornando aqueles mamilos já excitados. Hesitante ergui minha mão e deixei que meus dedos tocassem o seio esquerdo dela. A pele era extremamente macia naquela parte, delicada e gostosa de tocar. Vi o peito dela subir e descer em uma respiração mais acelerada e ergui o olhar. Dulce não mais sorria, encarava-me um pouco séria e mordendo o lábio. Aquilo foi o suficiente para me fazer continuar. Cobri o seio dela com minha mão e apliquei uma pequena pressão, massageando um pouco em círculos.

–Seu coração... Está disparado contra minha palma – comentei boba por sentir algo assim – É tão macia, não é a mesma coisa quando toco os meus.

Ela tentou murmurar algo, mas eu apertei o seio e comecei a brincar com o mamilo. Era terrivelmente excitante vê-la desse jeito, saber que era culpa minha. Mas então Dulce segurou minha mão e em um movimento rápido girou o corpo me fazendo desabar na cama com ela por cima de mim, inevitavelmente entre minhas pernas.

–Deixe-me esclarecer algo – ela falou arfando – Eu sou ativa hoje, você passiva.