Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon
Olhei-me no espelho e fiquei surpresa. Qualquer um pensaria que eu fui estuprada. Meu pescoço e ombro estavam vermelhos e com marcas roxas mais fortes em determinados locais. Em outros dava para ver muito bem o desenho dos dentes de Anahi quando ela me mordeu. Comecei a rir também, jogando um pouco de água na italiana selvagem.
–Disse que não era para gemer, mas falou nada de outras formas de contenção – defendeu-se Anahi
Ela olhou para o espelho para ajeitar o cabelo bagunçado, fiquei a admirá-la feito uma boba. Se antes ela já era linda, a amando do jeito que estava àquela italiana se tornava o ícone total da beleza para mim. Poderia ficar hipnotizada por horas, dias, apenas a olhando e pensando que era minha. E poderia jurar que depois do sexo ela estava irradiando algo tão forte que atraia ainda mais.
–Tire esse olhar da cara! – Anahi recuou assim que me encarou novamente.
–Estava só pensando que você ficou ainda mais gostosa depois de transar em público – falei descaradamente, piscando um olho para ela.
Anahi ficou vermelha, sem jeito, mas sorria maliciosa. Podia ser loucura, ilegal, perigoso e até imoral, mas ela adorava tanto quanto eu essas loucuras que fazíamos. Igual quando a toquei intimamente pela primeira vez na cachoeira. Ela aproximou, porém de forma carinhosa tocando meu braço em um carinho gentil.
–Vou dormir em sua casa hoje, dessa vez o Fred que vai me cobrir, disse que íamos para uma cidade vizinha ver um show – ela avisou sonhadora – Ai à noite e madrugada será toda nossa.
Sorri grande e já ia me aproximar mais quando uma senhora entrou no banheiro. Anahi se afastou rapidamente e corou levemente. Fui até o papel toalha para enxugar minhas mãos.
–Vá à frente, estou distraída demais ainda – Anahi mandou evitando me olhar.
–Qualquer coisa, me mande uma mensagem ok? Podemos fugir ainda – falei com um ar de esperança.
–Iriam estranhar – negou Anahi e suspirou, logo depois abriu um sorriso encantador – Até mais a noite. Às oito.
A senhora entrou no banheiro e eu lancei um beijo para Anahi, que fingiu pegá-lo no ar. Era algo tão bobo e brega que me fez rir e ter o coração disparado ao mesmo tempo. Sai dali nas nuvens, mas notando cada passo que dava. Se tropeçasse iria rir e dizer que o dia estava lindo, apesar de ter nuvens carregadas do lado de fora. Quando voltei Danielle estava irritada, afinal não fazia idéia de quanto tempo tinha demorado em minha pequena aventura. Ao me ver, ela arregalou os olhos e me olhou um tanto confusa, mas quando sorri maliciosa minha amiga logo entendeu o que aconteceu e começou a rir tanto que chamou a atenção.
Anahi chegou quinze minutos depois, tímida o suficiente para que Lindsay estranhasse. E então a garota olhou para mim, fez a mesma expressão que Danielle ao notar meu estado e depois começou a rir também, fazendo com que Anahi corasse violentamente. Aquilo definitivamente tinha sido uma das aventuras mais prazerosas que já tive na vida.
Depois tive de praticamente correr para casa e ajeitar tudo para quando Anahi chegasse. Felizmente Alejandro havia me dado uma folga para que pudesse aproveitar toda a minha noite romântica com minha namorada. Havia feito um pouco como no hotel, comprado algumas velas, um vinho e comida encomendada. Porém maior parte de meu tempo foi preparando o presente dela, algo que como o anel que havia dado ela poderia guardar pelo resto de sua vida, se o aparelho durasse até lá. Às sete horas comecei a me arrumar, levando um bom tempo para poder estar pronta finalmente. Uma calça jeans nova, blusa caída de um lado e soltinha, um cinto fino para marcar a minha cintura e barriga lisa. Estava até mais feminina do que o de costume.
Oito horas em ponto a companhia tocou. Assim que a atendi meu coração parou no lugar e depois ao reviver disparou tão forte que poderia morrer ali mesmo. Anahi usava um vestido preto com um decote muito generoso, o suficiente para que eu soubesse que ela não usava sutiã. As costas também estavam nuas e nas pernas havia uma ligeira evidência de que ela estava usando cinta-liga. O cabelo estava bem arrumado e com ar de que foi ao salão, tão lindo e perfeito.
–Dulce – Anahi chamou e eu fiquei um pouco vermelha.
–Desculpe, me perdi em você – respondi com um sorriso culpado.
Assim que ela entrou eu a beijei. Mas surpreendentemente não foi um beijo agitado e cheio de desejo, pelo contrário. Foi longo, carinhoso, íntimo e cheio de carícias. Do tipo que eu poderia passar a minha vida toda ou morrer por não ligar mais para o oxigênio que meus pulmões precisavam.
–Vamos jantar, quero logo passar essa parte – Anahi murmurou contra meus lábios – Temos muita coisa para fazer. Quero meu presente.
–Tão romântica você – ironizei dando um último selinho nela.
No jantar tudo foi tranqüilo. Eu havia posto uma música suave de rock clássico e romântico, uma coletânea que eu mesmo havia montado. Conversamos sobre quase tudo, desde a escola até a conversa que aquelas duas garotas estavam tendo enquanto tínhamos um sexo delicioso a menos de cinco metros de distância. Quando terminou ainda enrolei Anahi a puxando para dançar lento e coladinho, trocando beijos carinhosos e românticos, dizendo algumas frases bobas e apaixonadas, além de uma mão boba aqui e acolá.
–Eu quero te dar o seu primeiro presente – Anahi falou parando de dançar.
Fiz que sim com a cabeça enquanto ia pegar o meu dentro do armário da sala, onde havia colocado para ter fácil acesso. Quando voltei ela estava sentada, com as pernas cruzadas e distraída o suficiente para não perceber que o vestido havia subido o suficiente para relevar a mais gostosa das surpresas.
–Anahi, você não está usando calcinha? – perguntei vermelha e sentindo meu corpo esquentar.
Ela ficou surpresa, mas sorriu e deu de ombros, fazendo o favor de matar-me ao descruzar as pernas e cruzá-las novamente de forma contrária. A italiana riu de minha expressão e me chamou para sentar ao seu lado, mas agora era difícil não devorá-la com os olhos. Ela foi a primeira a entregar-me um estojo aveludado e preto. Com o coração um tanto quanto disparado eu o abri e sorri sem perceber ao ver um colar com um coração em pingente.
–Abre o coração – Anahi pediu calmamente.
Obedeci e o abri. Em uma metade do coração estava uma foto nossa, uma das raras que tínhamos juntas e coladinhas, quase nos beijando e olhando uma para outra. No outro havia um raio bem desenhado.
–Pensei que o raio iria significar tudo o que iria dizer em palavras. Eterno como uma tempestade, não é? – Anahi disse baixo, como se me segredasse algo.
Nada falei apenas a beijei com uma sofreguidão e paixão que eu mal sabia como conter dentro de meu corpo e alma. Estava feliz como nunca estive em minha vida. Porém ela me afastou quando as coisas começaram a ficar intensas, ela pediu pelo presente dela.
–Ok... Você sabe que eu não posso te dar joias ou até mesmo algo de ultima geração – comecei a falar até mesmo tímida – Mas pensei em algo tão só meu que seria apenas seu. Que só você iria conhecer e ter para sempre, se assim o quisesse.
Peguei o pequeno pacote embrulhado e dei para ela. Anahi pareceu a uma criança quando o abriu sem paciência, rasgando o papel vermelho que cobria a caixa do mp4, para ela provavelmente uma tecnologia um tanto ultrapassada em comparação ao iPhone que ela tinha.
–Antes que diga algo, pegue e escute o que coloquei ai dentro – falei nervosa, pegando eu mesma o aparelho, o ligando e pondo os fones que vieram junto com o aparelho – Pegue, e não fale nada, vou morrer de vergonha se o fizer. A primeira faixa é para quando brigarmos, então você poderá vim e escutar.
A curiosidade era evidente naqueles olhos que teimavam em me tragar sempre que a fitava. Ela pós os fones e eu dei play, sabendo exatamente o que ela iria escutar. Uma gravação de voz em que eu havia feito e que dizia:
“Não sei por que brigamos dessa vez, mas não esquece. Você é meu primeiro e único amor, sou cheia de defeitos e você também, somos diferentes ao extremo. Mas quando estamos juntas é como se tudo fizesse sentido e meu coração batesse finalmente na sincronia certa, ao lado do seu. Então, volte para mim, eu te amo”.
Anahi tinha lágrimas nos olhos, mas só chorou realmente quando os primeiros acordes do violão ressoaram em uma nova gravação. Havia usado de meu equipamento de DJ para conseguir gravar músicas de boas qualidades e colocar ali. Uma coletânea inteira cantada apenas por mim, para ela em versão acústica. A primeira das músicas é I won’t give up do Jason Mraz, perfeita para um pedido de volta, que não iria desistir do amor, de nós. Esperei que essa música acabasse para que pausasse e desligasse o aparelho.
–Há cerca de 7 músicas gravadas, apenas eu cantando e tocando. Foi difícil e como fiz as pressas não ficou tão bom quanto eu queria, tive essa ideia hoje... Então provavelmente vou querer novamente para ir atualizando com músicas que nos lembre de algo relacionado a mim e a você.
Assim que terminei de falar Anahi jogou-se em meus braços em um abraço apertado. Ela ainda chorava e eu tentava quase que em vão limpar as lágrimas que escorriam com beijos e carícias nas bochechas.
–Eu te amo, eu te amo – ela repetia tão sinceras nas palavras – Te amo tanto que eu não consigo explicar.
–Eu sou sua, como eu nunca fui de alguém, até mesmo de mim mesma – disse em um sussurro verdadeiro – Vamos para o quarto?
Ela fez que sim com a cabeça sorrindo e se roçando em mim propositalmente, rindo pela minha falta de ar espontânea. A peguei no colo e ela não reclamou. O resto da nossa noite de aniversário foi cheia de declarações, amor, sexo, risadas e abraços. Entregamo-nos de uma forma que eu sabia não ter mais volta.
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29
Apaixonante e encantadora essa fic!!!
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aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10
nossa simplesmente pefeita
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flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22
Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??
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flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59
Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58
Fanfic errada foi malz
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56
Posta maais :-) :-) :-) :-)
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vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41
Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)
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angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08
vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs
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vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23
Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*
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dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37
Linda web. Parabéns Flor. :)