Fanfics Brasil - Capitulo 41 Simplesmente

Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 41

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Pov Dulce


Meu corpo estava largado nos degraus da entrada da delegacia. Estava fria, inerte em um momento que parecia não querer avançar. O filme que se passava em minha mente deixava-me em uma depressão aguda, a tal ponto de não notar em nada que acontecia na minha frente. Minha mente ainda resistia em processar tudo o que havia acontecido, meu corpo todo dolorido apenas lembrava-me que tudo foi real e não o pior dos pesadelos. Fazia um pouco menos de meia hora que Anahi saiu com o pai e a sensação que eu tinha era que eu a tinha perdido. Mal notei que chorava em silêncio em apenas pensar nisso novamente. Eu havia perdido o amor de minha vida? Como seriam as coisas sem ela? Eu simplesmente não poderia imaginar porque doía como se minha alma fosse rasgada lenta e profundamente. Estava em um ponto que não sabia mais como é sobreviver sem a Anahi ao meu lado.


–Dulce! – escutei o grito de Alejandro ao longe, mas ele estava a minha frente, tocando meus ombros e me sacudindo – Dulce!


–Ale? – questionei confusa, meus olhos finalmente focalizavam o latino a minha frente – Ale!


Joguei-me em seus braços e chorei tudo o que estive segurando naquela noite infernal. Senti os braços de Sean me rodear e posso jurar que foi isso que me impediu de desmaiar, de entregar todos os pontos e querer simplesmente morrer. Todos estavam ali, Danielle e Brandon entraram na delegacia para averiguar o que tinha acontecido. Eu ainda não sabia como tive forças para ligar para eles e chamar por socorro depois que havia ficado sozinha. Levou apenas mais quinze minutos para chegarmos a minha casa, eu havia ficado devastada por dentro, sem conseguir pronunciar nenhuma palavra por não ter forças suficientes. Em minha mente tinha apenas a imagem daquele homem diabólico levando o que era mais importante em minha vida. Passei a noite chorando, Dani ao meu lado tentando consolar-me, mas em nada faria diferença, em meu pequeno mundo eu estava sozinha. No dia seguinte tentei a todo custo ligar para Anahi. Celular, casa, Lindsay. Nada estava me respondendo e o desespero parecia torna-se um apocalipse dentro de mim.


–Eu vou lá – disse de súbito saltando do sofá – Eu preciso ver como ela está. Eu preciso vê-la!


Meu corpo e mente estavam completamente decididos. Eu não iria perdê-la tão fácil, não sem lutar com todas as minhas forças restantes. Estava me aproximando da porta, pegando em sua maçaneta quando ao mesmo tempo a campanhia tocou. Abri com tanta força que pareceu surpreender Fred do outro lado. Vê-lo quase fez vacilar toda a minha determinação.


–Como ela está? Onde ela está? – não dei tempo para que ele pensasse, eu precisava urgentemente de informações – Ela está bem? Fred, fale alguma coisa!


O irmão de Anahi abriu a boca, mas a fechou e ficou tenso. Foi nesse momento que eu sabia que algo de muito ruim havia acontecido e toda a minha força esvaziou tão rapidamente quanto havia se reerguido. Ele segurou em meu ombro de forma delicada e me trouxe para dentro de casa novamente. Ali estavam apenas Danielle e Alejandro, Brandon havia levado Sean para a aula, afinal era segunda-feira.


–Eu não devia estar aqui, mas isso tudo não pode acontecer sem que você saiba – Fred disse em um tom profissional, ali estava um advogado intermediando um caso – As coisas não foram nada bem lá em casa. Anahi está trancafiada no quarto e sem nenhum meio de comunicação.


–Ela está bem? Aquele... Digo, seu pai, não fez nenhum mal a ela não é? – a preocupação estava enlouquecendo-me.


–Fisicamente não – Fred respondeu tomando cuidado com cada palavra, porém respirou fundo cansado e passou a mão no cabelo como se já não soubesse mais o que fazer – Não há uma melhor forma de contar isso. Apenas... Meu pai ordenou que nos mudássemos, vamos partir hoje e se depender dele para nunca mais voltar.


Viajar? As palavras iam adentrando em mim ao mesmo tempo em que meu corpo parecia ficar tão pesado que minhas pernas não mais me agüentavam. Sentei no sofá sem sentir mais o chão abaixo de meus pés.


–Para onde? – foi a única pergunta que eu fiz.


–Inglaterra. Meu pai está providenciando para que ela estude em Oxford e uma transferência de escritório para mim, já que fui cúmplice ele não me quer por perto também – Fred explicou vacilando pela primeira vez em sua voz – Ele vai monitorar nossa comunicação por um ano até estar confiante de que não estamos mais relacionados a você.


–Ele não pode fazer isso! – Dani exclamou indignada – Anahi e você já são maiores de idade!


–Ele é o promotor da cidade, tem influência em lugares que eu mesmo não posso imaginar – Fred explicou e fez uma pausa antes de continuar – Ela parecia disposta a qualquer coisa para ficar... Mas meu pai fez ameaça a vocês. Anahi foi posta em uma posição muito delicada e sem saídas Dulce, ela esta sendo forçada mesmo a sair e aceitando apenas por um amor absoluto a você.


–Ele não pode me atingir! Eu não fiz nada errado! – dessa vez eu gritava inconformada, como isso poderia ser possível?!


–Pode não ter feito, mas ele arranjará provas para isso. Meu pai infelizmente é um homem justo perante a lei... Mas também sabe muito bem como moldá-la ao seu bel prazer. Dulce, ele ameaçou o inferno não só para você, mas para seus amigos e Sean.


–Ele que ouse encostar um dedo em meu irmão! – gritei erguendo meu corpo em uma súbita raiva.


Eu literalmente surtei. Tentei sair de casa, mas me seguraram, então comecei a bater em todos e a gritar e acho que tinha mordido o braço do Alejandro quando este tentou me imobilizar. Eu não podia perdê-la. Ela não podia ir embora! Só depois de meia hora eu estava sentada novamente no sofá bebendo água com mãos e corpo trêmulos.


–Quando ela vai partir? – perguntei em um fio de voz.


–Daqui... – Fred olhou para o relógio – Meia hora, eu dei uma desculpa para poder vim te avisar.


–Leve-me até o aeroporto – eu pedi, não, implorei – Eu preciso apenas vê-la, nem que seja uma última vez. Preciso desse adeus ou nem eu ou ela terá um mínimo de paz. Por favor, Fred, eu entendi a situação, mas...


–Eu levarei – Fred cortou-me decidido – Precisamos ir rápido. Meu pai não poderá fazer muita coisa contra, afinal ela já estará praticamente embarcando. Vamos Dulce!


Ele não precisou falar duas vezes, eu nem ao menos disse algo a Alejandro ou Dani, apenas o segui até o seu carro esportivo e mantive-me quieta durante todo o trajeto para o aeroporto. Em minha mente um caleidoscópio de pensamentos e sentimentos me deixava mais que confusa. Eu tentava pensar em algum modo, um jeito de fugir, um seqüestro relâmpago. Mas eu não poderia ter essa vida, não quando tinha responsabilidade com o Sean, muito menos poderia arrastar Anahi para um mundo sem paz, sempre com medo de que seu pai aparecesse e arruinasse tudo. Ainda assim não conseguia de forma alguma aceitar a situação, talvez nunca conseguisse.


Quando chegamos Fred estacionou o carro de qualquer jeito, saímos rapidamente e corremos aeroporto adentro. Passamos direto pela ala de check-in e fomos barrados pela sala de espera. Engoli em seco e olhei para o meu relógio, cinco minutos apenas. Olhei para Fred que falava com o guarda e apenas aproveitei a distração do segurança para passar sorrateiramente por trás dele e invadir o local. Desci quase correndo sem esperar para ver se fui bem discreta ou não, apenas precisava desesperadamente encontrar com Anahi. Cheguei onde Fred disse que seria a sala dela, diferente das outras por ser primeira classe.


Ela estava sentada de ombros baixos, encarando ao chão e com uma aparência terrível apesar de usar roupas de grife. Um vestido preto com um casaquinho jeans. Eu? Nem ao menos me lembrei de olhar-me no espelho, mas trajava um short surrado e uma regata preta, além de meus tênis mais velhos. Estava um trapo enquanto que ela sempre seria a dama. Ao seu lado estava apenas sua mãe, olhei rapidamente ao redor em busca daquela figura assustadora que ela chamava de pai, mas não estava ali.


–Anahi! – gritei sem consegui conter-me mais.


A italiana ergueu bruscamente o seu torso e girou o corpo em minha direção. Quando me viu seus olhos marejaram e em questão de segundos levantou-se e correu em minha direção, mais rápida do que qualquer reação que sua mãe poderia ter. Anahi jogou-se em meus braços e apertou-me com uma força que até então eu mesma desconhecia. Mas não me importei, eu a estava abraçando de igual forma, como se assim pudéssemos ser uma só e viver para sempre desse modo. Inspirei fundo tragando aquele perfume delicado que era natural de seu corpo, podia sentir os ombros dela movendo-se indicando um choro forte.


Io non pude fazer nada, scusa, scusa! Io non te lo permetterò – ela murmurava quase sem voz, mesmo que eu não entendesse o italiano sabia que ela estava tão desesperada quanto eu.


–Anahi, olhe pra mim – segurei seu rosto e quase desabei ao fitar aqueles olhos que tanto me encantavam – Preste atenção, não temos tempo nem forças contra isso. Mas isso não é o fim, entendeu? Eu vou dar um jeito, não importa o tempo que levar, um ano, dois. Eu vou encontrar você.


Io non vou te esquecer, io ti amerò sempre. Per favore, me encontre, me ache. Eu vou esperar você.


–Eu sempre vou ser sua. Eu te amo, minha italianinha.


Io ti amo!


Beijamos-nos. Um último beijo dado ali, no meio de tantas pessoas e com provavelmente uma mãe furiosa. Não nos importamos. Era um beijo forte, um encontro de lábios que já sentiam um sabor de saudades na boca. Lágrimas eram misturadas a uma emoção tão forte e ao mesmo tempo dolorosa, a despedida estava me despedaçando por dentro ao compasso que necessitava daquilo como se fosse meu último fôlego de vida.


–Anahi – uma voz mais fria soou atrás de nós, era o pai dela.


Anahi parou o beijo e olhou-me de forma intensa dizendo-me de todas as formas que me amava. O pai aproximou-se e a agarrou pelo braço, praticamente a arrastando para dentro do corredor que levava ao avião. A mãe dela lançou-me um olhar tão frio que meu corpo arrepiou-se, mas não me importei. Apenas fiquei ali, observando meu coração ser cruelmente arrancado de meu peito e sendo levado sangrento para bem longe. A dor? Era inexplicável. Meu mundo inteiro havia rachado de uma forma tão dolorosa que a única explicação para que eu respirasse era que isso era um ato involuntário.


Mas isso não iria ficar assim, não iria simplesmente acabar ali. Não importava quando, bastava-me apenas a certeza de que a encontraria novamente.


 



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Autor(a): angelr

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Pov Dulce 2 Anos depois... O sol sempre foi a minha iluminação predileta para poder desenhar os rascunhos de trabalho para o estágio. Também era uma das minhas formas prediletas de ocupar a mente e não ficar pensando em todos os meus problemas. Dois anos haviam se passado e ainda era acometida por situações de extremo estres ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29

    Apaixonante e encantadora essa fic!!!

  • aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10

    nossa simplesmente pefeita

  • flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22

    Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??

  • flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59

    Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58

    Fanfic errada foi malz

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56

    Posta maais :-) :-) :-) :-)

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41

    Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)

  • angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08

    vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23

    Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*

  • dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37

    Linda web. Parabéns Flor. :)


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