Fanfics Brasil - Capitulo 49 Simplesmente

Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 49

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Pov Dulce


 


As expressões de incredulidade ainda tomavam Tinna e Thomás. Mesmo depois que estávamos sentados ao redor da única mesa da casa. Era óbvio pelas caras e bocas deles que ainda não acreditavam que Anahi estivesse ali ao meu lado vestindo roupas minhas e com um sorriso bobo aparecendo em sua face de minuto em minuto. Depois do primeiro susto Anahi correu para salvar o pão da torradeira e eu cai na gargalhada pelas caras que Tinna fazia ao tentar falar algo, mas sem nunca conseguir. Então fomos nos vestir, eu não poderia ficar com o lençol apenas e da mesma forma não deixaria Anahi seminua, apesar de muito sexy com minha blusona.


–Certo, chega – Tinna pousou o garfo com um pouco de força na mesa – O que diabos está acontecendo?



–É uma história longa – Anahi comentou e delicadamente terminou de tomar o seu café.


–Ah, esqueci de dizer. Quando cheguei aqui eu encontrei aquela sua foto no corredor indo para biblioteca. Foi a Tinna que me ajudou a encontrá-la. Eu disse que você era o amor de minha vida e ela não acreditou, ficou com aquele papo de Dama do Gelo – expliquei para Anahi que corou na mesma hora.


–Odeio esse apelido – ela comentou revirando os olhos e depois sorrindo – Mas seria meio difícil de acreditar mesmo se eu não fosse conhecida dessa forma.


–Então você é a mulher da vida dela? – Thomás repetiu em um tom de dúvida – É lésbica e comprometida?



–Exatamente. Sempre fui dela, na verdade – Anahi deu de ombros e cortou um pedaço de maçã, ela sempre ficava com fome depois de uma noite como a que passou.


 


– Eu não consigo acreditar – Tinna murmurou e gargalhou – Ninguém vai acreditar nisso.


 


–Não precisamos que acreditem – Anahi acrescentou um pouco séria – Aprendi que não devo explicações pra ninguém, apenas para quem realmente me importo.


–Espere, deixe-me entender. Vocês estavam juntas no passado? – Thomás ainda buscava um pouco de lógica.


 


Anahi encarou-me um pouco em dúvida, se deveria mesmo contar nossa história ou não. Mas por um tempo eu iria viver com Tinna até ter minha vida estabilizada em Londres. Então peguei na mão de minha italiana e entrelacei nossos dedos de um jeito carinhoso e com um meio sorriso tornei a encarar o casal a minha frente.


–Estudamos na mesma escola desde o ensino médio – comecei a contar – Ela me odiava, eu a achava uma gostosa irritante. Sempre acabávamos brigando e nisso a diretora nos fez escrever uma redação sobre a outra ou iria tomar medidas drásticas conosco.


 


–Esse foi o ápice do meu ódio por você – Anahi riu ao lembrar – Queria te matar.


 


–Não foi a única meu amor,ta vendo? Nossos sentimentos sempre foram recíprocos – brinquei não resistindo a dar um beijo na bochecha dela apenas para vê-la ficar sem jeito – Mas isso só fez a gente ficar mais juntas. Desde sempre eu tive de me virar sozinha, trabalhar, cuidar de meu irmão mais novo. Anahi descobriu tudo sobre mim e fazer o que se eu sou apaixonante!


 


–Ragazza stupida, não fique tão metida! – Anahi reclamou, mas ao olhá-la ela sorria – Você esqueceu-se de contar que eu era completamente heterossexual.


 


–Você era tão galinha quanto eu, ao menos nisso estamos kits – lembrei a ela – Mas enfim, de forma resumida. Apaixonamo-nos e começamos a sair juntas. Anahi passou a cuidar de mim de uma forma que me fez amá-la cada dia mais. Tudo estava indo bem, escola, trabalho, romance. Mas tudo desabou de uma vez quando o pai dela descobriu sobre nós.


 


–Foi a pior noite de minha vida. Até porque teve aqueles idiotas do parque – Anahi comentou ficando tensa, apertei a sua mão e ela suspirou – Meu pai na mesma noite já estava planejando me mandar para Oxford. Ameaçou Dulce e cortou toda nossa comunicação.


 


–Dois anos depois aqui estamos. Reencontramo-nos ontem, tivemos o melhor sexo de nossas vidas e vamos enfrentar tudo o que estiver pela frente.


–DULCE! Eles não precisavam saber dessa parte! – Anahi reclamou envergonhada e tímida.


 


– Ah, sinto informar, não somos cegos. A Dulce ainda está toda marcada – Tinna comentou rindo – Fica meio óbvio.


 


–A história de vocês é linda, apesar de tudo – Thomás sorriu grande – É um prazer conhecê-la oficialmente, Anahi mulher da Dulce.


 


–Gostei disso – aprovei completamente.



Anahi me deu uma leve batida com seu cotovelo e acabei rindo. Verdade seja dita, nesse dia eu riria até do vento de tão feliz que estava. A puxei e comecei a encher seu rosto de beijos e leves mordidas enquanto ela tentava me afastar rindo, mas quase sem forças de me empurrar por não querer realmente me afastar.


 


–Ainda estamos aqui – lembrou Tinna pigarreando.


 


Nesse momento o celular de Anahi começou a tocar. Ela levantou e foi procurá-lo em meio ao caos de nossas roupas espalhadas por toda a casa. Aproveitei para continuar o meu café da manhã, precisava recuperar nem que fosse o mínimo de minhas forças. Tinna ficou fazendo algumas pequenas perguntas enquanto Anahi ia em uma busca quase perdida do aparelho. Quando o achou ela gritou um “achei você miserável” em italiano que me fez rir. Era tão delicioso finalmente entender tudo o que ela falava, sem deixar de ser sensual quando ela falava a sua língua materna.


 


–Oi Karen! – ela atendeu da sala, mas como o apartamento era pequeno dava para escutar facilmente a conversa – Estou bem, desculpe sair daquele jeito. Não, não passei a noite em meu apartamento, mas não se preocupe, estou muito bem acompanhada. Claro que não! Eu não ficaria bêbada para sair com qualquer um por carência! Alias, porque não chama o pessoal para o saguão do edifício para que eu possa apresentar? Daqui a pouco eu chego ai.


 


Ela desligou o celular e eu levantei indo de encontro a ela. Não deixei que falasse, a envolvi pela cintura em um abraço apertado e a beijei dominadora, mas apenas para deixar o contato o mais longo e carinhoso possível. A noite de ontem não foi suficiente, poderia passar uma semana, um mês ou um ano, nunca o seria. Simplesmente porque não me cansava dessa italiana, nunca me cansaria! Quando o beijo finalmente teve fim ela roçou o nariz no meu e envolveu meu pescoço com seus braços de uma forma terna.


 


–Vamos conhecer meus amigos, são poucos, mas me ajudaram a enfrentar esses anos – ela falava baixo como se quisesse conversar apenas comigo.


–Queria passar o resto da semana só com você, te beijando e amando – fiz beicinho pidão.


 


–Temos aulas e compromissos de qualquer forma – Anahi começou a mexer em meu cabelo fazendo-me ficar entregue a qualquer sugestão que ela desse – Mas teremos de arranjar um jeito para passarmos todas as noites e tempo livre juntas, ao menos por um tempo.


 


Fiz que sim com a cabeça e dei-lhe mais um beijo. Mas dessa vez Anahi não deixou-me prolongar, o interrompeu e foi até o banheiro terminar de ajeitar-se. Joguei-me no sofá com um sorriso impossível de ser retirado de meus lábios, mesmo que eu tentasse ele sempre persistia em sua teimosa felicidade.


–Então eu poderia dizer que você passou em um dos programas mais difíceis apenas por causa de uma mulher? – Tinna perguntou enquanto se aproximava e sentava no sofá a frente de mim.


–O principal motivo. Amo arquitetura, sempre estudei para fazer esse curso. Mas quando perdi Anahi a arquitetura se tornou um meio para encontrá-la. Só uni o útil ao agradável. Se não fosse pelo programa eu arranjaria estágios, empregos, juntaria meu dinheiro e viria para cá, mesmo se usasse todas as minhas economias – expliquei de uma forma simples, como se isso fosse óbvio para mim. Sentei melhor e fitei Tinna sem perceber que meus olhos brilhavam apaixonados – Entenda, eu não saberia viver sem ela, passaria minha vida buscando formas, meios de encontrá-la ao menos para saber se estava bem. Minha vida não iria continuar sem isso.


–E você prometeu que iria me encontrar – de repente Anahi estava atrás do sofá, inclinando seu corpo para envolver-me por trás e dar um beijo carinhoso em meu pescoço – Se formos rápido poderemos usar meu apartamento logo depois.


–Porque ainda estamos aqui? – perguntei fingindo seriedade.


 


Anahi riu e deu-me mais um beijo. Despedimo-nos de Tinna e Thomás e pegamos um táxi. Não iria brigar com Anahi por causa disso mais, afinal apesar de ainda ter uma condição financeira menor que a dela o programa havia coberto todos os custos, o que me deixou em uma posição favorável já que tudo o que eu juntava era pensando nela. Durante o caminho ela me contou um pouco sobre seus amigos, os descrevendo rapidamente já que meu apartamento era relativamente perto do dela. Quando ela chegou em Gerrad foi impossível não amarrar a cara e ficar um tanto chateada. Ela percebeu e franziu o cenho.


–Ele é um amigo importante – ela terminou de falar.


–Sim, que por acaso todo mundo sabe que é afim de você – falou ainda de um jeito emburrado.


–E que todo mundo sabe que nunca quis nada com ele. Porque eu estava esperando você. Ah não faça esse beicinho, tenho vontade de mordê-lo só porque te deixa extremamente fofa.


Tentei continuar emburrada, mas aqueles olhos tão intensos sobre mim não me permitiam. Acabei sorrindo e revirando os olhos, ganhando como bônus um abraço de lado já que ainda estávamos no táxi.


Quando chegamos ela segurava a minha mão em um aperto gentil, mas ainda assim segurando como se não quisesse soltar. Entrelacei nossos dedos e entramos em seu prédio, que obviamente era muito maior e melhor que o meu. Provavelmente ali ficavam os filhinhos de papai que não queriam morar nos dormitórios do campus da universidade. Por um momento me arrependi de ter escolhido uma simples calça, tênis e uma blusa de mangas compridas preta sendo completada apenas por um casaco branco sem mangas por cima. Estava tão simples e eu poderia apostar que os amigos dela eram de alto nível. Respirei fundo para comentar algo sobre isso com a Anahi, mas antes que percebesse estávamos em uma sala cheia de sofás e uma bela decoração em verde e branco.


– Anahi – uma garota pequena exclamou.



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29

    Apaixonante e encantadora essa fic!!!

  • aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10

    nossa simplesmente pefeita

  • flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22

    Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??

  • flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59

    Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58

    Fanfic errada foi malz

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56

    Posta maais :-) :-) :-) :-)

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41

    Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)

  • angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08

    vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23

    Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*

  • dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37

    Linda web. Parabéns Flor. :)


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