Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon
Pov Anahi
–Não Dulce, não! – eu gritava em desespero ao mesmo tempo em que ria.
–Admita, eu sou melhor! – Dulce exclamava imperativa enquanto corria atrás de mim.
–MAI! – respondi nunca em italiano.
Ela passou a correr mais ainda atrás de mim e sabiamente fiz um movimento circular para que não nos afastássemos demais da casa de Leonard. Fazia dois dias que estávamos ali, vivendo o verdadeiro paraíso. Nem mesmo quando estivemos na praia no evento de Robert foi daquela forma, tão intensa e marcante. Naquele momento estávamos brincando, competindo como sempre fazíamos antigamente. Ela corria atrás de mim pela praia ordenando que eu dissesse que ela era a melhor em tudo, algo que eu jamais assumiria! Porém por mais que eu quisesse vencê-la nisso, Dulce não tinha medo de se machucar e logo que se aproximou o suficiente saltou sobre meu corpo nos derrubando no chão. Antes que eu me desse conta ela estava sobre mim fazendo a coisa que eu mais odiava nessa vida: cosquinhas. Não adiantou bater, espernear e rir de forma descontrolada, Dulce não perdoou e eu teimosa como sempre não disse o que ela queria.
–Ah, seu celular está tocando – ela finalmente parou.
Busquei ar e finalmente escutei o meu toque do celular. Respirei fundo diversas vezes, dei um tapa forte nela para que ela saísse de cima de mim e finalmente fui atender meu celular. O aparelho estava escondido na toalha estendida na areia da praia. Sentei sobre o tecido e quando finalmente olhei para o visor meu coração falhou uma batida. Era a minha mãe! Fechei os olhos por alguns segundos e antes que a ligação fosse perdida eu atendi.
–Ciao, mamma – cumprimentei o mais calma que eu poderia.
–Anahi, você casou?! – a voz do outro lado estava evidentemente alterada e nervosa – Como pode ter se casado?!
Respirei fundo mais uma vez e levei a mão até meu rosto, apertando o alto do meu nariz como se procurasse por uma calma que eu não estava sentindo. Estava cansada daquela recusa de minha família pela minha felicidade.
–Como descobriu? – perguntei curiosa.
–Ainda tenho redes sociais sabia? Eu vi as fotos que seus amigos tiraram. Como pode se casar?! – era fácil imaginar Laura Portilla com o rosto vermelho e revoltado por algo ter saído de seu controle.
–Simples mamma, eu me apaixonei, vivi com essa pessoa nos últimos anos e me casei – expliquei o mais gentil que consegui – Eu não quero escutar de você como isso é errado nessa sua realidade distorcida. Sono felice, madre, estou onde quero estar.
O silêncio se prolongou por alguns segundos. Dulce se aproximou desconfiada ao ver meus ombros tensos e olhar perdido. Ela sentou ao meu lado e lançou um olhar interrogativo, então rapidamente mostrei o visor com a foto de minha mãe estampada. Dulce ficou tensa, mas nada disse, apenas passou o braço por minha cintura e perguntou baixo:
–Quer que eu fique?
Fiz que sim com a cabeça e segurei as lágrimas, precisava ser forte. Eu seria forte. Era ali a minha felicidade, eu não tinha dúvidas nenhuma. Então se minha mãe ou meu pai não podiam entender... Eu nada poderia fazer além de lamentar.
–Onde você está? – Laura perguntou depois de um tempo.
–Mônaco – sorri de lado imaginando o rosto surpreso de minha mãe – É onde estou passando minha lua-de-mel.
–Mas essa ragazza não tinha nem onde cair morta! – Laura nunca poupava as palavras para falar de quem não gostava.
–Acontece mãe que minha mulher pode ter vindo de uma condição financeira baixa, mas conquistou muita coisa com sua força própria. Ela trabalha na Dodgers, a rede de arquitetura e é uma mulher incrível. É uma pena que o seu preconceito não deixe que você a conheça.
Por mais que Dulce tentasse não sorrir com minha resposta, seus lábios estavam levemente repuxados para o lado denunciando a sua vontade.
–Porque uma garota minha filha? Você poderia ter qualquer homem, de qualquer tipo ou classe! – minha mãe argumentou frustrada.
–Porque a Dulce é especial, mamma. E sinceramente ela é incrível no sexo, melhor que qualquer namorado que já tive no passado – dessa vez a garota ao meu lado não agüentou o riso, revirei os olhos, mas sorri só de imaginar a minha mãe vermelha do outro lado da linha – E porque tinha de ser assim, ela é o amor da minha vida. Madre, quando você entender que amor não escolhe gênero, cor ou sequer pensa na condição financeira da pessoa vai ver o quanto eu estou feliz.
–Mas... Casar... Você é tão jovem!
–Io me apaixonei jovem, mas não penso no tempo. Agradeço até, pois é mais tempo que terei ao lado dela. Sinto muito se a decepcionei mãe, mas... Eu realmente estou bem e queria que você tivesse estado lá, com o papai e o Fred.
–Se você tivesse convidado! – ela gritou do outro lado – Mia bambina se casa e não tem nem a vergonha de convidar i loro genitori!
–Mamma, foi algo... Espontâneo. Eu consegui um trabalho inicial em Roma, na embaixada e estou partindo daqui a alguns dias. Dulce tem de ficar para cumprir o contrato com a rede onde trabalha e se formar aqui.
–Isso não é motivo!
–É, não queríamos nos separar por meses sem ter um laço tão forte quanto o casamento.
Ela resmungou do outro lado sendo vencida. Em realidade, eu estava gostando de conversar com minha mãe, mesmo que por celular. Aquela era a primeira vez que a escutava em anos e a esperança de que minha família um dia me aceitasse como eu sou parecia sempre estar dentro de mim, mesmo que pequena. Suspirei alto e deixei escapar emocionada:
–Mi manchi, mamma – disse que sentia a falta dela – Queria que tivesse visto meu vestido de perto, era mais lindo ainda do que aparece nas fotos.
–Anahi – ela murmurou depois de um momento de silêncio – Acho que vou visitar nossos amigos em Roma daqui a algum tempo...
Eu não agüentei um grito de felicidade. Isso estava mesmo acontecendo?! Pude escutar uma risada contida de minha mãe, por mais que ela tivesse preconceito contra mim eu ainda era a sua filha, uma filha que ela não via há muito tempo e que tinha acabado de se casar. Quando desliguei o celular me joguei nos braços de Dulce rindo feito uma boba, a felicidade parecia estar completa e mais intensa. Ainda havia esperanças de que pelo menos minha mãe me aceitasse.
–Ela falou direito comigo! – exclamei sem conseguir controlar as lágrimas – Eu falei com minha mamma, Dulce! Ela vai se encontrar comigo em Roma!
–Fico feliz amor – ela disse me abraçando forte – Mas... Ainda assim, não abaixe suas defesas ok?
–Sì, ma mio cuore é bobo e vai sempre acreditar que um dia eles vão me aceitar!
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29
Apaixonante e encantadora essa fic!!!
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aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10
nossa simplesmente pefeita
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flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22
Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??
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flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59
Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58
Fanfic errada foi malz
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56
Posta maais :-) :-) :-) :-)
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vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41
Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)
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angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08
vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs
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vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23
Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*
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dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37
Linda web. Parabéns Flor. :)