Fanfics Brasil - Capitulo 66 Simplesmente

Fanfic: Simplesmente | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 66

64 visualizações Denunciar


Agora não tínhamos uma vida perfeita. As crianças demandavam uma energia que por muitas vezes eu acreditei não ter. Mas era tão repleto de momentos felizes que eu não poderia imaginar um futuro para mim que senão este. Naquele almoço, tão agitado quanto todos os outros, eu percebia que tudo o que eu tinha sonhado estava se realizando, mesmo que não da forma que eu planejei ou com a intensidade que eu esperava. Mas agora eu tinha minha família, uma mulher linda e complicada, mas perfeita para mim. Morava em uma casa que posso dizer ter construído, apesar de toda a decoração ter sido feita por Anahi, cada traço daquela construção foi desenhado por mim. E estávamos em um lugar praticamente a beira mar. O que mais eu poderia querer?


Mamma, a Helena disse que é estranho eu não ter pai – Alexia disse de repente, com um olhar baixo e um pouco confuso.


Eu e Anahi trocamos olhares significativos. Helena era uma amiga de escola de Alexia, curiosa e mimada. Toquei a mão de minha menina e a acariciei com carinho enquanto dizia com um sorriso sapeca.


–Mas é – afirmei com calma – Em uma família tradicional sempre vão dizer que o certo é que se tenha um pai e uma mãe apenas.


–Então a gente é estranho? – ela me perguntou confusa.


–Prefiro pensar que somos especiais. Não é errado de jeito nenhum, mia bambina – Anahi explicou e fez carinho no cabelo – Somos diferentes, especiais. Mas nos amamos e amar não é errado. Não somos menos família do que a família de Helena ou qualquer uma de suas amiguinhas.


–Nós te amamos – resumi e sorri grande – E isso que mais importa. Então não tem problema em ser diferente, em ter uma vida que não é igual a dos outros. Qual a graça de ser que nem todo mundo?


–Mas todos ficam comentando – ela suspirou.


–É o mundo querida, muitas vezes não compreendemos eles, mas também muitas vezes ele não nos compreende. Você tem de ser forte e rir do destino senão vai chorar por algum momento não se ajustar. Mas veja, Leo, Dan, quem ama mais a Alexia?


IO! – Daniel gritou.


–Mentila dele que sou eu! Eu amo mais minha irmã! – Leonard fuzilou o irmão com o olhar.


–Sinto muito meninos, mas erraram. Eu amo minha pequena, na verdade eu amo mais todo mundo! – disse em um verdadeiro tom superior.


–Você tem certeza disso? – Anahi questionou orgulhosa.


E o momento tenso havia passado e Alexia logo estava rindo, brincando junto com essa família animada e completamente diferente do que seria normal para a sociedade. Naquela tarde como prometido levei meus pequenos para o parque e nos esbaldamos no sorvete e algodão doce. Alexia estava brincando com as outras crianças enquanto eu corria atrás dos gêmeos. Descobri que já não tenho todo o empenho físico de uma jovem garota, minhas pernas logo começaram a doer e eu joguei a bandeira branca me rendendo. Deixei que eles fossem brincar no parquinho que tinha ali, sentando em um banco para beber água e manter os olhos neles. Não tardou para que um homem de cabelos grisalhos e porte físico saudável sentar ao meu lado.


–Está com seus filhos também? – ele logo foi puxando assunto.


–Aquela princesinha de cabelos claros – apontei com um sorriso orgulhoso – E aqueles dois, os gêmeos.


–Oh nossa, e seu marido não a ajuda? – o senhor perguntou curioso, provavelmente apenas uma tática para saber se eu era comprometida.


–A bem da verdade, não tenho um marido – respondi e o vi quase sorrindo – Mas minha mulher me ajuda muito bem com as crianças.


–Ah – ele disse tentando disfarçar a surpresa, mas o efeito logo passou quando ele sorriu mais ainda – Eu trabalho em uma revista, e me perdoe a curiosidade, como é para um casal de mulheres tomar conta assim de três crianças?


O olhei um pouco desconfiada. Essa pergunta já foi feita para a gente em tantos momentos diferentes. Nas primeiras reuniões da escola de Alexia, nos eventos do bairro além é claro das pessoas do trabalho. Porque parecia ser tão impossível ter uma família e sobreviver saudavelmente ao preconceito? Sim, era possível! Mas aquele senhor parecia genuinamente curioso. Então dei de ombro e olhei para as crianças novamente.


–Hoje disse a minha menina que ser diferente não é errado – respondi de uma forma sincera - Eu e minha mulher acreditamos fielmente nisso, ou não teríamos sobrevivido a tudo. Nossa família é diferente da tradicional, seguimos regras diferentes, mas como o mesmo principio básico que fazem as coisas darem certo: com amor e carinho tudo pode ser feito, pode ser conquistado.


–Muito interessante, senhora...


–Dulce – ofereci a mão em cumprimento.


–Sou Yan. Há quanto tempo está casada?


–Por volta dos dez anos já. Ah, espere, meu celular.


Anahi estava mandando uma mensagem pedindo para que eu fosse buscá-la, pois não tinha mais táxi no Fórum e ao que aparentava iria demorar de aparecer. Despedi-me do Yan e levei os dedos até a boca para assoviar alto. Aquele era o comando implícito que anunciava apara as crianças que já estava na hora de vim. Observei Leo e Dan competindo para ver quem chegava primeiro e Alexia se despedindo das outras crianças. Eles seguiram em uma agitação comum para crianças, não paravam de conversar dentro do carro. Quando parei o carro em frente ao fórum avistei Anahi saindo do pavilhão acompanhada de um homem desconhecido.


–Crianças, fiquem aqui – pedi séria.


Sai do carro e fiquei esperando por ela encostada ao capô de nosso sedan preto. Ela sorriu para mim e eu arqueei uma sobrancelha. O homem continuou a acompanhá-la mesmo quando ela se aproximava de mim.


–Senhora Portilla, eu teimo em continuar dizendo que sua apresentação está mesmo fabulosa – o homem falou e sorriu para mim – Boa tarde senhora, é uma amiga da Anahi?


–Não David, ela não é minha amiga – Anahi respondeu com falsa calma – Essa é minha mulher, Dulce


Mamma! Vamos pra casa! – Alexia exigiu abaixando o vidro do carro – Daniel está fazendo aquelas caretas horrendas de novo!


–É mentira! – gritou um dos garotos de dentro do carro e logo rindo da pequena travessura.


–Mas... – o tal do David nos olhou surpreso – Você é casada...


–Com uma mulher e tenho três lindos filhos – Anahi contou e logo o ignorou – Mio amore, tenho a solução para nossos problemas, mia madre ligou pedindo para ficar com as crianças esse final de semana!


GRAZIE MIO DIO – eu quase gritei.


Era todo o que precisávamos, um final de semana tranqüilo só para nós, em nossa casa e a uma praia para ir descansar. Logo tratamos de deixar o David ali, plantado e surpreso. Anahi ia contando um pouco da apresentação que David tanto a elogiava. Em casa ainda cheguei a brincar de videogame com as crianças, ainda em meu puro propósito de fazê-las gastarem energia totalmente para que eu pudesse ter uma noite com a minha italiana.


E estava dando certo, às dez horas todos os três se encontravam em seus quartos dormindo feito uma pedra. Tomei um longo banho com Anahi, um daqueles banhos gostosos e demorados por ser cheio de abraços, toques e beijos.


–Mal acredito que conseguimos um final de semana – Anahi murmurou enquanto deitava na cama.


–É nesses momentos que esqueço todos os defeitos de minha sogra e a amo sinceramente – brinquei ajeitando-me ao lado dela.


–Você ainda não esqueceu o natal de cinco anos atrás – ela acusou.


–Claro que não, ela estava tentando empurrar aqueles homens para você só porque descobriu que a gente brigou sei lá por qual motivo mais.


–Pelo menos ela aceitou e agora ama as crianças a tal ponto de esquecer qualquer coisa. Queria que meu pai seguisse esse exemplo.


Ela suspirou e me abraçou apertado. Laura, a mãe dela, demorou um pouco para aceitar. Mas abastou Alexia nascer para a senhora italiana se derreter de amores por sua primeira neta. Fred ainda continuava um conquistador e quebrador de corações, apesar de desconfiarmos de que ele estava ficando sério com uma moça. Laura se mostrou uma verdadeira sogra complicada, mas uma perfeita avó. Anahi afastou qualquer pensamento de minha cabeça quando começou a dar beijos e mordidas em meu pescoço, aos poucos indo para cima de mim...


Mamma! – Daniel exclamou da porta – Eu tive um pesadelo!


Anahi resmungou baixo para que apenas eu escutasse e afastou-se com pesar de mim. Daniel e Leonard estavam parados na porta, cada um abraçado com seu bicho de pelúcia favorito. O olhar assustado de Daniel amolecia qualquer reclamação que um dia tivesse existido em minha garganta.


–Eu não vou deixar o Dan sozinho – Leonard logo se justificou.


Mamma! Posso dormir com vocês também? – Alexia surgiu atrás dos meninos com um olhar pidão irresistível.


Olhei para Anahi logo a vendo chamar as crianças. Era um adeus para nossa noite juntas e um olá a uma noite de aperto e briga por espaço na cama. As crianças logo saltavam para a cama, Daniel fez questão de deitar ao meu lado para que eu o abraçasse. Alexia ficou próxima de Anahi e Leonard adorava ficar no meio dos irmãos para perturbá-los durante a noite. Daniel contou que sonhou com um monstro que devorava todos os seus brinquedos e ficava colocando medo nos irmãos. Para acalmá-los eu comecei a cantar baixinho músicas tranqüilas e algumas de ninar. Como estavam cansados não tardaram a adormecer. Busquei o olhar de Anahi e o descobrir sonolento e carinhoso enquanto me observava com um sorriso bobo nos lábios.


–Obrigada por ter me dado uma família tão linda – ela murmurou esticando a mão por sobre os corpos pequenos das crianças.


–Obrigada por existir, sem você nada disso aconteceria – respondi de volta pegando a mão dela e entrelaçando nossos dedos – Não se arrepende da confusão que é nossas vidas?


–É uma delicia, não me imaginaria fazendo outra coisa – Anahi admitiu e bocejou – Canta para mim?


Sorri de lado e comecei a cantar I wont give up e a observei adormecer com um sorriso nos lábios por estar cantando uma de nossas músicas. Não dormi prontamente, fiquei ali admirando as pessoas mais importantes de minha vida. Esse poderia ter sido apenas mais um dia comum de minha vida, mas ainda assim eu agradecia por cada minuto ao lado deles, por cada momento que tinha com Anahi. Eu era simplesmente feliz, apesar de todos os defeitos que minha vida tinha e que deixava claro que os felizes para sempre era apenas contos de fadas. Isso não queria dizer que não teria os meus momentos de alegria e de puro êxtase. Mas eu tinha certeza de uma coisa, que tudo isso era por um motivo.


Porque eu SIMPLESMENTE amava aquela mulher, tudo isso se tornou vivo e real. Foi esse amor intenso, minha teimosia e a nossa fé uma na outra que abriu caminhos que foram difíceis de serem seguidos, mas que simplesmente dava certo no final, de um jeito ou de outro. Se iria ser sempre assim? Não, porque a vida é cheia de surpresas, mas o mais importante era ter força e alguém importante por quem lutar. Eu fui uma garota que tinha começado com nada, abandonada a própria sorte... E agora tinha uma família e a mulher de minha vida. Eu não poderia pedir por mais nada além disso.


 


                                                            FIM!!!


 


Acabou-se mais uma web, adorei compartilhar com voces mais esta web, adorei ela e quando li logo pensei em fazer vocês tambem lerem ela, enfim adorei os comentarios sempre leio todos, adoro saber oque vocês acham se tem as mesmas impressoes que eu e etc.


 


A  nova web que resolvi adaptar ja esta no ar espero que gostem tanto quanto eu, pois quando leio coisa boa quero mostrar as vocês então é isso minhas queridas leitoras, mais uma ai para vocês lerem, segue em baixo o link( sobre o link nao ir automaticamente nao sei o porque, mas é so copiar e colar na barra da net que ja entra na web)


 


http://fanfics.com.br/fanfic/35650/leis-do-destino-portinon


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): angelr

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • tryciarg89 Postado em 03/04/2024 - 16:55:29

    Apaixonante e encantadora essa fic!!!

  • aleatoria345 Postado em 30/11/2022 - 12:59:10

    nossa simplesmente pefeita

  • flowersportinon Postado em 30/06/2021 - 16:38:22

    Oi ^•^ adorei sua história, me permitiria adapta-la para o mundo sariette??

  • flavianaperroni Postado em 06/09/2015 - 20:22:59

    Mais uma incrivel web,parabéns angel,você escreve maravilhosamente bem s2

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:17:58

    Fanfic errada foi malz

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:15:56

    Posta maais :-) :-) :-) :-)

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 14:06:41

    Sem problemas senhorita! Vc faz boas escolhas para adaptar. Eu não tenho paciencia para adaptar, prefiro escrever as minhas hahahaha. Estou toda enrolada com as q escrevo, mas tah indo hahahahaha. Gosto de suas escolhas!!! =)

  • angelr Postado em 19/07/2014 - 13:55:08

    vverg - hahaha tbm curto mas dificil escrever cara a unica que é minha mesmo pretendo continuar ja ate escrevi um capitulo, mas as vezes me falta serenidade e inspiração to tentando vamos ver se rola e ai resolvo adaptar pq leio coisas acho bem bacana e gosto de compartilhar com vcs

  • vverg Postado em 19/07/2014 - 13:06:23

    Enfim! Familia feliz!!! Gostei desta adaptação, apesar de preferir estorias autorais rsrsrs. Mas uma linda fic, adorei toda a estoria *_*

  • dyas Postado em 18/07/2014 - 09:53:37

    Linda web. Parabéns Flor. :)


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais