Fanfic: Diário de uma Paixão- Finalizada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

- Então filha, cadê a sua irmã? – saí dos meus pensamentos e respondi com a cara mais calma que pude encontrar. - Er, saiu pai. Não sei para onde. - Ah, Anahí você podia arrumar o quarto da sua irmã? – O QUE?! Pensei furiosa. Era nessas horas que eu queria ser a irmã caçula, sempre era protegida pelo papai. Pelo menos quando o assunto era trabalho. - Mas pai a Ângela pode muito bem fazer isso quando voltar. – disse não conseguindo esconder a raiva contida em minha voz. Aquela chata conseguia me irritar mesmo quando estava longe. - Anahí, por favor, ela é sua irmã. Não custa nada. - Está bem! Eu arrumo desde que você prepare para o jantar aquela sua macarronada que eu adoro. – fiz aquela carinha de cachorro sem dono, não conseguia ficar muito tempo com raiva do meu pai. - Pode deixar filha! – sua voz estava alegre, como há muito eu não ouvia. Meu pai era minha inspiração, ele conseguiu sozinho cuidar de duas meninas nada fáceis e sempre nos deu muito amor e carinho. Sou eternamente agradecida a ele por ser o pai mais perfeito do mundo! Dei um abraço nele e fui para o meu quarto.

Nossa que bagunça! Nunca havia notado quanta coisa eu tinha! Havia acabado de esvaziar a décima caixa, ainda faltava uma e eu já estava ofegando de tanto cansaço. Depois dessa eu iria tomar uma ducha daquelas bem relaxantes e dormir, o quarto da Ângela que esperasse eu recuperar minhas energias. Sentei-me na cama e abri a caixa que faltava, dentro dela havia apenas algumas fotos antigas e umas roupas bem velhas também. Notei que era o vestido favorito da mamãe. Era branco e tinha um caimento solto, era lindo. Ela usava esse vestido sempre em ocasiões especiais. Coloquei o vestido do meu lado e continuei esvaziando a caixa.

Sorri involuntariamente quando reparei em uma foto meio borrada e um pouco amassada que estava no fundo da caixa, lá estava eu, Ângela, mamãe e papai. Juntos, felizes. Uma lágrima desceu por meu rosto e tocou a foto, quantas saudades eu sentia da mamãe. Queria tanto um abraço dela, ouvir sua voz, deitar no seu colo. Antes de guardar a foto olhei uma última vez, não pude deixar de notar o quanto eu era parecida com ela. Devia doer muito no meu pai me ver todos os dias e lembrar-se da imagem da mamãe.

- Cheguei! – uma voz irritante e escandalosa ecoou pela casa. Ângela havia voltado de seu passeio e por sorte eu ainda não havia limpado seu quarto. Ou seja, a minha querida irmãzinha teria que limpá-lo, ri com meu pensamento e fui para sala. - Onde você esteve? – papai perguntou enquanto colocava a mesa. - Estava conhecendo o bairro. – logo em seguida abriu um sorrisinho. Conheço esse sorrisinho da Ângela, coisa boa não deve ser. – E conheci o garoto mais lindo do mundo!

As novidades da Ângela eram realmente impressionantes. Às vezes me perguntava se algo mais passava em sua cabeça além de garotos. Acho que o disco da cabeça dela deve ter emperrado na faixa meninos, garotos, meninos, garotos…